“CULTURA NÃO É LER MUITO, NEM SABER MUITO. É CONHECER MUITO.”
Nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento”, pela primeira vez vou falar de dois temas: Cultura e Inteligência Artificial, que considero serem marcos históricos importantes para a evolução da Humanidade. As palavras escolhidas para iniciar este encontro, são de Fernando Pessoa (1888-1935).
Todos nós temos noção sobre o que devemos entender por cultura em uma sociedade livre e civilizada. Sob uma subjetiva perspectiva, entendo que todas as manifestações de culturas devem, necessariamente, estar associadas a um complemento sobre a que se referem. Um bom exemplo é quando estamos nos referindo aos hábitos e às crenças de um determinado povo.
A cultura é condição humana valiosa para a educação e para o nosso crescimento em todos os sentidos. Vejam estes reconhecimentos sobre a sua importância:
De Confúcio – “A cultura está acima da diferença da condição social.”; de José Ortega y Gasset – “Cultura é o sistema de ideias vivas que cada época possui. Melhor sistema de ideias das quais o tempo vive.”; de Herbert Spencer – “A cultura do espírito aumenta os sentimentos de dignidade e de independência.”; de André Malraux – “A cultura não se herda, conquista-se.” e, finalmente, da nossa Fernanda Montenegro – “Nossa deformação cultural nos faz pensar que cabe a um segmento da sociedade levar cultura a outro. Nós temos é que buscar a cultura no povo, dando condições para que ela brote.”
Sobre a Inteligência Artificial, na edição 165 da Revista humanitas, publicação da Editora Escala, em sua coluna “Ideias & Eventos”, com o título “O futuro do futuro”, Daniel Medeiros, doutor em Educação Histórica pela UFPR e professor no Curso Positivo, faz estas interessantes observações (numerei):
1. “A questão que se coloca com a emergência das inteligências artificiais, que assumem a função de pensar por nós e por responder a milhares de questões que antes exigiam esforço humano, além de criar, compor, desenhar, redigir, programar e tudo o que antes parecia ser resultado exclusivo do nosso gênio, é como será o futuro agora que o futuro já chegou e que os livros de ficção perderam a graça diante da realidade cotidiana, cada dia com uma novidade, desde o primeiro chat, no fim do ano passado, até esse momento, no qual mais de dois mil tipos de inteligências artificiais já estão disponíveis para todos os perplexos usuários.”
2. “Este texto ainda está sendo feito por mim. Sentei-me diante do computador – uma invenção fabulosa, como antes havia sido a máquina elétrica, e antes a máquina manual, e a caneta esferográfica, e a caneta tinteiro, e o lápis, e a pena, e… – e redigi essas palavras, frases e parágrafos. Até quando isso será necessário? Por que simplesmente não peço que a IA faça isso por mim? A resposta a essa pergunta é o grande desafio para nós nos próximos anos. E, creio, dessa resposta depende muito do que chamamos de Humanidade.”
Pensem nisso.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.