(133) Sentindo como fortalecer e consolidar os nossos “relacionamentos interpessoais”.

A motivação desta mensagem são os nossos “relacionamentos interpessoais” de qualquer natureza.

Na mensagem postada com o título – Sentindo o “querer encontrar” a sua alma gêmea” – (072), fiz referência à história do sujeito que estava procurando a sua parceira ideal, contada pelo professor de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Ailton Amélio da Silva, em um dos seus livros sobre “relacionamento humano”:

Um amigo pergunta:
– Está namorando?
– Não.
– Porquê?
– Estou procurando a mulher ideal.
Um ano depois, eles se reencontram e o amigo volta a questionar:
– Está namorando?
– Não.
– Ué, não encontrou a mulher ideal?
– Encontrei, mas ela também estava procurando o cara ideal.

Aparentemente, de modo inevitável, em muitos “relacionamentos” ocorrem a reciprocidade de desejos e a prevalência do nosso “querer”, do “pensar” e do “jeito de ser”, em face do “como” o outro se apresenta “ser” para nós. O que devemos mostrar, com naturalidade, é a nossa “realidade interior” e, portanto, as “imagens sensórias” da “subjetividade humana” e da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Entendo que em todo “relacionamento”, o que fortalece o seu crescimento é a necessária vinculação de “respeito”, bem como a troca de manifestação recíproca dos nossos “sentimentos”, “necessidades” e “preferências”. Consolida-se, assim, um dos princípios da “inteligência emocional”, explicado pela capacidade de reconhecer as nossas “emoções” e de interagir com as “emoções” dos outros.

De acordo com a proposta deste espaço virtual, entendo que todos nós precisamos “acreditar” e “investir” na manutenção “saudável” de um desejado bom “relacionamento” (principalmente os de natureza amorosa). Isto porque a essência das relações amorosas, reveste-se da “valoração interior” dos nossos ideais e das expectativas de necessidades de “conhecimento mútuo” e da necessária “integração a dois”.

Para enriquecer esta mensagem, faço referência à abordagem “Construindo Relações Saudáveis”, feita por Beatriz Acampora (Psicóloga e especialista em comunicação e relacionamentos humanos), juntamente com o Psicólogo João Oliveira, publicada na edição 128 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala. Destaco o seguinte:

1. A vida a dois é uma construção diária, não há milagres. É preciso investir em si mesmo, se autoconhecer, para que se possa ter uma relação amorosa saudável. A maioria das pessoas que têm problemas de relacionamento coloca expectativa demais no outro e esquece de fazer o necessário pela sua própria felicidade.

2. (…) é importante prestar atenção aos detalhes da relação, avaliar bem quais são suas necessidades e as do(a) companheiro(a), pois cada pessoa tem necessidades distintas, que, muitas vezes, podem até mesmo ser divergentes.

3. (…) é imprescindível que se tenha a atenção voltada para o outro e para si mesmo, pois uma pessoa nunca deve se abandonar dentro de uma relação, que deve ser como uma balança equilibrada, sem pender demais para um lado ou para o outro.

4. A maioria dos problemas de relacionamento ocorre porque as pessoas não estão dispostas a olhar para si mesmas e fazer uma simples pergunta: “O que eu espero dessa relação?”.

Entendo que o objetivo a ser atingido em qualquer tipo de “relacionamento” deverá ser, principalmente, o nosso “desejo interior” de querer compartilhar, com o outro, os nossos “sentimentos” e “emoções”. Para esse objetivo ser alcançado, não existem regras em qualquer espécie de manual. Isto porque, tudo somente poderá ser buscado “dentro de nós mesmos”, através do nosso “autoconhecimento”. Portanto, o que precisamos para construir e manter um bom “relacionamento” está “em nós mesmos”, para ser compartilhado com quem estamos nos relacionando.

Verifica-se, portanto, que se trata de uma questão de “autoconhecimento”, de “querer fazer a nossa cabeça” e não a do outro, nos nossos “relacionamentos”. Por essa razão, sempre acreditei que nós somos quem “mais” e “melhor” possuímos condições para trabalhar a nossa própria “psique”. Outra atuação profissional complementar (por vezes necessária e valiosa), representa uma importante “avaliação especializada” que, no entanto, sempre dependerá do “conhecimento pleno” da nossa interior realidade “sensória”, “emocional” e “existencial”. Consolida-se, assim, o “fluir” de um crescente e gradual vínculo de interação compartilhada.

Peço a sua atenção para esta afirmação de Régis Amorim (interessado em programação neurolinguística), publicada na edição de 11 de dezembro de 2016, da Revista do Correio, do Jornal Correio Braziliense:

– Nós não aprendemos como as emoções se formam, como acontecem os padrões emocionais. O processo emocional é de dentro para fora. Os fatos são objetivos, a gente é que gera nossas emoções.

Inspirado nesse entendimento, dedico esta mensagem à Ana Clara com a essência deste meu “pensar”:

– A sabedoria da “construção” e do “fortalecimento” de qualquer tipo de “relacionamento”, está centrada na prática permanente do “voltar-se para si mesmo”, com a consequente conquista de um estado de “harmonização interior” de “autoconhecimento”. Assim procedendo, encontraremos o “sentir interior” das nossas “necessidades” e das nossas “preferências” de interações pessoais. Assim procedendo, será para nós favorecido o conhecimento de todas as “necessidades” e “preferências” que, com vinculação de “respeito mútuo”, consolidará todas as nossas “relações interpessoais”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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