(141) Sentindo que se pode afastar a “solidão” do coração.

A inspiração desta mensagem surgiu de uma silenciosa e inquieta “solidão”. Um estado interior só meu, que temporariamente me pertence, que, se fosse possível, nunca dividiria com ninguém.

Muitos afirmam que a “solidão” vem de um “estado da alma”. Mas ainda não estou convencido de que a nossa alma, seja a sua morada. As minhas sempre chegam “de fora para dentro”, entorpecendo a minha “Sensibilidade da Alma”.
O que tem me confortado é que, dependendo apenas de nós, a vida da “solidão” é efêmera, temporária, passageira, porque permanecerá em nós enquanto permitimos ela ficar.

A “solidão, portanto, não tem vida própria e o nosso coração não é para sempre a sua morada.

A “solidão”, na maioria das vezes, vem acompanhada da “tristeza”. É quando machuca mais. Quando, por exemplo, nasce das nossas “perdas” ou dos relacionamentos amorosos fragmentados ou frustrados. Acredito que tenha sido um desses exemplos que levou Luiz Fernando Veríssimo manifestar este seu “sentir”:

– Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.

Gosto desta explicação do escritor Hermann Hesse, laureado em 1946 com o Nobel de Literatura:

– Solidão é o modo que o destino encontra para levar o homem a si mesmo.

Pergunto:

– O que a “solidão” faz o homem encontrar, quando se distancia ou quando perde a sua pessoa amada?

Quem respondeu foi Tom Jobim, com a letra da música “Inútil Paisagem”, composta em parceria com Aloysio de Oliveira:

Mas pra quê?
Pra que tanto céu?
Pra que tanto mar? Pra quê?
De que serve esta onda que quebra?
E o vento da tarde? De que serve a tarde?
Inútil paisagem
Pode ser que nao venhas mais;
Que nao venhas nunca mais…
De que servem as flôres que nascem pelos caminhos?
Se meu caminho sozinho é nada…

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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