“É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.”
São palavras de Clarice Lispector (1920-1977) mostrando-nos uma subjetiva realidade dos seres humano, assim explicada pelo meu “sentir”: – Todos nós temos a capacidade de conhecer e avaliar o que desejamos, por meio das nossas buscas sensoriais de interiorização. O que motivou este nosso encontro foi esta introdução do astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo divulgado hoje, dia 28 de abril de 2025 [sendo esta a sua nonagésima oitava participação nesta caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior]:
“DESEJOS E ASPIRAÇÕES
Um dia, próximos de dominarmos a tecnologia de viajar no tempo, sonharemos com construir um mundo perfeito, capacitados a prever os erros antes de serem cometidos, mas descobriremos que isso não nos trará a salvação, apenas um pouco mais de perdição, agora com equações sofisticadas, porque em nossa ignorância espiritual somos atraídos à escuridão, convencidos de que estamos vendo a luz.
Nos fascina sermos livres e dominadores, porque nos sabemos dominados por forças maiores do que nossa vontade, e mesmo que invistamos recursos fabulosos tentando escapar do labirinto paradoxal da existência, só conseguimos inventar para nós labirintos ainda mais complexos.
Não se trata de dominar nada, mas de nos orientar pela Vida de nossas vidas para que nossos desejos se transformem em aspirações espirituais.”
Os “desejos” são voltados para conquistas de realizações conhecidas e, portanto, em suas maiorias, imediatas. Para a Psicologia e para a Psicanálise, são experiências que envolvem o alcance do que nos falta alcançar e vai nos proporcionar satisfação. Podem ser conscientes ou inconscientes. As nossas “aspirações”, para serem alcançadas estão condicionadas às necessárias e prévias definições de metas. Vejam que interessante: Quiroga também se referiu às nossas [transcendentes] “aspirações espirituais”. Recentemente tivemos os exemplos em vida, do Papa Francisco.
O filósofo e historiador francês René Girard (1923-2015), que ficou conhecido por sua “teoria de desejo mimético”, usou a mitologia antiga para mostrar que “o desejo humano também é despertado em nós pelo desejo do outro”.
Termino este nosso encontro com este desejo de Clarice Lispector, por ela manifestado em “Perto do Coração Selvagem”:
– “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.”
Pensem nisso!
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.