(152) Sentido a “coincidência significativa”, de um inesperado encontro existencial.

Mais uma vez as previsões do respeitado astrólogo Oscar Quiroga enriquecem este espaço virtual, em razão dos seus “significados subjetivos” (mensagens anteriores: 97, 122 e 149). Para este nosso encontro, peço a sua atenção para as dos signos de Touro e Virgem, publicadas na edição de 01/03/2017 do Jornal Correio Braziliense:

TOURO – “As coincidências ajudam você a encontrar pessoas que de outra maneira continuariam soterradas pelas areias do tempo. Essas coincidências deixam a pulga atrás da orelha a respeito do funcionamento do destino.”

VIRGEM – “As causalidades não existem, as coincidências sim. Imagine tudo que teve de acontecer para duas pessoas que eventualmente não se conhecem entre si, esbarrarem numa coincidência e disso surja um maravilhoso relacionamento.”

Pergunto:

– Como, em nossas vidas, entender o “destino”?

– Como explicar e diferenciar as “causalidades”, das “coincidências”?

Entendo que qualquer resposta será envolvida pela subjetividade do “desconhecido” e, principalmente, do “inesperado”. Ocorre que ao experienciar a sensação do que é “desconhecido” e “inesperado”, o ser humano sente a necessidade de “querer” uma explicação para o que se apresenta, para ele, como sendo “inexplicável”.

Com relação à pergunta sobre o nosso “destino”, também reconheço a existência de certas “coincidências” que nele podem atuar. No entanto, ressalvo que ainda não estou inteiramente convencido da possibilidade de existir um destino já “definido”, já “elaborado” e “moldelado” por transcendentes “condições preestabelecidas” para esta dimensão de vida. Com outras palavras: – um destino, para nós “permanente” e, portanto, “imutável”. Justifico esse meu “pensar” porque, com as nossas sucessivas experiências (muitas delas de necessidades de “aprimoramento” e de “evolução espiritual”), temos um inato potencial de “responsabilidades” que, como acredito, também são determinantes do sentido que desejamos para a nossa existência. Aliás, foi por essa razão que neste espaço virtual, fiz referência ao “BELO” deste entendimento de OSHO (mensagem 86):

– Ser humano é a jornada, o caminho. O caminho não pode nunca ser permanente, não pode se tornar eterno. Do contrário ele seria muito cansativo. O objetivo nunca será alcançado, e você ficará apenas na jornada, na jornada, na jornada.

Quanto à pergunta sobre a diferença entre “causalidade” e “coincidência”, no Ocidente prevalece o pensamento de Renée Descartes, no sentido de que todo “efeito” tem uma “causa” que lhe deu origem. A “coincidência” está associada a nossa temporal noção de “simultaneidade” entre dois eventos.

Certo é que as duas previsões (dos signos de Touro e Virgem), são explicadas pela “Sincronicidade” preconizada por Jung, com a construção do seu entendimento sobre “coincidências significativas” que acontecem entre eventos psíquicos e físicos, sem qualquer espécie de “conexão causal” (como ocorre quando as causas de um evento são inexplicáveis).

Gosto desta definição de “Sincronicidade” apresentada pelo bispo Lennart Koskinen, de Visby, no seu prefácio do livro de Jan Cederquist (contendo vários casos de acontecimentos sincronísticos), lançado em 2011 no Brasil, pela Editora Gente, com o título “Coincidências existem?”, traduzido por Renata Marcondes, que recomendo a leitura:

– [Sincronicidade] significa uma relação não causal entre dois eventos simultâneos ou que se relacionam entre si de forma significativa.

Em seguida, explica Lennard:

– Hoje, sabemos que não é sempre possível sustentar a cisão entre sujeito e objeto, entre o observador e o que é observado. Ao contrário, o observador exerce influência e é parte daquilo que observa (…). Isso nos conecta uns aos outros e revela uma comunicação não verbal entre as pessoas, com frequência inconsciente e intuitiva. (…) Talvez a noção de um inconsciente coletivo, independente de espaço e tempo, pudesse abrir caminho para uma nova compreensão sobre a principal concepção religiosa de uma existência que transcende o visível.

Dedico esta mensagem à Ana Clara, viajante de uma conjunta “caminhada existencial” iniciada com um encontro “inesperado” que, por “coincidência”, como exemplo, constou da previsão feita ontem por Oscar Quiroga, para o seu signo astrológico.

Notas:
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3. Do youtube, vídeo César e Pedro Mariano – DVD Piano e Voz – “Acaso”, gravado ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro (Tv Trama).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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