(340) Sentindo a subjetividade, nas necessidades de mudanças em nossas vidas.

COMO FAZER PARA QUE SEUS ANSEIOS TENHAM CABIMENTO NA REALIDADE COTIDIANA? FAÇA DISSO O DESAFIO MAIOR PARA OS PRÓXIMOS TEMPOS, PORQUE A ALMA ENXERGA PANORAMAS QUE, POR ENQUANTO, NÃO TERIAM CABIMENTO NA REALIDADE.”

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, em uma das previsões do seu horóscopo publicado na edição do dia 15 deste mês, do jornal Correio Braziliense.

A vida nos oferece sucessivas oportunidades de experiências, algumas desejadas, outras não. O filósofo Heráclito de Éfeso (c.535-475a.C) defendia que “tudo é um permanente fluir de estados de mudanças”, sendo muito conhecido este seu “sentir”: “Ninguém se banha duas vezes, na mesma água de um rio.” Resumindo: Tudo é mutável.

Respondo a pergunta feita por Quiroga, com apenas duas palavras: “FAVORECER” e “ACREDITAR“. Quanto ao “desafio” por ele recomendado, não me parece que a força interior do “AREDITAR” nos nossos “ANSEIOS” fique condicionada às futuras imprevisibilidades. Em nossas vidas o sentimento de “ACREDITAR“, nos foi ensinado para perpetuar na passagem ilusória do tempo.

Sendo muitos os anseios humanos de mudanças, pergunto para você neste nosso primeiro encontro de 2023:

COMO DEVEMOS ENTENDER A SUBJETIVIDADE, EM NOSSAS NECESSIDADES E DESEJOS DE MUDANÇAS?

“Sentir”, querer explica para si mesmo a percepção subjetiva do nosso mosaico sensorial e emocional, é prática de “autoconhecimento”. Essas buscas são personalíssimas. Só nós pertencem. Mas em muitas situações podem ser facilitadas por acompanhamentos terapêuticos.

“Conhecer a si mesmo”, como acredito, também ajuda compreender o sentido da nossa existência. São descobertas subjetivas que sempre devem ser consideradas quando desejamos mudar o nosso viver. Talvez tenha sido essa subjetiva espécie de conexão entre o conhecimento da nossa “interioridade” e o “existir humano”, que no passado tenha influenciado o líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) recomendar “que todos nós, em nós mesmos, devemos espelhar as mudanças que queremos para o mundo.” Complemento com esta explicação do escritor e consultor organizacional Eduardo Shinyashiki, no seu artigo “Objetivos definem rumos”, publicado em outubro de 2013, na edição 94 da Revista PSIQUE da Editora Escala:

– Os objetivos são desejos, aspirações e sonhos colocados no futuro, pois uma pessoa consegue se projetar no tempo. Ela é capaz de ver a situação do presente e imaginar como poderia ser no futuro. (…) Um dos maiores desafios do ser humano é definir uma visão de médio e longo prazos em relação aos seus quereres. Muitas vezes, a pessoa, seja no contexto pessoal ou profissional, quer resultados imediatos e não consegue visualizar o alvo a ser conquistado nem a percepção dos passos e do tempo necessários para concretizar o que se quer. Além de não ter claro o próprio projeto de vida e onde o trabalho entra nesse projeto, infelizmente muitas pessoas passam de uma ação a outra sem ter clara a direção e o real significado. Na verdade, a falta de autoprojeção no futuro comporta ações sem resultados, gerando confusão e estresse.

Acrescento o meu convencimento de que, em nossas vidas, tudo parece já ter o seu tempo determinado para acontecer ou ser “desperto em nós”. Quero que você “descubra”, “avalie”, e, principalmente, “ACREDITE” nos seus desejos de “MUDANÇAS” porque, como ensina a psicóloga Daniele Vanzan, especialista em Psicologia Jurídica:

Quando falamos em mudança, falamos da transformação do que é para o que se quer ou precisa vir a ser. A única forma de modificarmos o que não nos satisfaz no mundo exterior é modificar a maneira que lidamos ou reagimos com aquele desconforto.

Termino esta mensagem, com este belo e poético “sentir” da nossa conhecida escritora Adélia Prado, romancista e contista ligada ao Modernismo:

– “De vez em quando Deus me tira a poesia. Olho pedra, vejo pedra mesmo. O mundo, cheio de departamentos, não é uma bola bonita caminhando solta no espaço.”

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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