(087) Sentindo o “processo intuitivo” que motiva as mensagens deste espaço virtual.

Nesta semana fui perguntado sobre como escolho e desenvolvo os temas das mensagens deste espaço virtual. Respondi que a motivação surge, naturalmente, por “intuição”. Portanto, sem necessidade de uma prévia elaboração consciente.

Mas o que são as intuições?

Responde Thomas Goschke, diretor do Centro de Neuroimagem, do Departamento de Psicologia da Universidade Técnica de Dresden, em entrevista publicada na Edição Especial da Revista Mente Cérebro, n. 54, Ano XI, da Scientific American:

– As intuições não “caem do céu” (…) são resultado do processamento inconsciente de informações que se manifesta na forma de uma contestação aparentemente espontânea.

Em seguida, Goschke explica como os psicólogos se referem à “intuição”:

– Em princípio, o conceito é indefinido, porque, no dia a dia, ele é aplicado a todo tipo de inspiração espontânea, seja na tomada de uma decisão, na solução de uma tarefa intelectual ou em relação a qualquer pressentimento inexplicável que tenhamos.

Por sua vez, esclarece sobre o “processamento implícito” das “intuições”:

– A intuição é a capacidade de fazer um julgamento sem ter consciência das informações em que se baseia. (…) Em geral, nem sabemos dizer o que nos levou a um juízo específico.

Certo é que para este espaço virtual, acredito que as minhas interiores fontes de “intuição” se manifestam como sendo resultado das permanentes práticas de “buscas interiores” (dentre elas, a meditação), que são voltadas para o alcance do meu “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”. Exemplo: Para esta mensagem, por “intuição”, fui motivado a escrever sobre a possibilidade do alcance de uma “transformação interior”.

Considero ser, a nossa “interioridade”, a essência de todo “ser humano”. No entanto, são as projeções interiores da “Sensibilidade da Alma” que revelam a nossa “singularidade existencial”.

Gosto desta afirmação de Santo Agostinho:

– “In interiore homine habitat veritas” (no homem interior habita a verdade).

Aliás, sempre que me refiro a esse “pensar” de Santo Agostinho, lembro que sob uma perspectiva espiritualista existem três verdades: – a “minha verdade”, a “sua verdade” e a “verdade absoluta” que, por ser de natureza transcendente, nos envolve em sintonia de harmonização interior com a origem da nossa essência “existencial” e “espiritual”.

Também é interessante registrar, nesta mensagem, a influência das nossas emoções e sentimentos no fluir interior do nosso “processo intuitivo”. A respeito, esclarece Thomas Goschke na entrevista acima referida:

– (…) os juízos intuitivos muitas vezes se expressam em sentimentos. As emoções influenciam também a maneira como tomamos decisões. Há indicações de que, quando nosso estado de espírito é positivo, relaxado, tendemos mais ao juízo que à ponderação analítica. Se tristes ou deprimidos, ao que parece, é o contrário.

É o que acontece quando estou escrevendo neste espaço virtual – vivencio um “estado interior” que enseja o desenvolvimento do tema recebido por “intuição”. Por esta razão, repetidamente venho afirmando que todos nós precisamos conhecer as nossas “emoções” e “sentimentos”.

Verifica-se, portanto, que qualquer “transformação interior” poderá ser alcançada quando, com as projeções da nossa “Sensibilidade da Alma”, sentimos o envolvimento de “harmonização interior”.

Termino esta mensagem assegurando que o autoconhecimento, através da prática do “voltar-se para si mesmo”, contribui para a nossa “transformação interior”, além de consolidar o esperado despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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