A prática do “autoconhecimento” não tem fim. Deve ser permanente e incansável. Está ao alcance de todos nós. Basta querer “voltar-se para si mesmo” e, em silêncio, favorecer o “escutar” da nossa percepção interior que, por vezes, se manifesta modelada pelos subjetivos significados elaborados pela “essência sensória” dos nossos sentimentos e emoções. Sobre essa silenciosa conexão interior, ensina o escritor norueguês Erling Kagge no seu interessante e belo livro “Silêncio – na era do ruído”, recém-lançado no Brasil pela Editora Objetiva, que recomendo a leitura:
– O silêncio deve falar, e você deve falar com ele para aproveitar do potencial que ali existe.
Na história da humanidade, a busca pelo conhecimento da nossa interiorização é milenar. Esclarece Christof Koch, diretor científico do Instituto Allen de Ciências do Cérebro, em Seattle, no seu artigo “Você está mesmo no comando da sua vida?, publicado na Edição Especial 54, Ano XI, da Revista Mente e Cérebro, lançada no Brasil pela Editora Segmento, com conteúdo estrangeiro licenciado pela Scientific American:
– Os gregos antigos tinham o aforismo seauton gnothi (conhece-te a ti mesmo) inscrito acima da entrada do Templo de Apolo, em Delfos. Os jesuítas mantêm a tradição espiritual de aproximadamente 500 anos, segundo a qual é imprescindível examinar a consciência duas vezes ao dia. Os budistas examinam seus atos quando se sentam para meditar e, a partir daí, refazem o compromisso pessoa de renunciar ao que faz mal e se aproximar daquilo que realmente querem para si. Esse interrogatório interno constante aguça a sensibilidade para nossas ações, vontades e motivações. A atitude permite não só nos compreendermos melhor, mas também vivermos mais harmoniosamente conosco e com nossas metas de longo prazo.
Certo é que existem diversas maneiras de exercitar o nosso “escutar interior”, como forma de vivenciar estados sensório de “equilíbrio” e de “harmonização” (inclusive espiritual). Dentre outras destaco a iogaterapia, motivado por estas observações do Dr. David Frawley, que encontrei no seu livro “Uma Visão Ayurvédica da Mente”, lançado no Brasil pela Editora Pensamento, com tradução de Alípio Correia de França Neto e ilustrações de Marco Gal e Angela Werneke (Nota: Sínteses por mim enumeradas, em razão da necessidade de ser mantida uma certa padronização de espaço das mensagens desta nossa caminhada de “autoconhecimento”):
1. A verdadeira psicologia, ou o conhecimento da psique, significa conhecer a si mesmo.
2. Para aumentar o conhecimento de si mesmo, temos de aprender a nos observar, o que requer meditação.
3. O conhecimento de si mesmo requer certa calma e serenidade da mente.
4. Toda a vida é Yoga, que significa unificação.
5. A prática da Yoga, ou a integração interior, reverte todos os problemas psicológicos, fazendo a mente se fundir de novo em sua fonte imutável de consciência pura em que habita a paz perfeita.
6. O pranayama é comumente chamado de “controle da respiração” – acalmar a agitação da respiração, que pertuba a mente e os sentidos. Isso inclui todas as formas de energizar a força vital por meio do corpo, dos sentidos e da mente. (…) A mente e a respiração estão ligadas como um pássaro a duas asas. O pensamento se move com a respiração e esta, em seu movimento, gera o pensamento. Não podemos respirar sem pensar, nem pensar sem respirar.
Termino, com este meu “sentir”:
– EM NÓS, TODO “ESCUTAR” DA NOSSA “SENSIBILIDADE DA ALMA” É DESPERTAR DE “QUIETUDE INTERIOR”!
Notas:
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3.Video do youtube (“Bernward Koch – Under Trees”).
Muita paz e harmonia espiritual.