(553) Sentindo a importância das nossas interpretações subjetivas.

O que diferencia uma pessoa de outra é o seu imaginário, a interpretação que dá aos fatos da vida

São palavras da conhecida cineasta brasileira, Tizuka Yamasaki, diretora, produtora, roteirista e designer de produções nipo-brasileiras. Um exemplo de dedicação à arte cinematográfica. Foram escolhidas para enriquecer esta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior, principalmente pela parte conclusiva do seu sentir – “diferenciando-nos pelo nosso imaginário e pela capacidade de interpretar as nossas realidades”.

Todas as nossas interpretações são singulares. Só nos pertencem, posicionamo-nos subjetivamente em muitas das manifestações do nosso “sentir” e “pensar”. Resumindo: São, portanto, personalíssimas. Essa perspectiva de entendimento sempre despertou a minha atenção, porque também nos individualiza em todos os sentidos, inclusive subjetivamente, definindo-nos nós para nós mesmos, muitos dos significados em nossas buscas de interiorizações.

Agora vejam que interessante:

– A doutora Ana Maria Haddad Batista, que sempre considero ser uma das pessoas mais inteligentes da atualidade, recomenda-nos no seu interessante artigo “Das Armadilhas da Interpretação”:

– “Não confundamos interpretação com associações subjetivas que no momento de uma leitura poderemos inferir. Ao voltarmos a ela, depois, tudo pode ter outro sentido. Mas isso não altera os seus referenciais textuais.”

De modo conclusivo ela acrescenta:

– “Afinal, o que é interpretar? Interpretar é compreender um objeto, seja ele de qual natureza for, em sua essência, sem perder a referencialidade. Em outras palavras: sem perder o foco na objetividade.”

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br
3. O primoroso artigo da doutora Ana Maria Haddad Baptista, foi divulgado na Edição 169 da Revista humanitas, publicação da Editora Escala.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(552) Sentindo os manuscritos intimistas de Clarice Lispector.

Intimismo é o movimento literário que expressa os nossos sentimentos íntimos.”

É, portanto, como podemos revelar espontaneamente e com naturalidade, significados de alguns dos nossos reservados sentimentos, que só nos pertencem. Como entendo, tem muita relação de dependência com os resultados subjetivos das nossas buscas interiores de “autoconhecimento”. Clarice Lispector (1920-1977), uma das minhas escritoras preferidas, fazia uso de manuscritos, que também mostravam os seus estados de humor. No Caderno 2 da edição de 08/05/2021 do jornal O Estado de São Paulo, encontrei estas informações do jornalista Ubiratan Brasil, dedicado especialista em divulgações culturais:

– “Clarice Lispector escrevia de forma muito peculiar, e se em alguns momentos, as anotações nasciam em fluxos contínuos, sobre folhas de cadernos, em outros, realizava a chamada “escrita imediata”, ou seja, bilhetes dispersos e anotações em papeis de todos os tipos (envelopes usados, cartões de visitas, folhas rasgadas, lembretes de compromissos). Em alguns momentos, quando não podia pegar em uma caneta ou lápis, pedia a alguém que estivesse por perto para rascunhar o que passava em seus pensamentos – assim, não era surpresa encontrar, em alguns fragmentos, caligrafias diversas.”

Explica Clarice, a respeito de “A Hora da Estrela, seu último romance escrito em vida, publicação da Editora Saints Pères, considerado um dos mais importantes de sua carreira:

– “Escrevo de um modo cada vez mais pobre. É claro que há a tentação de fazer palavras bonitas: conheço adjetivos esplendorosos, substantivos carnudos e verbos esguios que agem agudos no ar. Mas se eu transformasse o pão dessa moça em ouro – ela não poderia mordê-lo e ficaria com ainda mais fome.”

Por sua vez observou Jessica Nelson, fundadora e editora-geral da editora Saints Pères:

– “Trata-se de um mergulho íntimo no laboratório de escrita dos autores, e de uma experiência de leitura muito diferente e comovente. Por que um autor escolheu uma palavra em vez de outra? Como ele retrabalhou uma passagem que mais tarde se tornou famosa? O que havia nas versões anteriores que não existe mais na versão editada? O que podemos aprender por meio das hesitações e correções? Hoje, essas etapas do trabalho, esses documentos testemunhos, tendem a desaparecer porque os artistas usam mais o computador do que papel e caneta.”

Certo é que cada um de nós temos o nosso modo de escrita. No meu caso, principalmente nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior, nada escrevo fazendo uso de antecedentes anotações. Tudo em mim, tem se manifestado por “intuição”, certamente favorecida pelo meu gostar de ler sobre temas diversos. Como acredito, esta é uma das minhas missões de ajudar ao próximo.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(551)Sentindo a importância do nosso inconsciente.

1. “Na arte, a inspiração tem um toque de magia, porque é uma coisa absoluta, inexplicável. Não creio que venha de fora pra dentro, de forças sobrenaturais. Suponho que emerge do mais profundo eu da pessoa, do inconsciente individual, coletivo e cósmico.”
2. “Minha consciência é inconsciente de si mesma, por isso eu me obedeço cegamente.”
3. “Nosso inconsciente é infinito.”

São palavras de Clarice Lispector (1920-19770), enriquecendo esta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior. Sempre me interessei pelos estudos do nosso “inconsciente”, porque reconheço a sua importância em nossas vidas. Talvez também tenha sido por isso que Freud (1856-1939), na minha avaliação, tenha sido muito feliz quando reconheceu que “o inconsciente é a nossa verdadeira realidade psíquica”. Ele acreditava que conversando com seus pacientes, poderiam serem mostradas suas memórias doloridas e ocultas na consciência e, assim, com o conhecimento delas os pacientes tinham condições de aliviar seus sintomas.

Gosto desta explicação do filósofo Luiz Felipe Ponde, manifestado no seu livro “Diálogos sobre a natureza humana – Perfectibilidade e Imperfectibilidade”, publicação da Editora nVersos, por mim relido várias vezes:

– “Não somos plenamente autônomos porque existe um inconsciente, e esse inconsciente, que está fora da autonomia consciente do EU, impacta diretamente o modo como você pensa. Quando se rastreia essa questão até o passado, já no Romantismo – pois quem inventou a ideia de inconsciente foram os românticos -, aparece ali o limite: as emoções limitam a ação da consciência, o irracional.”

Agora vejam que interessante, esta outra explicação do neurocientista António Damásio, no seu recente livro “A estranha ordem das coisas – as origens biológicas dos sentimentos e da cultura”, lançado no Brasil pela Editora Companhia Das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta [de todos os seus, para mim foi o que mais me impressionou e recomendo a leitura].

– “O desencadeamento de respostas emotivas ocorre de modo automático e não consciente, sem a intervenção da nossa vontade. Frequentemente, percebemos que uma emoção está acontecendo não por causa da situação que a desencadeia, mais porque o processamento da situação causa sentimentos, isto é, experiências mentais conscientes do evento emocional. Depois do sentimento, podemos entender (ou não) por que estamos nos sentido de certo modo.”

Termino este nosso encontro com esta introdução do astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo divulgado na última terça-feira, dia 10/06/2025:

“CONSCIÊNCIA E INCONSCIENTE
Apesar de que, como seres psíquicos, estamos determinados pelos implacáveis mecanismos do Inconsciente, somos também consciência capaz de nos reinventarmos, mas o interessante de nossa constituição é que, enquanto o Inconsciente atua por inércia, a consciência depende de nos erguermos e tomarmos decisões que criem novos rumos.

Se não houvesse consciência, o Inconsciente não existiria e nem muito menos haveria qualquer perspectiva de desenvolvimento de uma terapia para aliviar nosso sofrimento psíquico, porque essa depende inteiramente da atuação da Consciência, única capaz de produzir reinvenção.

Fica sabendo então, que se não te ergues e tomas decisões por tua própria e livre vontade, continuarás permitindo que o inconsciente seja o motorista de tua existência.”

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(550) Sentindo sobre as “predestinações”, em nossas vidas.

O que não enfrentamos em nós mesmos acabaremos encontrando como destino.”

São palavras do psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung (1875-1961), sobre a imprevisibilidade da noção que temos de destino. Resolvi incluir nesta minha escrita a palavra “noção”, porque examinando melhor esse “sentir” de Jung, entendi que ele não estava se referindo à “finitude humana”, mas aos nossos ainda desconhecidos e por ele assim explicitado – “o que não enfrentamos em nós mesmos”.

Outra observação merecedora da nossa atenção diz respeito à época da sua trajetória de vida, o que, na atualidade, também se aplica a todos os pensadores da história da humanidade. O que, de certa forma, dificulta o acerto de explicação e comparação em todos os sentidos vivências com as nossas atuais realidades.

Vamos voltar para a construção da literalidade das palavras de Jung, que selecionei para iniciar este nosso encontro:

– “O que não enfrentamos em nós mesmos acabaremos encontrando como destino.”

Querendo melhor entender essa sua motivação, perguntei para mim mesmo:

Será mesmo, que cada um de nós somos seres humanos predestinados? Principalmente para vivenciar muitas das nossas experiências, desejadas ou não?

Foi quando lembrei desta explicação conclusiva de Leo Ricino, no seu interessante artigo “A Babel de hoje”, publicado na Edição 172 da Revista Humanitas, da Editora Escala:

– Palavras, fala, escrita e tudo que isso proporcionou que elas proporcionaram à humanidade `vão, rapidamente, ficando tão naturais que não damos o devido valor.

Termino este nosso encontro, com este meu entendimento:

– A “predestinação” não me parece ser apenas ocorrências presentes e futuras, por nós antes pensada de uma determinada experiência vivenciada. A valiosa “predestinação” é aquela que acontece, também por merecimento nosso, e por antigos desejos de realizações, mas que não mudam o nosso “jeito de ser”, de “acreditar” e de “escolhas”. Vejam esta história contada por OSHO, no prólogo do seu livro, “A jornada de ser humano”, o quinto da série ‘questões existenciais’, publicação da Editora Academia, com tradução de Magda Lopes:

– Perguntaram a um monge Zen: “O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?
Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço”.
E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?”
E ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço”.
O questionador ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença”.
O mestre disse: “A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou: a prosa se tornou poesia, as pedras se tornaram sermões e a matéria desapareceu completamente. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(549) Sentindo a sintonia de Clarice Lispector com Fernando Sabino.

Como é que começa em você a criação, por uma palavra, uma ideia? É sempre deliberado o seu ato criador? Ou você de repente se vê escrevendo? Comigo é uma mistura. É claro que tenho o ato deliberador, mas precedido por uma coisa qualquer que não é de modo algum deliberada.”

Pergunta feita por Clarice Lispector (1920-1977), por carta, para o também consagrado escritor Fernando Sabino (1923-2004), que respondeu: – A criação começava por uma ideia. Era uma espécie de sentimento em mim que partia em busca dessa palavra, dessa ideia. Qualquer palavra, qualquer ideia. Hoje o sentimento ainda existe, mas tem-se dispensado de se exprimir através de palavras ou ideias – de certa maneira me contento com o próprio sentimento, que procura fora de mim alguma forma de expressão já existente com que se identificar. A música, por exemplo, especialmente a de Thelonious Monk.”

Sobre o seu processo de trabalho Clarisse perguntou como ele se inspira? Fernando Sabino respondeu de modo conclusivo: “A verdadeira inspiração é aquela que nos impele a escrever sobre o que não sabemos, justamente para ficar sabendo.”

Sobre o seu livro “O Encontro Marcado“, em 8 de janeiro de 1957 Clarice declarou:

– “Seu livro me espantou. Comecei lendo suas frases cortantes, que você por assim dizer não comenta e que parece ter a intenção de não dizer nada mais do que dizem, comecei sem saber aonde elas iriam parar. Perguntei-me de início aonde você pretendia levar o leitor e se levar. O que me espantou é que me vi inesperadamente dentro do livro, entendendo o que você queria, experimentando tudo, embora não soubesse ainda até onde você iria e vivendo com a velocidade de staccto com que o livro é escrito, esse modo de quem fala com a garganta seca. (…) E a história é ‘subjetiva’ sem a preguiça do subjetivo. O livro todo parece filmado em luz de rua, sem maquillage. Por isso dá às vezes a impressão desconcertante de falta absoluta de ‘literatura’ – e então se sente que este é o modo até sofisticado (sofisticado como contrário de naïve) de literatura. O estratagema é quase uma ausência de estratagema”.

Vejam esta opinião de Fernando Sabino escreveu por carta para Clarice de 06/06/1946:

– “Digo apenas que não concordo com você quando você diz que faz arte porque ‘tem um temperamento infeliz e doidinho’. Tenho uma grande, uma enorme esperança em você e já te disse que você avançou na frente de todos nós, passou pela janela, na frente de todos. Apenas desejo intensamente que você não avance demais para não cair do outro lado. Tem de ser equilibrista até o final. E suando muito, apertando o cabo da sombrinha aberta, com medo de cair, olhando a distância do arame ainda a percorrer – e sempre exibindo para o público um falso sorriso de serenidade. Tem de fazer isso todos os dias para os outros, como se na vida você não tivesse feito outra coisa, para você como se fosse a primeira vez, e a mais perigosa. Do contrário seu número será um fracasso”.

Termino este nosso “BELO” encontro, com esta parte de outro diálogo por cartas trocadas entre os dois:

Clarice: Trabalhar é minha única moralidade.
Sabino: Viver não basta, é preciso uma convicção.
Clarice: Vou fazer uma confissão que salve tudo.
Sabino: Quando fizer uma confissão que salve tudo.
Clarice: Escreve o que pensa!
Sabino: Falo para os outros o que estou falando para mim mesmo.
Clarice: Uma espécie de estilo que está sempre sob o nosso estilo.
Sabino: Como esses livros que a gente escreve para desmoralizar nossa própria necessidade de escrever, fazendo na cozinha uma careta para as visitas que estão na sala.

Encantado, não tenho mais a dizer.

Nota:
– Toda a minha escrita revelam partes de trechos de “cartas” trocadas entre Clarice Lispector e Fernando Sabino, divulgados na edição de sábado, 21 de dezembro de 2024, em “Cultura & Comportamento. C2. Foram selecionados e reproduzidos do livro “Cartas Perto do Coração – Fernando Sabino e Clarice Lispector”, publicação da Editora Record; organizado por Aurora Fornoni Bernardini, que é escritora, tradutora e professora titular da USP, no Departamento de Línguas Orientais e na Pós-Grduação no Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada.

Espero você no nosso próximo encontro.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

– “

(548) Sentindo um poetizar do “BELO” das nossas vidas.

A pergunta que eu faço a mim mesmo quase todos os dias é: eu estou fazendo a coisa mais importante que eu poderia fazer?”

Indagação para si mesmo, feita por Mark Zuckerberg, precursor do Facebook. Não consegui apurar as circunstâncias motivadoras da manifestação desse seu estado comportamental, que considero importante para servir de exemplo como norma de conduta nesta nossa caminhada existencial. Para enriquecer este nosso encontro, gosto do poeta sírio “Adonis, que em 1954 se formou em filosofia pela Universidade de Damasco. Ele foi assim lembrado por “Ana Maria Haddad Baptista, da PUC-SP, que considero ser uma das pessoas mais cultas da atualidade, para quem ao conhecer sua trajetória acadêmica, disse-lhe por e-mail , “sentir orgulho de ser brasileiro”. Destaco da sua coluna “intersecções”, com o título “Entre Florestas e Sentidos”, publicada na Edição 172 da Revista humanitas, da Editora Escala):

– “Adonis escreveu um guia para viajar pelas florestas do sentido que vem ao encontro, seguramente, daquelas existências regidas pela sensibilidade e que não têm medo de ousar e enfrentar os grandes desafios propostos pela vida:

“Afinal…
O que é o caminho?
anúncio de partida
escrito em folhas que o pó desenhou.
O que é o vento?
alma que não quer
habitar o corpo.
O que a lágrima?
o espelho mais límpido.
O que é a memória?
casa habitada só
por coisas ausentes.
O que é a poesia?
navios que navegam, sem portos.
O que é o jardim?
poetisa
que escreve poemas dormindo
e os lê em silêncio.”

Se você gostou, escreva uma poesia sobre a importância da sua “VIDA”.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(547) Sentindo que só nos pertence, a decisão de revelar ou não as nossas realidades.

O objetivo de uma análise muda radicalmente: não é mais trazer à tona o inconsciente, mas desenvolver os instrumentos que permitem a expansão da capacidade de pensar do paciente.

São palavras do médico italiano Antonio Ferro, que também é psiquiatra e psicanalista de crianças, adolescentes e adultos, analista didata e supervisor na Società Psicoanalitica Italiana (SPI), e membro da American Psychoanalytical (A PsaA). No seu interessante artigo, “Aparelho para Pensar”, publicado na Edição 174 da Revista Umanitas, da Editora Escala, Marta Petricciani, que é membro efetivo e analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) e da Inernacional International Pssychonalytical Association (IPA), explica:

Antonio Ferro entende que “uma das maiores dificuldades da nossa espécie é a gestão do proto-emocional [que são experiências emocionais e processos emocionais que ocorrem em etapas iniciais da vida] e do protossensorial. Isto é, somos constantemente ‘invadidos’ por todo tipo de estimulação interna e externa e dispomos de aparatos e instrumentos apenas relativamente capazes de transformar as protoemoções e prossensorialidadades em pensar, sentir, e sonhar”.

Comenta Marta Petricciani (numerei):

1. “Dessa forma, a tarefa da mente é a de operar uma transformação elaborativa em direção ao pensamento, mas, segundo Ferro, o problema da espécie ‘Homo sapiens’ é o de ter uma mente que necessita de cuidados para se desenvolver de forma harmônica e cujas falências do desenvolvimento levam a uma série de patologias.
2. “Para que esse desenvolvimento possa acontecer no encontro analista/paciente, o mais importante não é que o analista busque uma verdade para comunicar ao paciente, ou uma profundidade de interpretação, mas que esteja em uníssono com ele. Nesse sentido, a interpretação pode ser vista como um ato de apreensão metafórica do processo de constituição de experiências emocionais e da possibilidade de pensar essas experiências. Na base de suas concepções está presente o modelo do sonho em estado de vigília. Nesse sentido, as narrações do paciente não devem ser interpretadas ou, menos ainda, decodificadas, como se operássemos uma espécie de tradução simultânea: cabe ao analista ver como, aos poucos, as narrações do paciente podem ser transformadas para poderem se tornar instrumentos do desenvolvimento da sua capacidade de pensar.”

Com essas considerações, vejam como é muito importante externar através da fala, de modo consciente, tudo que subjetivamente sentimos, mas sempre sendo respeitada a nossa decisão individual de também se calar.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo reproduzido do youTube.

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(546) Sentindo a potencialidade subjetiva da mente humana.

Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas e criadas pela mente. Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que hoje pensamos determina o que seremos amanhã. Nossa vida é criação de nossa mente.

São palavras do iluminado Buda, Siddhartha Gautama sobre a “Mente humana”, escolhidas para iniciar este nosso encontro pela importância conclusiva deste seu “sentir” – Nossa vida é criação de nossa mente.

Na mensagem anterior manifestei a minha antiga condição de seguidor do astrólogo Oscar Quiroga, recordista de participações nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma trajetória de transformação interior.
Esta é a 112, e foi motivada por esta introdução do seu horóscopo divulgado hoje, dia 02 de junho de 2025:

DECIDE SER ALEGRE
Tua própria mente te atormenta, se encantando com todos os ínfimos detalhes que estão fora de lugar, porque sobre esses cria múltiplas argumentações críticas, dando sermão em todo mundo, se preparando para, a qualquer momento e diante de algum deslize, expressar com vigor e firmeza todo seu ressentimento.
Essa mesma mente que te atormenta é a que pode te brindar com alegria e leveza, mas para isso acontecer tu precisas encontrar o lugar do ser interior que é capaz de pensar, porque se não te posicionas voluntariamente nesse lugar, a mente pensará por si só.
Custa um pouco assumir esse lugar do ser interior que pensa, mas os resultados compensam porque, quem gosta de viver no tormento é masoquista, os humanos saudáveis querem ser alegres.”

Não foi a primeira vez que Quiroga dedicou seus conhecimentos em astrologia, para a “Mente Humana“. Em 02/04/2025 o seu horóscopo foi iniciado com esta introdução:

A MENTE
A mente ainda é um terreno desconhecido para nossa humanidade, todos a usamos, mas como desconhecemos seu funcionamento, em muitos momentos parece que a mente nos usa, em vez de nós estarmos no comando.
Em parte isso se deve a que tratamos a mente como um computador que processa as informações provindas dos sentidos, e na verdade a mente também é um órgão de percepção que, como todos os outros, não é um receptáculo passivo, mas também um instrumento de intervenção ativo.
Veja o caso do olhar, por exemplo, quantas vezes nos acontece de virarmos de repente para nos depararmos com o olhar de alguém sobre nós? Isso acontece porque o olhar não é apenas receptáculo de informações visuais, mas nosso olhar também deposita informações sobre a realidade, e não por mera coincidência em Astrologia o olhar é regido por Marte.”

Que preciosas fontes de “autoconhecimento”!

Pensem nisso.

Notas:
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(545) Sentindo a força de uma dimensão superior, manifesta pelo nosso “Sentimento de FÉ”.

A alma não descansa, porque fica ligada no que acontece, em busca de oportunidades de progresso, já que os desejos são muitos e a insatisfação só cresce ao longo do tempo. Não se preocupe tanto, relaxe um pouco.”

Diversas vezes declarei que sou seguidor do astrólogo Oscar Quiroga, não pelos acertos das suas previsões, mas pela subjetividade no seu modo peculiar de transmitir, diariamente, suas interpretações sobre as influências que recebemos dos posicionamentos dos astros em nossas vidas. O que motivou este nosso encontro foi a importância do significado da nossa interpretação dessa sua previsão astrológica, por mim escolhida para iniciar este nosso encontro.

Gostei do seu entendimento conclusivo, no sentido de que “simbolicamente” [foi assim que entendi] a nossa alma está sempre ligada a tudo que acontece em nossas vidas, intuindo-nos subjetivamente para as nossas buscas de “oportunidades de progresso”. Isto porque, há muito estou plenamente convencido de que todos nós, nesta dimensão de vida, por um “Princípio Superior“, estamos destinados para a descoberta interior das nossas necessidades de crescimentos em todos os sentidos existenciais e espirituais. Essa elevação, como também acredito, acontece naturalmente em nossas vidas, por vezes até nos surpreendendo, mas sempre dependendo principalmente do nosso “acreditar“. Ela também é muito favorecida pelas nossas “crenças religiosas” que ajudam muito despertar em todos nós, a força interior do nosso sentimento de ““.

Termino este nosso encontro, com este “sentir” de “Mahatma Gandhi” (1869-1948):

– “Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que são todas concedidas por Deus e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas. E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fés, sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores, haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa e sempre úteis umas às outras.”

Pensem nisso.

Notas:
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2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

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