(100) Sentindo o “BELO” do caminhar com envolvimento de “AMOR”.

Somos o “caminho” de nós mesmos, pelas trilhas das nossas escolhas.

Somos o “caminho” de nós mesmos, porque a “vida” é um processo fluente de conquistas necessárias e, também, por vezes indesejadas.

Somos o “caminho” da nossa finalidade “existencial”, pelo fluir do nosso “viver”.

Somos o “caminho” dos nossos “encontros” e “desencontros”.

Gosto desta “sabedoria” do escritor alemão Hermann Hesse:

– Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.

Acontece que em todas as nossas caminhadas, nunca somos os viajantes do nosso “querer”. Em dimensão de transcendência espiritual, nunca estamos sozinhos. Todos nós somos “assistidos” e “guiados” pelas trilhas do nosso “merecimento”. Esse mesmo “merecimento” que me levou a seguir o novo caminho mostrado por Ana Clara.
Agora, o nosso “caminho” de descobertas, de desejos e de ideais de vida, que está permitindo nós dois experienciar a verdadeira “essência” do nosso “existir”, que é o “AMOR”.

Nessa nova caminhada, estamos sendo envolvidos pelo BELO da “vida”, tornando-nos uno ao seu esplendor. Estamos buscando significados para a nossa união, porque acreditamos que somos os construtores do nosso “viver”. Porque também acreditamos na capacidade existencial de “querer” e de poder “mudar nós mesmos”, quando existe “AMOR”.

Ofereço esta mensagem para Ana Clara (a centésima do “Sensibilidade da Alma”), com este meu “sentir interior”:

– O “tempo” não existe. É apenas uma ilusão. Mas no nosso “imaginário”, o sentimento de “AMOR” é sublime e se perpetua em nós, compondo a essência da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(099) Sentindo, com a musicalidade interior das “emoções” e dos “sentimentos”, sempre ser possível “namorar com a vida”.

O “Sensibilidade da Alma” é um convite para trilhar o caminho do autoconhecimento. É incentivo para a busca de transformações do nosso “viver”, sempre em sintonia de “harmonização interior”. Nós somos o que sentimos. A singularidade do ser humano está na essência da “Sensibilidade da Alma”. São essas “transformações” que podem ser alcançadas através da permanente “observação de si mesmo”, por meio do escutar a nossa “voz interior”.

A motivação desta mensagem foi a leitura da entrevista do psicanalista e músico, Fernando Savaglia, publicada na Revista PSIQUE, Ano IX, no 118, lançada no Brasil pela Editora Escala, com este belo título – “A música permite namorar com a vida”.

A base das suas respostas foi a comprovação da Neurociência, no sentido de que “a música ativa certas zonas cerebrais, podendo atuar sobre o nosso humor ao liberar neurotransmissores (…) que exercem enorme influência sobre o bem-estar emocional em cada um de nós”.

Um dos enfoques que apreciei na entrevista, foi a peculiaridade da atuação de Fernando Savaglia, como psicanalista, que consiste em sugerir que sejam intituladas algumas sessões, como forma de seus pacientes se apropriarem de suas histórias. Essa técnica foi assim explicada por Fernando Savaglia:

Psique: Você criou um método de nomear a sessão, ou seja, ao final de cada self terapêutico pede para que o paciente dê a ela um título? Como funciona isso e qual o objetivo?

Fernando: Não necessariamente em todas as sessões, mas em muitas, sim. Dar um nome é mais do que uma síntese do que foi conversado, propicia um sentimento de apropriação do que foi elaborado. Não é raro também acontecer de o analisando ter um insight na hora de escolher esse nome, assim como permite, quando necessário, “retomar” algo relacionado à sessão anterior. (…) Os nomes nas sessões auxiliam a ordenar a desordem que as emoções provocam em suas respectivas etapas.

Comentário: Observa-se, com facilidade, o uso da “percepção interior” da “Sensibilidade da Alma” desse conceituado Psicanalista, essencialmente voltada para a estruturação da sua função de “facilitador terapêutico”, contribuindo para o melhor aproveitamento emocional dos seus pacientes.

Nesta oportunidade, esclareço que venho sendo intuído para usar este espaço virtual no sentido de poder ajudar as pessoas que estão vivenciando certas doenças, como Alzheimer, Parkinson, e outras. Sobre a primeira, sugiro complementar a leitura desta mensagem com a que foi postada em 23.03.2015, com o título “Sentindo, no olhar, a “Sensibilidade da Alma”.

Peço atenção para este exemplo citado por Fernando Savaglia, na mencionada entrevista:

PSIQUE: Em sua reflexão e experiência profissional, quais as relações entre música e Psicanálise? Seria o fato de que ambas as manifestações envolvem o inconsciente, ou seja, a Psicanálise lida com afetos e a música desperta profundas emoções?

Fernando: Há alguns anos li um artigo de um professor de Psicologia Cognitiva, chamado Emmanuel Bigand, da Universidade de Bourgogne, em Dijon. Em seu texto, ele apontava um paradoxo em relação à música, se perguntando como um estímulo artificial, que não desempenha papel biológico direto para a sobrevivência, adaptação ou reprodução da espécie, é capaz de produzir tamanho efeito no ser humano?
Certa vez, um paciente me contou uma experiência incrível com seu pai em estado avançado de Alzheimer. Todo sábado eles almoçavam juntos, ainda que a comunicação praticamente não existisse mais. Numa dessas visitas começou a mexer em antigos discos de tango, uma das paixões de seu pai que havia morado anos em Buenos Aires. Curioso para saber se o velho toca-discos ainda funcionava, colocou um dos longplays para tocar. Para sua enorme surpresa e de todos que estavam lá, a música religou alguma conexão sináptica do pai, que pegou na mão da enfermeira e, como ele mesmo disse, saiu a “bailar una milonga de verdad” pela sala. Mais do que conectar o pai à realidade, o som propiciou, ainda que por alguns momentos, que ele voltasse a “namorar com a vida”. A música é capaz disso.

Observa-se que apesar dos sintomas significativos de Alzheimer, principalmente relacionados com a memória dos pacientes, sob determinadas estimulações específicas há possibilidades de serem reativada algumas manifestações de registros de marcantes experiências de um determinado “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”. A respeito, como ensina Antoine de Sant-Exupéry, na conhecida obra “O Pequeno Príncipe” – “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos Olhos”.

Com essa lição de vida de Sant-Exupéry, termino esta mensagem pedindo para você ensinar que, escutando as “emoções” e os “sentimentos”, será possível “Namorar com a Vida”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(098) Sentindo a plenitude existencial, do “sentir amor”.

Há muito tenho vontade de colocar neste espaço virtual, mensagem sobre o subjetivo significado de “Sentir Amor”. Em várias tentativas, pensei iniciar definindo esse sentimento. Acontece que todos os nossos sentimentos não podem ser explicados com palavras. Eles são “estados de consciência” que revelam as manifestações do nosso “sentir interior”, modelados pelas “projeções sensórias” da nossa “Sensibilidade da Alma”.

De acordo com o neurocientista António Damásio, “os sentimentos envolvem a percepção de um certo estado do corpo e a percepção de um certo estado de espírito”. Exemplo: – “O panorama espetacular de um pôr-do-sol sobre o oceano é um objeto emocionalmente competente. Mas o estado do corpo que resulta de contemplar esse panorama é o objeto imediato que está na origem do sentimento e é o objeto cuja percepção constitui a essência do sentimento” (Fonte: “Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos”, lançado no Brasil pela Editora Companhia das Letras).

Esse mesmo mecanismo dos nossos sentimentos, é desencadeado nos relacionamentos humanos em que o “amor” é a essência do sentimento que une os amantes.

Fora da perspectiva de estudo dos neurocientistas, normalmente todos os nossos “sentimentos” são explicados pelas alterações emocionais que vivenciamos. O “sentir amor”, no relacionamento afetivo entre duas pessoas, provoca uma crescente “atração” de envolvimento. São, portanto, nexos de interações de energias que, mutuamente, “aproximam” as pessoas, além de proporcionar em ambos a sensação de que um “completa” o outro.

De acordo com a filosofia de vida ensinada pelo budismo, o “sentido” do interior sentimento de “amor” não está condicionado a um “desejo”. Ao contrário, se manifesta consolidado em um mesmo “querer” – o de “querer que o outro seja feliz” (“dö-pa”, em tibetano).

Para Paulo Coelho, “ao momento em que partimos em busca do AMOR, ele também parte ao nosso encontro.”

Concordo com Paulo Coelho, porque sendo o sentimento de “amor” a “essência existencial” de todo o ser humano, precisa ser “buscado”, “encontrado” e “perpetuado”.

“Perpetuado”, “eternizado”; esse é o sentido da plenitude do nosso “viver”.

Por sua vez, gosto desta inspiração de Vinícius de Moraes sobre o sofrimento de uma irreparável “perda de amor”:

– Eu sem você sou só desamor. Um barco sem mar, um campo sem flor. Tristeza que vai, tristeza que vem. Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.

Sem “amor”, somos barqueiros arrastados pela águas dos oceanos da “vida” e da evolução do nosso “existir”.

Termino esta mensagem, dedicando para Ana Clara com esta sabedoria, em forma de conselho, do escritor português Miguel Vicente Esteves Cardoso:

– Sem um amor não vive ninguém. Pode ser um amor sem razão, sem morada, sem nome sequer. Mas tem de ser um amor. Não tem de ser lindo, impossível, inaugural. Apenas tem de ser verdadeiro.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(097) Sentindo com a “subjetividade” do nosso “sentir interior”.

Muito aprecio as manifestações da “Sensibilidade da Alma” do astrólogo Oscar Quiroga. Elas revelam uma singular maneira de “sentir” a vida, sob uma perspectiva de profunda introspecção humanista.

Na edição de hoje, 23 de abril de 2016, do jornal Correio Braziliense, Quiroga presenteia os nascidos nesta data, com esta expressiva abordagem de significado subjetivo sobre o ato de respirar:

– Data estrelar: Lua ainda Cheia em Escorpião. Agora respira. Agora respira envolvendo-te em cada respiração. Esse momento te fará mais humano ainda do que já és, porque mediante esse exercício singelo uma função automática e instintiva, como a respiração, será o campo onde tua consciência intervirá intencionalmente. Assim a respiração deixará de ser instintiva e se transformará em algo mais elevado. Agora respira imaginando que a cada inspiração teu corpo se impregna de todas as mais brilhantes virtudes que anseias conquistar, prosperidade, beleza, inteligência. Escolhe uma só para não dispersares. Que cada inspiração impregne tuas moléculas com essa virtude. Que cada expiração te sirva para te livrares do que te amarra a vícios e limitações, saindo tudo isso de ti e o Universo o levando para ser reciclado. Respira outorgando significado a tua respiração.

Depois de ler e reler essa bela mensagem de interiorização, lembrei que segundo a filosofia de vida ensinada pelo Budismo, somos nós que damos significados a tudo que vivemos.

Tudo “existe”, porque nós existimos. Somos os espectadores das nossas realidades (tanto a “exterior”, como a “interior”). Somos os únicos possuidores da nossa “subjetividade”. Por meio dela, motivamos com significados, todas as nossas “vivências existenciais”. Damos significados às percepções do nosso “sentir interior”.

O ser humano precisa conhecer as suas “emoções” e os seus “sentimentos”. Mas conhecer, não de modo consciente e com a linguagem da “razão”. Precisa conhecer com o seu “sentir interior”, com o “sentir” da sua “Sensibilidade da Alma”. Precisa buscar “sintonia sensória” com a essência da sua “subjetividade interior”.

Volte para o início desta mensagem e mergulhe na subjetividade mostrada por Quiroga, sobre o nosso ato de “respirar”. Exercite a visão do seu “sentir interior”. A mesma “visão subjetiva” que inspirou parte da letra da música “Quase sem querer”, do grupo Legião Urbana, que escolhi para terminar esta mensagem:

– Já não me preocupo
Se não sei por que
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo
O mesmo que você…

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(096) Sentindo que temos uma finalidade “existencial” e “espiritual”, necessária para a nossa evolução.

Todos nós temos uma finalidade “existencial” e “espiritual” que precisa ser por nós descoberta.

Nesta dimensão de vida, não somos “marionetes” guiadas pelas cordas que determinam os movimentos do nosso “viver”. Somos “seres pensantes”, com responsabilidades de escolhas pelas trajetórias do nosso “existir”, com individualidades e liberdade de pensar bem definidas.

A nossa finalidade “existencial” e “espiritual” não se sujeita apenas à delimitação do nosso atual “ciclo da vida” (pelo “nascer” e “morrer”). Ela também insere o envolvimento de uma vinculação de origem transcendente, porque somos viajantes por jornadas necessárias à nossa evolução e aprimoramento, em todos os sentidos.

Certo é que somos partes integrantes de um “existir universal”, em que “tudo que existe”, “como existe”, e “para que existe”, se manifesta compondo uma “unidade”, uma totalidade “existencial”, com sentidos próprios e determinantes de evolução.

Gosto da simbologia desta história zen, contada por Thich Nhat Hanh, no seu livro “A essência dos ensinamentos de buda”, lançado no Brasil pela Editora Rocco:

– O cavalo está galopando rapidamente, e parece que o homem que cavalga se dirige a algum lugar importante. Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: “Aonde você está indo?” e o homem a cavalo responde: “Não sei. Pergunte ao cavalo!”.

Explica o monge budista vietnamita:

– Esta é a nossa história. Estamos todos sobre um cavalo, não sabemos aonde vamos e não conseguimos parar. O cavalo é a força de nossos hábitos que nos puxa, e somos impotentes diante dela. Estamos sempre correndo, e isso já se tornou um hábito. (…) Precisamos aprender a arte de fazer cessar – parar nosso pensamento, a força de nossos hábitos, nossa desatenção, bem como as emoções intensas que nos regem.
Quando uma emoção nos assola, ela se assemelha a uma tempestade, que leva consigo a nossa paz.
Quando prestamos atenção e entramos em contato com o momento presente, os frutos que colhemos são a compreensão, a aceitação, o amor e o desejo de aliviar o sofrimento e fazer brotar a alegria.
Precisamos da energia da atenção plena para perceber quando o hábito nos arrasta (…). A atenção plena é a energia que nos permite reconhecer a força do hábito e impedi-la de nos dominar.
Estamos sempre em outro lugar, pensando no passado ou no futuro. O cavalo dos nossos hábitos nos conduz, e somos prisioneiros dele.
Precisamos deter este cavalo e resgatar nossa liberdade. Precisamos irradiar a luz da atenção plena em tudo o que fizermos, para que a escuridão do esquecimento desapareça. A primeira função da meditação – shamatha – é fazer parar.

A proposta deste espaço virtual consiste em, mediante buscas interiores, “voltar-se para si mesmo” e favorecer o despertar do seu “sentir interior”, que é o sentir da sua “Sensibilidade da Alma”.

Seja o barqueiro, navegando pelos mares da sua interioridade “existencial”. Nesse navegar, pelo levar das ondas do seu imaginário entre em sintonia de harmonização plena com a “essência espiritual” do seu “existir”. Asseguro-lhes que nesse “processo de interiorização”, favoreceremos as condições de convencimento de que temos uma finalidade “existencial” e “espiritual” a ser descoberta com o “sentir interior” da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(095) Sentindo o “sentido” que existencialmente devemos alcançar.

Pergunto para você:

– Na vida, existe um “sentido” predeterminado para ser alcançado por todos nós?

Refiro-me a uma antecedente “condição”, a uma espécie de “programação” que seja necessária para o aprimoramento do nosso “existir”.

Estou convencido de que temos uma “finalidade existencial” para ser descoberta. Temos uma “missão”, também de essência “espiritual”, que nos interliga em sintonia de “harmonização interior” com a nossa “Sensibilidade da Alma”.

A respeito dessa “missão”, gosto desta bela inspiração de Paulo Coelho, mostrada no seu livro “Manuscrito encontrado em Accra”, lançado no Brasil pela Editora Sextante:

– Pode uma folha, quando cai da árvore no inverno, sentir-se derrotada pelo frio?
A árvore diz para a folha: “Este é o ciclo da vida. Embora você pense que irá morrer, na verdade ainda continua em mim. Graças a você estou viva, porque pude respirar. Também graças a você senti-me amada, porque pude dar sombra ao viajante cansado. Sua seiva está na minha seiva, somos uma coisa só.”

– Pode um homem que se preparou durante anos para subir a montanha mais alta do mundo sentir-se derrotado quando chega diante do monte e descobre que a natureza o cobriu com uma tempestade? O homem diz para a montanha: “Você não me quer agora, mas o tempo vai mudar e um dia poderei subir até seu topo. Enquanto isso, você continua me esperando.”

– Pode um jovem, quando é rejeitado por seu primeiro amor, afirmar que o amor não existe? O jovem diz para si mesmo: “Encontrarei alguém capaz de entender o que sinto. E serei feliz pelo resto de meus dias.”
Não existe nem vitória nem derrota no ciclo da natureza: existe movimento.

Volte à pergunta acima. Sugiro que a sua resposta esteja direcionada para o “sentido” das nossas duas caminhadas – a “existencial” e a “espiritual”.

Com relação à primeira, respondo ser a “finitude humana” o único e incontroverso “sentido” que existe no fluir do nosso “ciclo da vida”. É o “sentido” que impulsiona a nossa “transitoriedade existencial”, explicada no budismo pelos conceitos de “impermanência” (anitya), em que “nada é para sempre”.

Por sua vez, através das nossas escolhas definimos os “sentidos” da jornada humana, que temos condições de modificar.

Certo é que o “sentido” da nossa “caminhada espiritual” também é “missão”, por trajetórias infinitas que são necessárias para o alcance da plenitude da nossa elevação “existencial”.

Somos viajantes pelo fluir da nossa jornada humana.

O que desejo com as mensagens do “Sensibilidade da Alma”, é contribuir para a sua conscientização de que tudo está dentro de nós, para ser por nós descoberto.

O ser humano precisa “voltar-se” para a sua “interioridade”. Precisa deixar de querer mudar as projeções recebidas da sua “realidade exterior”.

Não devemos querer dar à vida, a velocidade que a vida não tem.

No Universo, por dimensões infinitas, tudo é “pleno” e manifesto para nós com o seu esplendor, em sintonia de conexão com o nosso “sentir interior”.

Precisamos aprender transformar “nós mesmos”, o que será facilitado pelo despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Tudo que “existe”está dentro de nós, para nós mesmos.

Gosto desta afirmação de Benilto Bezerra Jr, na sua abordagem sobre “Inconsciente e impermanência” (Fonte: Revista Mente & Cérebro, Série Grandes Temas, dedicada à “FÉ, lançada no Brasil pela Editora Duetto):

– O conhecimento de si está a serviço da transformação de si, voltada para a construção de uma vida mais criativa e livre de condicionamentos. (…) A experiência cíclica de satisfação e insatisfatoriedade é inevitável, já que desejos e anseios surgem naturalmente como decorrência do contato dos sentidos com o mundo ao redor.

Por sua vez, esclarece o médico Gilberto Katayama, no seu artigo “Mudança de Padrões de Consciência” (Fonte: Revista PSIQUE, ano IX, n. 112, lançada no Brasil pela Editora Escala):

– Poucas pessoas estão conscientes de que experimentamos a vida (o mundo exterior) a partir do nosso mundo interior. A maioria acredita que a forma como percebe o mundo exterior é a única realidade. Assim, acredita que a qualidade de vida depende das mudanças que ocorrem no mundo exterior e passam uma vida tentando mudar o mundo. Mal sabem que o segredo do sucesso e da felicidade está no despertar consciente para sua realidade interna, para a autoconsciência. A consciência de quem verdadeiramente somos nos proporciona o pleno exercício do poder de escolha: do que queremos, com quem queremos conviver, onde queremos estar e, principalmente, o que queremos fazer, visando o nosso bem-estar e o bem-estar dos outros.

Termino esta mensagem, desejando que você, conhecendo a essência da sua “potencialidade interior”, seja o modelador do “sentido” da sua evolução “existencial” e “espiritual”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(094) Sentindo novamente, agora em forma de agradecimento, a “Sensibilidade da Alma” da atriz Maria Paula.

Domingo, dia 3 de abril de 2016, foi especial para o crescimento do “Sensibilidade da Alma”. Na Revista do Correio (que acompanha o Jornal Correio Braziliense), a nossa humanista atriz, jornalista e escritora Maria Paula publicou esta crônica que ajudou divulgar a finalidade deste espaço virtual:

– SÓ A SUBJETIVIDADE EXISTE

Miguel Nicolelis, na Festa Literária Internacional de Paraty, por ocasião da divulgação do seu livro Muito além do nosso eu, lançado no Brasil pela Editora Companhia das Letras, concedeu uma entrevista à jornalista Natascha Madov, do IG. Tão interessante que quero compartilhar trechos com vocês, leitores.

O que motivou o senhor a escrever o livro?
Várias coisas. A primeira foi divulgar essa fronteira de pesquisa do cérebro que está chegando à prática clínica e começando a se expandir para a vida real das pessoas. Achei que era o momento ideal para contar essa história, do que aconteceu na neurociência nos últimos 200 anos. As pessoas não estão habituadas a ler algo sobre o cérebro, apesar de ele ser a coisa mais íntima da nossa vida. Elas acham que isso é algo muito distante, muito difícil, e eu tentei traduzir para uma linguagem que qualquer pessoa pudesse entender.

O senhor mistura um pouco com a história da sua vida, da sua pesquisa.
Por duas razões: primeiro, é importante humanizar o cientista, mostrar que ele é um ser humano comum. E a outra, a teoria que eu descrevo no livro sugere que não existe nenhuma objetividade em nada do que nós fazemos.
Tudo é dependente da história de vida de cada um.
Então, para entender a minha teoria, as pessoas precisam conhecer quem eu sou.

Retirei essas considerações de um blog que costumo ler e recomendo ao amigo leitor: sensibilidadedaalma.blog.br. Foi lá também que li: “A intuição é a capacidade de fazer um julgamento sem ter consciência das informações em que se baseia. (…) Em geral, nem sabemos dizer o que nos levou a um juízo específico.”

A essência da Sensibilidade da alma, de Rubem Alves, está manifesta quando ele se refere à necessidade de humanizar o cientista e, também, ao envolvimento de matizes de subjetividade das nossas vidas em tudo o que fazemos. Transmitindo o “conhecimento interior” de quem somos, conseguimos revestir de significado especial toda a nossa participação voltada para a melhoria do ser humano, em todos os sentidos. Independentemente da nossa dedicação profissional, ninguém deve se distanciar do seu “sentir interior” e da subjetividade da sua “natureza existencial”. Certo é que as revelações da ciência são transmitidas de acordo com o “sentir interior” de cada operador do conhecimento humano. Essa regra da essência da nossa comunicação, naturalmente se aplica a todo ramo do saber.

Portanto, vou deixar minha intuição agir de forma que possibilite o encontro entre os meus leitores e os leitores do Edson, autor do blog, aconteça.
E que nossas subjetividades possam se unir possibilitando a criação de um inconsciente coletivo mais sensível.

Bom domingo.

Para os leitores da Maria Paula (desejando que sejam os novos seguidores na nossa caminhada), sinto-me no dever de esclarecer o seguinte:

1. Já afirmei em mensagem anterior, que o “Sensibilidade da Alma” tem vida própria. Não houve, da minha parte, uma idealização pré-concebida para a sua criação. Surgiu de um chamado interior, recebido por “intuição” e voltado para a importância dos benefícios que podemos alcançar com as nossas “bucas interiores”. Isto porque, como acredito, em sintonia mútua de “harmonização interior” e, também, com transcendência de “conexão superior”, teremos condições aprimorar a evolução do nosso “crescimento existencial”, em todos os sentidos.

2. A proposta de criação do “Sensibilidade da Alma” foi assim definida, na primeira mensagem postada em 29 de janeiro de 2015:

– Que bom que você veio ao nosso primeiro encontro. Ao encontro com a essência existencial do nosso “EU” interior. Ao encontro com a sensibilidade das nossas almas.

Este espaço virtual é dedicado à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.

Esta é a proposta deste espaço virtual:

Desejo que os nossos futuros encontros sejam caminhadas de buscas e de descobertas pela subjetividade dos nossos “estados de alma”. Que sejam buscas de aprimoramento e de crescimento espiritual, pelas trilhas das nossas trajetórias de vida. Que sejam encontros com um sentido determinado e bem definido: – o do despertar da nossa “sensibilidade da alma” que, para ser alcançado, precisamos desta lição de vida contida no início da conhecida poesia “Saber Viver”, de Cora Coralina:

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

3. Durante a nossa caminhada, tenho recebido significativos comentários que comprovam os benefícios que alcançamos com o despertar interior da nossa “Sensibilidade da Alma”. O ser humano precisa conhecer a sua “potencialidade interior”. Precisa conhecer as suas “emoções” e os seus “sentimentos”. A “Sensibilidade da Alma” expressa a nossa singularidade. São essas revelações que ajundam elaborar e ressignificar o nosso “viver”, além de contribuir para o convencimento da nossa transcendente “imortalidade espiritual”.

Com esta mensagem, renovo os meus agradecimentos à Maria Paula, pedindo a atenção para esta relevante comprovação do neurocientista António Damásio (fonte: www.publico.pt/entrevista concedida à Ana Gerschenfeld, em Lisboa):

– Quando olhamos para o mar, não vemos apenas o azul do mar, sentimos que estamos a viver esse momento de percepção.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(093) Sentindo, em nós, o escutar da “Sensibilidade da Alma”.

Como entender o “conhecimento intuitivo”?

Respondo ser a informação espontânea recebida da nossa interioridade, independente de um prévio estímulo consciente.

Acontece que para o psiquiatra Carl Gustav Jung, “cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior”.

Sempre que me detenho em querer entender essa afirmação de Jung, condiciono o seu pensar à minha aceitação de uma subjetiva fonte sensória de “conhecimento de nós mesmos”, que também explica as matizes da nossa “individuação existencial”. Isto porque Jung está se referindo à “sabedoria” e ao “conhecimento” que só podemos encontrar quando vindo de nós, com o nosso “escutar interior”.

Resumindo: Tudo está dentro de nós e para nós mesmos. Pertence à nossa essência “existencial”, com origem de transcendência “espiritual”. É um estado de “harmonização interior”, percebido com o “sentir” da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Certo é que nós “somos o que sentimos”. A nossa singularidade “existencial” é moldada pelo mosaico refletido da “Sensibilidade da Alma”. Por esta razão, repetidas vezes tenho sustentado que o ser humano necessita e precisa conhecer as suas “emoções” e os seus “sentimentos”. Essa nossa capacidade sensória e intuitiva é fascinante, mas não podemos esquecer esta advertência do filósofo Spinoza:

– Quando um homem é vítima de suas emoções, ele não é o seu próprio mestre, mas encontra-se à mercê da sorte.

Por sua vez, acrescenta Thomas Goschke (Fonte: “Sob o signo da intuição”, do psicólogo e jornalista Steve Ayan, publicado na Edição Especial n. 54, Ano XI, da Revista Mente Cérebro, da Scientific American):

– (…) os juízos intuitivos muitas vezes se expressam em sentimentos. As emoções influenciam também a maneira como tomamos decisões. Há indicações de que, quando nosso estado de espírito é positivo, relaxado, tendemos mais ao juízo intuitivo que à ponderação analítica. Se tristes ou deprimidos, ao que parece, é o contrário.

Termino esta mensagem, confiante de que todos nós somos assistidos por transcendentes conexões de origem superior que, em sintonia de harmonização interior, favorecem, em nós, o escutar da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(092) Sentindo em nós, a “temporalidade” na evolução do nosso existir.

Sempre apreciei as manifestações da “Sensibilidade da Alma” do educador e escritor Rubem Alves. Do seu “sentir interior”, emanavam contagiantes envolvimentos com a leveza de “simplicidade poética”. Ele sabia brincar com a combinação do uso das palavras, como neste exemplo de percepção do “BELO”:

– Uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete nela.

Também soube valorar e eternizar a plenitude do nosso viver, com esta afirmação:

– Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira.

A motivação desta mensagem surgiu com este “pensar” de Rubem Alves:

– O tempo pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração.

Tomei conhecimento dessa figurativa contagem do “tempo”, lendo esta explicação do médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo (Fonte: “O jeito Caymmi de sentir o tempo”, publicado na Revista PSIQUE, Ano VIII, no 106, da Editora Escala):

– O tempo era, para os antigos gregos, definido em duas qualidades: Chronos e Kairós. (…) Chronos é o “tempo das batidas do relógio”, a marca implacável, que fatia nossas vidas em anos, dias, horas e suas divisões. É linear. Enquanto Kairós é o tempo não linear, que dá sentido à vida e se mede “com as batidas do coração”. É quando surge a exaltação encantada da criação poética e se acrescenta qualidade boa de vida aos anos.

Termino esta mensagem, desejando que a “melodia dos batimentos do nosso coração”, orquestrada na “musicalidade existencial” desta vida, seja escutada por todas as dimensões da nossa “evolução espiritual”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(091) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.

Tenho afirmado em mensagens anteriores, que a singularidade do ser humano é a sua “Sensibilidade da Alma”. Somos, portanto, subjetivamente conhecidos pelas manifestações do nosso “sentir interior”. Essas “projeções sensórias” revelam o que nós somos, seja pela “escrita”, pela “fala”, por “expressões faciais” e até mesmo pelo mostrar do nosso “silêncio”. Todo esse conjunto de exteriorização do nosso “sentir interior”, também molda a intrínseca evolução do “conhecimento de si mesmo”, explicada pelo “processo de individuação” da psicologia junguiana.

A motivação desta mensagem foi a entrevista concedida em julho de 2011 à jornalista Natasha Madov, do iG, pelo neurocientista Miguel Nicolelis, na Festa Literária Internacional de Paraty, por ocasião da divulgação do seu livro “Muito Além do Nosso Eu”, lançado no Brasil pela Editora Companhia das Letras.

Destaco dessa entrevista, o seguinte (Fonte: ultimosegundo.ig.com.br):

iG: O que motivou o senhor a escrever o livro?

Miguel Nicolelis: Várias coisas. A primeira foi divulgar essa fronteira de pesquisa do cérebro que está chegando à prática clínica, e começando a se expandir para a vida real das pessoas. Achei que era o momento ideal para contar essa história, do que aconteceu na neurociência nos últimos 200 anos. As pessoas não estão habituadas a ler algo sobre o cérebro, apesar dele ser a coisa mais íntima da nossa vida. Elas acham que isso é algo muito distante, muito difícil, e eu tentei traduzir para uma linguagem que qualquer pessoa pudesse entender.

iG: O senhor mistura um pouco com a história da sua vida, da sua pesquisa.

Miguel Nicolelis: Por duas razões: primeiro, é importante humanizar o cientista, mostrar que ele é um ser humano comum. E a outra, a teoria que eu descrevo no livro sugere que não existe nenhuma objetividade em nada do que nós fazemos. Tudo é dependente da história de vida de cada um. Então, para entender a minha teoria, as pessoas precisam conhecer quem eu sou.

A essência da “Sensibilidade da Alma” de Nicolelis está manifesta quando ele se refere à necessidade de humanizar o cientista e, também, ao envolvimento de matizes de subjetividade das nossas vidas em tudo o que fazemos.

Transmitindo o “conhecimento interior” de quem somos, conseguimos revestir de significado especial toda a nossa participação voltada para a melhoria do ser humano, em todos os sentidos.

Independente da nossa dedicação profissional, ninguém deve se distanciar do seu “sentir interior” e da subjetividade da sua “natureza existencial”.

Certo é que as revelações da ciência são transmitidas de acordo com o “sentir interior” de cada operador do conhecimento humano. Essa regra da essência da nossa comunicação, naturalmente se aplica a todo ramo do saber.

Concordo com Nicolelis no sentido de que ”é importante humanizar o cientista, mostrar que ele é um ser humano comum”. Mas considero que esse processo de humanização impõe a necessidade de adoção, pelos cientistas, de uma linguagem também humana, estruturada nas suas vivências socioemocionais, com a finalidade de ser eficazmente entendida por todos nós.

Gosto desta explicação da médica Leonor Bezerra Guerra, professora da UFMG com especialidade em neuropsicologia (Fonte: “Pedagogia da Motivação”, entrevista feita por Fernanda Teixeira Ribeiro, editora da Revista Neuroeducação, publicação da Editora Segmento):

Fernanda: Quais os desafios para construir um diálogo entre cientistas que estudam o cérebro e educadores?

L.G.: O neurocientista não está na sala de aula nem o educador, no laboratório. É necessário que haja uma capacitação de quem estuda neurociência sobre os contextos da escola: falta de recursos educacionais, problemas familiares etc. Do lado do educador, é preciso entender que a neurociência não tem resposta para tudo e que não deve haver generalizações. (…) A neurociência explica alguns aspectos do processo de aprendizagem das perspectivas neurobiológica e da psicologia comportamental. (…) Considero que a neurociência tenha trazido boas contribuições para a educação, na medida em que ela fornece fundamentação para muito do que já se faz na área da pedagogia e ainda, esclarecendo aspectos do comportamento humano, reafirma e sugere estratégias para uma aprendizagem mais eficaz.

Termino esta mensagem com esta manifestação da “Sensibilidade da Alma” do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (Fonte: “Einstein não seria pesquisador A1 do CNPq”, entrevista publicada em 10 de janeiro de 2011, no site www.viomundo.com.br):

– Hoje, nós precisamos de cientista que joga futebol na praia de Boa Viagem. Precisamos do moleque que está na escola pública. As crianças precisam ter acesso à educação científica, à iniciação científica. (…) Esses moleques vão decidir o que vai ser a nossa ciência.

Notas:

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