(468) Sentindo o tempo, em nossas vidas.

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido

São palavras de Clarice Lispector (1920-1977), muito presente nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Vejam que Clarice manifestou o seu “sentir” sobre a passagem do “tempo” em nossas vidas, referindo-se a uma condicionante do “futuro” subjetivamente definida por eventos significativos do nosso “passado”. Pergunto: Como devemos entender a nossa sensação de “tempo”? Gosto desta explicação do médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo, fundador do Instituto Junguiano da Bahia:

– O que vivemos é o que experimentamos. O universo ou a psique não têm coisas, mas eventos. Nascemos, crescemos e envelhecemos. Isso é o tempo. O tempo medido em dias é imutável. Tem uma única direção, mas tem outro tempo que não segue essa lei. Tanto faz ir para frente como para trás, é o tempo do inconsciente. Os “olhos internos”, envolvidos com os eventos, podem nos fazer ver com mais nitidez o mundo interior.

O que motivou este nosso encontro foi a matéria publicada na edição de 31/12/2024 do jornal Correio Braziliense, com o título, “Místicos fazem previsões para 2025”. Resumindo algumas partes: Para a astróloga Amanda Guerra Santos, este novo ano será de “introspecção” e para os regidos por um dos signos do zodíaco, com a necessidade de focar mais em nossa espiritualidade. A taróloga e astróloga Anna Beatriz de Carvalho destacou, para este novo ano, a importância do número 9 (nove) porque, na numerologia, “simboliza a conclusão de ciclos, sabedoria e iluminação espiritual. Além disso, “um ano de número 9 (nove) carrega uma energia marcada por encerramento de ciclos e preparação para novos começos; será um momento de reavaliar valores, soltar o que não serve mais, e plantar sementes para o futuro”.

Essa matéria jornalística está mais completa com outras informações sobre as previsões astrológicas. No entanto, para esta nossa “jornada de transformações”, de buscas interiores de “autoconhecimento”, para os que acreditam ou não em horóscopos, merece a nossa atenção nessa matéria jornalística, o reconhecimento de uma perspectiva futura conclusiva no reconhecimento este novo ano um novo ano também será voltado para a nossa “introspecção”. Certo é que somente o “tempo presente” possui a sua existência conhecida, justamente por estar sendo por nós vivenciada. Portanto, não temos condições de, antecipadamente, controlar o nosso ainda desconhecido futuro, no nosso tempo presente. Nele, tudo são subjetivas expectativas, imprevisibilidades.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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