(119) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” do poeta e filósofo Mark Nepo.

A mensagem anterior – “Sentindo a permanência do “eterno”, dentro de nós” – contém esta síntese merecedora da sua atenção: – A subjetividade humana é o espelho do nosso “sentir interior”. Realmente, nós somos o que sentimos. O ser humano precisa conhecer as suas emoções e sentimentos. Precisa “sentir” a necessidade de também ser alcançado, por nós mesmos, um estado interior de “elevação espiritual”. Isto porque, nesta dimensão de vida, nós temos a “essência” que nos identifica como “seres transcendentes”, em sintonia de harmonização com tudo que existe no Universo.

Certo é que o nosso propósito de vida está “dentro de nós”, porque temos o potencial de “transformar” e de “elaborar” o nosso “viver”, dando um significado para a nossa própria existência. A respeito, esclarece OSHO (Fonte: “A jornada de ser humano”, o quinto livro da série “Questões Essenciais”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta):

– O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontrá-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está sua beleza.

O que motivou esta mensagem, foi a leitura do livro “A Prática Infinita” (que indico para os meus seguidores), do poeta e filósofo Mark Nepo, lançado no Brasil pela Editora LeYa. Considerado um dos melhores mentores espirituais da atualidade, Mark escreve com a sua “Sensibilidade da Alma” e com o aprendizado da experiência dolorosa de ter sido diagnosticado com um tipo raro de linfoma. A introdução do livro é iniciada com esta sua explicação:

– Este livro é resultado de uma pesquisa sobre como a alma funciona no mundo, e de que forma, ao comprometer a sua alma com o mundo, você é moldado pela prática infinita de se tornar a pessoa que nasceu para ser. A partir do momento em que abrimos os nossos olhos, tornamo-nos criaturas em busca de respostas, procurando o que importa, embora carreguemos o que realmente importa dentro de nós mesmos. E mais do que a compreensão que nos esforçamos para conseguir, mais do que os princípios ou as crenças que costuramos com as nossas experiências, como nos mantemos em uma relação com a misteriosa Totalidade da Vida é o que nos dá a força que nos mantém vivos.

Em várias passagens do livro, Mark sustenta que tudo que precisamos está diante e dentro de nós. Mas esclarece com a sua peculiar sabedoria:

– O que sentimos, pensamos e experimentamos costuma ser inaudível até que seja expressado.

Por sua vez, gostei desta sua observação, que sempre me passou despercebida:

– As estátuas orientais de Buda são representadas com os olhos fechados, implicando uma harmonia com o mundo interior, já as estátuas ocidentais da Grécia e da Roma antigas o representam com os olhos abertos, implicando uma harmonia com o mundo exterior. Mas, para viver uma vida desperta e misericordiosa, precisamos de ambos. A nossa rotina constitui um terreno para a prática da integração da nossa atenção interior e exterior.”

Com facilidade, comprova-se que toda abordagem de Mark Nepo mostra o seu “sentir interior” em sintonia com a essência deste espaço virtual, ou seja: – o conhecimento da “subjetividade humana” através do despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”, mas sempre em harmonização com as projeções sensórias que recebemos do “mundo exterior”.

Por sua vez, sobre o nosso “despertar interior”, merece atenção esta poética inspiração de Mark Nepo, vinda da sua “Sensibilidade da Alma”:

– O despertar não é um objetivo, mas uma canção que o coração segue entoando, assim como os pássaros cantam ao primeiro raiar do dia.

Termino esta mensagem, com esta bela lição de vida de Mark Nepo:

– Descobri que cada instante contém uma esperança que não elimina os nossos desafios, mas nos abre para o fluxo de vida que nos leva adiante. Assim, quando eu estava fraco e à beira da morte, entendi que o local em que nos refugiamos pode ser, a princípio, apenas uma forma de proteção, mas, à medida que o enfrentamos durante o caminho, ele se torna um recurso. Aprendi que viver de forma autêntica começa com a aceitação daquilo que recebemos: é assim que a luz da alma pode encontrar a luz do mundo. Os objetivos conquistados com muito sacrifício nos fazem brilhar em todas as direções. Estou tentando compreender a verdade e o brilho dos seres humanos desde então.

Notas:

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3. Vídeo youtube: “The river is flowing”

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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