(159) Sentindo o que aprendemos com o coração.

Ter “consciência de si mesmo”, ter conhecimento do seu “potencial interior”, são duas significativas capacidades do ser humano. Em todos os sentidos do nosso “viver”, elas são essenciais para o aprimoramento do nosso “existir” e necessárias para o nosso “crescimento espiritual”. Em harmonização interior com a nossa “Sensibilidade da Alma”, ambas favorecem o “sentir” da essência da nossa “transcendência superior”.

A inspiração intuitiva do início desta mensagem surgiu com este “pensar” de OSHO (Fonte: “Sublime Vazio”, fonte de revelação da “sabedoria atemporal dos mestres zen aplicada às situações do dia a dia”, lançado no Brasil pela Editora Cultrix, com tradução de Denise de C. Rocha Delela, que recomendo a leitura):

– NÃO É O MESTRE QUE ENSINA, É O DISCÍPULO QUE APRENDE.

OSHO explica:

– O ensino vem na cabeça, o aprendizado acontece através do coração. (…) Cabe a você – aprender ou não aprender; não cabe a mim ensinar ou não ensinar. Um mestre, por causa do jeito que ele é, vive ensinando. Cada um dos seus momentos, cada uma das suas respirações é um ensinamento, todo o seu ser é um ensinamento, uma mensagem.
A mensagem não é diferente do mestre. Se for diferente, então o mestre é simplesmente um professor, não um mestre, então ele está repetindo as palavras dos outros.

Antes de começar a redigir esta mensagem, pensei muito sobre as “fontes de aprendizados” em nossas vidas. Prevaleceu o meu entendimento de que “tudo está em nós”, para ser “aprendido por nós” de acordo com nossas necessidades (muitas delas desconhecidas). O discípulo aprende em “sintonia interior” com os conhecimentos adquiridos durante toda a sua jornada de evolução espiritual. O ser humano aprende com o que vem do seu “coração”.

Para os seguidores do Budismo, ensina o monge vietnamita Thich Nhat Hanh, no seu livro “A essência dos ensinamentos de Buda”, lançado no Brasil pela Editora Rocco:

– Um mestre não lhe pode dar a verdade. A verdade já está em você, mas é preciso abrir – corpo, mente e coração – para que seus ensinamentos penetrem nas suas sementes de compreensão e iluminação. Se você permitir que as palavras entrem, o solo e as sementes farão sozinhos o resto do trabalho.

Da explicação de OSHO, merece atenção a sua afirmação de que “o aprendizado acontece através do coração”.

Pergunto:

– O que se aprende com o coração?

Aprendemos sentir “emoções” e o envolvimento do “amor”; aprendemos sentir a nossa “religiosidade” e a nossa “essência” espiritual; aprendemos acreditar com “Fé”; como ensinou Charles Chaplin, aprendemos a “dizer adeus às pessoas, sem tirá-las do coração; como ensinou Kant, a “julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais”; como ensinou Cora Coralina, “que na vida nada tem sentindo, se não tocarmos o coração das pessoas”; como ensinou Eça de Queiroz, “que o coração faz o caráter”; como ensinou Mahatma Gandhi, “que a fé uma função do coração”; como ensinou Antoine de Saint-Exupéry, “que é apenas com o coração que se pode ver direito, porque o essencial é invisível aos olhos”.

Dedico esta mensagem à Ana Clara, que me ensinou como é gostar com o “coração”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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