É muito conhecida a parábola dos cegos e um elefante. Cada um deles toca uma parte diferente do animal, definem os significados das suas interpretações sensórias, comparam entre si, procuram imaginar e descrever uma totalidade representativa do conjunto das suas avaliações. Finalmente, descobrem que não existe concordância sobre o que realmente seja, para eles, um elefante.
ESCLARECIMENTO PRELIMINAR NECESSÁRIO:
Com esta série de mensagens, sempre ressalvando que não sou da área de saúde, envolvido por sentimento humanista de ajuda, desejo apenas mostrar o meu antigo interesse pela compreensão das percepções sensórias das “imagens cognitivas” dos deficientes visuais, principalmente dos de nascença, sob o enfoque da proposta de criação deste espaço virtual (mensagem 001). Algumas partes desta série de mensagens serão enriquecidas com citações do “sentir” de deficientes visuais.
Nesta nossa jornada para o “autoconhecimento”, iniciei a mensagem 195 esclarecendo que a principal finalidade deste espaço virtual é lhe proporcionar condições que favoreçam a “percepção” de uma subjetiva descoberta da sua interiorização “existencial” e “espiritual”.
Entendendo que todas as práticas de “autoconhecimento” são possibilidades de “expansão de consciência”, por dimensões sensórias da nossa “realidade interior”. Gosto de significar esse silencioso encontro, como sendo um “estado sensório” de plenitude de integração com a essência espiritual do nosso “eu interior (o “Atman”, em sânscrito). Essa minha convicção foi assim explicada por Deepak Chopra, no seu livro “O Poder da Consciência”, lançado no Brasil pela Editora LeYa, com tradução de Carlos Szlak:
– Se você for capaz de entrar em contato com seu verdadeiro eu, a consciência não tem limite. (…) A espiritualidade lida com seu estado de consciência. (…) Ao basear a vida na realidade da alma, você mantém crenças espirituais.
Conclui Deepak Chopra:
– Ao ir além e assumir o nível da alma como base da vida – o verdadeiro fundamento da existência -, a espiritualidade se torna um princípio ativo. A alma é despertada. Na realidade, ela nunca dorme, pois a consciência pura se impregna em cada um dos nossos pensamentos, sentimentos e ações.
Esta mensagem me foi intuída pelo meu convencimento da necessidade de se complementar as práticas interiores de “autoconhecimento”, com um permanente e natural estado sensório de “expansão de percepção”, durante o fluir das nossas vivências de interações existenciais com o “mundo exterior”. Esse insight surgiu com esta explicação de Deepak Chopra, encontrada no capítulo “Não há mundo objetivo independente do observador”, do seu livro “Corpo sem idade, mente sem fronteiras”, lançado no Brasil pela Editora Rocco, com tradução de Haroldo Netto (que recomendo como leitura obrigatória para todo idoso e seus cuidadores):
– O mundo que você aceita como real parece ter qualidades definidas. Algumas coisas são grandes, outras pequenas; umas duras, outras, moles. No entanto, nenhuma dessas qualidades significa qualquer coisa que não seja a sua percepção. (…) Por não existirem qualidades absolutas no mundo material, é inclusive falso dizer que há um mundo independente “lá fora”. O mundo é um reflexo do mecanismo sensorial que o registra. (…) Tudo o que há realmente “lá fora” são dados informes, em estado natural, esperando para serem interpretados por você, o sujeito que vai captá-los.
Termino com esta conclusão de Deepack Chopra:
– Por mais perturbador que possa parecer, é incrivelmente libertador perceber que você pode mudar o seu mundo – inclusive seu corpo – simplesmente por mudar a sua percepção. O modo como você vê a si mesmo está causando imensas mudanças no seu corpo neste exato momento.
Notas:
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Muita paz e harmonização interior.