Sempre tive vontade de postar mensagem sobre como devemos entender os desejos de encontrar e se relacionar com quem, para muitos, é a nossa “Alma Gêmea”.
Pergunto:
EXISTE PARA CADA PESSOA, A SUA ALMA GÊMEA?
EXISTE A “PESSOA CERTA” QUE COMPLETA A OUTRA, OU NINGUÉM COMPLETA NINGUÉM?
Qualquer resposta para essas indagações, necessariamente envolvem questões sobre a subjetividade da nossa interior singularidade “existencial”. Certo é que a “essência sensória” dos nossos desejos de “interações” (com a finalidade de consolidar uma futura “união” com outra pessoa), também será determinante da valoração recíproca de cada uma das partes que se envolvem nas buscas de um relacionamento que corresponda ou que melhor atenda seus sentimentos de integração mútua por “AMOR”.
Todas as nossas necessidades de completudes de “preferências”, de “carências emocionais”, de “idealizações”, de “jeitos de ser”, de “pensar”, de “gostar”, de “cumplicidade” e muitas outras, são vinculações existenciais de sentimentos que, naturalmente, podem favorecer a “união” de dois seres humanos.
Considero ser uma “ilusória bobagem” querer, antecipadamente, condicionar a nossa “felicidade” a um esperado encontro com alguém, ainda não conhecido, que acreditamos “existir” e “ser” a nossa “alma gêmea”.
Gosto desta história contada por Ailton Amélio da Silva, professor de Psicologia da Universidade de São Paulo, sobre um incansável sujeito que procurava a sua idealizada parceira ideal:
Um amigo pergunta:
– Está namorando?
– Não.
– Porquê?
– Estou procurando a mulher ideal.
Um ano depois, eles se reencontram, e o amigo volta a questionar:
– Está namorando?
– Não.
– Ué, não encontrou a mulher ideal?
– Encontrei, mas ela também estava procurando o cara ideal.
Termino esta mensagem, com este entendimento:
– Não devemos ficar procurando a nossa “alma gêmea”. Devemos, sim, acreditar na “magia” do AMOR, inclusive como sendo obra do “acaso”. Mesmo assim, essa “magia” sempre estará sujeita à necessária sintonia de mútua harmonização interior em todos os sentidos do nosso “viver”. Se é que existem, as nossas “almas gêmeas”, por razões desconhecidas do “destino”, surgem em nossas vidas e, como acredito, não precisam ser procuradas.
Notas:
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2.A história contada pelo professor Ailton Amélio da Silva, com o título
“De tanto querer perfeição, acabou só”, foi publicada na edição de 22/03/2015 do jornal Correio Braziliense, em matéria assinada pela jornalista Bruna Senséve
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Muita paz e harmonia espiritual.