(182) Sentindo nos sonhos, a essência da “Sensibilidade da Alma”.

A jornada humana teve início em dimensões de necessidades de evolução e de aprimoramento “existencial” e “espiritual”. Nada é efêmero em todos os ciclos de manifestações de “vida”. Tudo se transforma. No meu entender, esse fluir permanente foi ensejado por um superior “princípio”. Em todo Universo existem conexões de “equilíbrio pleno” de harmonização. Nós estamos espiritualmente conectados a essa “totalidade maior”. Somos os únicos seres com a capacidade de ter “consciência de si mesmo”. Acredito em uma “consciência transpessoal” do ser humano, e na amplitude transcendente da nossa “psique”. É preciso resgatar o “sentir interior” da essência da nossa espiritualidade, pelo despertar da “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001). O caminho dessa busca é a prática do “autoconhecimento”. Gosto deste “sentir” de OSHO, que inicia a introdução do seu livro “A jornada de ser humano”, lançado no Brasil pela Editora Academia com tradução de Magda Lopes, e todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:

– O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontrá-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está sua beleza.

O que me inspirou esta mensagem foi o reconhecimento da relevância da contribuição psicanalítica de Carl Gustav Jung sobre os nossos “sonhos”. Apesar de não pertencer à área de saúde, o que sempre aguçou meu interesse foram os insights recebidos da subjetividade do meu “sentir”, que consolidaram a minha aceitação de que, para o nosso desenvolvimento como “pessoa”, muitos dos nossos “sonhos” são reveladores de significativas imagens oníricas do nosso “inconsciente”. Talvez seja essa comprovação que, através da prática individual do “autoconhecimento”, favorecerá um novo olhar para a nossa “individualidade espiritual” (mensagens 115, 126, 142 e 174).

Agora, peço a sua atenção para esta lenda que foi escolhida por Edward C. Whitmont e Sylvia B. Perera para encerrar a conclusão do livro “Sonhos, um portal para a fonte”, lançado no Brasil pela Editora Summus com tradução de Maria Silvia Mourão Netto, que recomendo como leitura obrigatória para todos os terapeutas que se dedicam ao estudo dos processos oníricos sem, necessariamente, “se limitar à patologia e à terapia”:

– Antes do nascimento, o anjo acende uma luz sobre a alma, “com a qual a alma pode ver de um extremo a outro o mundo…em que ela viverá e morrerá… e ele a conduz pelo mundo inteiro, apontando os justos e os pecadores e todas as coisas”. Mas, logo após o nascimento, o anjo “apaga essa luz” e a criança esquece tudo que sua alma já viu e aprendeu e entra chorando no mundo, pois acaba de perder um local de proteção, segurança, repouso. No entanto, assim que passa à vida, “a alma escapa todas as noites do corpo, sobe aos céus e vai buscar uma nova vida”…

Em seguida, comentam os autores dessa valiosa obra:

– Talvez, ao sonhar, estejamos tentando relembrar aquilo que nossas almas sempre souberam.

Termino esta mensagem, com esta pergunta para você pensar:

Se as imagens dos sonhos são simbólicas, será que as nossas buscas interiores de “autoconhecimento” também podem receber, através deles, significados do nosso inconsciente que estejam sensoriamente modelados pela essência da nossa “Sensibilidade da Alma”?

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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