(288) Sentindo, para o pós-pandemia, que temos “olhares interiores” para reinventar as nossas emoções.

“OS HOMENS TÊM MUITOS OLHARES. MAS OS HOMENS TRISTES TÊM SEMPRE NOS OLHOS AS NEBLINAS DE INVERNO QUE DEIXAM AS GAIVOTAS EM TERRA.”
São palavras do escritor português, poeta e romancista João Morgado, no seu romance “Diário dos Infieis” que, em síntese, trata do que não foi dito depois do fim da união de duas pessoas. De acordo com o meu “sentir”, poetizando as consequentes tristezas e frustrações mútuas que restaram, também permanecem dentro de nós lembranças das noites enluaradas em um indesejado “até quando”; os mares com suas águas até nas linhas dos horizontes distantes; as matizes coloridas do “belo” desenhado nos céus pela leveza dos voos das gaivotas do nosso existir, quando estamos dominados por intensa paixão sentida. São aqueles voos que antes de tudo terminar, a todos estasiavam com o contagiante e envolvente esplendor do nosso sentimento maior da atração humana, chamado “A M O R”! (sugestão de leitura: mensagem 267).

As palavras de João Morgado foram escolhidas para iniciar esta mensagem porque, como acredito, nós estamos precisando “sentir” e “criar significados” para as imagens subjetivas dos nossos “olhares com a “Sensibilidade da Alma”, mesmo durante esta triste pandemia do coronavírus.

Certo é que o ser humano contempla com os seus olhares interiores, o que para ele tem significado. É por esta razão que, nesta pandemia, nós temos condições de superar os nossos “medos”, as nossas “fragilidades emocionais” e as nossas incertezas, “ressignificando” o nosso existir com sentimentos e práticas humanistas de “união” e “solidariedade”.

Nós precisamos nos fortalecer com as percepções sensoriais das imagens dos nossos olhares com a “Sensibilidade da Alma”, do “acreditar” em um novo “renascer universal” sem preconceitos de “cor”, de “raça”, de “gênero” e outros; sem “discriminação de “qualquer espécie”; sem a banalização “da violência contra a vida e, principalmente, com o olhar “de mais respeito à dignidade humana das pessoas”. Nós precisamos de um novo “renascer universal” sem “desigualdade social”, com melhor atendimento médico-hospitalar”, com mais educação, “cultura”, e incentivo ao desenvolvimento científico. Esses olhares para o nosso desejado pós-pandemia, não são visões de utopia criadas pelo nosso imaginário. São visões de urgentes necessidades humanistas, elaboradas pela força dos nossos “acreditar”, “querer” e ter esperanças. Confiante, gosto deste “sentir” do escritor Henry Miller (1891-1980):

– O DESTINO DE ALGUÉM NÃO É NUNCA UM LUGAR, MAS UMA NOVA FORMA DE “OLHAR” AS COISAS.

Não tenho dúvidas de que em todos os sentidos, nós somos influenciados e envolvidos emocionalmente pelas percepções sensoriais do nosso “olhar interior”, com a “Sensibilidade da Alma”. Explica o médico indiano Deepak Chopra, com adaptação pela escrita do meu “sentir”:

– TUDO QUE EXISTE NO MUNDO É RELEXO DO NOSSO MECANISMO SENSORIAL QUE O REGISTRA. NÓS TEMOS O PODER DE MUDAR O “NOSSO MUNDO”, DE MUDAR “NÓS MESMOS”, APENAS E SIMPLESMENTE MUDANDO AS NOSSAS PERCEPÇÕES.

Agora, prestem atenção neste “sentir” do escritor inglês Aldous Huxley (1894-1963):

– EXPERIÊNCIA NÃO É O QUE ACONTECE COM VOCÊ. É O QUE VOCÊ FAZ COM O QUE LHE ACONTECE.

Para servir de exemplo em semelhantes circunstâncias nos nossos isolamentos sociais, complemento com este poético comportamento de convivência contado
por João Morgado, no livro acima citado:

– PORQUE CHORAS, PAI? – PERGUNTOU A DORA. NÃO CHORO, FILHA, ESTOU A DAR DE BEBER A UM PEIXE QUE EXISTE DENTRO DE MIM… DORA COLOU-ME OS BRAÇOS À VOLTA DO PESCOÇO. PAI, ÉS UM POETA! – MURMUROU NUM SORRISO. E TU UM POEMA, RESPONDI.

Plagiando João Morgado, termino esta mensagem com este meu “sentir”:

– OS HOMENS TÊM MUITOS OLHARES, PARA VER A PLENITUDE DE COMO A VIDA É BELA!

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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