(558) Sentindo ao seu alcance, condições para uma mudança existencial e espiritual.

Maravilha, sinto-me realizado. Depois da repercussão do nosso encontro de ontem, a pedido trago mais esses ensinamentos da percepção espiritual do filósofo Mark Nepo, iniciando com este seu “sentir”:

– “Todo ato de amor está dentro de nós como uma semente, mas cada um deles precisa da chuva e do calor da experiência para alcançar a sua expressão plena no mundo.”

Por analogia, são esses exemplos de composições de dualidades que também se aplicam a todos nós através das nossas subjetivas percepções sensoriais de inteirações interiores e exteriores. Como entendo, nós fazemos partes de uma unidade Universal e Espiritual que se manifesta em nós, mesclada nos nossos “jeitos de ser” e, principalmente, de “acreditar”. Gosto desta preciosa conclusão de Mark Nepo:

– “Não há como fugir do fato fundamental de que precisamos interagir com tudo para que possamos manifestar a completude com a qual nascemos.”

Em seguida, ele comenta:

– Às vezes, batemos; em outras, apanhamos. O atrito da vida é doloroso, até mesmo devastador, mas a fricção pode ser libertadora. Em geral, por medo, evitamos o toque da vida, como se tal vontade nos protegesse, de alguma coisa, do desgaste da existência. Mas não tocar em nada evita que o nosso fósforo se acenda. A diferença entre um palito de fósforo e o espírito dormente que carregamos é que a nossa luz pode ser acesa mais de uma vez. Na verdade, quanto mais nos apoiamos na vida, mais conseguimos interagir autenticamente com o mundo, e, assim, mais acesa se mantém a nossa chama. Ninguém sabe como isso funciona, mas sabe que funciona – todas as tradições espirituais o afirmam. Nosso encontro honesto com a experiência é a chave para descobrirmos a nossa luz.” (…) “Culturas inteiras se apoiam em uma maneira ou em outra. Por exemplo: as estátuas orientais de Buda são representadas com os olhos fechados, implicando uma harmonia com o mundo interior, já as estátuas ocidentais da Grécia e da Roma antigas o representam com os olhos abertos, implicando uma harmonia com o mundo exterior. Mas, para viver uma vida desperta e misericordiosa, precisamos de ambos. A nossa rotina constitui um terreno para a prática da integração da nossa atenção interior e exterior.”

Termino este nosso encontro, complementando com este meu “sentir”:

– Faça, silenciosamente, suas buscas de “autoconhecimento”, também com a finalidade de um seu alcance “existencial” e “espiritual” de manifesta integração humanista com as realidades dos seus semelhantes, mas sempre respeitando as suas opções de escolhas. Ensina Mark Nepo:

– “O despertar não é um objetivo, mas uma canção que o coração segue entoando, assim como os pássaros cantam ao primeiro raiar do dia.”

Pensem nisso.

Notas:
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3. Este nosso encontro foi enriquecido com a leitura do livro de Mark Nepo, “A Prática Infinita – uma trajetória através da Alma”, publicação da Editora LeYa, com tradução de Natalie Gerhardt. Recomendo.

Muita paz e harmonia espiritual para todos vocês.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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