(088) Sentindo, com a “Sensibilidade da Alma”, a mesma energia de “integração interior” do namastê.

Várias publicações enfocam a diferença que existe entre a sabedoria de interiorização espiritual, no oriente, e a prevalência do pensamento causal, no ocidente. Ocorre que todo caminho espiritual, por representar uma “busca de elevação interior”, está ao alcance de todos os seres humanos, independente de onde se encontram. O que nós precisamos é apenas estar “despertos”. Desperto para si mesmo, para conhecer a si mesmo. A respeito, gosto deste ensinamento de Madhava Ashish (Fonte: “Clareza de visão”, de Linda Oliveira, publicado na Revista SOPHIA, Ano 13, n. 58, da Sociedade Teosófica no Brasil):

– Quanto mais entendemos aquilo que somos, e como chegamos a ser o que somos, mais entenderemos o que temos que nos tornar, e como nos tornar.

Por sua vez, está comprovado pela neurociência que o nosso cérebro se transforma, quando a mente se transforma.

Com essa descoberta, aqui no ocidente podemos mentalmente “imantar” as nossas experiências individuais através da conscientização de que temos condições de “canalizar”, para nós mesmos, fontes sensórias de “energização positiva”. Não só pela prática de meditação, mas, também, por outras formas de envolvimentos, com significados de integração e de harmonização interior. Como exemplo, é o que podemos alcançar por meio de um simples cumprimento com aperto de mãos. Para os orientais, é o gesto de saudação denominado Namastê, assim explicado por Márcio Cotrim, na sua coluna “O berço da palavras”, na edição de 24 de janeiro de 2016, do Jornal Correio Braziliense, de Brasília:

– “Essa palavra é um cumprimento em sânscrito, que, literalmente, significa “curvo-me diante de ti”. Invoca a mais digna forma de saudação de um ser humano para com o outro e expressa grande sentimento de respeito. Em síntese, deve ser retribuído com o mesmo cumprimento. O deus que habita em mim saúda o deus que existe em você. Consiste no simples ato de pressionar as palmas das mãos ante o coração e os dedos apontados para cima no centro do peito. Inclina-se levemente a cabeça sem ser acompanhado de palavras. Fecham-se os olhos para então curvar-se a coluna em sinal de respeito à divindade. A coluna retoma à posição ereta mais levemente do que quando abaixou. Os cinco dedos da mão esquerda representam os cinco sentidos do coração, enquanto os dedos da mão direita representam os cinco órgãos da razão. Significa então que mente e coração devem sempre estar em harmonia para que nosso pensar e agir estejam de acordo com a verdade. (…) É um cumprimento ou saudação que se usa principalmente, na Índia e no Nepal por hindus, sikhs, jainistas e budistas. A palavra é dita no início de uma comunicação verbal ou escrita. O gesto é feito com as mãos dobradas, sem ser acompanhado de palavras quando se despede. Na ioga, namastê é algo que se dirá ao instrutor e que, nessa situação, significa “sou eu o seu humilde criado”. Quando dito a outra pessoa, normalmente acompanhada de ligeira vênia com as duas mãos pressionadas juntas, as palmas tocando-se e os dedos apontando para cima, no centro do peito. O gesto de namastê também pode ser realizado em silêncio. Em algumas partes da Índia – por exemplo, na área onde se fala a língua punjab –, namastê é usado não somente para cumprimentar hindus, mas para saudar todo o mundo…”.

Agora que você já conhece o simbolismo do namastê, termino esta mensagem sugerindo que ao se aproximar, ou cumprimentar outra pessoa (seja ela conhecida ou não), mentalmente induza o seu “sentir interior” com a mesma energia de respeito e de integração que os orientais sentem com o namastê.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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