(040) Sentindo o poder de elevação interior.

Este espaço virtual foi criado para motivar a prática de “buscas”, com um sentido determinado e bem definido: – o “despertar” do nosso poder de “auto-reforma”, de “elevação interior”, através do alcance do conhecimento de “si mesmo”.

O ser humano precisa conhecer seus “sentimentos” e “emoções”. Precisa conhecer as projeções do seu “sentir” interior e do seu “sentir” o mundo exterior. Isto porque cada pessoa é responsável por todas as suas escolhas, pelo fluir do “ciclo de vida”.

No seu artigo “Inconsciente e impermanência”, Benilton Bezerra Jr., psiquiatra, psicanalista e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (fonte: Revista Mente Cérebro, Série Grandes temas, edição n. 1, dedicada à “Fé – o lugar da divindade no cérebro”, da Editora Duetto), esclarece:

– O conhecimento de si está a serviço da transformação de si, voltada para a construção de uma vida mais criativa e livre de condicionamentos. (…) tanto o budismo como a psicanálise rompem dualidades muito típicas do modo de pensar tradicional do Ocidente, que opõe sujeito e objeto, cérebro e mente, corpo e ambiente, interno e externo, eu e outro. Na perspectiva dos herdeiros de Buda e de Freud, cérebro, mente e mundo são vistos não como realidades independentes, mas como aspectos ou pontos de vista de uma mesma realidade, descritos com vocabulários diferentes. Estão, portanto, completamente imbricados uns nos outros, interagindo e influindo reciprocamente o tempo todo. A mente ou a experiência subjetiva da ação do corpo no ambiente,é inscrita corporalmente (embodied) e está ancorada (embedded) no mundo físico e simbólico com o qual sustenta uma relação de afetação permanente.

Em seguida, complementa:

Para o budismo, a análise da experiência de si, ou do eu, deve começar pela compreensão das três marcas da existência: a primeira é a impermanência (anitya), ou seja, a transitoriedade e a natureza condicionada de todos os fenômenos (do eu, dos objetos do mundo, de qualquer experiência, ou sentimento). Tudo o que existe é impermanente devido a sua natureza composta, o que significa que tudo depende de causas e condições para existir. Se essas cessarem, cessam também os fenômenos. Tudo está sujeito a aparecer e desaparecer.

Para o enfoque desta mensagem, certo é que:

– Tudo está sujeito à lei da casualidade.

– Somos nós que damos significado a tudo que existe, e para nós mesmos.

– Somos nós que temos a capacidade de “ressignificar” o nosso próprio “existir” e “viver”.

– Somos nós que temos liberdade de querer transformar o “agora” para, consequentemente, poder moldar os sucessivos “depois”, por todas as realidades da evolução do nosso “existir”.

Resumindo:
1. O ser humano voltando-se para si mesmo; estando em harmonização interior; conhecendo as suas necessidades de melhorias; conseguirá o “despertar” da sua “iluminação interior” e ficará imerso em um estado de elevação existencial e espiritual, em fusão com tudo o que existe no universo.

2. O poder de elevação interior não está condicionado à predominância do pensamento espiritualista do Oriente, nem do pensamento causal do Ocidente. É uma natural condição de “descoberta interior” de todo ser humano que, voltando-se para si mesmo, harmoniza-se com a universalidade da “essência transcendente” de toda manifestação de vida, esteja onde ele estiver.
Merece atenção esta observação do Dr. Gilberto Katayama, médico clínico geral, com especialidade nas áreas de terapia regressiva, Psicologia Transpessoal e meditação, que, no meu entender, em se tratando de “elevação interior”, também se aplica à nossa relação de interação com o mundo exterior (fonte: “Mudança de Padroẽs de Consciẽncia”, publicado na Revista Psique, n. 112, ano IX, Editora Escala):

– Poucas pessoas estão conscientes de que experimentamos a vida (o mundo exterior) a partir do nosso mundo interior. A maioria acredita que a qualidade de vida depende de mudanças que ocorrem no mundo exterior e passam uma vida tentando mudar o mundo. Mal sabem que o segredo do sucesso e da felicidade está no despertar consciente para sua realidade interna, para a autoconsciência.

No seu dia, para todas as mães a contagiante what a wonderful world, eternizada na voz de Louis Armstrong (um exemplo de cantar com a “sensibilidade da alma”).
https://youtube.com/watch?v=E2VCwBzGdPM

Notas:
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3.Vídeo do youtube: What a wonderful world – Louis Armstrong

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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