(469) Sentindo como devemos entender as nossas realidades.

A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhece-la.

São palavras do escritor uruguaio Eduardo Galeano.
Um dos nossos mais difíceis desafios é conhecer e definir para nós mesmos, os significados subjetivos das nossas “realidades”. Mas há muito estou convencido que somos nós que criamos, para nós mesmos, muitas das nossas “realidades”. Dentre muitos outros pensadores, vejam o que já disseram sobre os seus entendimentos de “realidade”:

Jean-Jacques Rousseau: “O mundo da realidade tem seus limites. O mundo da imaginação não.” ; John Lennon: “A realidade deixa muito espaço à imaginação.” ; Aristóteles: “A única verdade é a realidade.” ; Heráclito: “É necessário a necessidade da realidade.” ; Fernando Pessoa: “Sou um homem para quem o mundo exterior é uma realidade interior.” ; Clarice Lispector: “Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade.” e Albert Einstein (Em Reality is merely an illusion, although a very persistent one.): “A realidade é meramente uma ilusão apesar de ser uma ilusão muito persistente.”.

O neurocientista António Damásio, no seu livro “Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos”, no capítulo 5 fez várias considerações sobre “realidade”. Delas destaco:

A Contrução da Realidade.
A perspectiva que aqui apresento tem implicações importantes para o modo como concebemos o mundo que nos rodeia. Os padrões neurais e as imagens mentais dos objetos e acontecimentos exteriores ao cérebro são criações do cérebro estreitamente relacionadas com a realidade que leva a essa criação. Essas imagens não são, no meu entender, as imagens de um espelho onde reflete a realidade. Por exemplo, quando o leitor e eu olhamos para um objeto exterior ao nosso corpo, formamos imagens comparáveis no nosso cérebro e somos capazes de descrever um objeto de forma semelhante. Isso não significa, no entanto, que a imagem que o nosso cérebro nos dá seja uma réplica exata do objeto. A imagem que vemos tem como base alterações que ocorreram no nosso organismo, no corpo e no cérebro, consequentemente à interação da estrutura física desse objeto particular com a estrutura física do nosso corpo.

No início deste nosso encontro, manifestei o meu convencimento no sentido de que nós também criamos as nossas “realidades”. Explico: Nós temos a capacidade de, sensorialmente, identificar o nos agrada ou não, o que achamos certo ou errado, de acordo com as nossas subjetivas preferências e satisfações. Portanto, essa percepção de “realidade” nos identifica como seres únicos, diferenciados, em todos os nossos tipos de interações. Nós reagimos de acordo com os nossos subjetivos “estados de ser” e de “sentir” as nossas subjetivas avaliações, merecendo atenção especial as de origens emocionas. O que não podemos esquecer é deste ensinamento de Freud:

– “A realidade que é determinante na vida humana é a realidade psíquica. Assim, na vida humana importa menos o que aconteceu e mais como nós interpretamos aquilo que aconteceu.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(468) Sentindo o tempo, em nossas vidas.

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido

São palavras de Clarice Lispector (1920-1977), muito presente nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Vejam que Clarice manifestou o seu “sentir” sobre a passagem do “tempo” em nossas vidas, referindo-se a uma condicionante do “futuro” subjetivamente definida por eventos significativos do nosso “passado”. Pergunto: Como devemos entender a nossa sensação de “tempo”? Gosto desta explicação do médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo, fundador do Instituto Junguiano da Bahia:

– O que vivemos é o que experimentamos. O universo ou a psique não têm coisas, mas eventos. Nascemos, crescemos e envelhecemos. Isso é o tempo. O tempo medido em dias é imutável. Tem uma única direção, mas tem outro tempo que não segue essa lei. Tanto faz ir para frente como para trás, é o tempo do inconsciente. Os “olhos internos”, envolvidos com os eventos, podem nos fazer ver com mais nitidez o mundo interior.

O que motivou este nosso encontro foi a matéria publicada na edição de 31/12/2024 do jornal Correio Braziliense, com o título, “Místicos fazem previsões para 2025”. Resumindo algumas partes: Para a astróloga Amanda Guerra Santos, este novo ano será de “introspecção” e para os regidos por um dos signos do zodíaco, com a necessidade de focar mais em nossa espiritualidade. A taróloga e astróloga Anna Beatriz de Carvalho destacou, para este novo ano, a importância do número 9 (nove) porque, na numerologia, “simboliza a conclusão de ciclos, sabedoria e iluminação espiritual. Além disso, “um ano de número 9 (nove) carrega uma energia marcada por encerramento de ciclos e preparação para novos começos; será um momento de reavaliar valores, soltar o que não serve mais, e plantar sementes para o futuro”.

Essa matéria jornalística está mais completa com outras informações sobre as previsões astrológicas. No entanto, para esta nossa “jornada de transformações”, de buscas interiores de “autoconhecimento”, para os que acreditam ou não em horóscopos, merece a nossa atenção nessa matéria jornalística, o reconhecimento de uma perspectiva futura conclusiva no reconhecimento este novo ano um novo ano também será voltado para a nossa “introspecção”. Certo é que somente o “tempo presente” possui a sua existência conhecida, justamente por estar sendo por nós vivenciada. Portanto, não temos condições de, antecipadamente, controlar o nosso ainda desconhecido futuro, no nosso tempo presente. Nele, tudo são subjetivas expectativas, imprevisibilidades.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(467) Sentindo o que devemos entender por “inteligência”.

Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança.

São palavras do doutor em cosmologia, Stephen William Hawking (1942-2018), considerado um gênio. Totalmente limitado em uma cadeira de rodas, dedicou-se ao estudo do Universo. Ele foi um dos exemplos de inteligência que, nesta dimensão de vida, consagrou a sua missão – a de transmitir seus conhecimentos, que foram considerados muito avançados para a sua época.

Dentre muitos outros, também merece ser lembrado o Filósofo Immanuel Kant (1724-1804). Em Sobre a pedagogia (Über Paedagogie, 1776-1777), sugeriu esta interessante pesquisa [Tradução de Francisco Cock Fontanella, Piracicaba, São Paulo, ano 2006, Editora UNIMEP, p. 15]:

– “Para convencer-se de que os pássaros não cantam por instinto, mas aprendem a cantar, vale a pena fazer a prova:
Tire dos canários a metade dos ovos e os substitua por ovos de pardais; ou também misture aos canarinhos filhotes de pardais bem novinhos. Coloque-os num cômodo onde não possam ouvir os pardais de fora; eles aprenderão dos canários o canto e assim teremos pardais cantores. É estupendo o fato de que toda espécie de pássaros conserva em todas as gerações um certo canto principal; assim, a tradição do canto é a mais fiel do mundo.”

Encontrei esse interessante registro, no artigo “Inteligência Real”, de Martin Cezar Feijó, graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas de São Paulo (FFLCH-USP), que foi publicado na Edição 169 da Revista humanitas, da Editora Escala, com estas suas considerações [por mim reduzidas por limitação de espaço]:

– “Na relação entre condições genéticas e papel do ambiente no desenvolvimento da inteligência, Howard Gardner comenta e analisa os estudos da neurociência com o canto dos pássaros, de certa forma demonstrando os resultados de pesquisas como a que havia sido proposta por Kant no final do século 18. De um lado, a confirmação de que a origem do canto nos pássaros realmente, o que não é novo, difere de uma espécie para outra. Mas, em vários casos, o canto da espécie é fruto de uma herança inata do pássaro, pois há espécies que, sem ter contato algum com outros da mesma espécie, depois de um tempo, ou mesmo no caso de surdez desde o nascimento, entoará o canto tal qual os que viveram entre os iguais.
É preciso que a pesquisa esclareça a relação da capacidade cognitiva, seja de pássaros, chimpanzés ou humanos, com o funcionamento do cérebro, com o ambiente e a herança genética. Assim como é preciso muito cuidado, o que a ciência já faz, entre comparações de espécies muito distintas.

Termino, pedindo sua atenção para este entendimento do jurista Clóvis Bevilácqua (1859-1944):

A INTELIGÊNCIA IRMANADA COM A FORÇA DE VONTADE E COM A ESPERANÇA PRODUZ A IDEIA.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(466) Sentindo a importância de pensar.

Depois que aprendi a pensar por mim mesma, nunca mais pensei igual aos outros.

São palavras de Clarice Lispector (1920-1977) sobre essa faculdade humana que ajuda nos posicionar em nossas vidas, a defender o que desejamos, a concordar, a discordamos… “Pensar” é condição prévia e necessária para adquirir novos conhecimentos, expressar o que entendemos por “certo”, por “errado” e fazer nossas escolhas diante das incertezas e dúvidas que por vezes se apresentam para todos nos.

O que motivou esta mensagem foi o nosso encontro de ontem. Se comparado com os anteriores, além de conter mais informações, foi enriquecido com as considerações da doutora em Filosofia, Monica Aiub sobre o tema “Repensar a Vida”, por mim consideradas um belo exemplo de “autoconhecimento. Gosto do seu instigante estilo de escrita, porque nos leva a “PENSAR“.

Na última edição 181 da Revista humanitas, publicação da Editora Escala, na sua coluna “PENSEI”, com o título “Um pacto pela vida”, Monica externou este seu entendimento sobre as mudanças climáticas:

– “Agimos como se os recursos naturais fossem privados e inesgotáveis e, por isso, incessantes fontes de lucro. Porém, o preço para o lucro desenfreado de poucos é a morte de muitos, talvez venha a ser de todos. Perdoe-me o pessimismo. É por ele que inicio o texto citando Stanislaw Lem, na entrevista concedida a Jacek Zarowski, em 2000. Um pessimismo por não conseguir respirar na cidade mais poluída do mundo, enquanto observo notícias do fogo que queima nossas matas, destruindo espécies cuja vida não nos pertence.”

Mas a parte que mais me levou a “pensar”, foi está para a qual peço a sua atenção:

– “Penso que nenhuma vida nos pertence. Talvez possamos crer que nossa própria vida nos pertença… Não sei ao certo, mas acredito que não, por sermos um ser entre tantos de uma mesma espécie entre tantas outras, uma vida entre tantas vidas entremeadas e interdependentes. Nossa responsabilidade abrange muito mais do que o “eu” que acreditamos ser e poder, do que os interesses escusos de um lucro irrestrito que nem se sabe para quê.
Esquecemos que somos seres pertencentes à natureza. Precisamos respirar, necessitamos da água, dos frutos da terra, de um solo que nos acolha, das muitas outras espécies…”

Por coincidência, na introdução do seu horóscopo divulgado hoje, Oscar Quiroga terminou com este ensinamento:

– Pensar é algo que não nos foi ensinado, ao contrário, nos ensinaram a repetir o que os outros pensaram, nunca como uma faculdade que precisamos treinar a cada solitário instante de nossas existências, em que temos de tomar decisões e iniciativas.

Com relação às considerações de Monica Aiub, pergunto para você:

SE DEPENDEMOS DO NOSSO PLANETA PARA VIVER, QUAL O FUTURO NOS ESPERA?

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(465) Sentindo uma profunda demonstração de “autoconhecimento”.

Conquista progressivamente uma concepção de si mesmo como uma pessoa de valor, autônoma, capaz de fundamentar os próprios valores e normas na sua própria experiência.

Aconselhamento do psicólogo americano Carl Rogers (1902-1987) que desenvolveu o humanista acompanhamento chamado Abordagem Centrada na Pessoa, explicado no seu proveitoso livro “Tornar-se Pessoa”, publicado pela Editora Martins Fontes. Inicio este nosso encontro com este ensinamento do filósofo inglês John Locke (1632-1675), que ficou conhecido como sendo “o pai do liberalismo” (resumido, com estas minhas palavras): – Tudo que sabemos são resultados das nossas experiências sensoriais, que transmitem os significados das nossas interações de realidades existenciais.

Sabemos que a “mente humana” espelha todas as percepções do nosso “sentir interior”. Pergunto: Como explicar os significados das nossas imagens sensoriais? Respondo: Pelas nossas interpretações objetivas ou subjetivas, porque nós somos “seres únicos” possuidores de composições de identidades personalíssimas, individualizadas, que compõem os “mosaicos emocionais” elaborados pelas nossas vivências existenciais.

Esta mensagem foi motivada pelas considerações da doutora em Filosofia pela PUC-SP, Monica Aiub, sobre a nossa necessidade “REPENSAR A VIDA”, que pode ser subjetivamente avaliada por acompanhamento feito em um Consultório de Filosofia [complemento: e também pelos conhecidos acompanhamentos psicoterápicos]. Ela entende que sobre tudo que acontece em nossas vidas, precisamos desenvolver a nossa capacidade de “PENSAR”. Vejam estas suas considerações, publicadas na Edição 180 da Revista humanitas, da Editora Escala:

– “As dimensões éticas do consultório de filosofia atuam como uma provocação para avaliar motivos e consequências de nossas escolhas – para nós mesmos e para o mundo – e ratificá-las ou retificá-las em um exercício constante de reflexão. Quando me perguntam o que se faz no consultório de filosofia, a primeira resposta que surge é pensar, pensar junto com outra pessoa.
As questões sobre as quais pensamos podem ser as mais variadas, mas, em geral, partem da vida e a ela retornam. É comum nos ocuparmos tanto com as demandas cotidianas que nos sobra pouco tempo para a vida que temos. Projetamos futuros possíveis, mas nem sempre avaliamos o quanto são realmente possíveis. Revisitamos o passado, mas nem sempre compreendemos o que vivemos nem o quanto o vivido nos torna quem somos. Por vezes sentimos algo estranho, uma sensação de haver algo errado, uma certa insatisfação, uma dor difusa, um incômodo pouco definido… E muitas dessas vezes optamos por deixar para lá, não olhar para o que nos retira da rotina diária. No entanto, problemas existem e atravessam nosso caminho, tirando-nos da rota comum, invadindo nosso cotidiano e nos desconcertando. Diante deles, nós nos sentimos sem rumo e somos provocados a alterar a vida, movimentar o nosso existir. Então nos perguntamos: o que aconteceu? Por quê? Como? Quando? Para quê? O que fazer? Nem sempre temos respostas e às vezes nossas perguntas nos enredam mais que os próprios problemas. Nós nos perdemos, rodamos em círculos intermináveis sem sair do lugar, nos culpamos, agimos de modo a criar mais e mais problemas… Pode até parecer que não há saída, não há o que possa ser feito, afinal, nem sequer conseguimos compreender o que aconteceu.
Em momentos assim, é importante falar sobre isso. Falar nos ajuda a desabafar, a olhar para as questões que incomodam, formulá-las e, o mais importante, a nos ouvir. Mas falar para quem? Poderia ser para nós mesmos, para um espelho, para uma “inteligência artificial”…
Sabemos que falar para nós mesmos pode nos manter no mesmo círculo, nos dispersar. Falar para um espelho ou para um sofware também não nos traz a interlocução necessária. Podemos ter como interlocutores amigos, familiares, conhecidos, mas talvez nossos assuntos não recebam a devida atenção, ou tenhamos receio de possíveis julgamentos daqueles que nos acompanham na vida. Podemos ainda temer que nossas inquietações provoquem preocupações e angústias maiores nas pessoas que amamos. Ou talvez tenhamos medo de nossas vulnerabilidades serem exploradas e utilizadas contra nós, ainda que não intencionalmente. Esses são alguns dos muitos motivos pelos quais muitas vezes evitamos conversar sobre o que nos aflige.

Que belo exemplo de “autoconhecimento”!

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(464) Sentindo a subjetividade sobre o que entendemos por “destino”.

Em busca do destino a pessoa descobre-se a si mesma.

São palavras do pintor e escultor francês Georges Braque (1882-1963), que no Século XX, junto com Pablo Picasso, criaram o movimento artístico que ficou conhecido por “cubismo”. Não é a primeira vez que nesta caminhada para o “autoconhecimento” [que neste ano também passei a nominar de “jornada de transformação”], que dedico uma mensagem sobre o “destino”. Dentre outras peço a sua atenção para as mensagens 414, 415, e 429. O que motivou este nosso encontro foi esta introdução do horóscopo de Oscar Quiroga, divulgado no dia 21 de dezembro do ano passado:

O TOPO DA MONTANHA
Se tu não sobes intencionalmente a montanha de teu destino, a montanha do destino subirá em ti, e essa será a diferença entre a tragédia e a conquista, porque de uma forma ou de outra o destino se cumprirá.
O ser humano que somos é destinado a se relacionar com a Vida de acordo com as orientações que são construídas na intimidade do coração, e assim podemos nos relacionar com a Vida baseados no medo que sentimos dela, esperando por tragédias ou pela sorte, ou também podemos nos relacionar com a Vida a encarando com atrevimento.
O destino vai se cumprir, isto é, todo ser humano é destinado a comungar com a Vida, mas se ficarmos esperando por ela, experimentaremos a avalanche de acontecimentos que nos oprimirá, enquanto se nos atrevermos a conquistar a Vida, chegaremos ao topo da montanha.

PERGUNTO

COMO EXPLICAR O QUE DEVEMOS ENTENDER POR “DESTINO”?

Recentemente, lendo o seu livro “Como aprendi a pensar – Os filósofos que me influenciaram”, publicação da Editora Planeta, gostei deste ensinamento do conhecido filósofo “Luiz Felipe Pondé:

– A primeira coisa que se aprende em filosofia é que o que importa são as perguntas, e não, necessariamente, as respostas. Filosofar é aprender a fazer perguntas significativas que nos tornam mais inteligentes e mais interessantes (não, necessariamente, mais felizes), mesmo que sejamos mera poeira que pensa no vazio do universo, ou talvez, exatamente por isso.

Por sua vez encontrei no Best-seller internacional, “12 Regras para a vida”, escrito pelo pensador Jordan Peterson, publicação da Editora ALTA BOOKS, este outro ensinamento que, sob uma perspectiva subjetiva, pode nos ajudar explicar, para nós mesmos, a nossa dificuldade de entender o que seja “destino”, principalmente em razão das nossas “rotinas previsíveis” que, como entendo, muito condicionam o nosso “viver”:

– Nosso conhecimento foi moldado pela nossa inteiração com os outros. Estabelecemos rotinas previsíveis e padrões de comportamento – mas não os entendemos realmente, nem sabemos de onde se originaram.

O indiano OSHO (1931-1990), no seu livro “A jornada de ser humano”, publicação da Editora Academia, sobre “autoconsciência”, ensina:

– Os pássaros são felizes, as árvores são felizes, as nuvens e os rios são felizes, mas eles não são autoconscientes. Eles são simplesmente felizes. Eles não sabem que são felizes.

Por último, merece a nossa atenção este “sentir” de Jung:

– “Tudo aquilo que não enfrentamos em vida acaba se tornando o nosso destino.”

Agora prestem atenção. Com essas citações não estou fugindo da pergunta que, na realidade, foi feita para você. Isto porque, cada um de nós, acreditamos ou não em “destino”. Lembro que em uma determinada fase da minha caminhada existencial nesta dimensão de vida, me ensinaram “que o destino esta relacionado, mas não explicado, pelas nossas noções de “inexplicável” e de “imprevisível”, que acontece em nossas vidas. Pensado bem, que graça teria se nós já soubéssemos, com antecedência atemporal, tudo que vai acontecer em nossas vidas.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(463) Sentindo neste novo ano que se inicia, a importância de conhecer a história de Sísifo.

Os humanos são entidades complexas, cheios de emoções ambíguas e pensamentos discordantes. Porém, é com essas entidades que você precisa construir seu destino, contando inclusive com que você seja uma delas. É assim.

Este é o nosso primeiro encontro em 2025. As palavras acima são de uma das previsões astrológicas de Oscar Quiroga, no seu horóscopo divulgado hoje. Vejam que interessante: ele se refere à uma necessidade de favorecer a construção do nosso “destino”. Nesta caminhada para o “autoconhecimento”, nesta “jornada de transformações”, pergunto para você:

SOMOS NÓS QUE DAMOS CAUSAS PARA AS REPETIÇÕES EM NOSSAS VIDAS?

Para responder essa pergunta não podemos esquecer que nós somos responsáveis pelas nossas escolhas. Mas como explicar muitas e sucessivas repetições que vivenciamos? Nesta data, Oscar Quiroga iniciou o seu horóscopo com esta introdução:

AS REPETIÇÕES
Antes de que o ano novo fique velho novamente, pela repetição dos mesmos padrões que estruturam os relacionamentos em que te meteste, procura te interiorizar para resgatar, todos os dias, a chama que arde de esperança no réveillon, a que te motiva a continuar te lançando, todos os dias, à aventura de viver, com desapego pelos resultados. A rotina é inevitável, há repetições que precisam acontecer, são fruto da necessidade, mas há outras repetições que se articulam em torno de nossas neuroses, esses complexos mecanismos psíquicos que mantêm nossas almas amarradas a circuitos de sofrimento, abuso e opressão. Mesmo que não tenhas recursos para investir em terapias para te livrar dessas repetições, ou que desacredites da psicologia, encontra um jeito de te livrar das neuroses, não te acomodes nelas.”

Gostei desse seu reconhecimento no sentido de que a rotina é inevitável, mas também existem repetições que precisam acontecer em nossas vidas. Acrescento que sobre muitas dessas repetições, lembro de uma história da mitologia grega que ficou conhecida pela “História da condenação de Sísifo” [resumida para este nosso encontro, com estas minhas palavras]:

– Sísifo levava a sua vida enganando a todos com sua esperteza e maldade. Contrariando os deuses, foi condenado pelo resto da sua vida a carregar com as suas mãos, uma grande pedra até chegar ao topo de uma montanha. Mas sempre que estava chegando à parte mais alta dessa montanha, a pedra rolava para baixo. Foi assim que passou o resto da sua vida [Detalhe, a pedra era sempre a mesma].

Neste novo ano que se inicia, nós precisamos conhecer as pedras que estamos carregando até agora, com os nossos “jeitos de ser”, de “agir”, e de “pensar”. Precisamos conhecer as causas dessas repetições e, principalmente, como podemos evitar que continuem acontecendo.

Termino este nosso encontro, com este ensinamento de Rossandro Klinjey, que encontrei no livro “As Quatro Estações da Alma – Da Angustia à Esperança”, escrito em conjunto com Mario Sergio Cortella, publicação da Editora Papirus 7 Mares, que recomendo como leitura obrigatória:

A vida é uma tapeçaria rica e complexa de escolhas e caminhos. E como peregrinos nessa jornada, devemos caminhar com coragem, compaixão e consciência, colhendo as lições e a beleza ao longo do caminho, e reconhecendo a magnificência do ciclo eterno da existência.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(462) Sentindo o meu agradecimento, pela nossa caminhada.

Sentir que não há ‘o outro’, ver que tudo o que vive é uno, entender a totalidade da vida – é dessa compreensão que nascem o amor e a compaixão. E, quando o amor e a compaixão se manifestam, nasce o verdadeiro ser humano.

São palavras da escritora brasileira que reside na Índia, Clemice Petter, no seu artigo “O florescer da bondade”, publicado na Edição 107 da Revista SOPHIA, a mesma que foi recentemente citada com os ensinamentos do filósofo indiano Krishnamurti (1895-1986) nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” (mensagem 460). Nesse seu artigo, Clemice inicia suas considerações com este seu “sentir”:

– “Temos muitos continentes, mas juntos eles formam a Terra, um corpo que não pode ser dividido. Da mesma forma, todos os seres vivos têm natureza distinta, mas são partes de um mesmo corpo.

Esta é a terceira vez que afirmo estar postando a última mensagem deste ano. Mas os meus seguidores pediram mais até o próximo dia 31 deste mês de dezembro. Em razão de compromissos assumidos que me impedem, termino este nosso encontro com estas partes selecionadas das “Reflexões Paradoxais” de Fernando Pessoa, dedicadas para “Orpheu” em 1916 (com a ortografia da época):

“Sentir é criar.
Sentir é pensar sem idéias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem idéias.
– Mas o que é sentir?
Ter opiniões é não sentir.
Todas as nossas nossas opiniões são dos outros.
Pensar é querer transmitir aos outros aquilo que se julga que se sente.
Só o que se pensa é que se pode comunicar aos outros. O que se sente não se pode comunicar. Só se pode comunicar o valor do que se sente. Só se pode fazer sentir o que se sente. Não que o leitor sita a pena comum [?]. Basta que sinta da mesma maneira.
O sentimento abre as portas da prisão com que o pensamento fecha a alma.
A lucidez só deve chegar ao liminar da alma. Nas próprias antecâmaras do sentimento é proibido ser explícito.
Sentir é compreender. Pensar é criar. Compreender o que outra pessoa pensa é discorda dela. Compreender o que outra pessoa sente é ser ela. Ser outra pessoa é de uma grande utilidade metafísica.
Deus é toda a gente.
Ver, ouvir, cheirar, gostar, palpar – são os únicos mandamentos da lei de Deus. Os sentidos são divinos porque são a nossa relação com o Universo, e a nossa relação com o Universo Deus.
Agir é descrer. Pensar é errar. Só sentir é crença e verdade. Nada existe fora das nossas sensações. Por isso agir é trair o nosso pensamento. […] Pensar é limitar. Raciocinar é excluir. Há muito que é bom pensar, porque há muito que é bom limitar e excluir. […]”

Espero você no ano de 2025.

Muita Paz e harmonia espiritual para todos.

(461) Sentindo a força do nosso acreditar em tudo que desejamos para o ano 2025.

Rapidamente, a estrutura de pensamento é como nos constituímos em nossa relação com o mundo, ela é composta por tópicos que identificam algumas características de nossa singularidade: como vejo o mundo, como me vejo, minhas emoções, e mais alguns outros tópicos

Essa primorosa explicação é da doutora em História da Ciência, Ana Maria Haddad, feita em conjunto com Márcio José Andrade da Silva, mestre em Filosofia Brasileira pela UFRJ, sobre o filme Medianeras que já foi citado nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” (mensagem 448).

Estando muito próximo do final de mais um ano em nossas vidas, pergunto para você:

– O que leva a mensagem 126 sobre os nossos sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”, ter sido a mais acessada em 2024, e tendo recebido até agora mais de mil comentários do exterior?

Entendo ser porque todos nós, seres humanos, temos a essência existencial e subjetiva de uma Superior Dimensão de Transcendência Espiritual. Em sintonia com esse meu “sentir”, ontem o astrólogo Oscar Quiroga iniciou o seu horóscopo com esta introdução:

O DIVINO NA EXPERIÊNCIA HUMANA
Como a espiritualidade não se desenvolve naturalmente em nossa humanidade, mas como efeito de uma reorientação intencional da consciência, ao longo da história nós vamos nos esquecendo da íntima e valiosa relação com o Divino, e isso resulta nas épocas mais densas e opressivas da história, quando, tomados pela soberba de que não precisamos do Divino nos deparamos com que é impossível administrar as encrencas que nós mesmos arrumamos.

É nessas épocas que o Divino encarna uma parte de si mesmo na experiência humana, para nos demonstrar que, apesar de difícil, é totalmente possível sermos humanos e apontarmos a consciência na direção da nobreza, em vez de nos abandonarmos à inércia da amargura. Jesus, Buda, Krishna, Maomé, Moisés e tantos outros comprovam que o Divino não se esquece de nós.”

Agora, vejam que interessante foi publicado na Edição 154 da Revista PSIQUE, da Editora Escala, sobre “a relação entre a Física Quântica” e a Espiritualidade”:

– É uma relação polêmica, pois reside no debate entre dois núcleos bem distintos, sendo um formado pelos que acreditam na influência quântica no plano espiritual e outro pelos que negam totalmente o uso da mecânica quântica como modo de explicar a espiritualidade. Para os que defendem a existência de uma relação entre ambas, a força do pensamento humano poderia exercer um grande poder sobre a realidade individual de cada pessoa, sendo ela, com as corretas indicações, capazes de mudar o mundo. ao seu redor.”

Gosto e já meditei muito sobre este “sentir” do cientista Carl Sagan:

A CIÊNCIA NÃO É SÓ COMPATÍVEL COM A ESPIRITUALIDADE; É UMA PROFUNDA FONTE DE ESPIRITUALIDADE.

Desejo para todos um ano de 2025 com muita saúde e que também seja favorecedor dos nossos desejos e realizações. Mas entendo que, subjetivamente, tudo também muito depende do nosso “acreditar”. Concordo com o físico e escritor austríaco Fritjof Capra – “quando mudamos a nossa percepção sobre uma realidade, ela também mudará”. Nós precisamos criar para nós mesmos, novas realidades para o novo ano de 2025, enriquecendo nossas vidas com mais sentimentos humanistas em todos os sentidos do nosso viver. Eu acredito nessa transformação!

Pensem nisso.

Muita paz e harmonia espiritual para todos nós.

(460) Sentindo neste Natal, nossos entes queridos em uma dimensão de transcendência espiritual.

Se quiseres entender a beleza de um pássaro, uma folha ou uma pessoa, deves direcionar toda a sua atenção a ele. Isso será percebimeto. E podes direcionar toda tua atenção para algo apenas quando estiveres interessado.

São palavras do filósofo indiano Krishnamurti (1895-1986), ao manifestar o seu entendimento sobre o que devemos entender sobre “percebimento”. Explicando com minhas palavras, é a capacidade que temos de poder direcionar toda a nossa atenção para algo somente quando estamos interessados, quando realmente queremos entender algo importante em nossas vidas, dedicando toda a nossa atenção. Em artigo publicado na edição 107 da Revista SOPHIA, no início deste ano, com o título “O processo da consciência”, Svitlana Gavrylenko comenta:

– Alguns psicólogos modernos definem percebimento, ou atenção plena, como o rastreamento contínuo das experiências atuais, ou seja, um estado em que o sujeito se concentra na experiência do momento presente, sem se envolver em pensamentos sobre eventos passados ou futuros. Essa é a chamada capacidade da consciência de introspecção em suas próprias atividades. Portanto, alguns tendem a entender o percebimento como uma presença “aqui e agora” constante, mas parece que essa é uma visão um tanto simplificada.

No início desta nossa caminhada para o “autoconhecimento”, nunca imaginei chegar a esse número de mensagens postadas. Muito cedo fiquei convencido de que nesta nossa dimensão existencial de vida, tudo acontece “quando” e “como” tem que acontecer. Assim também devemos entender a “finitude humana“. Este nosso encontro tem para mim um subjetivo significado muito especial. Explico: Nesta data, em muitas comemorações anteriores do Natal, sempre fiquei muito entristecido com a ausência de uma pessoa muito querida e importante na minha história de vida, que foi para um Plano Superior de Elevação Espiritual. Pensando na sua ausência, sem uma explicação de causalidade, comecei a ler a referida revista acima citada. Foi quando nela encontrei o referido ensinamento de Krishnamurti sobre o nosso “percebimento interior”. Foi quando, emocionado, veio-me à mente a vontade de ‘in memoriam’ dedicar para Sônia esta mensagem.

Vejam o que já disseram sobre a finitude humana: Pablo Picasso “A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.” ; Mario Quintana “A morte deveria ser assim: um céu que pouco a pouco anoitecesse e a gente nem soubesse que era o fim…” ; Maximilien de Robespierre ; “A morte não é o sono eterno. A morte é o início da imortalidade!.” e Schopenhauer“A vida é um sonho e a morte o despertar.”.

Pensem nisso.
Feliz Natal para todos nós.

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