(319) Sentindo a importância de conhecer ou ressignificar o nosso “viver”, nesta pandemia (Parte II da 318).

“A INTENSIDADE DE SEUS SENTIMENTOS NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, PORQUE TUDO QUE ANDA ACONTECENDO AFETA DEMAIS SUA ALMA, E CHEGA UM MOMENTO EM QUE SE TORNA NECESSÁRIO EXPRESSAR ISSO DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL.”

“A ALMA SE SENTE SEGURA E CONFIANTE, MESMO QUE NADA DEMAIS ESTEJA ACONTECENDO PARA CONFIRMAR O SENTIMENTO. O QUE IMPORTA ISSO? OS SENTIMENTOS EXPRESSAM REALIDADES QUE NÃO NECESSARIAMENTE ESTEJAM EM ANDAMENTO.”

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, em duas previsões do seu horóscopo publicado na edição do dia 30/03/2021 do jornal Correio Braziliense. Foram escolhidas para este nosso encontro porque, nestes momentos de transformações e de necessidades de inserções interiores, nós devemos “buscar” ou “criar” significados para os nossos “sentimentos” e para as “reações emocionais” que estamos vivenciando com esta pandemia. Isto porque, naturalmente, somos nós que temos melhores condições para “interpretar” as nossas realidades de interações existenciais de envolvimentos e, assim, procurar atender as nossas necessidades de completudes existenciais (sugestão de leitura complementar – mensagem 315).

Perceber não é apenas um nosso “ver”, ou um nosso simples “presenciar” tudo que se mostra para nós, mas sem espelhar em nós, “significados” para o nosso “existir” e “viver”.

Nesta pandemia, o nosso perceber deve ser um permanente “sentir” da nossa “imunidade superior” que possui essência de transcendência espiritual. É por isso que, nesta jornada de “autoconhecimento” (mensagem 001), várias vezes tenho repetido em síntese esta explicação de Jung (agora, assim reproduzida com estas minhas palavras):

– REGISTRADOS PELA NOSSA PERCEPÇÃO, FATORES INTERIORES ASSOCIADOS A OUTROS RECEBIDOS DO NOSSO “MUNDO EXTERIOR”, RECEBEM FORMA E SENTIDO NA COMPOSIÇÃO DE TUDO DO NOSSO PSIQUISMO QUE, EM NÓS, SE REVELA POR IMAGENS SIMBÓLICAS.

Sob uma perspectiva de interiorização pessoal, entendo que nesta pandemia precisamos acreditar mais na nossa inata capacidade de “perceber a si mesmo”, de “mostrar-se para si mesmo” para visualizar, “em nós” e “para nós”, novos “significados” para um renascer de novos propósitos para as nossas vidas.

Agora peço a sua atenção para esta interessante e preciosa fonte de conhecimento. Ao ser perguntado sobre o que é a “fenomenologia” criada pelo filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), respondeu o mestre e doutor em Filosofia, Tommy Akira Goto, da Universidade Federal de Uberlândia, em entrevista publicada na Revista “Filosofia”, Edição 156, da Editora Escala (complementada com estas minhas palavras):

– Fenomenologia é a ciência da totalidade do ser. Uma ciência de fenômenos. Uma análise reflexiva e filosófica do que aparece na experiência humana, à nossa consciência. Isso significa que não é apenas a nossa experiência das coisas, mas, também, como damos conta daquilo que experienciamos (o que Husserl chamou de “vivência”).
A fenomenologia, então, não é uma filosofia apenas; é uma metodologia científica, que busca conhecer as “próprias coisas”, como são elas e como são conhecidas por nós.

Em seguida, esclareceu de modo conclusivo:

– [Por serem percebidos] podemos dizer que não só o mundo se mostra, mas nós próprios, ou seja, podemos também acessar o sentido da existência, da minha ou da sua existência. Temos aqui novamente a questão da correlação.

PERGUNTO:

– AS “PERCEPÇÕES INTERIORES” RECEBIDAS E MODELADAS PELAS NOSSAS INTERPRETAÇÕES DE EXPERIÊNCIAS SUBJETIVAS, REFLETEM, PARA NÓS, SIGNIFICADOS DOS NOSSOS “SENTIMENTOS” E “INTERAÇÕES EMOCIONAIS” ?

Espero você no nosso próximo encontro, com a resposta para esta pergunta.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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