(351) Sentindo em nossas histórias de vida, a necessidade de união com sentimentos de “AMOR” e de “PAZ”.

TUDO QUE NÃO SE CONVERTE EM HISTÓRIA,
SE AFUNDA NO TEMPO

São palavras do escritor moçambicano Mia Couto sobre o contexto do seu romance “O Mapeador de Ausências”, lançado no Brasil em 2021 pela Editora Companhia das Letras. Uma bela e cativante narrativa de memórias familiares, que recomendo a leitura. Trazendo para o fluir permanente da nossa realidade existencial, pergunto:

COMO DEVEMOS SENTIR E VALORAR A IMPORTÂNCIA DA NOSSA HISTÓRIA DE VIDA?

Como somos seres únicos, nesta jornada para o “autoconhecimento” já destaquei a individualidade da experiência de poder vivenciar as nossas “realidades”, assim explicada pela Psicanalista e Professora do Curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ana Suy Sesarino Kuss (mensagem 347):

– “O inconsciente de cada um se atravessa fundando cada realidade, e talvez possamos dizer que cada um vive em uma realidade diferente da realidade do outro, ainda que possamos encontrar certas coisas em comum. A realidade de cada um de nós é confeccionada da nossa história, dos nossos genes, da nossa forma de habitar nosso corpo, da história dos nossos antepassados… e isso não se replica. Por mais que tenhamos irmãos nascidos em uma mesma família, ainda que sejam gêmeos, cada um terá experiências diferentes na relação com a sua existência e com o modo como o mundo recebeu cada um.”

Agora vejam que interessante:

Um dos fundadores da Gestalt-terapia, o Psiquiatra e Psicoterapeuta Fritz Perls (1893-1970) entendia serem as experiências humanas configuradas pela nossa”percepção” [ou seja: pelo modo como “sentimos” as nossas escolhas de realidades, e não pelos eventos em si]. Para ele, todos nós podemos modificar as nossas realidades, porque somos responsáveis por elas. Na minha avaliação, esse entendimento de Perls merece enriquecimento de atualização pelo neurocientista António Damásio, ao também definir a nossa consciência como sendo “a sensação do que acontece”.

O filósofo francês Gilles Deleuze (1925-1995), juntamente com o também filósofo Félix Guattari (1930-1992), escreveram no seu livro O que é Filosofia? que na velhice entendemos melhor a nossa “trajetória de vida”. Concordo porque quando penso na evolução existencial da minha história de vida, sempre lembro deste ensinamento da arqueóloga e etnóloga Laurette Séjourné (1911-2003): – “Tudo nesse presente, está intrinsecamente ligado ao nosso passado.”

Em sintonia com os ensinamentos humanistas da psicologia analítica de C.G.Jung (1875-1961), acreditando na nossa “consciência transpessoal” que nos conecta como parte de uma “totalidade maior”, convido você a compartilhar esta mensagem de “AMOR” e “PAZ UNIVERSAL”.

Notas:
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Harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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