Projeções sensórias do nosso “sentir interior”: – são todas as manifestações moldadas pela essência da nossa “Sensibilidade da Alma”. São os nossos “sentimentos”, as “emoções”, o “sorrir”, o “chorar”, o “falar”, o “calar”, o “pensar”. Enfim, é tudo que de alguma forma, e até mesmo em silêncio, transmitimos de nós. Mas há um “mostrar interior” que é diferente de todos os outros. É o mostrar com “AMOR”, com “TERNURA”. É o sentimento de “apego” às pessoas que queremos bem, e aos animais que amamos. Resumindo: É o saber mostrar o nosso “afeto”, com amor.
Certo é que em todos os nossos relacionamentos, o “afeto” me parece ser a “roupagem” do ser humano que revela a natureza sublime da sua “transcendente” e “suprema” origem existencial e espiritual.
O “afeto” é a linguagem da comunicação de quem “gosta”, de quem “ama”, e de quem é “amado”. É a exteriorização subjetiva de todos os nossos sentimentos envolvidos por “AMOR”. O “afeto” é atração de pessoas. É conexão do “desejo sexual”. O “sexo” sem troca de “afeto”, sem envolvimento de “AMOR”, não é “sexo”. Eu não sei explicar o que seja.
O “afeto” precisa ser “despertado” em nós, para ser por nós praticado.
Qualquer que seja o tipo de união entre dois seres humanos, há necessidade mútua de respeito e de reciprocidade de “afeto”.
O casal moderno é resultado de profundas transformações, assim explicadas pelo psicanalista francês Eric Smadja, que se dedica ao estudo dos “afetos” que envolvem as relações conjugais (Fonte: Entrevista com o título “O casal da era moderna”, publicada no n. 72, Ano VI, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala):
– Não podemos compreender um casal contemporâneo simplesmente contando uma história. Os aspectos afetivos e sexuais devem sempre ser inseridos e confrontados com fatores culturais, históricos e psíquicos.
– No meu livro Le couple et son histoire, busquei abordagens social, histórica, antropológica e psicanalítica para estudar o casal. Quando nos perguntamos o que é um casal, temos uma resposta já determinada pela história, sociedade e pela cultura.
A noção de casal como o conhecemos hoje é recente. Ela apareceu junto com a evolução do ser humano e como ele indivíduo se coloca na sociedade contemporânea. Durante séculos, o que definimos hoje como casal não existia, porque na sociedade tradicional o matrimônio representava o encontro entre duas pessoas que se casavam para ter filhos e produzir uma família dentro da sociedade. O casamento contemporâneo surgiu por intermédio dos burgueses inspirados nos antigos matrimônios cristãos. Durante muito tempo, o casamento foi controlado por três poderes históricos: a família, a Igreja e o Estado. Essas instâncias estavam sempre em conflito, entre eles, para ter o controle da instituição. Na verdade, é justamente a existência desses conflitos que permitia se atenuar um possível desentendimento entre o casal, pois se dava mais importância aos fatores externos do que aos conflitos internos. Isso no último século se alterou. Hoje, por exemplo, numa cidade grande do Ocidente, é comum pessoas se escolherem livremente cada vez mais, indiferentes à influência que os três poderes exerciam até então.
Termino esta mensagem, com este “pensar” de Charles Chaplin:
– Mais do que máquinas, precisamos de humanidade… Mais do que inteligência, precisamos de afeto e ternura.”
Notas:
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3. Vídeo youtube (“AFETO”).
Muita paz e harmonia espiritual para todos.