(278) Sentindo como “devemos” e “podemos” nos fortalecer contra o coronavírus.

“NÃO SOMOS APENAS O QUE PENSAMOS SER. SOMOS MAIS; SOMOS TAMBÉM, O QUE LEMBRAMOS E AQUILO DE QUE NOS ESQUECEMOS; SOMOS AS PALAVRAS QUE TROCAMOS, OS ENGANOS QUE COMETEMOS, OS IMPULSOS A QUE CEDEMOS… “SEM QUERER”
São palavras de Sigmund Freud, o pai da psicanálise (1856-1939). Sempre que estudo e aprendo com seus ensinamentos, lembro e concordo com esta consistente síntese de Luis Carlos de Menezes, docente do Instituto de Física Universidade de São Paulo (USP), que encontrei com a leitura da sua abordagem “A psicanálise, um estranho no ninho”, publicada na Revista Cult, Ano 23, janeiro 2020, Edição Especial n. 253 dedicada a Freud, lançada no Brasil pela Editora Bregantini:

– A psicanálise, sendo um tratamento pela linguagem, precisa reencontrar o seu fôlego a cada vez, no modo particular de dizer, tanto mais que seu “objeto” é subjetivo por natureza e remete ao que está no âmago da vivência subjetiva de si e do outro.

As palavras escolhidas para iniciar esta mensagem são preciosas fontes de buscas de “autoconhecimento”. Assim entendo porque, com certeza, servem para motivar a prática silenciosa do nosso “voltar-se para si mesmo”, que nos favorece alcançar a sensória percepção interior (seja de modo consciente ou inconsciente) de “como nós somos”, “como pensamos ser”, “como ainda não somos” e a do nosso “como desejamos ser”.

Acrescento:

Também favorecem a subjetiva percepção do sentir interior “de como estamos” e do “como não podemos estar”, nesta difícil e preocupante experiência causada pela pandemia do coronavírus.

Sempre ressalvando que não sou de nenhuma área da saúde, acredito que os respectivos significados subjetivos das buscas de “autoconhecimento” acima referidas (repito: sejam eles manifestos em nós de modo consciente ou inconsciente), devem compor uma nossa e exclusiva linguagem também simbólica, assim como é a dos nossos “sonhos”. Um despertar interior personalíssimo, individual, singular, que só nos pertence. Caso esteja certo esse meu entendimento, peço a sua atenção para este “sentir” de Jung, Collected Works:

– Quando consideramos a infinita variedade de sonhos, é difícil conceber que haja um método ou procedimento técnico que leve a um resultado infalível. Aliás, é bom que não haja métodos válidos, pois neste caso o significado de um sonho já seria limitado de antemão e perderia precisamente aquela virtude que torna os sonhos tão valiosos para os objetivos terapêuticos: sua capacidade de proporcionar novos pontos de vista.
É tão difícil compreender um sonho que por muito tempo criei e segui uma regra: quando alguém me conta um sonho e pergunta a minha opinião, primeiro digo para mim mesmo: ‘Não tenho ideia do que este sonho significa’. Depois disso posso começar a examinar o sonho.

Certo é que ninguém, de nós, estava preparado para vivenciar essa atual realidade do coronavírus. Nem para as imposições desse necessário confinamento social.

Em nossas vidas “TUDO” tem o seu ciclo de permanência… vem, passa, para depois se renovar em sucessivos renasceres.

Com sentimento de DEUS no meu coração, para vocês este “sentir” de Paulo Coelho:

NÂO EXISTE NEM VITÓRIA NEM DERROTA NO CICLO DA NATUREZA: EXISTE MOVIMENTO.

Volte sempre!

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citação de C.G.Jung foi reproduzida do livro “SONHOS um portal para a fonte”, de Edward C. Whitmont e Sylvia B. Perera, lançado no Brasil por Sumus Editorial.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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