(113) Sentindo o esplendor da nossa “integração existencial”.

Os temas das mensagens deste espaço virtual surgem, naturalmente, de “percepções intuitivas”. Hoje, veio-me à mente este insight:

– Na vida, tudo tem o seu próprio fluir de manifestação existencial, seja ou não por nós conhecido. Em tudo existe um significado para ser por nós descoberto.

Lembrei da estória do galo que cantava para fazer o sol nascer, contada pelo escritor, educador e psicanalista Rubem Alves, em uma das suas crônicas:

– Havia um galo que julgava que o sol nascia porque ele cantava. Toda madrugada batia as asas e proclamava para todas as aves do galinheiro: “Vou cantar para fazer o sol nascer”. Ato contínuo subia no poleiro, cantava e ficava esperando. Aí o sol nascia. E ele então, orgulhoso, dizia: “Eu não disse? Aconteceu, entretanto, que num belo dia o galo dormiu demais, perdeu a hora. E quando ele acordou com as risadas das aves, o sol estava brilhando no céu. Foi então que ele aprendeu que o sol nascia de qualquer forma, quer ele cantasse, quer não cantasse. A partir desse dia ele começou a dormir em paz, livre da terrível responsabilidade de fazer o sol nascer.

O aprendizado do “galo cantante”, ensina que todos nós pertencemos a uma fantástica “integração existencial”. O Buda Sidarta Gautama transmitia aos seus seguidores, que tudo que existe está “interdependente” e que devemos viver em “harmonia plena” entre si e com a natureza. Essa subjetiva “integração” de todos os seres vivos prova que nós, humanos, precisamos exercitar a nossa interiorização, identificando sensoriamente a nossa “individualização existencial”; prova que somos “viajantes” na nave do destino que escolhemos; prova que fazemos parte de um necessário processo de aprimoramento (em todos os sentidos); prova que temos uma missão com finalidade de “evolução espiritual” bem definida e que o “galo cantante” tem a dele.

Gosto desta explicação que encontrei no “Livro do Caminho e da Virtude”, segundo Tao te Ching, um clássico da cultura chinesa, lançado no Brasil pela Editora Mauad:

– O peixe não pode separar-se do lago e o caminho espiritual não pode estar fora da vida do ser humano porque, da mesma forma que o peixe precisa da água para viver, o ser humano precisa seguir um caminho espiritual para renovar a vivacidade e possibilitar a sua transmudação interior.

O “galo cantante” encontrou o seu caminho de “evolução espiritual”, quando se livrou da responsabilidade de fazer o sol nascer.

O nosso “caminho espiritual” é encontrado dentro de nós mesmos. Está delineado pela “transcendência” da nossa “essência existencial”, com as pegadas “de onde viemos e para onde vamos”.

Termino esta mensagem, sugerindo o seguinte: – Assim como o “galo cantante” deixou de se preocupar com o nascer da luz do sol e passando a viver para o seu galinheiro, nós devemos viver mais para nós mesmos, encontrando através do despertar da “Sensibilidade da Alma” a plenitude da essência da nossa “transcendência existencial”, com o esplendor da nossa “iluminação interior”.

Notas:

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3. Video youtube: “Pessoas são como elos”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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