(401) Sentindo a necessidade subjetiva de conhecer a nossa “consciência de si mesmo”.

Quando damos significados e sentidos para nossas vidas, renascemos com novas motivações para o nosso “existir”.

São minhas palavras, que me foram intuídas quando me veio à mente escrever mais uma mensagem sobre a nossa “consciência”. Certamente, também motivado pela leitura da introdução do horóscopo do astrólogo Oscar Quiroga, divulgado hoje e para a qual peço a sua atenção:

– A consciência é uma réplica do funcionamento do Cosmo, o poder supremo de compreender todas as conexões que vinculam o infinito e o infinitesimal, e por as compreender também adquirir a destreza de navegar por onde quiser, na hora que quiser, sob o efeito da vontade.

Graças à consciência, o ser humano é, potencialmente, uma experiência cósmica completa, mas o jogo consiste em se aproximar à consciência pelo lado de dentro dela, por própria vontade, porque nos cansamos da ignorância e respondemos a essa aspiração de conhecer o “algo maior” que pressentimos, sem saber definir esse pressentimento. Ou seja, a consciência não se desenvolve por si só, pelo mero efeito de nascermos humanos, nada disso, a consciência precisa ser aproximada porque assim o queremos e por isso nos esforçamos.

Como acredito Quiroga deve estar sendo subjetivamente influenciado pelo estudo do posicionamento dos astros no sentido de, sempre que possível, dar ênfase às suas previsões astrológicas sobre a “consciência humana”. Vejam que recentemente, no dia 03 deste mês, enriqueceu da nossa caminhada para o “autoconhecimento” com este seu enfoque sobre “ampliação da consciência” (mensagem 398).

Agora prestem atenção para esta explicação do escritor e historiador Leandro Karnal sobre onomatopeias que, por analogia, aproveito para o tema deste nosso encontro [publicada na edição do jornal O Estado de São Paulo, edição do dia 11 deste mês, na sua coluna Cultura & Comportamento, com o título “Há um mundo real concreto, mas meu modo de apreendê-lo depende de questões subjetivas”]:

– […] Sou adepto desta linha de pensamento: existe um mundo real concreto externo a mim e que não depende da minha percepção (nem todos os filósofos concordam com isso). Porém, a maneira como eu consigo apreendê-lo depende de questões cognitivas complexas e subjetivas. Os órgãos dos sentidos – como visão, paladar e audição – fluem a partir de treinos e de questões socioambientais. Não se trata apenas de quem ouve melhor, mas como ouve em relação a outras pessoas. Existe o real externo, entretanto o que eu percebo é um diálogo complexo entre este mundo e sua apreensão/percepção no meu corpo/consciência. Isso envolve gradação (ouvir/ver mais ou menos), emoção (assustar-se com algo percebido ou não) e uma questão cognitiva desafiadora: o diálogo dos signos externos em dança permanente e mutável. (…) Posso ir às profundezas platônicas ou escutar a parente do interior: “Quem ama o feio bonito lhe parece”. (…) Claro que há reações contra a subjetividade. Platão falou que haveria um Sol fora da caverna dos enganos. A ciência lutou por enunciados mais objetivos, Séculos de debates e transformações na medicina pareciam indicar um mundo diferente.

Que belo exemplo de Leandro Karnal, sobre ter “consciência de si mesmo”.

Pensem nisso.

Notas:
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2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(400) Sentindo o que podemos aprender com o nosso livre-arbítrio.

Quanto maior o conhecimento, maior o livre-arbítrio.

São palavras do escritor argentino, educador, pensador humanista, Carlos Bernardo González Pecotche (1901-1963) sobre a nossa liberdade de tomar decisões. Concordo plenamente. Vejam esta interessante explicação do escritor e professor de Filosofia, Matheus Caio Queiroz, formado pela Universidade Federal do Pará ((UFPa), no seu artigo “Mecânica do Livre-Arbítrio”, publicado na edição 142 da Revista Humanitas, da Editora Escala, referindo-se ao filme Laranja Mecânica, do prestigiado cineasta norte-americano Stanley Kubrick (1926-1999):

– Obstar a capacidade ou liberdade de decidir é retirar aquilo que caracteriza a essência da natureza, o valor ético de uma ação. Ensinamentos de Santo Agostinho e Immanuel Kant.

Agora prestem atenção:

Muito mais importante do que reconhecermos a força do nosso “livre-arbítrio”, principalmente com atenção apenas voltada para a conveniência ou não de exercermos as nossas liberdades [o que nem sempre é possível em razão de muitas imprevisibilidades que nos surpreendem], devemos, subjetivamente, avaliar as possíveis consequências de muitas das nossas “ainda” vontades de manifestações. Isso, como entendo, é “compartilhar silenciosamente” apenas com nós mesmos. Vejam esta explicação de Jordan B. Peterson, um dos mais importantes pensadores da atualidade, no seu livro “12 Regras para a vida – Um antídoto para o caos”, publicação da Editora ALta Books, que recomendo a leitura:

– “Compartilhar não significa dar algo que você valoriza e não receber nada em troca. Isso é apenas o que toda criança que se recusa a compartilhar teme que o termo signifique. Compartilhar significa, propriamente, iniciar o processo de troca. Uma criança que não consegue compartilhar – que não consegue trocar – não consegue ter nenhum amigo, porque ter amigos é uma forma de troca. […] É melhor ter algo do que não ter nada. É melhor ainda compartilhar generosamente esse algo que você tem. No entanto, melhor ainda é se tornar amplamente conhecido por compartilhar generosamente. Isso é algo que perdura. É algo confiável. E, nesse ponto da abstração, podemos observar como o fundamento para as concepções de confiável, honesto e generoso foi lançado.”

Procure também, sempre que possível, compartilhar os significados de muitos dos seus “sentimentos” e “emoções”, o que, necessariamente, será uma decisão que pode se manifestar livremente em todos nós e independente do nosso livre-arbítrio quando, por exemplo, possam servir de exemplos de união e de humanista solidariedade.

Pensem nisso.

Espero você no nosso próximo encontro.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(399) Sentindo as influências do “bem” e do “mal”, pelas trajetórias do nosso viver.

A verdade te libertará.

Foi o título escolhido pelo astrólogo Oscar Quiroga para a introdução do seu horóscopo divulgado na edição do jornal O Estado de São Paulo, do dia 25 de maio deste ano, para a qual peço a sua atenção:

O bem protege, o bem transmite instruções sábias, o bem governa promovendo responsabilidades, o bem motiva a união e concórdia. O mal é predador das vulnerabilidades, o mal é oportunista para promover desunião e discórdia, o mal difunde informações falsas e ambíguas com o firme intuito de confundir e incentivar a ignorância, o mal divide as pessoas para poder governar sobre elas concentrando poder. Não há nada de relativo a qualquer ponto de vista particular no que seja o bem e o mal, essas são instâncias absolutas, transformadas em hipóteses discutíveis, adivinha por qual dessas duas instâncias? Protege a tudo e a todos, e a graça da proteção te será concedida, e se de tua boca saírem verdades sábias, então a verdade te libertará.

Considero ser mais uma das suas introduções primorosas porque, subjetivamente, pode espelhar para cada um de nós necessidades de reflexões de “autoconhecimento”. Não basta você que já é meu seguidor, você que está conhecendo esta nossa caminhada buscas de significados subjetivos de interiorização, apenas concordar ou não com Quiroga. Inclusive porque sabemos o que devemos entender por “bem” e por “mal”. A sua explicação ensina que sempre nós devemos com serenidade, nos expressar com a verdade tudo que “sentimos” e também desejamos para o próximo. Assim, a força do “bem” sempre estará presente em nossas vidas.

Notas:
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(398) Sentindo o alcance de transcendência da nossa “consciência”.

Ampliação de consciência

Foi o título escolhido pelo astrólogo Oscar Quiroga para esta introdução do seu horóscopo, divulgado nesta data, para a qual peço a sua atenção:

– A autoconsciência que nos permite sermos indivíduos é uma conquista recente, à qual nos apegamos com paixão, porque é excitante considerarmos a nós mesmos o centro nevrálgico do Universo, porém, esse conhecimento é apenas um degrau de uma infinita ascensão da consciência a níveis mais amplos e inclusivos da realidade do Cosmo.
Com rapidez inesperada, mas que comprova o quanto nossa humanidade vai melhorando a despeito de que a critiquemos por todas as abominações que comete diariamente, essa autoconsciência já vislumbra outro estágio, que é a consciência grupal, a percepção de o quanto todas as individualidades humanas são interdependentes, e o quanto, por isso mesmo, precisamos nos organizar e sistematizar o cuidado mútuo, o respeito e também nos comportarmos para tornar mais dignos todos nossos relacionamentos.

Depois de repetidas leituras desse seu “sentir”, ficou mais fortalecido o meu convencimento de somos assistidos e fazemos parte de um princípio universal de Transcendência Superior; de que existem seres humanos, como Quiroga, com a missão de nesta dimensão de vida, serem “inspirados”, serem “intuídos”, para subjetivamente despertar em todos nós a percepção do nosso “autoconhecimento”, também voltada para a revelação interior de que, cada um de nós somos “seres únicos”, também irmanados por sentimentos de transcendência de uma “consciência universal”.

Concordo com Quiroga reconhecendo que somos o “centro do Universo”, com a individualizada responsabilidade de criar, para nós mesmos, as nossas “realidades existenciais” e as de naturezas espirituais. É nesse sentido que também entendo o alcance da expressão “Consciência Universal”, por ele usada na introdução do seu horóscopo, reproduzinda para o início deste nosso encontro.

Pensar sobre isso, é preciosa busca interior de “autoconhecimento” com amplitude de percepção da nossa “consciência”.

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(397) Sentindo que podemos ser influenciados pelos astros, em nossas vidas.

A vida manda sinais o tempo inteiro, mas de uma forma que precisa de interpretação, porque esses nunca são literais, servem apenas para alertar e, a partir daí, sua consciência precisa decifrar e decidir o que fazer.

Tudo é uma decisão, e toda decisão produz consequências, você decide o que fazer neste momento, em que tantos fatores convergem ao mesmo tempo que o cenário se apresenta com uma complexidade inusitada. Não importa.

Os desejos são sempre urgentes, mas nem sempre é propício os satisfazer, em muitos momentos sua alma precisa protelar a satisfação ou mesmo renunciar a esses desejos, tendo em vista coisas mais importantes.

Esta é a quinquagésima quinta participação do astrólogo Oscar Quiroga nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Para iniciar este nosso encontro selecionei essas três previsões do seu horóscopo divulgado hoje, referentes aos signos de Sagitário (nascimentos de 22/11 a 21/12), Touro (nascimentos de 21/04 a 20/05) e Capricórnio (nascimentos de 21/12 a 20/01). Vejam que de um total de doze signos, escolhi apenas três. O motivo, deve-se ao fato de, pela primeira vez, existir em um mesmos horóscopo de Quiroga mais de uma previsão astrológica que, na minha avaliação, se completam entre si.

Esse fato merece a nossa atenção, porque me parece explicar a existência de uma aparente afinidade e harmonização que, por vezes, existem em certos grupos de pessoas. Isto porque [ressalvando que não sou estudioso de astrologia] existem grupos de pessoas [inclusive que ainda não se conheciam] que podem mutuamente estarem sendo influenciadas pelos posicionamentos dos astros em suas vidas. Para os que não acreditam é o que nós chamamos de “afinidades”, inclusive com semelhantes manifestações de preferências entre si.

Termino este nosso encontro com esta parte de uma carta de Jung, escrita para Freud em junho de 1911, que encontrei no site quatrocincoum.com.br , de Caio Liudvik:

– “Minhas noites são, em grande parte, tomadas pela astrologia. Faço cálculos com horóscopos a fim de encontrar pistas que me conduzam ao âmago da verdade psicológica. Há coisas notáveis que certamente não lhe parecerão dignas de crédito. […] Atrevo-me a dizer que na astrologia se poderá ainda descobrir um dia uma boa parcela de conhecimento que foi intuitivamente projetada nos céus.”

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(396) Sentindo a importância dos nossos propósitos de vida.

Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.

São palavras da poetisa, filósofa, romancista e contista Adélia Prado poetizando um acontecimento marcante da sua história de vida, com a participação do seu pai. O que dizer de Adélia: Um ser humano predestinada a transmitir com a percepção da sua “sensibilidade da alma”, uma contagiante sabedoria de “sentir a vida”. Gosto deste seu “sentir”: “De vez em quando DEUS me tira a poesia. Olho pedra, vejo pedra mesmo.” Ela também aprendeu condicionar sua vida à plenitude de um permanente envolvimento subjetivo de “sentir-se feliz”. Vejam: “Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito”.

Muito cedo aprendi que tudo está “dentro de nós” e a evitar o que pode me causar negatividades. Todos nós devemos aprender vivenciar, apenas para nós mesmos, as nossas contrariedades e as nossas preocupações, porque são “estados de almas” que só nós pertencem. São nossas “experiências de vida” porque, como estou convencido, tudo que acontece em nossas vidas tem um propósito de “aprendizado”. Nunca esqueço estas palavras de Elvis Presley (1935-1977), que ficou conhecido como sendo o “Rei do Rock and Roll”:

– “Sempre soube que deveria haver um propósito em minha vida. Senti sempre alguém me guiando. Quero dizer, deve haver uma razão. Por que eu fui escolhido? Entre milhares de pessoas, por que eu? Por que eu fui escolhido para ser Elvis Presley. Tem que ter uma razão.”

Vejam o que já disseram sobre os propósitos, em vários sentidos das nossas vidas:

Carl Jung: “Ao que nos compete discernir, o único propósito da existência humana é jogar um pouco de luz nas trevas do mero ser.” , George Eliot: “Se prestares atenção no teu discurso, perceberás que ele é guiado pelos teus propósitos menos conscientes.” , Schopenhauer: “É inteiramente insensato repelir uma boa hora presente, ou estragá-la de propósito, por conta de desgostos do passado ou ansiedade em relação ao porvir.” , Gregorio Marañón: “A história julga só os resultados e não os propósitos.” , Benjamin Disraeli: “O segredo do sucesso é a constância do propósito.” , Anatole France: “Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde.” , Johann Goethe: “Quem é firme em seus propósitos molda o mundo a seu gosto.” , Paul Valéry: “As coisas a propósito das quais encontramos mais depressa as mais justas e vigorosas palavras, são certamente aquelas que estamos vocacionados para fazer ou para aprofundar.” , Thomas Carlyle: “Um homem sem propósito é como um navio sem leme.” , Edward de Bono: “Tal como o espaço vazio numa pintura, o tempo em que nada acontece tem seu propósito.” e Papa João XXIII: “Um propósito: Quero ser bom, hoje, sempre, com todos.”.

A PROPÓSITO: Essa recente inovação de enriquecer a nossa caminhada para o “autoconhecimento” com uma seleção do que já disseram sobre o tema de cada mensagem, recentemente foi elogiada e pedida para ser mantida por uma das minhas seguidoras.

Pergunto:

VOCÊ JÁ SABE QUAL É O SEU ATUAL PROPÓSITO DE VIDA PARA FAVORECER SUAS FUTURAS REALIZAÇÕES E DESEJOS DE CONQUISTAS?

Voltando ao início desta mensagem, acredito que a pintura da casa de Adélia Prado, com um “alaranjado brilhante”, deve ter sido um antigo propósito de realização e desejo do seu pai.

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(395) Sentindo, sobre as nossas realidades.

A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la.

São palavras do escritor uruguaio, Eduardo Galeano (1940-2015), escolhidas para iniciar este nosso encontro, e perguntar para você:

NÓS PODEMOS MUDAR AS NOSSAS REALIDADES?

Em princípio as respostas para essa pergunta são simples e objetiva. Vejam: Sim, quando temos condições e depende apenas de nós. Sim, quando encontramos esse mesmo desejo nas pessoas que, simultaneamente, estão convivendo com elas. Não, em todas as circunstâncias, quando para mudar já não depende apenas de nós mesmos.
Para o físico e pesquisador Amit Goswami, podemos porque somos nós que criamos as nossas realidades”. Complemento: Mas sempre devemos, previamente, avaliar as consequências dessas mudanças.

Sobre a “transformação da realidade externa” explica o médico clínico geral, dr. Gilberto Katayama, no seu artigo “Mudança de Padrôes” de Consciência” sobre a transformação da realidade externa, publicado na edição 112 da Revista PSIQUE, da Editora Escala:

– “Mude o seu mundo interior e perceberá mudanças significativas no mundo exterior. Observe que todo ser humano tem em si a bondade, o amor e a compaixão. E que quando as manifestamos, a realidade externa se transforma. Perceba que uma pessoa alegre e bondosa cria um ambiente onde o relacionamento que permeia é o respeito, afetividade, o cuidado e o carinho. Essa pessoa naquele instante transformou a realidade externa, criando um novo ambiente. Perceba que o que impede a expressão de quem verdadeiramente somos são nossas experiências negativas registradas na memória como uma experiência passada que é eliciada e se manifesta no momento presente como padrão limitante, impedindo a livre expressão de quem somos. Portanto, regredir e ressignificar esses padrões limitantes são parte essencial para o sucesso e a felicidade.”

O Psicoterapeuta e pisiquiatra Fritz Perls (1893-1970), um dos fundadores da Gestalt-terapia, transmitia para os pacientes que nos seus encontros, a sua tarefa tinha por objetivo prioritário fazer com que eles tivessem consciência do poder de suas percepções no sentido de avaliar e, até mesmo mudar ou não as suas realidades”.

O filósofo Sêneca (4 a.C.-65 d.C) explica com a sua percepção interior de “sabedoria”, o seu “sentir” sobre a “realidade” do nosso existir e viver: “O homem vive preocupado em viver muito e não em viver bem, quando na realidade não depende dele o viver muito, mas sim o viver bem.”

Agora prestem atenção neste “sentir” de Chico Buarque: – “Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incômodo no caminho da multidão.”

Termino este nosso encontro com esta verdade incontestável de Leornardo da Vinci (1452-1519):

“Tudo que está no plano da realidade já foi sonho um dia

Eu acredito nisso. E você?

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(394) Sentindo a subjetividade da força do “gostar de si mesmo”.

A sua beleza, antes de estar no olhar dos outros, está no seu olhar para consigo mesma. Sinta se!” .

São palavras da conhecida atriz Alessandra Negrini, que primeiro foram publicadas no Observatório dos famosos e depois, em diversos órgãos de divulgação da imprensa brasileira. Vejam na íntegra:

‘Se goste’
“Amiga, se olhe, se adoce, se goste. Às vezes a gente faz um certo esforço, dá umas voltas para enganar a autocrítica e tudo bem! Seja um batom vermelho, um decote, você sabe quais sãos as suas melhores armas, a gente é mulher e a gente pode. A sua beleza, antes de estar no olhar dos outros, está no seu olhar para consigo mesma. Sinta se!”.

Dentre muitos outros, vejam o que já disseram sobre o “gostar de si mesmo”. Mario Quintana: “Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.” , Rachel de Queiroz: “Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.” , Walt Disney : “Quanto mais você gosta de si mesmo, você vai ficando menos parecido com qualquer outra pessoa, o que o torna único.” e Benjamin Franklin: “Quem se apaixona por si mesmo não tem rivais.”.

Esse “sentir” de Alessandra Negrini é assim por mim explicado:

– Entendo que a primeira condição para “gostar de si mesmo” deverá estar subjetivamente centrada em como você se sente ser, sem qualquer espécie de comparação que você faça com os outros. Isto porque os resultados dessas contemplações íntimas são modelados pelas nossos sentimentos e emoções. Uma boa ajuda para gostar de si mesmos são as conhecidas práticas de “autoconhecimento”.

Espero você no nosso próximo encontro.

Notas:

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(393) Sentindo a subjetiva amplitude existencial e espiritual da nossa percepção. (Parte Final)

Aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar

o mar
não parou
para ser olhado
foi mar
para tudo quanto é lado..

Essa poesia do poeta, músico, crítico literário, jornalista, publicitário e professor, Paulo Leminski (1944-1989), foi por mim escolhida como exemplo de criação interior de uma “percepção humana”. Isto porque não sei nada sobre a sua origem. Explico: Se Paulo poetizou transferindo pela escrita a sua inspiração ou se externou a subjetividade do seu “sentir” diante de uma pedra esculpida na natureza, pelos encontros com as águas do mar. Como estudioso e apreciador de todas as manifestações artísticas, considero ter sido uma inspiração sensorial modelada pela nossa “percepção inconsciente”.

Vários filósofos procuraram entender a nossa “percepção”. Dentre eles, o empirista irlandez George Berkeley (1685-1753), que dizia: “Ser é ser percebido, o mundo se apresenta para mim como ele é.” , Schopenhauer (1788-1860) ensinava: “O mundo se divide entre o que percebemos pelos nossos sentidos (fenômenos) e as “coisas em si (números).” e o francês Maurice Merleau-Ponty, explicava: “O homem está no mundo, e é no mundo que ele conhece.”

Termino com este ensinamento de Fayga Ostrower, no seu livro “A Sensibilidade do Intelecto, que recomendo para todos como leitura obrigatória:

A percepção focaliza seletivamente alguns estímulos, selecionando-os segundo critérios pessoais que permanecem largamente inconscientes, ainda que não excluam o consciente. Concomitantemente, as sensações geradas pelos estímulos são elaboradas em termos de conteúdos emocionais e intelectuais. É preciso ficar claro que tais conteúdos estão presentes e fazem parte integrante do ato de percepção. Ou seja: não há uma sequência cronológica, não são coisas separadas que acontecem, de primeiro percebemos e depois interpretamos certos conteúdos. O próprio perceber já traz estes conteúdos emocionais e intelectuais. E, ainda concomitantemente, além de perceber e interpretar, também vivenciamos nossas interpretações.

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(392) Sentindo a subjetiva amplitude existencial e espiritual da nossa percepção. (Parte II).

Percepção, lembranças e vontade são reflexos da mente. É nela que os sentidos se transformam em sensações provocando sentimentos e vice-versa.

São palavras do filósofo de Roma, Marcus Tullius Cicero (106-43 a.C.), que muito influenciou a filosofia ocidental. Uma primorosa síntese sobre a importância da “percepção humana”. Por sua vez, no título desta série de mensagens, propositalmente aparece a expressão “amplitude existencial e espiritual” porque, para tudo, usamos a nossa “precepção”, seja de modo consciente ou inconsciente. Esta introdução me foi inspirada com a leitura deste “sentir” do gênio Leonardo da Vinci (1452-1519), que encontrei no inicio do prefácio do livro de Fayga Ostrower sobre a sensibilidade do nosso intelecto. Vejam que bela e significativa analogia de Leonardo da Vinci:

– Assim como uma pedra jogada na água torna-se centro e causa de muitos círculos, e o som se difundi no ar em círculos crescentes, assim também qualquer objeto que for colocado na atmosfera luminosa propaga-se em círculos e preenche os espaços em sua volta com infinitas imagens de sí, reaparecendo em todas e em cada uma de suas partes.

Vejam que essa construção de uma linguagem figurativa mostra-nos, por analogia, o que subjetivamente também acontece com a nossa “percepção” em todas as nossas relações interpessoais. Também, em nossas apreciações artísticas está muito presente. Em 1999 manifestei este entendimento, no meu texto sobre “A percepção da Arte”, que foi publicado na edição n.30 da Revista VENTURA, da Editora Ventura Cultural. Dele destaco (numerei):

1. O que se precisa entender é que toda obra de arte é a imagem que se percebe e não, necessariamente, uma imagem fixa e apenas representativa dos elementos da sua composição, ou a disposição dos diversos elementos de um trabalho artístico.

2. Toda obra de arte é sentimento, é emoção (do latim “emovere” – “o que se move”). É o sentimento, a emoção presente na essência da obra que “desencadeia o dinamismo criador do artista”, repercutindo no espectador “o movimento que provoca novas combinações significativas entre suas imagens internas”. Portanto, nós precisamos entender uma obra de arte através dos nossos sentidos e não como sendo o resultado de uma ideia de imagem pré-concebida do artista que a idealizou.

3. A visão da composição de qualquer objeto de arte poderá ser parcial ou total. O observador possui a capacidade psíquica de fracionar a abrangência da sua percepção visual. Assim, todos nós podemos nos deter apenas sobre determinado ângulo de uma escultura; sobre determinado elemento constitutivo de uma paisagem ou mesmo, em uma pintura abstrata, sobre determinada intensidade e presença de cores, manchas ou traços de retas. Esta interior preferência visual está diretamente relacionada com a essência da sensibilidade artística do observador de uma obra de arte. Por isso é que a visão da arte está muito ligada à Psicologia, existindo psicólogos que utilizam a arte como instrumento de investigação da personalidade (como ocorre, por exemplo, com o conhecido Teste do Borrão de Rorschach).

4. Quando apreciamos um quadro figurativo, contendo um prato com maçãs ao lado de uma jarra com flores, podemos receber interiormente uma predominância de estímulos inconscientes de preferencias sensitivas que podem direcionar a nossa atenção apenas para “parte” da composição dessa pintura (ou seja: poderemos visualizar, com maior interesse perceptivo, somente detalhes da jarra, das flores, ou do contorno das maçãs). Esta dinâmica de percepção visual da arte efetiva-se de modo inconsciente e emerge de estímulos inconscientes de preferências que variam de acordo com os nossos graus de sensibilidade artística. Isto porque ninguém, mediante um processo de conscientização prévia, aciona a sua atenção visual apenas para “parte” de um quadro figurativo, abstraindo, ao mesmo tempo, nesse mecanismo de conscientização prévia, os demais elementos da sua composição, como se fosse possível estabelecer um consciente comportamento prévio de observação, dizendo: “Eu vou apreciar aquele quadro, mas só vou ver as flores que estão na jarra.” Portanto, a percepção visual da imagem de um objeto de arte tem que ser assimilada de forma global, como sendo a visão de um “todo” harmônico.

Espero você no nosso próximo encontro, com a terceira parte da mensagem 391.

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