(214) Sentindo, em tudo, a influência da nossa subjetividade.

Em todas as jornadas humanas para o “autoconhecimento”, os resultados das nossas buscas interiores são moldados e para nós revelados pela “percepção sensória” da nossa “consciência”. Por analogia, gosto desta explicação do Professor de Física da Universidade de Oregon, Amit Goswami, em entrevista publicada na Edição 71, Ano 16, da Revista SOPHIA, lançada no Brasil pela Editora Teosófica:

– O universo, para existir, necessita que um ser tenha consciência dele. Sem um observador, o universo existe apenas como um potencial abstrato, uma possibilidade, exatamente como sempre afirmou o misticismo oriental.

Nessa entrevista, que foi publicada com o título “As provas da Existência de Deus”, ao ser perguntado sobre “como a consciência cria o mundo material”, Goswami sustenta de modo conclusivo este seu convencimento:

– A consciência é a base de todo o ser. (…) A consciência é transcendente. Você consegue, exatamente aí, perceber a visão que transforma o paradigma – como se pode dizer que a consciência cria o mundo material? O mundo material da física quântica é pura possibilidade. É a consciência, através da conversão da potencialidade em atualidade, que cria o que vemos como manifesto. Em outas palavras, a consciência cria o mundo manifesto.

O que motivou esta mensagem, foi a leitura desta interessante observação do escritor Maurício de Andrade, publicada na Edição 72, Ano 16, da referida Revista SOPHIA:

– Mesmo que as pessoas concordem em pontos de vistas comuns, existe um diferencial que as faz ser, entender e sentir conforme a sua própria maneira de vivenciar a experiência. Somos educados com leis e culturas que nos oferecem noções básicas; porém, muito mais cabe à nossa inteligência desdobrar esses conceitos e traduzi-los em um bom senso comum. O bom conselho não exclui a renovação e ampliação de seu próprio conceito. Podemos acrescentar um pouco do que somos em tudo que existe; assim,continuamente as coisas se tornam novas, embora pareçam, à primeira vista, iguais. O fato de alguém ter escrito um livro não significa que ele esteja certo; devemos ler vários livros sobre o mesmo assunto. E, quem sabe, escrever o nosso próprio livro. Isso não quer dizer termos a nossa própria verdade, mas acrescentar mais ao que já conhecemos, jogando sobre o fato uma nova luz. Por todas as coisas em nossa vida, as referências conhecidas são poucas para definir como absoluto um único conceito da existência.

Agora vamos conciliar a essência do “sentir” de Goswami, com a do “sentir” de Maurício Andrade: O primeiro, afirma que “a consciência cria o mundo manifesto”. O segundo, que as nossas interações existenciais são subjetivamente influenciadas pelas vivências das nossas experiências de vida.

Ora, se para Goswami a consciência é “a base de todo ser”; é “transcendente” e para nós “cria o mundo manifesto”, termino esta mensagem com este meu “sentir” (que para o Budismo representa uma das dimensões do significado de “budh”, no sentido de “tornar-se consciente”):

– TODAS AS PRÁTICAS DE “AUTOCONHECIMENTO” FAVORECEM A CONSCIENTIZAÇÃO DA NOSSA SUBJETIVA SINGULARIDADE “EXISTENCIAL” E “ESPIRITUAL”.

Notas:

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3.Sugestão de leitura complementar (Mensagem 174).

Muita paz e harmonização interior.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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