“NÃO SOMOS APENAS O QUE PENSAMOS SER. SOMOS MAIS; SOMOS TAMBÉM, O QUE LEMBRAMOS E AQUILO DE QUE NOS ESQUECEMOS; SOMOS AS PALAVRAS QUE TROCAMOS, OS ENGANOS QUE COMETEMOS, OS IMPULSOS A QUE CEDEMOS… “SEM QUERER”
São palavras de Sigmund Freud, o pai da psicanálise (1856-1939). Sempre que estudo e aprendo com seus ensinamentos, lembro e concordo com esta consistente síntese de Luis Carlos de Menezes, docente do Instituto de Física Universidade de São Paulo (USP), que encontrei com a leitura da sua abordagem “A psicanálise, um estranho no ninho”, publicada na Revista Cult, Ano 23, janeiro 2020, Edição Especial n. 253 dedicada a Freud, lançada no Brasil pela Editora Bregantini:
– A psicanálise, sendo um tratamento pela linguagem, precisa reencontrar o seu fôlego a cada vez, no modo particular de dizer, tanto mais que seu “objeto” é subjetivo por natureza e remete ao que está no âmago da vivência subjetiva de si e do outro.
As palavras escolhidas para iniciar esta mensagem são preciosas fontes de buscas de “autoconhecimento”. Assim entendo porque, com certeza, servem para motivar a prática silenciosa do nosso “voltar-se para si mesmo”, que nos favorece alcançar a sensória percepção interior (seja de modo consciente ou inconsciente) de “como nós somos”, “como pensamos ser”, “como ainda não somos” e a do nosso “como desejamos ser”.
Acrescento:
Também favorecem a subjetiva percepção do sentir interior “de como estamos” e do “como não podemos estar”, nesta difícil e preocupante experiência causada pela pandemia do coronavírus.
Sempre ressalvando que não sou de nenhuma área da saúde, acredito que os respectivos significados subjetivos das buscas de “autoconhecimento” acima referidas (repito: sejam eles manifestos em nós de modo consciente ou inconsciente), devem compor uma nossa e exclusiva linguagem também simbólica, assim como é a dos nossos “sonhos”. Um despertar interior personalíssimo, individual, singular, que só nos pertence. Caso esteja certo esse meu entendimento, peço a sua atenção para este “sentir” de Jung, Collected Works:
– Quando consideramos a infinita variedade de sonhos, é difícil conceber que haja um método ou procedimento técnico que leve a um resultado infalível. Aliás, é bom que não haja métodos válidos, pois neste caso o significado de um sonho já seria limitado de antemão e perderia precisamente aquela virtude que torna os sonhos tão valiosos para os objetivos terapêuticos: sua capacidade de proporcionar novos pontos de vista.
É tão difícil compreender um sonho que por muito tempo criei e segui uma regra: quando alguém me conta um sonho e pergunta a minha opinião, primeiro digo para mim mesmo: ‘Não tenho ideia do que este sonho significa’. Depois disso posso começar a examinar o sonho.
Certo é que ninguém, de nós, estava preparado para vivenciar essa atual realidade do coronavírus. Nem para as imposições desse necessário confinamento social.
Em nossas vidas “TUDO” tem o seu ciclo de permanência… vem, passa, para depois se renovar em sucessivos renasceres.
Com sentimento de DEUS no meu coração, para vocês este “sentir” de Paulo Coelho:
NÂO EXISTE NEM VITÓRIA NEM DERROTA NO CICLO DA NATUREZA: EXISTE MOVIMENTO.
Volte sempre!
Notas:
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2.A citação de C.G.Jung foi reproduzida do livro “SONHOS um portal para a fonte”, de Edward C. Whitmont e Sylvia B. Perera, lançado no Brasil por Sumus Editorial.
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Muita paz e harmonia espiritual.