Não acredito em “futurólogo”, como possuidor da capacidade de antecipadamente prever, com total de “acerto”, o que ainda vai acontecer. Pertenço à geração da “imprevisibilidade de tudo”, que me condicionou ao “nada sabemos”. No entanto, não nego a magia da “previsibilidade” de certas ocorrências imaginárias de “possibilidades”, relacionadas ao “desconhecido”. A essência desse enfoque me fascina, porque sempre dei importância à subjetividade dos nossos “estados de consciência”, como sendo fontes de muitas das nossas descobertas interiores, através da percepção da nossa “Sensibilidade da Alma”.
O que motivou esta mensagem, foi esta passagem do livro “O Médico Quântico”, do Doutor Amit Goswami, lançado no Brasil pela Editora Cultrix, que recomendo a leitura (mensagem 154):
– Para que uma coisa seja, antes é preciso que ela seja possível de ser. Se a possibilidade não existe, é impossível existir a manifestação. A possibilidade é uma condição necessária. Isso é lógica básica, cristalina. Ao se observar esse mundo de possibilidades, vê-se que ele é mais como mente: ele não tem extensão no espaço ou no tempo; ele não pode ser quantificado. Ele também faz parte do fundamento de todo ser. Podemos então equiparar esse reino de possibilidades ao corpo de beatitude da consciência descrito anteriormente [O que foi por ele explicado, como fundamento ilimitado do ser e com possibilidades ilimitadas].
Sintetizo esse “pensar” de Goswami, com estas minhas palavras:
– Só se manifesta “para nós” ou “em nós”, o que é pré-existente.
Pergunto:
– Mas a projeção sensória desse “existir”, está “em nós” ou “fora de nós”?
No seu livro, Goswami assim explica um dos poemas do poeta místico Kabir (Bly 1977):
– Que tudo é consciência, tanto o corpo como a alma. A diferença entre a água que está dentro e a água que está fora surge com os limites de vidro do jarro. A diferença entre corpo e alma aparece com os diferentes modos como os experimentamos: experimentamos o mundo físico do corpo como externo a nós, mas experimentamos também um mundo interior de consciência, que chamamos de alma.
Certo é que somos nós que criamos e inconscientemente elaboramos as “imagens sensórias” que recebemos do mundo exterior e do nosso interior. Elas surgem dos nossos “estados de consciência”. Tudo que recebemos produz, em nós, o seu potencial energético. Mas é preciso vivenciar um “estado de consciência” que esteja em harmonia receptiva com o que “desejamos” e “necessitamos”, em todos os sentidos do nosso “existir”. O exemplo que trago para esta mensagem, são as nossas buscas de “cura espiritual”.
Pergunto:
– Como essas curas acontecem?
O médico indiano Deepak Chopra explica no seu livro “O poder da Consciência”, lançado no Brasil pela Editora LeYa, que recomendo a leitura:
– A espiritualidade lida com seu estado de consciência. Não é o mesmo que a medicina ou a psicoterapia. A medicina lida com o aspecto físico onde ocorrem mudanças corporais. A psicoterapia lida com uma dificuldade específica, como ansiedade, depressão ou doença mental real. A espiritualidade confronta a consciência diretamente: ela tem o objetivo de produzir uma consciência maior.
Estou convencido de que para alcançar a “cura espiritual”, devemos expandir a nossa consciência com a força do sentimento de “FÉ” (entenda-se “FÉ”, como “ACREDITAR”). Os caminhos para essa expansão são conhecidos.
Citado Goswami, esclarece Holmes, em “Science of Mind”, Nova York: Tarcher/Putnam, em 1938:
– A cura espiritual consiste em invocar o poder “superior” do Espírito, por meio da oração e de rituais semelhantes, para fins de cura.
Termino esta mensagem, com a certeza de que somos nós que damos significados aos nossos “estados de consciência”, sejam eles positivos ou negativos. O que enseja as “curas espirituais” é a energia vital que imanta o nosso sentimento de “Fé”, em sintonia de transcendência superior. A “cura espiritual” depende apenas de acreditar no potencial interior do nosso sentimento de “Fé”.
Notas:
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