(501) Sentindo as nossas intuições, com essência de espiritualidade.

A ciência não é só compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade.

São palavras do cientista, astrônomo, e astrofísico, Carl Sagan (1934-1996), que escolhi para enriquecer a nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior. A nossa “percepção intuitiva” muitas vezes nos surpreende, esclarecendo-nos em momentos difíceis de fragilidades e de indecisões. Para o cientista cognitivo e doutor em psicologia da Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, Thomas Goschke, “intuição também é a capacidade fascinante que nos permite reunir informações aparentemente desconexas e usá-las para compreender determinada situação ou obter uma resposta complexa”.

No nosso histórico encontro anterior manifestei o meu entendimento pessoal de que todos nós somos assistidos por uma “Dimensão Superior de Transcendência Espiritual” que, subjetivamente, em determinadas situações de imprevisibilidades nos protege, e nos guia em todos os sentidos, mas sempre dando-nos liberdades de escolhas, de escutar, funcionando em nós como sendo uma espécie de “chamado interior”. No Brasil, ensina o médico e psicoterapeuta junguiano Carlos São Paulo, fundador do Instituto Junguiano da Bahia:

– “Jung chamou de funções psíquicas irracionais aquelas que nos fazem perceber o mundo além da lógica e da razão. Há dois grandes grupos nessa categoria: sensação e intuição. O primeiro atende bem a “organização vertical” e percebe o mundo por meio dos cinco sentidos. É uma sensação determinada sobretudo pelo objeto. Para os que estão nesse grupo, “nada existe além do concreto e do real; considerações sobre ou além disso são aceitas apenas enquanto fortalecem a sensação”. Os intuitivos absorvem os fenômenos que presenciam de forma subliminar à consciência e só vai perceber que está se orientando de modo acertado, sem ter consciência das etapas, quando finalmente tem seu momento de intuição. Por ter a função sensação subliminar à consciência eles sentem a tarefa desagradável por estarem focando no resultado final e sofrem com isso. (…) O intuitivo é um tipo de sujeito que se mantém na expectativa do que virá. A possibilidade é o que o alimenta e o seu combustível é imaginar o que se lhe oculta. Por isso tal tipo não suporta a rotina. O simbolismo é o que prevalece, e não a observação.”

PERGUNTO:

– Existe em nós uma essência de sentimentos transcendentes de espiritualidade superior que, em determinadas situações do nosso viver, por uma “percepção intuitiva” pode se manifestar em nós?

Essa pergunta veio-me à mente depois de ler estas considerações do neurocientista António Damásio, no seu livro “Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos”, publicação da Editora Companhia das Letras:

– É hora de tocar na questão delicada que diz respeito a “localizar” o espiritual dentro do organismo humano. Não creio que haja um centro cerebral para a espiritualidade, no sentido frenológico do termo. Mas creio que podemos compreender como um estado espiritual ocorre, em termos neurobiológicos. Visto que o espiritual é uma espécie de sentimento, imagino que depende das estruturas e operações descritas no capítulo 3, em especial da rede de regiões somatossensitivas do cérebro. O espiritual é um estado particular do organismo, uma combinação delicada de certas configurações corporais e de certas configurações mentais. Manter tais estados depende apenas da riqueza do nosso pensamento, com relação à condição do self e à condição do nosso pensamento, com relação à condição do self e à condição do self dos outros, no que respeita ao passado e ao futuro, no que respeita às ideias concretas e abstratas da nossa própria natureza.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(500) Sentindo a importância histórica deste encontro.

Hoje é um marco temporal histórico, nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior. Chegamos a quinhentos encontros, o que nunca imaginei alcançar.

O meu maior aprendizado foi ter, definitivamente, consolidado o reconhecimento de que todos nós somos assistidos por uma Dimensão Superior de Transcendência Espiritual, que podemos ser despertos para um reconhecimento interior não apenas de necessidades de descobertas de interiorização mas, principalmente, para uma missão de humanista ajuda ao próximo.

Ao transmitir para meus seguidores estas palavras, com muita humildade sinto-me no dever de externar que estou sendo muito beneficiado com esta missão. Se fosse transmitir através de um livro a história deste portal, para mim o momento mais marcante, mais emocionante, foi este comentário recebido de uma pessoa que não conheço:

– “Edson, só quem se deixa tocar profundamente é que se auto-sensibiliza. Ou seja, consegue um interagir emocional com o mundo e, consequentemente exercita uma alma abrangente. Você alcançou esse estágio de existência.

Estava definitivamente selada a minha missão de poder ajudar. Ao chegar ao número de quinhentas mensagens postadas, agradeço todos os nossos encontros.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(499)Sentindo a possibilidade de evitarmos “emoções negativas”.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.

São palavras de Clarice Lispector (1920-1977), eternamente presente em nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior. Propositalmente estou realizando este nosso encontro sobre “emoções”, próximo destes dois anteriores (mensagens 498 e 495), para nos ajudar vivenciar os nossos “estados emocionais”. Todos nós sabemos como é o nosso de “sentir uma emoção”, mas pouco sobre como evitá-los quando podem nos causar consequências indesejadas. Ehan Kross, diretor do Laboratório de Emoções e Autocontrole da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, há mais de duas décadas estuda as manifestações emocionais. Em suas pesquisas, já examinou a vida emocional de mais de onze mil pessoas. Pela limitação de espaço, vou resumir as suas informações que, na minha avaliação, merecem nossa atenção:

1. As emoções podem ser “avassaladoras”, “complicadas” ou “silenciosas”. Nós vivenciamos pelo menos uma emoção em 90% (noventa por cento) do nosso tempo.

2. As emoções [inclusive as negativas] podem ser trabalhadas ao nosso favor, mas nem sempre esse nosso controle é possível. No seu livro Shift: Managing Your Emotions – So They Don’t Manage You (Em tradução livre: “Mudança: Gerencie suas emoções, para que elas não gerencie você”), Kross apresenta um modelo para enfrentarmos os desafios emocionais.

3. As vezes é melhor não escolher entre abordar ou evitar, mas oscilar entre as duas coisas intensionalmente, para tentar evitar algumas “emoções negativas” Isto porque a “evitação” pode permitir que a intensidade de uma experiência negativa diminua, abrindo uma distância que nos ajuda a ver a experiência de uma perspectiva mais ampla.

Em síntese, esta é a conclusão do psicólogo e pesquisador Ethan Kross (adaptada com minhas palavras):

– Esquivar-se de emoções negativas pode ser bom. Em suas pesquisas ele concluiu que algumas das ferramentas “mais fáceis” é “falar com sigo mesmo. Explica: Quando usamos a palavra “você”, é quase exclusivamente para nos referirmos a outras pessoas. Quando usamos a expressão “com sigo mesmo”, também pode ser uma maneira poderosa de regular as emoções negativas. Exemplo: Em vez de dizer “estou estressado”, o que pode fazer seu coração disparar, diga a só mesmo “Você está estressado”, referindo-se ao seu sentir. Isso coloca você no papel de “outra pessoa” e pode ajudar a sentir mais compaixão e empatia com você mesmo e seu momento. Esse deslocamento linguístico meio estranho e aparentemente mínimo, faz muita diferença,

COMPLEMENTO:

Gosto desta síntese da psicóloga Fabiana Thiele Escudero, coordenadora adjunta no curso de Administração da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sobre a importância da regulação emocional, na área de gestão de empresa: – “James Gross, psicólogo que dedica a carreira a estudar o tema, afirma que a regulação emocional é o ato de tentar controlar, automática ou intencionalmente, qual emoção sentimos e como expressamos o que estamos sentindo.”

Com relação às pesquisas do psicólogo Ethan Kross, na condição de leigo entendo que todos nós podemos nos beneficiar quando em determinadas situações, diante de um possível envolvimento em experiência de “ambientação emocional”, antecipadamente devemos dizer para nós mesmos que “não vou me emocionar”. Chamo esse comportamento de -“autocontrole emocional antecipado”.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br
3. A reportagem sobre as pesquisas do psicólogo Ethan Kross foi publicada no The New York Times, e divulgada na edição de domingo, 9 de março de 2025, do jornal O Estado de São Paulo, com tradução de Renatu Prelorentzou. A citação da psicóloga Fabiana Thiele Escudero, foi publicada na Edição 143 da Revista Humanitas, da Editora Escala.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(498) Sentindo as “emoções”.

A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério. É essa emoção fundamental que está na raiz de toda ciência e toda arte.

São palavras do físico Albert Einstein (1879-1955). Antes de ter escolhido um tema para este nosso encontro, veio-me à mente a palavra “emoção”. Aliás, recentemente, dediquei um dos nossos encontros à subjetividade das nossas emoções (mensagem 495). Volto com estas considerações do neurocientista António Damásio, reproduzidas do seu livro “Estranha ordem das coisas – as origens biológicas dos sentimentos e da cultura”, publicação da Editora Companhia das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta, que recomendo a leitura (numerei):

1 – Fisiologicamente falando, os sentimentos recém-provocados por respostas emotivas são levados no topo da onda dos sentimentos espontâneos que já seguem seu fluxo natural. O processo que baseia as respostas emotivas está longe de ser relativamente direto e transparente como aquele que baseia os sentimentos espontâneos.

2 – O desencadeamento de respostas emotivas ocorre de modo automático e não consciente, sem a intervenção da nossa vontade. Frequentemente, percebemos que uma emoção está acontecendo não por causa da situação que a desencadeia, mas porque o processamento da situação causa sentimento, isto é, experiências mentais conscientes do evento emocional. Depois do sentimento, podemos entender (ou não) por que estamos nos sentindo de certo modo.

3 – Quando o estímulo emotivo é evocado da memória em vez de estar presente na percepção, ele ainda produz emoções, e com abundância. A presença de uma imagem é, ao mesmo tempo, a chave e o mecanismo. O material recordado mobiliza programas emotivos que produzem sentimentos correspondentes e reconhecíveis.

Esses ensinamentos merecem a atenção, principalmente daqueles que em um determinado grupo de interação, emitem julgamentos críticos sobre os que não se emocionaram ao vivenciar uma mesma situação. Certo é que a tudo estamos subjetivamente ligados com os nossos “sentimentos emocionais”. No mundo das artes, por exemplo, sejam de que espécies e estilos forem, existem dois seres humanos em que suas manifestações se unem emocionalmente: o “criador” e o “apreciador”. Gosto deste “sentir” de Fayga Ostrower, no seu livro “A Sensibilidade do Intelecto”, publicado pela Editora Campus:

– “Por serem sínteses, as formas artísticas podem expressar algo que ultrapassa a verbalização discursiva: elas captam a fluidez e riqueza de nossas vivências, a interpretação de sentimentos e emoções por vezes contrastantes ou até mesmo opostos, sem reduzir ou esquematizá-los. Nessas formas, a arte incorpora verdades sobre o viver, cuja profundidade ultrapassa o pensamento lógico racional e na qual uma análise jamais poderia penetrar.”

Termino com este pedido em vida, feito por Clarice Lispector:

Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo reproduzido do canal youTube

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(497) Sentindo a ajuda dos acompanhamentos psicoterápicos.

O passado também pode ser reinventado, porque você o interpreta sob outra ótica diferente da habitual. Afinal, é para isso mesmo que serve a terapia psicológica, para o passado ser reinventado. Em frente.

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga em uma das previsões do seu horóscopo divulgado ontem, dia 15/03/2025. A respeito entendo que nós temos melhores condições para ressignificar o “passado”, projetando-os para os nossos desejos subjetivos de realizações futuras e, portanto, para os nossos anseios, sejam eles de que natureza forem. O “passado” pode ser por nós “reinventado” quando interpretamos com a ajuda de um acompanhamento psicoterápico.

Peço a sua atenção para esta parte da “introdução explicativa” do horóscopo de Quiroga, divulgado hoje, dia 16 de março de 2025:

– “[…] a subjetividade, tão desprezada por nossa civilização materialista, merece atenção, inclusive porque é dela que provém tudo que vamos manifestar, ou não é verdade que toda ação objetiva humana começa num sentimento abstrato, numa ideia intangível e invisível? Consagra, por isso, o dia de hoje, a te relacionar com serenidade com a abstração da alma, reconectando tua mente a esse mundo no qual há seres que navegam com destreza, a hierarquia dos Anjos, as potestades e a trindade de Deus Masculino, Deusa Feminina e Filho Neutro.”

Que “Bela” manifestação de Quiroga!

Certo é que com a ajuda das “terapias psicológicas”, bem como com os ensinamentos da psicanálise, todos nós podemos “ressignificar” todas as fases da nossa existência, nesta dimensão de vida.

PERGUNTO:

Quais são os benefícios que podemos alcançar com as terapias psicológicas, e com os acompanhamentos da psicanálise?

Respondo com esta explicação conclusiva do conhecido filósofo Luiz Felipe Pondé, reproduzida do seu livro “Diálogos sobre a natureza humana – Perfectibilidade e Imperfectibilidade”, publicação da Editora nVersos, que recomendo a leitura:

– “Eu mesmo orientei uma tese aqui na PUC, anos atrás, de uma psicanalista que continha justamente o diálogo entre Freud e a tragédia. Este é o último Freud. Sem dúvida nenhuma, qualquer terapia pressupõe a ideia de que você pode, de alguma forma, melhorar a condição em que está vivendo. Se a gente colocar no caldeirão, acho que a psicanálise está um pouco distante dessas posições que são mais claramente perfectibilista no sentido banal. Agora, é claro que há em Freud a ideia de que, se você fizer análise, de algum modo, poderá viver um pouco menos mal, um pouco melhor, que na realidade é o que todo mundo busca.”

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br
3. Nesta nossa caminhada, outra mensagem no mesmo sentido (486)

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(496) Sentindo o transcendente lumiar de Fernanda Montenegro.

A velhice é uma das estações da vida, que ela escolheu viver plenamente.

São palavras de Fernanda Montenegro. Fico emocionado e me fascina a sua percepção de saber dimensionar em todos os sentidos, a nossa subjetiva transcendência de “plenitude existencial”, com o seu exemplo singular de “sabedoria humanista” ao transmitir para todos nós, a sua “Arte de Viver”. Recebeu de Carlos Drumond de Andrade, este merecido reconhecimento:

– “Não se sabe o que mais admirar nela: se a excelência de atriz ou a consciência, que ela amadureceu, do papel do ator no mundo. Ela não se preocupa somente em elevar ao mais alto nível sua arte de representar, mas insiste igualmente em meditar sobre o sentido, a função, a dignidade, a expressão social da condição de ator em qualquer tempo e lugar”.

Do seu livro de memórias, “Fernanda Montenegro – Prólogo, ato, epílogo”, escrito por ela com a colaboração de Marta Góes, publicação da Editora Companhia das Letras, contendo trezentos e quarenta e uma páginas, destaco este seu ensinamento para os que já atuam, ou desejam atuar com exemplo de respeito e de dignidade em suas apresentações, sejam elas de que natureza forem:

– “Por mais longa que seja a vida de um ator, ele não tem como declarar: “Estou pronto”. E se o fizer, não é do ramo. Embora no teatro se repita, dia após dia, o mesmo gesto, a mesma intenção, o mesmo texto, dentro da mesma encenação, repentinamente uma “faísca inesperada de percepção” revela outra zona a seguir – que depende da sua interpretação. Em Reflexões de um comediante, de Jacques Copeau, lê-se sobre essa “anomalia”: “Nisto consiste o mistério – que um ser humano possa pensar e tratar a si próprio como matéria de sua arte. Ao mesmo tempo agir e ser o que é manobrado. Homem natural e marionete”.
Pensem nisso.

Notas:
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2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br
3. Entrevista com Fernanda Montenegro, referindo-se ao Oscar com este seu “sentir” – “Era impossível levar…”, Vídeo Pav, reproduzido do YouTube.
Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(495) Sentindo a subjetividade, para explicar as emoções.

Há emoções que seria pertinente expressar, mas há outras que deveriam ser amadurecidas para, depois, expressar no momento certo. Quais são umas e quais são as outras? Pois bem, é para isso que existe o discernimento.

São palavras de Oscar Quiroga, em uma das previsões astrológicas do seu horóscopo divulgado no dia 05/03/2025. Em uma linguagem comum de entendimento popular todos nós temos condições, com o nosso “sentir”, de diferenciar “sentimentos” das nossas “emoções”. A respeito, no seu livro “O mistério da consciência – do corpo e das emoções ao conhecimento de si”, lançado no Brasil pela Editora Companhia das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta [que recomendo a leitura], o neurocientista António Damásio explica:

– “Admitir uma distinção entre emoção e sentimento é útil para investigarmos minuciosamente esses mecanismos. Propus que o termo sentimento fosse reservado para a experiência mental privada de uma emoção, enquanto o termo emoção seria usado para designar o conjunto de reações, muitas delas publicamente observáveis. Na prática, isso significa que não se pode observar um sentimento em outra pessoa, embora se possa observar um sentimento em si mesmo quando, como ser consciente, seus próprios estados emocionais são percebidos. Analogamente, ninguém pode observar os sentimentos que um outro vivencia, mas alguns aspectos das emoções que originam esses sentimentos serão patentemente observáveis por outras pessoas. (…) Podemos sentir consistentemente nossas emoções, e sabemos que as sentimos.”

Para o psicólogo Rossandro Klinjey, “as influencias externas frequentemente moldam nossa percepção de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.” Por sua vez, Luiz Felipe Pondé, de modo conclusivo esclarece sobre o “empirismo”: – “É marcado pela afirmação de que tudo que sabemos vem da experiência sensorial – a famosa tábula rasa. Portanto, as experiências sensoriais, quando postas uma ao lado da outra em nossa mente (a tábula rasa em si), produz o conhecimento que temos das coisas, do mundo e de nós mesmos.”

Oscar Quiroga, recordista de participações nesta caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior [esta é a sua nonagésima segunda], traz um “enfoque subjetivo” que merece a nossa atenção, assim por mim interpretado: – Refere-se ao nosso “conhecimento sensorial” e portanto subjetivo, dos significados das nossas “emoções”, mas exclusivamente para nós mesmos. Assim está me parecendo porque, no final do enunciado da previsão astrológica, ele fez uso da palavra “discernimento”, parecendo-me ter sido por ele utilizado no sentido interpretativo de uma “avaliação pessoal”. Além disso, talvez tenha sido por isso que ele recorreu à necessidade de diferenciar os tipos das “emoções” que nós sentimos, ou seja: existe algumas “emoções” que devem ser “amadurecidas para, depois expressar no momento certo”. Outras, não.

Pensem nisso.

Notas:
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3. A citação do psicólogo Rossandro Klinjey foi reproduzida do seu livro “As Quatros Estações da Alma – Da Angústia à Esperança, da Editora Papirus 7 Mares, escrito em parceria com o filósofo Mario Sergio Cortella / A do filósofo Luiz Felipe Pondé, do seu livro “Como aprendi a pensar – Filósofos que me formaram, da Editora Planeta.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(494) Sentindo estar sensível às lembranças, no tempo de nossas vidas.

Em 23/07/2015, nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior, postei a mensagem 54 sobre a Sensibilidade da alma” da atriz Denise Fraga. Iniciei esse encontro com este seu “sentir”:

“Todos nós estamos compondo a nossa história de vida. Ela é o espelho que reflete a trajetória da nossa caminhada existencial. Com imagens de “perdas” de “ganhos do que somos e do que sonhamos ser”, do nosso “pensar”, e de todo o nosso “viver”, a vida é um fluente processo de sucessivas descobertas.”

Decorridos quase dez anos, Denise cura no teatro a dor pela morte da sua mãe, Wilma Rodrigues, transmitindo o seu entendimento sobre o papel da arte para lidar com o sofrimento. Destaco estas partes do seu encontro com Ricardo Pedro Cruz, da Splash, em São Paulo (numerei):

1. Sobre a forma de lidar com o próprio sofrimento.
Denise: “Se eu não conseguisse transformar em beleza os sofrimentos… Eu li livros que me ajudaram. Eu tinha visto uma peça que tinha me ajudado muito. A minha própria peça me ajuda. Fazer arte me ajuda a transformar, de alguma maneira, minhas dores em vozes que eu compartilho com aquele público… Você não deixa de sofrer, mas você embeleza muito a existência. Acho que o teatro te restaura o fascínio pela existência, o fascínio por estar no jogo, por querer viver. Falo isso quando a gente está ensaiando: – “Não precisa ter final feliz, não gosto de final feliz, não quero ter final feliz, mas precisa dar vontade de viver.…”

2. Sobre o seu contato com a arte.
Denise: O contato com a arte, seja qual for a expressão, proporciona um reconhecimento de que não se está sozinho — seja na dor ou na alegria. A experiência de ver uma peça de teatro e sentir a reação da plateia ao lado pode trazer uma melhor compreensão das próprias emoções… Isso não é uma frase feita, eu tenho visto. Eu vejo o que aconteceu com um marido que foi arrastado para o teatro. Eu vejo essa pessoa que começou a peça sentada para trás na cadeira, eu vejo esse cara se ajeitando e ficando de boca aberta, em estado de reflexão…

3. Sobre o seu otimismo quanto ao futuro do teatro, como um espaço para uma conexão profunda entre as pessoas.
Denise: O que eu mais gosto, sei lá, eu virei meio uma especialista nisso… O que eu mais gosto no meu ofício é fazer alguém rir e ao mesmo tempo que eu faço essa pessoa pensar. E o que é mais incrível: quando você consegue se divertir pensando, você entra num estado de prazer. O teatro faz você ter insights…

Termino este nosso encontro com a energia deste “sentir” de Denise:

– “O tempo corre tão rápido, mas quando bem aproveitado a memória é muito feliz.

Complemento:

Mesmo com essa ligeira passagem do tempo, todos nós sempre estamos muito sensíveis aos bons momentos de nossas vidas.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(493) Sentindo a importância das nossas atitudes respeitosas.

Aquilo que fica claro para você não é necessariamente percebido por todas as pessoas com que compartilha esta parte do caminho. Procure investigar em silêncio se as suas percepções batem com as dessas pessoas. Investigação.

São palavras de Oscar Quiroga, em uma das previsões astrológicas do seu horóscopo divulgado hoje, dia 10/03/2025. Nesta sua ‘nonagésima primeira’ participação em nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior, peço a sua atenção para a introdução por ele escrita sobre as “atitudes humanas”:

ATITUDE
Não importa qual seja nossa aparência, e vamos lembrar que aparência conta muito no jogo da civilização, é o ânimo interior, subjetivo e invisível que determina nossa atitude e como nos sentimos dentro de nossa aparência, e apesar de que, contrariando as evidências da importância da subjetividade abstrata de nossa humanidade, a ideologia materialista predominante a continua tratando como algo desprezível, mesmo assim é a nossa atitude a que faz a diferença. Por isso, mesmo que hoje não consigas arrumar cabelo, roupa ou quaisquer adereços de aparência, fortalece teu ânimo interior, porque é esse que vai fazer a diferença, e por mais que não te adeques na fotografia ao que supostamente deveria ser o padrão atrativo, se tua atitude interior for brilhante, pois então brilharás.”

Certo é que nas relações existenciais de convivências mútuas, muitas das nossas “atitudes” são avaliadas por terceiros. Ainda que sejam silenciosas ou feitas de modo subjetivo, ao tomarmos conhecimento nunca devemos nos preocupar e nem querer impor a prevalência do nosso “sentir”, do nosso “pensar” e do nosso modo de “agir”. Esse comportamento, quando for por nós adotado, certamente poderá favorecer para todos o reconhecimento de uma condição humanista de necessidades de “respeitos mútuos”. Isto porque “respeitar”, também deverá ser condição de necessária de reciprocidade. Ainda sobre a introdução do seu horóscopo considero que as nossas atitudes ensejadoras de “respeitos”, também devem ser praticadas por todos nós como condição de “civilidade” em todos os sentidos da nossa existência.

Termino este nosso encontro com este “sentir” de Clarice Lispector:

Mesmo quando não estou pensando em você, sinto um pensamento constante a seu respeito, como a música que acompanha os filmes.

COMPLEMENTO:

– Em um filme sobre nossas vidas, será preciso mostrar os nossos exemplo de respeitosas e humanistas relações de “respeito”.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(492) Sentindo o sublime do “eterno”, em nossas vidas.

Tudo continua, apesar de parecer que relacionamentos terminam, que as mudanças mudam tudo, e que o passado seria o lugar onde tudo aconteceu. Tudo continua, a mais real matéria do Universo é a eternidade.

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga no seu horóscopo divulgado no dia 10/02/2025. Esta é a sua nonagésima participação em nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Quando nos deparamos com a literalidade de muitas das suas previsões astrológicas, entendo que de modo subjetivo também podemos ser estimulados para um nosso “voltar-se para si mesmos. Neste encontro e de modo conclusivo, Quiroga está transmitindo o reconhecimento de uma “continuidade” na infinita perpetuação no Universo, sensorialmente modelada pela nossas compreensões de “eternidade”. O alcance subjetivo dessa perspectiva individual de buscas de conhecimentos [acrescento: em todas as áreas de aprendizados de “saberes humanos], pode representar para cada um de nós uma espécie de “chamado”, no sentido de necessidades de explicações para muitas das nossas reações comportamentais. Algumas, inclusive que podem nos fragilizar emocionalmente, deixando-nos totalmente paralisados, sem ação. Talvez tenha sido por isso que Quiroga se referiu aos términos de “relacionamentos”, mas no sentido de que eles “nunca acabam” porque permanecerão para sempre no nosso “inconsciente” e em nossas lembranças conscientes. Ensina o neurocientista António Damásio, no seu livro “O mistério da consciência – do corpo e das emoções ao conhecimento de si”, publicação da Editora Companhia das Letras, com tradução de Laura Teixeira Martins Castro, que recomendo como leitura obrigatória (numerei):

1. A palavra imagem não se refere apenas a imagem “visual”, e também não há nada de estático nas imagens. (…)

2.As imagens de todas as modalidades “retratam” processos e entidades de todos os tipos concretos e abstratos.

3. As imagens podem ser conscientes ou inconscientes. Cabe notar, porém, que nem todas as imagens que o cérebro constrói se tornam conscientes.

Pergunto para você:

Em termos de significados quais foram as imagens subjetivas de aproveitamento e de ajuda, que este nosso encontro lhe proporcionou?

Termino, com este “sentir” de Clarice Lispector:

Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender.

Pensem nisso.

Notas:
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2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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