Nesta nossa caminhada virtual de “autoconhecimento”, esta é a décima mensagem dedicada aos nossos relacionamentos (mensagens anteriores: 072, 122, 133, 160, 162, 179, 184, 198 e 203). A primeira, sobre a procura da “alma gêmea”, está sendo a mais acessada. Talvez por causa desta história contada pelo doutor Ailton Amélio da Silva, professor de Psicologia da Universidade de São Paulo:
Um amigo pergunta:
– Está namorando?
– Não.
– Porquê?
– Estou procurando a mulher ideal.
Um ano depois, eles se reencontram, e o amigo volta a questionar:
– Está namorando?
– Não.
– Ué, não encontrou a mulher ideal?
– Encontrei, mas ela também estava procurando o cara ideal.
Essa história é fonte de muitos aprendizados. Para esta mensagem, peço a sua atenção para este subjetivo ensinamento do médico indiano Deepak Chopra que se aplica a qualquer tipo de relação interpessoal:
– SEJA QUAL FOR O RELACIONAMENTO QUE VOCÊ ATRAIU PARA DENTRO DE SUA VIDA, NUMA DETERMINADA ÉPOCA, ELE FOI AQUILO DE QUE VOCÊ PRECISAVA NAQUELE MOMENTO.
Com esse seu sentir, Deepak Chopra se refere à possíveis “relacionamentos” que “atraímos” para dentro das nossas vidas. Em princípio concordo em parte, porque entendo que muitos deles nem sempre são antecedidos (“em nós” e “para nó”) por um sensório e consciente “estado interior” de “vontades”, de realizações pessoais de “desejos” de que melhor atendam as nossas “necessidades de completudes existenciais e espirituais”. Em muitos desses casos, outros simplesmente aceitam “para si mesmo” como sendo construções vinculativas de aproximações, de uniões recíprocas de vidas atribuídas ao “acaso” (sugiro a leitura da mensagem 027). Por sua vez, como também acredito, esses “relacionamentos”, sejam de que natureza forem, também são preciosas oportunidades de “interações existenciais” que, subjetivamente, precisamos experienciar para melhor atender as nossas “necessidades interiores de completudes existenciais e espirituais”. Assim, em todas as fases dos nossos “relacionamentos”, precisamos “escutar” as sensórias manifestações perceptivas da nossa subjetiva “singularidade interior”, por meio de um silencioso “voltar-se para si mesmo”, ou com a ajuda das conhecidas práticas de “autoconhecimento”. Também precisamos “sentir” como “somos para nós mesmos”, mas sem querer “impor” o que desejamos que o “outro” seja para nós. “Relacionamento” é “unidade” de respeito recíproco. É necessidade de consolidação permanente de conquistas de integração existencial e espiritual. “Relacionamentos são buscas mútuas de harmonizações interiores de de “Sensibilidade de Almas”, para serem “despertas em nós”, com a “essência superior” dos nossos sentimentos de espiritualidade.
Para provar o porquê os relacionamentos dependem da permanente prática de “autoconhecimento”, termino esta mensagem com esta explicação da atriz Heloísa Périssé sobre a sua peça “E foram quase felizes para sempre”, recentemente apresentada em Brasília:
– A peça, na realidade, fala de diferenças. Como você lida com a diferença do outro, do outro ser humano, não só de relacionamentos, mas sim das diferenças em si, porque o que nós temos de igual é que nós somos completamente diferentes. Quando um casal fica junto – que consegue, porque isso é uma empreitada diária -, o primeiro comentário que você ouve das pessoas é que eles são completamente diferentes. As pessoas são completamente diferentes e completamente iguais também. Na verdade, você tem que saber por onde se ligar na pessoa. A história fala disso, todos nós temos defeitos e qualidades, então é o que você opta por ver. A vida é uma opção.
Acrescento: – Para saber “por onde se ligar na pessoa”, comece “conhecendo a sim mesmo” e, por empatia, sinta as suas diferenças como se você fosse o outro nos seus relacionamentos.
Notas:
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Muita paz e harmonização interior.