(253) Sentindo o poder da nossa “imaginação”.

“IMAGINE UMA NOVA HISTÓRIA PARA A SUA VIDA E ACREDITE NELA”
São palavras do escritor Paulo Coelho. Foram escolhidas para iniciar esta mensagem, cuja essência subjetiva do seu enfoque será o poder da “imaginação”, também aplicado nas nossas buscas de “autoconhecimento”.

O alcance das projeções mentais da nossa capacidade de “imaginar”, é atemporal. Suas imagens são “elaboradas” e “modeladas” pelos estímulos sensórios recebidos de percepções mentais de naturezas diversas, com significados que emergem dos nossos processos cognitivos de interpretações de experiências passadas ou de “realidades imaginárias” que ainda não foram por nós vivenciadas. Paulo Coelho, por exemplo, está se referindo à idealização de uma possível futura “realidade de vida” que melhor atenda aos nossos anseios de realizações. Uma nova e desejada “história de vida” que precisa ser fortalecida pelo nosso “acreditar”. Aliás, pelo fluir da vida, nós devemos “acreditar” em tudo que “queremos” conquistar. Precisamos “acreditar” na magia do “AMOR”; em uma “consciência transpessoal”; na “transcendência” da nossa psique; em si mesmo; no despertar da descoberta da nossa “potencialidade interior” através das conhecidas práticas de “autoconhecimento”. Mas há um outro “acreditar” que precisa ser por todos nós buscado: o de um “propósito espiritual” para o nosso “viver”.

Sobre as nossas “realidades imaginadas”, gosto desta sabedoria contada pela jornalista norte-americana Catherine Ingram, que se dedica aos estudos sobre espiritualidade:

– Uma vez um amigo meu, de seis anos de idade, me perguntou: Finge que você está cercada por mil tigres famintos. O que você faz? Eu visualizei a situação sugerida por ele e, sem conseguir chegar a um plano de ação viável, eu disse: “Poxa, não sei. O que você faria?” E ele respondeu: Eu parava de fingir.

Concordo com este “sentir” da escritora Lya Luft, para quem dediquei esta jornada para o “autoconhecimento”(mensagem 001):

– EU ATÉ ACHO QUE A REALIDADE NÃO EXISTE: EXISTE O QUE NOS CRIAMOS, SENTIMOS, VEMOS OU SIMPLESMENTE IMAGINAMOS.

Pergunto:

– COMO DEVEMOS USAR A “IMAGINAÇÃO”?

Sugere o astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo publicado no jornal Correio Braziliense, edição 20.352 do dia 9 deste mês:

– Procura equilibrar tua imaginação e a execução do que imaginas, porque muito imaginar e pouco fazer te congestiona, ao passo que muito fazer e pouco sonhar te torna uma pessoa vazia. Se fosse para existires com a alma completamente voltada à imaginação não teria havido necessidade de nasceres num corpo físico, poderias continuar do outro lado, sem corpo, apenas imaginando. Se fosse para existires exclusivamente em ação, não terias alma, esse ser interior que pensa os pensamentos e deseja os desejos, mas tu pensas e desejas e isso acontece na vida subjetiva. É na constante tentativa de equilibrar tua alma e tua personalidade, teu ser e teu estar no mundo, que encontrarás alegria e plenitude. Nem tanto para lá nem muito para cá, é no instável equilíbrio que nossa humanidade encontra sua razão de ser.

Quiroga ensina que em relação ao alcance dos nossos objetivos, devemos aprender equilibrar o potencial de criação do nosso “imaginário”. Nós temos liberdade para “imaginar” o que desejamos. Mas é preciso saber direcionar essa capacidade, conhecendo as nossas “necessidades interiores”. O que não podemos é ficar vivendo em função da “imaginação”, sem exercitá-la em benefício próprio.

Por meio das conhecidas práticas contemplativas de “autoconhecimento”, temos condições de “sentir” e também “imaginar” um silencioso envolvimento de harmonização interior de equilíbrio e integração do nosso corpo, mente e espírito (mindful). Os caminhos são muitos. Destaco o da “Meditação Vipassana” e do “Yoga”. O primeiro, como esclarece o consagrado escritor Yuval Harari (autor dos best-sellers “Sapiens”) é “uma técnica baseada na percepção de que o fluxo da mente está intimamente ligado às sensações corporais”(mensagem 225). O do “Yoga”, ensejou esta explicação da doutora Camila Ferreira Vorkapic, com formação em Psicologia pela UFRJ:

– Uma das principais características de práticas contemplativas, como o yoga, é a ênfase dada ao processo de se tornar mais atento às sensações corporais, às experiências sensoriais e aos próprios pensamentos. O aumento da percepção do corpo e dos processos mentais (atenção) pode ser benéfico não só do ponto de vista cognitivo, mas para a saúde e para a autorregulação, pois reflete uma melhor habilidade em observar sinais do corpo e da mente sem se envolver com eles.

Termino, com este “sentir” do cientista e cosmólogo Carl Sagan:

– A IMAGINAÇÃO MUITAS VEZES CONDUZ-NOS A MUNDOS QUE NUNCA FOMOS, MAS SEM ELA NÃO IREMOS A NENHUM LUGAR.

Se você gostou desta mensagem, use o poder do seu imaginário para conhecer o “BELO” das projeções sensórias da sua “realidade interior”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citações da jornalista Catherine Ingram e da doutora Camila Ferreira Vorkapic foram reproduzidas das abordagens sobre “O despertar do entendimento” e “Acalmando as pequenas mentes”, respectivamente publicadas nas Revista SOPHIA, Ano 15, n. 69 – Set/Out de 2017, da Editora Teosófica, e PSIQUE, N. 117, da Editora Escala.
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Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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