No budismo, define-se “Bodsatva” como sendo os “seres iluminados”. Para este espaço virtual, somos todos nós. A jornada humana, nesta dimensão de vida, é determinada pelo nosso “estado interior” de harmonização com a transcendente “essência” da nossa trajetória de necessidades de aprimoramento e de evolução existencial e espiritual.
Tornar-se “iluminado” é conquista individual e personalíssima de elevação a ser alcançada pela descoberta da nossa “potencialidade interior”. Para o escritor Guimarães Rosa, “o nosso estado de plenitude não pode ser programado”. Concordo, porque realmente independe de qualquer tipo de programação. Dependerá, sim, do alcance do “despertar” da nossa subjetiva “singularidade interior”. Do despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”.
Tenho refletido muito sobre este pensar de Joseph Campbell, que dedicou parte da sua vida ao estudo da mitologia e das religiões:
– O maior privilégio da vida é ser quem você é.
A cada leitura que faço desse pensamento, surgem novas e sucessivas buscas sobre o significado da nossa “existência”. Em todas elas, além de valorar a transitoriedade do nosso “existir”, dimensiono a permanente necessidade de elaborar e moldar o nosso “viver”.
O seu livro “O Poder do Mito”, lançado no Brasil pela Editora Palas Athena, está estruturado em uma atraente e profunda entrevista concedida ao jornalista Bill Moyers. Dele, destaco esta afirmação de Campbell:
Moyers. (…) Mitos são histórias de nossa busca da verdade, de sentido, de significação, através dos tempos. Todos nós precisamos contar a nossa história, compreender nossa história. (…) Precisamos que a vida tenha significação, precisamos tocar o eterno, compreender o misterioso, descobrir o que somos.
Campbell. Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior de nosso ser e de nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivos. É disso que se trata, afinal, e é o que essas pistas nos ajudam a procurar, dentro de nós mesmos.
Termino esta mensagem sugerindo que você encontre na sua “realidade interior”, a luminosidade da origem transcendente do seu “existir”, através do despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.
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3.Vídeo youtube: “Documentário Joseph Campbell – O poder do mito (Trailer)”.
Muita paz e harmonia espiritual para todos.