(303) Sentindo, para o seu “pós-pandemia”, que já podemos modular a percepção dos nossos sentimentos (Parte VIII da 296).

“VOLTO À “JANELA DA VIDA” E CONTEMPLO IMAGENS SENSORIAIS DAS NOSSAS NECESSIDADES DE COMPLETUDES EM TODOS OS SENTIDOS DO NOSSO “VIVER”. SÃO ELAS QUE TAMBÉM COMPÕEM MOSAICOS INTERIORES QUE, QUANDO DESPERTOS EM NÓS, REFLETEM MATIZES COM SIGNIFICADOS SIMBÓLICOS DA NOSSA “ALMA”. MUITO DELES PODENDO, INCLUSIVE, FAVORECER PARA NÓS ALCANCES DE NOVOS HORIZONTES PELO NOSSO FLUIR EXISTENCIAL.”
São minhas palavras, que fortalecem e me preparam para superar esta triste e preocupante pandemia. Nós estamos vivenciando tempos de “transformações” e de “incertezas” em todas realidades, inclusive nas nossas subjetivas e imaginárias. São “estados emocionais” que exigem um permanente “estar presente” voltado, principalmente, para nós mesmos, para o nosso “agora interior”. Certo é que tudo acontece “quando” e “como” tem que acontecer, independente do nosso querer. As imprevisibilidades continuarão existindo, assim como as que surgem e nos supreendem logo depois das curvas das estradas, porque nunca sabemos o que nos espera. Gosto desta explicação da doutora Michele Müller, que possui especialização em Neurociências e Neuropsicologia da Educação (a seguir reproduzida, com a minha numeração):

1. Estar presente é o requisito para perceber a vida de forma plena e deixar-se maravilhar por ela. Quando a mente está presente, ela defende, nos tornamos sensíveis ao contexto. Mas não basta decidir estar presente: o domínio da atenção é uma habilidade que, como qualquer outra, precisa ser exercitada.
2. Trazer a mente para o presente envolve também o exercício da aceitação, outro conceito enraizado na filosofia oriental. Deixar de se apavorar com as possibilidades imaginárias depende de aceitarmos – e até apreciarmos – o incerto.
3. Devemos lembrar que qualquer pergunta que nos fazemos mentalmente vem com todos tipos de possibilidades – tanto negativas quanto positivas. Criadas e alimentadas pela mente ausente, essas presunções estão quase sempre erradas. Errar nas positivas pode trazer uma enorme frustração. Erras nas negativas – sempre as mais comuns e acompanhadas de evidências que construímos com mestria – nos coloca em constante estado de preocupação.

Parecendo-me muito apropriado para o nosso “agora”, Michele esclarece de modo direto e conclusivo:

– COISAS RUINS ACONTECEM, MAS É BOM TRAZER À CONSCIÊNCIA QUE NOSSAS TEMÍVEIS PREVISÕES MUITO RARAMENTE CORRESPONDEM À REALIDADE E QUE, MESMO EM MOMENTOS DIFÍCEIS, O CENÁRIO IMAGINADO PODE SER MUITO PIOR QUE O REAL.

Assim como a abstrata passagem do “Tempo” em nossas vidas, como as passagens das nuvens no céu, também vão passar, diluir e ficarem enfraquecidas muitas lembranças desta pandemia. Como desejo e acredito, será o surgimento da plenitude de um novo “RENASCER”, renovado pelas energias dos nossos sentimentos revigorados de “SOLIDARIEDADES HUMANISTAS”, de “UNIÃO” e de “FRATERNIDADE UNIVERSAL”. Todos eles, em nós imantados por uma contagiante e permanente necessidade de respeito à “DIGNIDADE HUMANA”.

Justifico esse meu sentir de “ESPERANÇA”, de “ACREDITAR”, com esta explicação do psicólogo Marco Callegaro, mestre em Neurociências e Comportamento, manifestada no seu consistente artigo “O novo INCONSCIENTE das Neurociências”, para a qual peço a sua atenção (a seguir reproduzida, com a minha numeração e ordem de apresentação):

1. O primeiro movimento na direção de uma nova teoria sobre os processos inconscientes foi desencadeado pelo psicólogo John Kihlstrom, que usou a expressão “inconsciente cognitivo” em um artigo publicado na revista Science, em 1987. Kihlstrom argumentou que o funcionamento mental envolve processos inconscientes e conteúdos conscientes. Os conteúdos conscientes provêm do processamento de informações, mas não estamos conscientes do processamento em si, somente do resultado final.

2. A ideia central de Kihlstrom sobre o funcionamento do processamento inconsciente é a de que o cérebro efetua muitas operações complexas, cujo resultado pode se transformar em conteúdo consciente, embora não tenhamos acesso às operações que originam este conteúdo. Desde sua formulação pioneira, várias pesquisas importantes expandiram ainda mais o modelo inicial. Estudos demonstraram que praticamente todos os principais processos mentais podem operar automaticamente.

3. Esse novo modelo ganhou impulso com a publicação do livro, ainda não traduzido, The New Unconscious (Hassim, Uleman e Bargh, 2005) [obs. estas considerações, são de junho de 2014], onde os pesquisadores mais importantes da área revelam os mecanismos inconscientes do processamento complexo de informação envolvidos no afeto, na motivação, na autorregulação, no controle e na metacognição.

4. Várias descobertas em Neurociências contribuem para um novo conceito do inconsciente. Por exemplo, as pesquisas revelaram que existem vários sistemas de memórias implícitas (também chamadas de não declarativas), que são de fundamental relevância para compreender cognições que não são acessíveis à percepção consciente. Uma memória explícita, consciente ou declarativa se refere a uma lembrança consciente de algum episódio prévio, onde o sujeito consegue lembrar de algum aspecto da experiência quando questionado. Já uma memória implícita é demonstrada por qualquer mudança no pensamento ou ação que é atribuída a alguma experiência passada, mas sem lembrança consciente do evento ocorrido.

5. Com a verdadeira revolução das pesquisas em Neurociências, é natural que as áreas de conhecimento que envolvem o cérebro e a mente sejam impactadas e tenham seus conceitos reformulados. Essa revisão de conceitos tem atingido a formulação do inconsciente, um dos redutos tradicionalmente mais misteriosos da ciência psicológica. Com o avanço nas novas metodologias de investigação, a mente inconsciente, gradualmente, sai de um estágio ainda naturalístico e passa a ser estudada experimentalmente em laboratórios de Neurociências cognitivas e sociais.

Termino esta mensagem, com este meu “sentir”:

NO PALCO DA VIDA, CADA UM DE NÓS ESTAMOS CONHECENDO E REPRESENTANDO A NOSSA HISTÓRIA POR CAMINHOS DE DESCOBERTAS DAS NOSSAS NECESSIDADES DE MELHORIAS E DE EVOLUÇÃO DO NOSSO EXISTIR. TEMOS UMA MISSÃO DEFINIDA, EM NÓS E PARA NÓS, COM ESSÊNCIA DE ESPIRITUALIDADE SUPERIOR. NÓS VAMOS VENCER A COVID-19!

Espero você, na continuação desta mensagem.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2. As palavras da doutora Michele Müller e do psicólogo Marco Callegaro fora respectivamente reproduzidas dos seus referidos artigos publicados nas edições 131 e 102 da Revista PSIQUE, da Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer alegação que mereça ser melhor avaliada, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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