(108) Sentindo o encontro interior, com a nossa “missão existencial”.

Repetidas vezes tenho afirmado neste espaço virtual, que todos nós temos uma “missão” com finalidade “existencial” e “espiritual” bem definidas. O que precisamos é “sentir” os indicativos interiores e subjetivos dessa “missão”. Pessoalmente, considero que a vida deve ter um significado transcendente, assim como o fluir da nossa “missão” necessita de um consciente “propósito existencial” de necessidades de melhorias, em todos os sentidos.

Pergunto:

– Como favorecer o “encontro interior” com a nossa “missão” existencial?

Entendo que deverá ser buscando dentro de nós mesmo, através das “percepções” vindas da essência da nossa “interioridade”. Deverá ser buscado por meio do “sentir interior” da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Com as suas escolhas, o ser humano é o modelador do seu “existir” e do seu “viver”. Portanto, todos nós temos condições de “criar” e “buscar” o nosso individual e exclusivo “propósito de vida” que, de certa forma, poderá nos conduzir para uma jornada humana espelhada em sintonia de harmonização interior com a nossa “missão existencial”, nesta dimensão de vida.

Certo é que o sentido e o significado da nossa “missão” (com finalidade “existencial” e “espiritual”), não serão encontrados fora de nós, com as nossas interações de vivências no “mundo real”. Nós temos um potencial de sintonia de harmonização interior com a nossa “essência existencial”. Esse potencial é que nos levará ao estado interior de transcendência “existencial” e “espiritual”. É o potencial que nos impulsiona para o caminho da “iluminação”, que permite treinar a nossa “mente” para torná-la silenciosa.

Nós somos o que sentimos. Tudo o que existe está dentro de nós, e não na “realidade externa” do nosso “mundo real”. Com leveza de estilo, ensina Paulo Coelho (Fonte: “Manuscrito encontrado em Accra”, lançado no Brasil pela Editora Sextante):

– A beleza exterior é a parte visível da beleza interior. E ela se manifesta pela luz que sai dos olhos de cada um. (…) Os olhos são o espelho da alma e refletem tudo o que parece estar oculto.

A primeira mudança ensejada pelo “encontro interior” com as matizes sensórias da nossa “missão existencial”, será a nossa “transformação”. Como exemplo, gosto desta história Zen contada por OSHO, no seu livro “A jornada de ser humano”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta:

– Perguntaram a um monge Zen:
“O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?”
Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço”.
E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?”
E ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço”.
O questionador ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença”.
O mestre disse: “A diferença está em mim. A diferença não está nos meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou: a prosa se tornou poesia, as pedras se tornaram sermões e a matéria desapareceu completamente. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana”.

Percebam que o “encontro interior” com a nossa “missão existencial”, manifesta-se em nós (para nós) através de um “propósito de vida”, subjetivamente inserido em um novo significado para o nosso “existir” e para o nosso “viver”.

Termino esta mensagem, com esta sabedoria do escritor moçambicano Mia Couto (Fonte: “Tempo para a Alma”, da jornalista Raphaela de Campos Mello, publicado na edição da Revista Bons Fluidos, de junho de 2016, lançada no Brasil pela Editora Caras):

– Não precisamos de mais tempo, mas de um tempo que seja nosso.

Encontre o seu “tempo interior”, e se harmonize com a essência transcendente da sua “missão existencial”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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