(304) Sentindo, para o seu “pós-pandemia”, que já podemos modular a percepção dos nossos sentimentos (Parte IX da 296).

“O MEU MUNDO É O DA SUBJETIVIDADE, DAS PERCEPÇÕES SIGNIFICATIVAS QUE EM MIM, COM MUITA FREQUÊNCIA SE MANIFESTAM EM SINTONIA DE HARMONIZAÇÃO INTERIOR. O MEU MUNDO É O DAS DESCOBERTAS NÃO PROCURADAS, QUE ACONTECEM PELOS CAMINHOS DA MINHA VIDA E SENDO, MUITAS DELAS, EXPLICADAS SOMENTE NAS CHEGADAS DOS DESTINOS CONQUISTADOS QUE ME SURPREENDEM. NO MEU MUNDO NÃO ME GUIO, MAS SOU GUIADO PORQUE, COMO ACREDITO, TEMOS POR MERECIMENTO NOSSO UMA MISSÃO DEFINIDA PARA CADA UM DE NÓS.
O MEU MUNDO É O DA PLENITUDE TRANSCDENDENTE DO MEU “SENTIR”!
São minhas palavras, motivadas pela leitura desta análise do astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo publicado na edição do jornal “O Estado de São Paulo”, do dia 24 do mês passado:

– A PERFEIÇÃO É FACTÍVEL.
A perfeição não é impossível, apenas dá muito trabalho para realizar, e não é qualquer pessoa que aceita essa condição. Por isso, se perfeição desejas, não abaixes tua bola te convencendo de que seria melhor tomar essa atitude, para evitar futuras decepções. Se perfeição desejas, em primeiro lugar isso é assim porque tua imaginação a percebe, e se em pensamentos a ela te conectas, só falta aceitares o árduo caminho de aprimoramento constate para a realizar. Se a palavra perfeição existe é porque o conceito está disponível para ser realizado, e inúmeras obras humanas ao longo da história comprovam que a perfeição é factível. Porém, se tu desistes logo de entrada, porque te dá preguiça, essa é uma decisão que tu tomas e que define a natureza do teu destino.

MARAVILHA! MARAVILHA!

Observe que Quiroga, com sabedoria de vida, entende que “PERFEIÇÃO” é possível de ser realizada. É possível de ser por nós “alcançada”. Concordo e lembrei deste “sentir” do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor da conhecida fábula infantil “O Pequeno Príncipe”:

– A PERFEIÇÃO NÃO É ALCANÇADA QUANDO NÃO HÁ MAIS NADA A SER INCLUÍDO. A PERFEIÇÃO É ALCANÇADA QUANDO NÃO HÁ MAIS NADA A SER RETIRADO.

Da análise de Quiroga, o que mais aguçou a minha atenção foi o seu entendimento sobre o nosso desejo de “PERFEIÇÃO”. Para ele, nós temos a capacidade de percebê-la com a “imaginação” e a ela nos conectarmos em “pensamentos”. Nesse sentido, de modo conclusivo Quiroga foi direto:

– TUDO É UMA QUESTÃO DE “ACEITAÇÃO”. SE A PALAVRA “PERFEIÇÃO” EXISTE É PORQUE O CONCEITO ESTÁ DISPONÍVEL PARA SER REALIZADO.

Pergunto para você:

– QUAL É O SEU “CONCEITO” DE PERFEIÇÃO?

– NESTA PANDEMIA, EXISTEM MANIFESTOS “ESTADOS DE PERFEIÇÃO”?

Para lhe ajudar responder, lembrei do filósofo Gilles Deleuze (1925-1995) que considerava a Filosofia um processo para “construir conceitos”.

Mais uma vez enriqueço a nossa jornada para o “autoconhecimento” (mensagem 001), com estas considerações da doutora Ana Maria Haddad Baptista, reproduzidas da sua bela, consistente e esclarecedora abordagem “A Literatura em diálogo com a Filosofia”, que foi publicada na edição 138 da Revista “Humanitas”, da Editora Escala (partes a seguir numeradas e adaptadas, com as minhas palavras):

1. Deleuze nunca se abatia por ondas de pessimismo de qualquer natureza. Jamais se conformou com a homogeneidade do pensamento. Destaco estas suas palavras: “O filósofo é o amigo do conceito, ele é o conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos. O amigo seria o amigo de suas próprias criações?”.

2. Acrescenta Deleuze: “Os conceitos não nos esperam inteiramente feitos, como corpos celestes. Não há céu para os conceitos. Eles devem ser inventados, fabricados ou antes criados, e não seriam nada sem a assinatura daqueles que os criam”.

Agora, “sintam” esta expressiva conclusão da doutora Ana Maria Haddad:

– A GRANDE LIÇÃO DE DELEUZE PARA A HUMANIDADE ESTÁ, ENTRE OUTRAS COISAS, EM MOSTRAR QUE A VIDA NÃO SE ESGOTA. O ESGOTAMENTO PROPOSTO PELOS PESSIMISTAS NÃO PODE SER ASSIMILADO. OS SIGNOS IMATERIAIS E, PORTANTO, SENSÍVEIS CINTILAM INDICANDO A TÃO SONHADA INTERSUBJETIVIDADE. UM DOS ÚNICOS CAMINHOS PARA A SINCRONIA TOTAL DAS RELAÇÕES E PARA ATENUAR NOSSA INCOMPLETUDE.

Plagiando a “essência subjetiva” da sua conclusão acima, termino esta mensagem com este meu “sentir”:

1. Em qualquer momento do nosso viver (com ou sem pandemia), somos nós que “criamos” as nossas subjetivas e interiores realidades de “PERFEIÇÕES”, elaborando “para nós mesmos” os nossos conceitos representados por “modelagens sensoriais” das nossas necessidades de completudes existenciais e emocionais”.
2. Os nossos sentimentos e ideais de buscas de “PERFEIÇÃO”, sejam de que natureza forem, são “despertos” dentro de nós e não, a contrário”, de “fora para dentro de nós”.
3. Nesta pandemia, sentir-se pertencente no Universo como “parte una” de uma “PERFEIÇÃO SUPERIOR”, nos fortalece (inclusive espiritualmente) na superação de todas as nossas dificuldades e desafios. Ou seja: nas palavras da doutora Ana Maria Haddad, nos fortalece no “ACREDITAR” que nesta nossa atual, triste e difícil realidade – “A VIDA NÃO SE ESGOTA”.

Espero você, na continuação desta mensagem.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo neste espaço virtual qualquer alegação que mereça ser melhor avaliada, mande o seu comentário no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Busca Interior. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *