(503) Sentindo a subjetividade dos “anseios” em nossas vidas.

1. “Se fôssemos eternos, poderíamos satisfazer todos os anseios, porém, ainda que tenhamos limites específicos de tempo durante a existência, a alma parece não se importar com isso, e funciona como se fosse eterna.

2. “Quanta coisa você já superou e quanta mais ainda superará durante a breve existência. Dá a sensação de ter vivido muitas vidas numa vida só, e ainda se desenham perspectivas de muitas outras a ser vividas.

São duas previsões do astrólogo Oscar Quiroga no seu horóscopo divulgado hoje, dia 29/03/2025. Pelo fluir existencial da minha vida, foram poucas pessoas que encontrei declarando em termos de realizações, não se preocuparem com o “futuro”, e mais com o “presente”. Já pensei muito a respeito dessa subjetividade temporal, mas ainda não sei explicar essa prevalência comportamental. É claro que tudo que desejamos está principalmente relacionado com uma nossa plenitude de satisfação de realizações.
Dentre outros sentires, vejam o que já falaram sobre os “anseios humanos”: Mahatma Gandhi: “Oração não é pedir. É um anseio da alma. É uma admissão diária das próprias fraquezas. É melhor na oração ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração.” , Clarice Lispector: “Sou o abismo perdido entre o não-ser e a escuridão. Sou o desejo e alma, correndo nua na meia-noite esquecida, procurando aquilo que não é, mas pode vir a ser; o verdadeiro anseio, a paixão.” e “Ela era muito satisfatona: tinha tudo o que seu pouco anseio lhe dava. E havia nela um desafio que se resumia em: ‘ninguém manda em mim.'” ; Mario Quintana: “Repara como o poeta humaniza as coisas: dá hesitação às folhas, anseios ao vento. Talvez seja assim que Deus dá alma aos homens.”.

Sobre a segunda manifestação de Clarice, na minha avaliação o mais importante foi ela ter externado para todos, o seu interior “sentimento de liberdade”.
Voltamos para a primeira previsão astrológica de Quiroga:

– “Se fôssemos eternos, poderíamos satisfazer todos os anseios, porém, ainda que tenhamos limites específicos de tempo durante a existência, a alma parece não se importar com isso, e funciona como se fosse eterna.

Fiquei maravilhado com essa sua interessante condicionante de satisfação dos nossos “anseios” à nossa imaginária percepção de “eternidade”, mais ainda com o seu entendimento no sentido de que “a nossa alma funciona como se fosse eterna”. Concordo plenamente. Agora vejam o alcance subjetivo da sua segunda previsão astrológica:

Quanta coisa você já superou e quanta mais ainda superará durante a breve existência. Dá a sensação de ter vivido muitas vidas numa vida só, e ainda se desenham perspectivas de muitas outras a ser vividas.

Também considero fantástica essa associação da nossa “breve existência”, com a subjetividade, e para nós, infinita “sensação temporal” relacionada a outra subjetiva perpetuação de alcance dos nossas necessidades de “anseios”.
Infelizmente em muitas situações de anseios, sejam de que natureza forem, sinto-me mais pessimista do que otimista. Mas não me preocupo muito com esse meu subjetivo “estado de alma”, porque muito cedo aprendi respeitar os ‘mosaicos subjetivos’ das imprevisibilidades’ que, diante das incertezas, subjetivamente se apresentam para todos nós. No meu caso, valorizo muito as possibilidades de conquistas dos meus “anseios”.

Pensem nisso.

Dedico esta mensagem para as minhas filhas e netos, que me ensinam acreditar mais nos meus anseios.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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