(180) Sentindo os “insights intuitivos” do despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Todos nós, pelo ciclo de necessidades de aprimoramento “existencial” e “espiritual”, somos “assistidos” e “guiados” pela jornada humana de uma missão individual de crescimentos em todos os sentidos. Temos, em nós, a essência de sentimentos de “transcendência” (mensagens 115 e 174). Nessa caminhada, somos os únicos viajantes com consciência de “si mesmo”. É essa singular capacidade sensória que nos proporciona a percepção interior de “conexão” com uma “totalidade maior”, que nos integra a tudo que existe no Universo. Que nos permite, com liberdade de escolhas, idealizar (ou não) o nosso “propósito de vida”.

O que me inspirou esta mensagem foi o meu acreditar no sentido de que o ser humano é “assistido” e “guiado” para também vivenciar estados sensórios de elevação “existencial” e “espiritual”, alcançado pelo “conhecimento de si mesmo”. Aliás, não existe “destino”. Existe, sim, uma superior “predestinação” de oportunidades de “melhorias” que para serem alcançadas, dependem exclusivamente de nós e principalmente do nosso “acreditar”. Nesta dimensão de vida, tudo está condicionado ao nosso “querer” e ao nosso “acreditar”. Gosto deste “pensar” do escritor Henry Miller:

– O destino de alguém não é um lugar, mas uma nova forma de olhar as coisas.

A proposta deste espaço virtual é motivar você encontrar um novo olhar para a vida (mensagem 030). Um novo olhar “para si mesmo”. Um novo olhar para a sua individualidade “existencial” e “espiritual”. Encontrar um olhar interior para o despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Entendo que não existem regras para ser iniciado o seu processo de “autoconhecimento”. Tudo acontece naturalmente em você, exclusivamente para você, de acordo com a singularidade subjetiva da sua capacidade de “percepção interior”. Sugiro que comece a conversar mentalmente “consigo mesmo” (um dos caminhos que está sendo pesquisado pelos neurocientistas cognitivos). Explica Charles Fernyhough, professor de psicologia da Universidade Durham, na Inglaterra, autor do livro “The voices within” (Basic Books, 2016), sobre o diálogo interno:

1. Psicólogos usam o termo “diálogo interno” (…), em que pessoas conversam em silêncio com elas mesmas em suas mentes. Ele tem um primo, o “discurso privado”, em que as pessoas falam consigo de forma audível. Se você diz palavras para si como “lembre-se de tomar café” ou “siga o planejado” sem emitir um som, está usando o diálogo interno. Se fala consigo em voz alta, é um discurso privado. As duas formas de linguagem parecem ter propósitos variados, incluindo planejamento e monitoramento de nosso comportamento, regulação de emoções e estímulo à criatividade.

2. O psicólogo russo Lev S. Vygotsky sugeria que a conversação silenciosa que as pessoas têm consigo quando adultas é uma versão internalizada das conversas que temos com os outros quando estamos nos desenvolvendo quando crianças. Ele notou que os discursos interno e privado são com frequência abreviados em comparação com afirmações dirigidas a outra pessoa. Na autoconversação, em geral não colocamos as coisas em sentenças completas, em parte porque a fala é para si, e portanto não temos de explicitar os detalhes.

3. Eu [Charles Fernyhough] e outros pesquisadores interessados no diálogo interno estamos apenas começando a descobrir o que significam para entender como as palavras funcionam em nosso pensamento.

Em seguida, complementa de modo conclusivo:

– Meus diálogos com Deus, um parente falecido ou um amigo imaginário podem ser tão ricamente criativos quanto aqueles que eu tenho comigo mesmo. Colocarmo-nos questões e responde-las pode ser uma parte crucial do aparato para levar nossos pensamentos a novos territórios.

Termino esta mensagem com este meu pensar:

– Preferencialmente em um estado de “quietude interior”, favoreça a sua “autoconversação silenciosa” para iniciar o seu processo de autoconhecimento e “sentir” ou “escutar” os “insights intuitivos” do despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

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2. As menções feitas às pesquisas do psicólogo Charles Fernyhough foram reproduzidas do seu excelente artigo publicado na edição de setembro de 2017, Ano 15, da Revista Scientific American Brasil, lançada no Brasil pela Editora Segmento, sob licença de Scientific American Internacional, que recomendo a leitura.

Muita paz e harmonia espiritual.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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