“Nossa verdade interior é o que dirige nosso destino”
São palavras da escritora norte-americana Helen Keller (1880-1968), manifestando com a sua percepção interior de cega e surda, como subjetivamente também podemos definir os nossos “destinos”. Confesso ter pensado muito sobre esse seu “sentir”. Fiquei convencido de que como nos sentimos ser para nós mesmos, nesta dimensão de vida, também pode influenciar e até ser determinante para o alcance dos nossos íntimos desejos presentes e futuros, independente das nossas limitações pessoais, para ajudar eternizar significados da essência simbólica e atemporal do nosso “viver”. Pensem nisso.
O que motivou este nosso encontro foi esta introdução do horóscopo de Oscar Quiroga, divulgado hoje:
Matéria prima do destino
O tempo é a matéria prima de todos os destinos dignos de realização, e quando esse ingrediente não é contabilizado direito na projeção de nossos planos, é inevitável que esses se dispersem e nunca cheguem às vias de fato, porque cada resolução que fazemos em nossas mentes e corações tem uma medida exata de tempo para se realizar, com ciclos e períodos específicos envolvidos em sequências ininterruptas, isto é, claro, se nossas resoluções forem dignas e não meras fantasias.
Em nossas fantasias o tempo não existe, nos conforta a ideia de que a mera imaginação do que pretendemos seja suficiente para nos satisfazer, porém, é assim que vamos ficando ensimesmados, “egonautas”, porque cada resolução digna de realização nos obriga, necessariamente, a sairmos de nós mesmos e nos lançarmos ao mistério da Vida.
Nessa perspectiva de Quiroga sobre o destino em nossas vidas, ele recorre ao “tempo” como sendo uma das condições de todas a realizações de “dignos destinos” para nós. Nesta minha versão, acrescentei uma condição – a de que todos nós precisamos favorecer o que desejamos, para poder viabilizar, pelo nosso merecimento, nossos anseios de realizações. É quando surgem as nossas “escolhas de viver”, determinando de modo subjetivo e implícito, suas consequências, sejam em que sentido for. Muitos acreditam que em nossas vidas tudo já está, para nós, “predeterminado”, mas não acredito que seja assim. Gosto destes ensinamentos de OSHO, no seu livro “A jornada de ser humano”, publicação da Editora Academia, com tradução de Magda Lopes, que recomendo a leitura (numerei):
1. O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontrá-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está sua beleza.
2. A vida consiste de coisas pequenas, e você tem de transformar cada pequena coisa por meio de sua consciência, de sua observação, de seu estar alerta, em um belo ato. Então as coisas comuns podem se tornar extraordinárias.
3. Perguntaram a um monge Zen: “O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?” Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço”. E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?” E ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço”. O questionador ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença”. O mestre disse: ” A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou: a prosa se tornou poesia, as pedras se tornaram sermões e a matéria desapareceu completamente. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana”.
Espero você no nosso próximo encontro.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.