O filósofo Baruch Spinoza (1632-1677) dizia que “a mente humana ´é parte do intelecto infinito de Deus”, e John Lennon (1940-1980) que “a arte é a expressão da mente e a nossa vida é a nossa arte”.
Todos nós, naturalmente, já falamos para nós mesmos sobre a nossa “mente”. Formado em Filosofia pela USP, João de Fernandes Teixeira, no seu artigo “Somos o nosso cérebro?”, publicado na Edição 142 da Revista humanitas, da Editora Escala, inicia suas considerações com estas perguntas: “Será a mente um produto do cérebro?” Ou será o cérebro apenas o hospedeiro biológico da mente?” Logo em seguida, argumenta:
– “Não seria possível fazer uma ciência da mente, pois os estados mentais não são observáveis. Estados mentais são subjetivos, ou seja, experimentados em primeira pessoa. Quando sinto uma dor posso até descrevê-la para o médico, mas a sensação é intransferível, as palavras nunca chegam a descrevê-la na sua totalidade ou numa forma que sua intensidade possa ser precisamente determinada por outra pessoa. Tão pouco adiantaria um neurocientista descrever os circuitos cerebrais responsáveis pela dor. Quando eles são ativados, podemos saber que a pessoa sente dor, mas são insuficientes para determinar quão intensa ela é.”
O filósofo dualista Avicena (980-1037) entendia que o corpo e a mente são substâncias distintas. Platão (c. 427-347 a.C), também considerava a mente algo distinto e aprisionado no corpo, mas no momento da morte a mente ficava livre para reencarnar em outro corpo”. Aristóteles (384-322 a.C), ao contrário, entendia “ser uma forma ou função do corpo”.
Agora vejam que interessante:
O Ayurveda, que em sânscrito significa “O Veda da vida” ou “A ciência da vida”, é um antigo sistema sobre a “cura natural”. O escritor hindu americano David Frawley, no seu livro “Uma Visão Ayurvédica da mente – A cura da consciência”, lançado no Brasil pela Editora Pensamento, São Paulo, com tradução de Alípio Correia de Franca Neto [por mim relido várias vezes, e neste encontro recomendo para os meus seguidores], dedicou um capítulo sobre “A Natureza da Mente” e “Os Cinco Elementos e a Mente”. Destaco estas minhas anotações feitas com “marca-texto” (numerei para este nosso encontro):
1. A doença física perturba as emoções e embota os sentidos, e por isso pode acarretar perturbações psicológicas.
2. Precisamos entender a mente e o modo como ela funciona. Qual é a natureza desse instrumento magnífico a que chamamos mente? Qual a sua relação com quem somos? Qual a sua relação com o corpo?
3. A solução para todos os nossos problemas mentais é aprender a usar a mente de modo satisfatório.
4. A mente é sensível, de fato. Ela é o próprio órgão da sensibilidade que fundamenta os sentidos. Todas as coisas exercem influência sobre a mente.
5. Quando a consciência é iluminada, transcendemos todos os limites externos. Não precisamos mais sentir o mundo exterior, porque aprendemos a lição – “tudo é interior”
6. Nossa consciência mais profunda é a base da fé real que, a exemplo da intuição, é um sentido imediato da Realidade que está além de toda aparência.
7. Para aumentar o conhecimento de si mesmo, temos de aprender a nos observar, o que requer meditação.
Pensem nisso.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.