“Vivemos em um mundo com muitas opções de escolhas, mas as que são aparentemente acertadas ou não, também dependem das avaliações subjetivas das nossas necessidades e dos significados buscados com as nossas percepções interiores.”
São palavras que surgiram na minha “mente consciente”, porque entendo que nós somos influenciados de duas maneiras: pelas nossas externas “vivências existenciais” e pelo “sentir subjetivo e simbólico” da nossa “Sensibilidade da Alma”. Por esta razão o ser humano precisa se interiorizar com suas buscas individuais de “autoconhecimento”. Exemplo: Sou um estudioso e gostou de todas as criações artísticas concebidas no estilo abstrato. Em minhas contemplações não me preocupo em querer entender as composições de suas “imagens abstratas”, porque todas as interpretações dos seus possíveis significados transmitem, para nós, o que subjetivamente sentimos em nossas contemplações.
Do meu primeiro artigo sobre arte [com enfoque para “o que sentimos ao apreciar qualquer manifestação artística], que recebeu o título “A Percepção da Arte”, publicado em 1999 na edição n. 30 da Revista VENTURA, com versão para o inglês feita por A. J. Waugh, trago para este nosso encontro estas considerações:
– Toda obra de arte é sentimento, é emoção (do latim “emovere” – “o que se move”). É o sentimento, a emoção presente na essência da obra de arte que “desencadeia o dinamismo criador do artista”, repercutindo no espectador “o movimento que provoca novas combinações significativas entre suas imagens internas”. Portanto, nos precisamos entender uma obra de arte através dos nossos sentidos, e não como sendo resultado de uma ideia de imagem pré-concebida do artista que a idealizou. É por isso que a visão da arte está muito ligada à Psicologia, existindo psicólogos que utilizam a arte como instrumento de investigação da personalidade [como ocorre, por exemplo, com o conhecido Teste do Borrão de Rorschach]. A dinâmica da percepção visual da arte, efetiva-se de modo inconsciente e emerge de estímulos inconscientes de preferências que variam de acordo com os nossos graus de sensibilidade artística.
Complemento com este ensinamento do historiador de arte, Ernst Gombrich, nascido em Viena no ano de 1909, que foi Professor de História da Tradição Clássica na Universidade de Londres:
– “Aqueles que estudam a comunicação no abstrato sabem que “a informação só pode ser recebida onde existe dúvida; e a dúvida implica a existência de alternativas nas quais se exige escolha, seleção ou diferenciação”. Só faz sentido dizer a uma pessoa “mantenha-se à direita” se houver também um caminho à esquerda; e mesmo um aceno de cabeça só servirá de sinal se ao receptor for dado esperar um “sim” ou um “não”. O que o crítico pode aprender dessa intuição simples da teoria da informação é precaver-se não só contra o que é transmitido por uma mensagem mas também contra o que é excluído por ela.”
“Voltar-se para si mesmo”, para a dimensões subjetivas do seu “EU”, é uma sua decisão personalíssima que só lhe pertence, apenas você pode praticar.
Gosto desta conclusão de Gombrich:
– O homem é uno. Se existe alguém que não precisa de memórias não-distorcidas, este é o artista em nosso mundo. Ele não precisa delas e faz uso delas se quiser continuar a tradição ou desafiá-la. Sua obra assemelha-se a um motivo numa sinfonia, que extrai seu sentido e sua comoção do que houve antes e do que pode seguir-se.
Resumo com este meu “sentir”:
–NESTA DIMENSÃO DE VIDA SOMOS NÓS, APENAS NÓS, QUE CONHECEMOS OS NOSSOS DESEJOS DE CONQUITAS EM TODOS OS SENTIDOS DO NOSSO VIVER.
Pensem nisso, e peço aos meus seguidores, e a você que está conhecendo esta nossa jornada para o “autoconhecimento”, que não estranhem ter trazido, pela primeira vez, esses conhecimentos sobre as composições de artes abstratas. Isto porque, por analogia, a sabedoria de viver é uma arte, assim com também são as nossas subjetivas buscas de “autoconhecimento”.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.