(053) Sentindo a nossa possibilidade de “crescimento interior”, com a ajuda da “neurociência”.

A motivação ensejadora desta mensagem são estas duas comprovações da neurociência: a “neuroplasticidade” e a “neurogênese”.
A primeira, explicando a permanente reestruturação do cérebro humano, ao contrário do entendimento prevalecente nas últimas décadas, no sentido de que a sua formação já estaria completa na fase intrauterina, para depois serem aprimoradas as suas atividades de acordo com a nossa herança genética.
A “neurogênese” mostrando que, da vida úterina até à velhice, os neurônios estão sendo continuamente renovados.

Resolvi iniciar esta mensagem com essas informações da neurociência, porque se aplicam às nossas “buscas interiores” (Estejam elas destinadas à conquista de bem-estar; de equilíbrio emocional; ao conhecimento da nossa “interioridade” e das “projeções sensórias” recebidas de estímulos do “mundo exterior”, dentre outras). Aliás, sobre essa nossa “interação existencial” com a “realidade exterior”, gosto da subjetividade contida nesta afirmação de Thich Nhat Hanah, no seu livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda”, lançado no Brasil pela Editora Rocco:

– O universo inteiro é objeto de nossa percepção, e como tal não existe apenas fora de nós, mas também dentro de nós.”

Todas as “buscas de si mesmo” precisam ser plenamente envolvidas pelo “silêncio interior”. Isto porque, “interiorização” significa “encontrar consigo mesmo”, estando alheio à realidade exterior”.

A evolução deste espaço virtual, sempre esteve estruturada em sugestivas propostas de “interiorização” voltadas principalmente para a subjetiva sensação do “sentir” a “essência” da nossa “sensabilidade interior”.
Cabe destacar, que todas as mensagens postadas surgiram de “insights” recebidos de “percepções interiores”, de “intuições” e de “experiências” que considerei serem significativas para este espaço virtual.

Com esta mensagem precisamos refletir sobre este “pensar” de Carl Jung, a respeito do nosso “conhecimento intuitivo” (fonte: super.abril.com.br/cotidiano/intuição – 446302. Shtml):

– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita, em seu próprio interior.

Como acredito na “imortalidade da alma”, gosto dessa afirmação de Jung, porque entendo que todos nós acumulamos, de forma inata, “estados de consciência” atemporais, relativos a “conhecimentos” e “experiências” de origens transcendentes e desconhecidas nesta “dimensão de vida”.

Pergunto:

– Qual é a contribuição da neurociência que favorece a nossa “mudança interior”, em todos os sentidos de melhoria existencial?

A resposta vem sendo encontrada pelos neurocientistas, em pesquisas sobre a “plasticidade do cérebro humano” e com o mapeamento de suas “regiões específicas” que reorganizam e se transformam com o recebimento de novos estímulos mentais. A respeito, sugiro a leitura do livro “O Cérebro de Buda” (escrito pelo neuropsicólogo Rick Hanson e pelo neurologista Richard Mendius, ambos especializados em práticas de meditação), lançado pela Editora Alaúde.

Merece muita atenção esta parte da apresentação dessa excelente abordagem sobre importantes descobertas da neurociência:

– Uma descoberta revolucionária na ciência revelou recentemente que o cérebro do adulto permanece aberto a transformações ao longo da vida. (…) Se considerarmos a mente como um processo personificado e relacional que regula o fluxo de energia e informação, perceberemos que realmente podemos usá-la para transformar o cérebro. (…) O segredo é conhecer as etapas a serem seguidas usando a consciência para promover o bem-estar. (…) As relações sociais que estabelecemos modelam nossas ligações neurais que formam a estrutura do cérebro. Isso significa que a maneira como nos comunicamos altera os circuitos do cérebro, ajudando especialmente a manter o equilíbrio da vida. A ciência, além disso, comprova que, quando cultivamos a compaixão e a atenção permanentes – quando deixamos o julgamento de lado e nos concentramos totalmente no aqui e agora -, usamos os circuitos sociais do cérebro para nos tonarmos capazes de transformar até mesmo o relacionamento com o nosso eu.

Termino esta mensagem convidando você para começar esse relacionamento com o seu “EU” interior (com o seu “sentir” a “Sensibilidade da Alma”), escutando a sua “voz interior”.

Notas:
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2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “A Voz Interior – Lao Tzu”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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