(456) Sentindo nossa casa como um “templo” de paz, de harmonia existencial e espiritual.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada.

São palavras de Lya Luft, para quem dediquei a criação desta nossa caminhada para o “autoconhecimento” (mensagem 001). Neste nosso encontro vamos conhecer a sua “A casa inventada“, título de um dos seus livros publicados pela Editora Record, que recomendo a leitura. Nessa casa imaginária, em cada cômodo foram guardados “amores”, “dores”, “frustações”, “alegrias”,…

Em entrevista concedida ao seu amigo Gustavo Ranieri, publicada em 2017 na Edição 119 da Revista da Cultura, da antiga Livraria Cultura, Lya respondeu estas cinco perguntas para as quais peço a sua atenção:

O que a senhora sentiu ao confrontar diversos temas singulares ao escrever “A casa Inventada”?
Lya – Esse foi o meu livro de número 30. Em cada página escrita, cada escritor sente à sua maneira: coisas tristes, alegres, no meu caso, muita imaginação. Gosto de escrever, são momentos felizes. Divirto-me mesmo que meus personagens sofram.

Há uma passagem na qual se diz que, por mais intensa que uma relação seja, as pessoas nunca saberão de fato o que se passa dentro uma das outras. A senhora acredita que a casa, no entanto, é quem chegaria mais perto de conhecer quem cada um é de verdade?
Lya – Acredito, sim, que nunca conhecemos alguém inteiramente, nem parceiro, nem filho, nem o melhor amigo. É por isso que existe certa fascinação pelo ser humano. E, apesar do que escrevo nesse livro, casa não é pessoa, portanto não sabe nada. Ela só existe. Quem sabe são seus fantasmas.

Em certo momento, a senhora escreveu que “não somos arquitetos, pedreiros: somos amadores”. Essa premissa é válida para todas as nossas relações e experiências? É aí que podemos aplicar outro trecho, “metade formada de escolhas; a outra metade, milagres?
Lya – Mais ou menos isso. Digo que viver é difícil, uma montanha russa de alegrias e dores, surpresas sempre. Milagre foi meu jeito de expressar talvez “surpresas”, ou coisas que pensávamos serem impossíveis.

O que te proporciona mais prazer hoje?
Lya – Estar com meu parceiro, filhos, netos e netas, tranquilamente. Ou estar lendo um bom livro.

Como a senhora avalia sua relação com a sua casa e de que forma ela influencia em sua maneira de viver?
Lya – Nossa casa é sempre, ou devia ser, nosso retrato. A minha é aconchegante, sem luxo, com uma linda paisagem diante das janelas, muitos livros nas paredes. Um lugar para se sentir bem, sem formalidades nem complicações.

No título desta mensagem comparei a nossa casa a um Templo de paz, de harmonia existencial e espiritual. Mas esses “estados de alma” são emanados de nós, com a nossa presença em uma relação sublime e subjetiva integração.

Vejam o que já disseram sobre a nossa morada: Mario Quintana, “Amar é mudar a alma de casa.”; Leon Tolstoi, “A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.” e “A mulher que não sabe ser feliz em casa não será nunca feliz.”; Cícero, “Casa sem livros, corpo sem alma.”; Émile Zola, “O amor, como as andorinhas, dá felicidade às casas.”; Le Corbusier, “Uma casa é uma máquina para a gente morar dentro.”; Benjamin Franklin, “Amo a casa em a qual não vejo nada supérfluo e encontro tudo o que preciso.” e Antoine de Saint-Exupéry em O Pequeno Príncipe, “Quer seja a casa, as estrelas ou o deserto, o que os torna belos é o invisível.”.

SINTA A SUA CASA COMO SENDO O SEU SANTUÁRIO, DEPENDE APENAS DO SEU “QUERER”, DO SEU “ACREDITAR”.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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