(050) Sentindo o soprar do vento, que perpetua a “essência espiritual” do nosso existir.

Nesta jornada para o “autoconhecimento, estou “descobrindo”, “compondo” e “mostrando” o mosaico do meu “EU” interior. O mosaico da descoberta dos significados do meu “existir”, do meu “pensar” e do meu “sentir” com a “sensibilidade da alma”.

A proposta de criação (mensagem 001) também está sendo por mim “buscada” porque as nossas vidas seguem pelas trajetórias das nossas “escolhas”, todas com o mesmo sentido que nós levará para outros “caminhos desconhecidos”. Como o sentido da continuidade oculta do “caminho” da paisagem acima que será seguido pelo “homem solitário” ao contornar a curva do final “caminho” da sua “caminhada existencial”.

Pelo fluir do nosso ciclo existencial de vida, ficamos soltos, por vezes leves), como se fôssemos levados pelos “ventos do destino” que arrastam as folhas secas caídas no chão. Como viajantes vindo de outras viagens, precisamos conhecer a bagagem do nosso “EU” interior e aprender “sentir” com a “alma”, que é o “sentir” de todas as “buscas de si mesmo”.

Na minha “caminhada” não me sinto só, porque todos nós somos partes de um “TODO” com suas subjetivas interdependências de interações que nos possibilitam perceber, inclusive de modo intuitivo, a descoberta de significados das nossas realidades. São sentimentos emergentes da nossa “Sensibilidade da Alma”. Um “despertar interior” de tudo que, “em nós” e “para nós”, se transforma modelando as nossas individualidades existenciais e espirituais pelos ciclos evolutivos do nosso “viver”. A respeito, merece atenção esta bela inspiração de Paulo Coelho, no seu livro “Manuscrito encontrado em Accra”, lançado no Brasil pela Editora Sextante:

– Pode uma folha, quando cai da árvore no inverno, sentir-se derrotada pelo frio?

A árvore diz para a folha: “Este é o ciclo da vida. Embora você pense que irá morrer, na verdade ainda continua em mim.

Graças a você estou viva, porque pude respirar.

Também graças a você senti-me amada, porque pude dar sombra ao viajante cansado.

Sua seiva está na minha seiva, somos uma coisa só.

Todos nós podemos ser comparados a essa “folha” caída da árvore. Ambos, temos os nossos “ciclos de vida” com as suas finalidades existenciais bem definidas: o da “folha”, sendo responsável pela respiração da árvore, dando a sombra, e colorindo de verde a composição do esplendor da natureza; o de todo “ser humano”, com a sua “missão existencial” contendo preciosas oportunidades de escolhas necessárias e favoráveis ao seu crescimento, em todos os sentidos. Nós, assim como as folhas, perpetuamos os nossos “existir” através de sucessivos estados de transformações que representam os sentidos das “vidas”. É um contínuo processo de evolução “existencial”, com essência interior de espiritualidade. Com o “nascer”, com os sucessivos “renasceres”, não existe o “fim”. O que existe e o despertar da eterna plenitude de tudo que “somos”, assim como a seiva da “folha” levada pelo força do “vento” que é a mesma da “arvore” do seu “nascer”, nesta dimensão de “vida”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Paolo Nutini – Autumn”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(049)Sentindo, com a “sensibilidade da alma”, a contagiante “magia do amor”.

A edição de domingo, dia 28 de junho, do jornal Correio Braziliense, publica com o título “A evolução do amor”, matéria sobre as pesquisas da professora de antropologia Helen Fischer, da Rutgers University, nos Estados Unidos, recentemente divulgada na revista especializada Behavioral Addictions.
Ela defende que o sentimento de amor (por ela denominado “amor romântico”) é resultado de uma seleção natural iniciada a milhões de anos. Fundamenta suas pesquisas, afirmando que “o cérebro humano desenvolveu três sistemas, espécies de impulsos, que motivam a união e a reprodução: desejo sexual/libido, atração ou amor romântico e sentimento de longo prazo voltados a um parceiro.”

Logo no início, a jornalista Isabela de Oliveira (que assina a excelente publicação do Correio Braziliense) esclarece:

– Trovadores do século 12, teólogos, poetas, cientistas… Não é pequena a lista dos que tentam, em vão, dar a resposta definitiva à pergunta “o que é o amor?”. Mas ainda que pareça inalcançável, a busca por uma explicação não cessa. Para uma corrente de pesquisadores, a compreensão desse sentimento está no passado muito, muito distante. Segundo esses cientistas, de romântico, o amor não tem nada. Seria, na verdade, uma espécie de vício natural, desenvolvido ao longo da evolução e surgido para motivar os primeiros hominídeos a concentrarem energia em um único parceiro.

Por sua vez, a edição de 21.06.2012 da revista Época, publicou esclarecedora reportagem sobre a parte do cérebro responsável pelo “amor”. Segundo o cientista Jim Pfaus, da Universidade Concordia, no Canadá, o “amor” e o “desejo sexual” ativam diferentes áreas específicas do cérebro. São elas: a ínsula e o estriado.
As pesquisas (publicadas na revista “Journal of Sexual Medicine”), revelaram que o “desejo sexual” deixa mais ativas as regiões do cérebro, do que o “amor”. Pfaus explica: – “Enquanto o desejo tem um objetivo muito mais específico, o amor é um sentimento mais abstrato e complexo, por isso mesmo depende da presença física de uma pessoa, por exemplo.”

Gosto desta passagem do livro “Manuscrito encontrado em Accra”, de Paulo Coelho (lançado pela Editora Sextante):

– Para escutarmos as palavras do Amor, é preciso deixar que ele se aproxime.

Mas, quando ele chega perto, tememos o que ele tem a nos dizer. Porque o Amor é livre e sua voz não é governada por nossa vontade ou pelo nosso esforço.

Todos os amantes sabem disso, mas não se conformam. Acham que podem seduzi-lo com submissão, poder, beleza, riqueza, lágrimas e sorrisos.

Mas o verdadeiro Amor é aquele que seduz e jamais se deixa seduzir.

O amor transforma, o amor cura. Mas às vezes, constrói armadilhas mortais e termina destruindo a pessoa que resolveu entregar-se por completo.(…)

O maior objetivo da vida é amar. O resto é silêncio.(…)

Amor é apenas uma palavra, até que alguém chega para lhe dar um sentido.

Não desista. Geralmente é a última chave no chaveiro que abre a porta.

De acordo com a natureza da proposta deste espaço virtual, entendo o seguinte:

1. Não se define o sentimento de “amor”. Aliás, tudo que vivenciamos (inclusive de modo subjetivo), em nós é sensória e subjetivamente “percebido” e “mensurado” pela nossa capacidade interior de “sentir”, que varia de pessoa para pessoa. Mas apesar dessa graduação, a essência do “amor” sempre será a mesma.

2. Com relação à afirmação de que “de romantismo, o amor não tem nada”, considero que a “roupagem” do romantismo complementa e subjetivamente motiva os “laços de envolvimento” entre duas pessoas que se amam. Mas a sua presença (ou não), dependerá da maneira de ser de cada um dos participantes da “relação amorosa”.

Certo é que a subjetiva singularidade de todo ser humano, é o seu “sentir” com a “sensibilidade da alma”. Pessoalmente, entendo que de todas as nossas “projeções interiores” de sentimentos, não se deve considerar apenas o “amor” como sendo o maior de todos por nós experimentados. Todos os sentimentos são emergentes de “estados emocionais” representativos de situações que são por nós vivenciadas de acordo com as nossas “histórias de vida” e, também, de circunstâncias que só nos pertencem, sendo vivenciadas com as nossas intensidades de valoração.

Termino esta mensagem, afirmando que sentimento de “amor” é sublime, perpetuando-se no nosso coração. Como no apelo da música do vídeo, fica para sempre na nossa “sensibilidade da alma”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Não se esqueça de mim”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(048) Sentindo a necessidade de conhecer as “emoções” e os “sentimentos”.

A comunicação através da escrita nunca transmite a real motivação de “quem escreve”, e sobre “o que se escreve”. Quando o conteúdo da mensagem escrita chega ao seu destino, a sua compreensão ficará condicionada à interpretação da pessoa para quem ela foi encaminhada.

O mesmo acontece neste espaço virtual, merecendo atenção o seguinte:

1. Se você ainda não conhece este espaço virtual, mas tem interesse por tudo que se relaciona às nossas “buscas interiores” (pelo conhecimento de si mesmo; dos seus “sentimentos”, “emoções”, “intuições”, “percepções sensórias”, etc), sugiro acessar a primeira mensagem postada com o título “Sensibilidade da Alma”, que contém a sua proposta de criação.

2. Por sua vez, se você seguir a ordem crescente das mensagens postadas (como, na paisagem acima, a do avanço da “caminhada” do homem solitário, demarcada pelas árvores que ladeiam o seu caminho), perceberá a evolução do desenvolvimento da referida proposta. Como desejo, vivenciará o “despertar” do seu “sentir” com a sua “sensibilidade da alma”. Dará início à sua nova “caminhada existencial”, impulsionada pelas “buscas de si mesmo”.

Nesse novo “caminho”, através de encontros de “percepções subjetiva” com a sua “interiorização”, conseguirá se harmonizar com o “despertar” do seu “sentir interior”. Expandirá a sua “percepção”, por meio da “interação” do seu “sentir as “projeções sensórias” da sua “realidade interior” e das suas vivências no “mundo exterior”. Aliás, isto está provado pelo neurocientista António Damásio, Diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade da Universidade do Sul da Califórnia, repetidamente citado neste espaço virtual:

– Quando olhamos para o mar, não vemos apenas o azul do mar, sentimos que estamos a viver esse momento de percepção.

Gosto muito deste “pensar” de Carl Jung:

– Quem olha para fora sonha, que olha para dentro desperta.

É através do “despertar” do “sentir” com a “sensibilidade da alma”, que conseguimos subjetiva e sensoriamente nos envolver com a nossa “essência interior”. Por sua vez, já se sabe que o “pensamento” é energia, e que os nossos “sentimentos” podem alterar a nossa “percepção”.
A respeito, merece atenção esta parte da matéria publicada na edição n. 100, de janeiro de 1996, da Revista SUPER INTERESSANTE, assinada por Lúcia Helena de Oliveira, de San Diego (fonte: site super.abril.com.br/ciencia/seu-cerebro-eis-o-que-voce-e):

-Se o cotidiano pode mudar nossa maneira de sentir, a recíproca é verdadeira: os sentimentos alteram o raciocínio e a percepção do dia-a-dia. Pesquisadores do Instituto Weizmann, em Rehovot, Israel, provaram que as emoções fazem a gente ver o mundo de um jeito diferente. “Voluntários tinham que descrever fotografias, enquanto monitorávamos a área central da visão”, diz a SUPER Armando Ariel, chefe da equipe. “Antes, fizemos entrevistas para saber se tinham alguma preocupação ou se estavam ansiosos mesmo que fosse por um motivo positivo. E, de cara, podíamos prever um padrão para as ondas cerebrais”, conta. Isso porque os exames apontam que existe um gráfico das ondas típico para cada estado de espírito.

Termino esta mensagem convidando você para se juntar à nossa “caminhada” neste espaço virtual, porque o ser humano precisa conhecer o despertar do seu “sentir” com a “sensibilidade da alma”, através de permanentes e necessárias buscas de si mesmo, conhecendo as suas “emoções” e “sentimentos”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Psicologia – Emoção e Sentimento”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(047) Sentindo, com a “Sensibilidade da Alma”, a nossa “quietude interior”.

Na minha caminhada, muito cedo e sem influência religiosa, comecei a acreditar na “imortalidade da alma” no sentido de que a vida transcende esta existência.

Foi um “acreditar” que intuitivamente surgiu do meu “interior”, de “projeções sensórias” da minha “Sensibilidade da Alma”, como consequência do meu “existir” nesta dimensão de vida.

Naturalmente, fiquei convencido de que deve haver um significado para a “vida humana”; um “propósito” com finalidade “existencial” e “espiritual” bem definidas, para atender as nossas “necessidades” de melhorias através do alcande de estágios de evolução, em todos os sentidos.

Por sua vez, fiquei tendente a “resistir” à aceitação de um “destino” emergente de condições “pré-estabelecidas” para o cumprimento da nossa atual “jornada humana” (mas sem negar essa possibilidade porque, na realidade, somos viajantes oriundos de “caminhos” que vão nos levar para muitos outros “caminhos”, também ainda desconhecidos).

Em razão da nossa inevitável “finitude” (e, sem me preocupar com respostas para as perguntas “De onde venho?” e “Para onde vou?”), comecei a me sentir como sendo parte de um “TODO”, de uma fantástica “UNIDADE TRANSCENDENTE”, em que tudo obedece o seu “ciclo existencial”. Como por exemplo, o do movimento das marés em cada dia lunar; como o do “nascer” e “pôr-do-sol”, na natureza.

A grande conquista para o crescimento dessa sensação interior de “interação existencial”, foi a minha aceitação de que “o tempo não existe”. É uma ilusão (como já foi abordado em outra mensagem deste espaço virtual). Condicionando a “inexistência do tempo” ao meu “pensar”, ao meu “buscar interior”, ao meu “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”, encontrei um novo “significado subjetivo” para “eternidade” e “espiritualidade”. São “estados de consciência” que dão um novo “sentido” à vida e, principalmente, à própria “finitude humana”. Isto porque os sentimentos de “eternidade” e de “espiritualidade”, reforçam a necessidade do nosso “aprimoramento existencial” e ajudam acreditar em novos e sucessivos “renascer”, por dimensões infinitas.

Uma das condições mais importantes para proporcionar a nossa elevação “existencial” e “espiritual”, é a possibilidade de harmonização com a nossa “quietude interior” através do “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”. Todos podemos “sentir” esse “estado de alma”, através do “silêncio interior” alcançado pela ausência de “pensamentos conscientes”. Mas o silêncio da nossa “quietude interior” é o “silêncio da sabedoria”, assim definido pelo escritor Paulo Coelho (fonte: site g1.globo.com/paulocoelho/o-silencio-da-sabedoria):

– Nós vivemos em um universo que é, ao mesmo tempo, gigantesco o suficiente para nos envolver e pequeno o bastante para caber no nosso coração. Na alma do homem está a alma do mundo, o silêncio da sabedoria.
Tudo em nós funciona perfeitamente bem e em harmonia com a natureza. (…) As nuvens que estão ocupando, neste momento, o céu de sua alma vão passar. O Sol às vezes se esconde por detrás das nuvens, não passa nunca.

Pergunto:

– Como “sentir” a nossa “quietude interior”?

Não existe fórmula. Somos nós que escolhemos como vivenciar o sentimento de “paz interior”, o “escutar” o “silêncio de sabedoria” da nossa “quietude interior”. Poderá ser pela prática da meditação; ouvindo uma música suave; aquietando-se em silêncio ao apreciar uma paisagem da natureza, desde que nos tornamos unos a ela.

Agora, meditem sobre os ensinamentos desta mensagem:

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Quietude – Eckhart Tolle”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(046) Sentindo um “mergulho”, nas águas do nosso “oceano interior”.

É muito conhecida esta inspiração do poeta inglês John Donne, manifestada em “Meditações XVII”:

– Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti.

Por sua vez, o escritor José Saramago inovou “sensibilidade poética” de John Donne com o seu livro “O Conto da Ilha Desconhecida”, lançado em 1997 pela Editora Assírio&Alvim de Portugal.
Em síntese, sobre a mensagem da sua obra afirma José Saramago: – “Todo homem é uma ilha. Se não sais de ti, não chegas a saber quem és”.

Pergunto: – Podemos ser comparados a uma ilha?

Tanto John Donne como José Saramago, estão certos:

– Uma ilha, não pode ser considerada isolada em si mesma. Ela pertence ao oceano onde se encontra através de uma “interação existencial”, compondo uma “unidade” de “interdependência”. Fisicamente não existe ilha fora do oceano, do rio ou de uma lagoa.

O mesmo acontece com o nosso “existir”, inclusive em relação às “projeções interiores” do nosso “imaginário”, quando nos envolve no abstrato de uma “ilusória” realidade. Tudo que vivenciamos com o “imaginário” é exclusivamente nosso. Assim como são os nossos “sonhos”. Portanto, tudo que existe e se manifesta “em nós” ou “para nós”, é consequência da nossa própria “existência”. Só percebemos que existe “em nós ou “para nós”, porque existimos.

– Por sua vez, no “O Conto da Ilha Desconhecida”, essa “ilha” existe apenas na “abstração interior” do desejo daquele que procura o rei, porque precisa de um barco para encontar a sua “ilha desconhecida”. Ela faz parte, portanto, de uma “criação imaginária”.

Certo é que, no “O Conto da Ilha Desconhecida”, a comparação do escritor José Saramago (no sentido figurado de que somos uma “ilha”), de certa forma “explica” o alcance da proposta de “interiorização” deste espaço virtual. Isto porque revela a “necessidade de sair da ilha, para ver a ilha”. Em sentido inverso, nas águas dos nossos oceanos só alcançamos “autoconhecimento” navegando nas “profundezas” das “águas cristalinas” do nosso “interior”, em busca do “sentir” a nossa essência “existencial” e “espiritual”.

Em todo “mergulho interior”, o ser humano estará “buscando a si mesmo” através do “sentir” com a sua “Sensibilidade da Alma”.

Todos nós somos, nos “oceanos da vida”, arquipélagos de um “TODO” onde a leveza dos voos das Gaivotas desenham no céu matizes coloridas do nosso “existir” e do nosso “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”.

Harmonize-se, agora, com o escutar da serenidade da sabedoria do nosso “oceano interior”, quando precisamos falar.

http://youtube.com/watch?v=LJA3HWW9QMQ

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “La Sabidura del Silencio Interno (Tao Te Ching)”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(045) Sentindo a nossa “missão existencial”, nesta dimensão de vida.

Com o título “Jung e o caminho em direção a si mesmo”, Denise Gimenez Ramos (Coordenadora do Núcleo de Estudos Junguianos do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da Universidade Católica (PUC) de São Paulo) e Pericles Pinheiro Machado Jr. (Mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo), esclarecem o seguinte sobre a “individuação” do ser humano (fonte: Revista Scientific American – Mente Cérebro, n. 263, Ano XXI, da Duetto Editorial):

– Trata-se do processo de “tornar-se uma pessoa inteira”, subjetivamente integrada, o que desperta um sentido de autorrealização. É claro que falamos aqui de uma visão idealizada, mas motiva o ser humano do nascimento à velhice e o guia nas escolhas afetivas e profissionais. (…) O processo de individuação, tal como concebido por Jung, é resultante da interação do indivíduo com o coletivo. No plano individual, à medida que a criança se desenvolve, aptidões e características da subjetividade se tornam mais evidentes e singulares. De certo modo, o processo de individuação depende dessa fina sintonia com o que podemos chamar de nossa essência, que, embora dependa da genética, da educação e do ambiente familiar e cultural, certamente a tudo transcende. (…) Essa singularidade diferencia um ser de qualquer outro e o torna insubstituível. (…) Embora todos nós tenhamos a mesma anatomia e fisiologia, não há um ser idêntico ao outro.

Na literatura encontramos em “Grande Sertão: Veredas”, esta observação de Guimarães Rosa:

– O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão.

Pergunto:

– Apesar de sermos diferentes uns dos outros, temos a mesma “missão existencial”?

Trata-se de um tema abstrato que não cabe ser analisado em profundidade, neste espaço virtual.

Resumidamente, entendo o seguinte:

1. Em face da inevitável “finitude humana”, no nosso imaginário há uma tendência subjetiva de associar o cumprimento da nossa “missão existencial” a uma dimensão de “transcendência espiritual”. Isto porque, nesta existência, todas as experiências das nossas vivências são marcadas pela “transitoriedade”. Essa vinculação enseja a “idealização existencial” de que não estamos aqui para “viver por viver”. Todos nós devemos “ter” e “aprimorar” um “propósito de vida”, em face das preciosas oportunidades de crescimento em todos os sentidos (inclusive espiritual).

2. A realidade consequente da “finitude humana” favorece o convencimento da “imortalidade da alma” (como eu acredito). É a certeza da evolução da nossa “essência espiritual”. É, portanto, a “percepção interior“ do nosso “existir”, presente na inspiração poética deste verso de Cecília Meireles: – “O vento do meu espírito soprou sobre a vida./E tudo o que era efêmero se desfez./e só ficastes tu que és eterno.”

Respondendo a pergunta:

– Não existe para todos nós a mesma e única “missão existencial”, porque ela sempre será moldada pelas nossas “escolhas” que definem o nosso destino. Foi o que aprendi com esta sabedoria de Willian Shakespeare: – “Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.”

Termino esta mensagem lembrando que na vida, a nossa “missão existencial” é como o vento no mar e, também, sempre será “Como uma onda”.
http://youtube.com/watch?v=jVBCYGqxI6k

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Lulu Santos – Como uma onda”

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(044) Sentindo a “intuição”, como “chamado interior” da “Sensibilidade da Alma”.

Este espaço virtual surgiu de um “chamado interior”. Surgiu, portanto, de uma “intuição” (mas não aquela “intuição” considerada pela neurociência, para explicar a previsão de ocorrência de um acontecimento futuro) .

Quem acompanha desde o início a sequência cronológica das mensagens postadas, observa a evolução da proposta de descoberta do nosso “EU” interior, através do “despertar” do nosso “sentir” com a “sensibilidade da alma”.

Não me refiro apenas ao “sentir” da realidade do “mundo exterior”, que é transformada pelas informações que são recebidas pelo cérebro de acordo com as interpretações dos significados dos estímulos sensoriais dos nossos cinco sentidos. Também me refiro ao “sentir” dos fragmentos de “percepções subjetivas” dos nossos “estados de alma” (inclusive as do nosso “imaginário”), por meio de “buscas interiores” que possibilitam o reconhecimento das necessidades de melhorias do nosso “existir”, mediante ressignificações do nosso “viver”.

Em nenhum momento fiquei preocupado com o desenvolvimento da intuída proposta de criação deste espaço virtual. No entanto, fique muito emocionado quando a primeira mensagem postada recebeu este comentário: – “Edson, só quem se deixa tocar profundamente é que se auto-sensibiliza. Ou seja, consegue um interagir emocional com o mundo e, consequentemente exercita uma alma abrangente. Você alcançou esse estágio de experiência.”
Estava, assim, consolidada a confiança de que este espaço virtual me foi intuído para atender uma destinação (como acredito), voltada para despertar, em todos nós, o aprender “sentir” com a “sensibilidade da alma”. Resultado: – todas as mensagens postadas são redigidas com a “percepção interior” do meu “sentir”, e não pela escrita predominante da razão. Isto porque o “sentir” emerge da nossa “sensibilidade interior”, da subjetividade da nossa “individualidade existencial”, sendo a sua manifestação comandada pelo lado emocional do cérebro. O “sentir” (ao contrário da racionalidade elaborada) é a forma de comunicação interior da nossa “sensibilidade”.

Sobre “intuição”, merece registro este enfoque publicado na edição 183-A, ano 2015, da conceituada revista “National Geographic” do Brasil, da Editora Abril:

– A mente precisa tanto da intuição inconsciente quanto do julgamento ponderado. A intuição chega a conclusões rápidas sobre o que é bom ou mau. É um caminho rápido para a tomada de decisões. Muitas decisões intuitivas também são seguras em termos lógicos, pois o cérebro acessa lembranças emocionais de situações anteriores similares e as aplica a uma decisão rápida no momento presente.
Contudo, muitos acreditam que suas decisões são tomadas como parte de um processo consciente e lógico, quando na verdade elas provêm de necessidades emocionais mais profundas.

Dessa transcrição, considerei relevantes estas afirmações:

1. A “intuição” está vinculada a uma tomada de decisão.
– Com relação a este espaço virtual, a “decisão intuitiva” foi consumada com a sua criação.

2. A “intuição” proporciona avaliações seletivas.
– De acordo com a citação acima, a “intuição” pode revelar “conclusões rápidas sobre o que é bom ou mau”. Com relação à possibilidade de criação deste espaço virtual, a minha primeira e consciente apreensão conclusiva foi prevalecente no sentido de que seria boa a iniciativa de proporcionar motivações de “elevação interior” favoráveis ao despertar do “sentir” com a “sensibilidade da alma”.

Termino esta mensagem, desejando que este espaço virtual seja sugestivo de “buscas interiores” para aumentar o conhecimento das nossas necessidades de crescimento existencial e espiritual.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Escucha tu voz interior” – Lao Tsé

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(043) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” da atriz Betty Lago.

O filósofo alemão Martin Heidegger, renomado pensador do Século XX, estudou profundamente o “sentido do ser humano” nesta existência.

Tenho pensado muito nesta conhecida e impactante frase de Heidegger, ao se referir ao homem: – Ele “é um ser lançado no mundo”.

Neste espaço virtual, sempre manifesto a minha convicção de que todos nós somos “seres transcendentes” em relação à nossa atual realidade e, nela, temos finalidades “existencial” e “espiritual” bem denfinidas para serem por nós descobertas.

Não tenho dúvidas de que essa “descoberta” (de origem “existencial” ou “espiritual”), somente poderá ser alcançada por nós mediante “buscas interiores” sobre as nossas necessidades de “aprimoramento” e de “crescimento”, em todos os sentidos das nossas vidas.

Nós precisamos estar “conscientes” de que temos (pelo fluir do “ciclo da vida”), oportunidades preciosas de alcance de “melhorias” que, no entanto, por vezes podem passar por despercebidas.
Devemos “escutar” as “percepções” do nosso “sentir” (principalmente as do “saber sentir” com a “sensibilidade da alma”).
Precisamos conhecer os nossos “sentimentos” e “emoções”, porque são manifestações que só nos pertencem e definem o sentido do nosso “existir” e do nosso “viver”.

Certo é que nunca devemos esquecer desta lição de vida, contida no início da poesia “Saber Viver” de Cora Coralina:

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Hoje o meu coração foi tocado pela “sensibilidade da alma” da atriz Betty Lago, ao ler a notícia do Portal Uol sobre a sua presença no coquetel de estreia do espetáculo “Romance Vol. III”, de Marisa Orth, na noite de terça feira desta semana, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.
Com o seu cabelo curto (em razão do tratamento de um câncer diagnosticado em 2012), Betty Lago foi acompanhada do seu namorado, e declarou ao reporte Felipe Abílio do Uol em São Paulo, o seguinte:

– Não me considero uma pessoa doente, eu me considero uma pessoa fazendo um tratamento. Se eu me considerasse doente, estaria deitada e sofrendo, não estaria aqui. Você meio que se acostuma porque faz parte da sua vida e ela não pode parar por isso.

– Nunca tinha tido uma doença grave, nada, de repente fui operar uma vesícula e saí com um tumor, isso foi um choque. Fiquei uns 20 dias ansiosa, esperando o resultado dos exames, foi um momento tenso para mim e para os meus filhos. Mas no momento em que você recebe o diagnóstico e começa o tratamento, dá um alívio.

– Sempre mudei o cabelo, fiz milhões de cores. No começo pensei que seria mais uma bobagem perder o cabelo, ficar careca, mas dá primeira vez não foi legal, foi o momento mais tenso, eu me sentia nua. Mas continuo fazendo o tratamento, então cai, volta, volta enrolado… Quando começa a ficar sem graça meu filho raspa.

Ao ser perguntada sobre uma possível crença em milagres, Betty respondeu:

– Quando a gente fala em milagres, acredito que é uma conjunção de coisas, uma força interna que você não sabe de onde vem, com a energia das pessoas que gostam de você. A energia dessas pessoas me surpreendeu, tudo isso cura você. As pessoas falam que fulano morreu de câncer. Não! Você morre porque chegou sua hora. A medicina também está muito avançada, tem um amigo médico que diz que o câncer está desmoralizado, e realmente são milhões de pessoas que se curam.

Com relação ao cometário de Felipe Abílio, sobre as pessoas que consideram um martírio receber a quimioterapia, Betty respondeu:

– Antes ficava quietinha, agora já parece um clube. Faço desfile de moda, pergunto da vida, pergunto que câncer o outro tem, faço piada. A enfermeira fala que está feliz em me ver, eu respondo que não estou nem um pouco feliz, daqui a pouco vou fazer talk show lá.

Sobre como driblou os efeitos colaterais dos remédios durante os 20 dias de gravação do “Desafio da Beleza”, do GNT, que vai ao ar em agosto, respondeu:

– De repente dava um sono, mas todo mundo já se acostumou. A gente parava a gravação para almoçar, comia uma comidinha bem natural, dormia uns 20 minutos, mas daquele sono profundo, sabe? Acabaram hoje as gravações e eu chorei horrores, sabe quando a equipe e o programa dão muito certo? Então foi muito gostoso.

A entrevista terminou com Betty Lago falando do planejamento da sua volta em um canal de vídeo, em parceria com o seu filho Bernardo:

– Já gravei uns dois vídeos e achei bem engraçado, minha filha fala que é estranho uma pessoa rir dela mesma. Eu via minhas novelas e ria muito, achava engraçadíssimo. Paramos o canal com seis vídeos, mas agora vamos voltar.

Ao contrário das entrevistas anteriores, não vou comentar o “sentir” da Betty Lago. As “projeções interiores” da sua “sensibilidade da alma” são suficientes para servir de exemplo de “confiança” e de “fé”, além de revelar a sua missão “existencial” e “espiritual” no sentido de “mostrar” a possibilidade de “valoração da vida” sem perder o sentimento de esperança de cura do câncer, durante o tratamento médico.

Termino esta mensagem, com a entrevista de Betty Lago concedida em 22/04/2012 ao Programa “Domingo Espetacular”, da Rede Record:
https://youtube.com/watch?v=Xlt6nWDHp64

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: Entrevista da atriz Betty Lago, concedida em 22.04.2012 ao Programa “Domingo Espetaculrar”, da Rede Record.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(042) Sentindo se a “passagem do tempo” é ilusória.

Há muito, com o meu imaginário, fiquei convencido de que o “tempo” não existe, que a sua aparente “passagem” nada mais é do que uma “sensação ilusória”. Os benefícios desse meu modo de “pensar” foram muitos, principalmente em relação às experiências vivenciadas com a “percepção sensória” das minhas “realidades” (a “interior” e a do “mundo externo”). São “realidades” que variam de acordo com os nossos diferentes “estados de consciência”. Passei a intensificar a valoração do meu “existir”, o que ensejou profundos reflexos no meu sentimento de interação com tudo que existe e “parece existir” por ser ainda desconhecido. Aliás, no livro “O Futuro de Deus”, de Deepak Chopra, encontrei estas explicações:

– (…) como o único universo que podemos conhecer é percebido por meio da nossa mente, pode ser que a nossa mente molde a realidade. Uma lente vermelha faz tudo aparecer vermelho e, mesmo se existirem outras cores, elas não podem ser conhecidas enquanto estivermos olhando o mundo através da lente vermelha. Ver o mundo através das lentes da mente humana é um processo mais complexo que segurar um pedaço de vidro colorido diante dos olhos, mas a mesma limitação se aplica também a esse caso.

Em outro capítulo do livro, esclarece Deepak Chopra:

– A realidade não vai e vem. Ela não nos abandona. O que muda é o modo como nos relacionamos com ela.

Atualmente, prevalece na neurociência a seguinte comprovação sobre o “tempo mental”, assim explicada pelo neurocientista António Damásio, diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade, da Universidade do Sul da Califórnia (fonte: “Lembrando quando tudo aconteceu”, publicado na Edição Especial Física (1), da Scientific American – Brasil, n. 46):

– Várias estruturas cerebrais contribuem para o “tempo mental”, organizando nossas experiências em cronologias de eventos recordados. O “tempo mental” está ligado a como percebemos a passagem do tempo e organizamos tudo cronologicamente. Dispomos os eventos no tempo, decidindo quando ocorreram, em que ordem e em que escala, de uma vida inteira ou de alguns segundos.

Por sua vez, explica Gary Stix, jornalista sênior de Scientific American, no seu artigo sobre “Tempo Real” (fonte: publicado na mesma revista acima referida):

– Uma das perguntas mais emocionantes é se o tempo é ilusório. Esse enigma preocupa não apenas físicos, mas também filósofos e antropólogos. Basicamente, não importa se ele existe realmente. Nossa veneração pelo tempo repousa em uma profunda necessidade psíquica de reconhecer marcos significativos.

É evidente que a finalidade desta mensagem não é a de querer fundamentar a minha prevalecente convicção de que o “tempo” não existe, que é uma ilusão. Selecionei essas citações da neurociência para mostrar que o nosso cérebro desenvolve a capacidade neural de identificação temporal de tudo o que vivenciamos nesta existência, bem como que todos nós temos necessidades psíquicas de marcos temporais significativos que podemos compartilhar na nossa vida (nascimentos, aniversários, formaturas, casamentos, encontros, desencontros, etc.). Considero fantástica essa atividade de organização temporal mas, no meu meu entender, essa atividade cerebral me parece ser condicionante de todas as nossas interações existenciais com a consequente necessidade psíquica dos nossos significativos marcos temporais. Por sua vez, também entendo que a passagem do tempo é uma “abstração” e que é aceitável denominar de “tempo real” os nossos “agora”. Acredito que diante das imposições dessa “ilusória abstração”, não é o “tempo” que passa para nós, mas somos nós que “sensorialmente” passamos pela aparente trajetória do fluir abstrato do tempo, em nossas vidas. Somos, portanto, “viajantes no nosso tempo”.

Sobre o “agora”, gosto deste verso da escritora Lya Luft (fonte: “O tempo é um rio que corre” lançado pela Editora Record):

O tempo não existe:
tudo se resume ao instante.
O antes disso
é um rio que corre
mas não passa.
(Basta chamar:
é sempre agora.)

Gosta desta observação da Monja Coen, primaz fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo do Brasil, que encontrei no seu mais recente livro “A sabedoria da transformação”, lançado no Brasil pela Editora Planeta:

– Há o antes e o depois, mas ambos se manifestam no agora. Sem o antes, não estaríamos aqui. Estar aqui é criar condições para o depois. Entretanto, o depois nunca chega, pois estamos sempre no agora. E o antes nunca volta, porque estamos no agora.

Termino esta mensagem desejando muitos “agora” para o melhor conhecimento da sua “Sensibilidade da Alma”, através das “buscas de si mesmo”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Maria Bethânia – Oração ao Tempo””.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(041) Sentindo quando o “conhecimento” é transformador.

Estou lendo “O Futuro de Deus”, livro de Deepak Chopra lançado pela Editora Planeta, sendo por ele considerado “Um guia espiritual para os novos tempos”.

Logo no início da leitura, detive a minha atenção para estas duas passagens:

Primeira: Sobre a possibilidade de treinar o nosso cérebro a se adaptar às experiências espirituais, Deepak Chopra cita este ditado da tradição indiana védica: – “Não é um conhecimento que se aprende. É um conhecimento no qual você se transforma.”
Em seguida, acrescenta: – “Visto pelas lentes da neurociência, isto é literalmente verdade.”

Segunda: Em vez de aceitar o mundo da visão, da audição, do tato, do paladar e do olfato, a mente científica transcende as aparências.

Em razão da natureza da proposta deste espaço virtual (ler a mensagem com o título “Sensibilidade da Alma”), faço as seguintes observações:

Com relação ao ditado védico, o ato de experimentar um “conhecimento novo” nem sempre representará o recebimento cognitivo de um “conhecimento transformador”. Por sua vez, em se tratando da vivência de uma “experiência espiritual” favorável à aceitação da existência de Deus (tema do livro), considero possível o alcance de uma significativa “transformação interior”. Aliás, o próprio Deepak esclarece:

– Este livro propõe que qualquer um pode passar da descrença à crença e ao verdadeiro conhecimento. Cada uma dessas etapas é um estágio evolutivo e, ao explorar o primeiro, você perceberá que o próximo se abre naturalmente. A evolução é voluntária quando aplicada ao mundo interior. Você tem toda a liberdade de escolher o que quiser. (…) Conhecer Deus não é nada místico, da mesma forma como saber que a Terra gira ao redor do Sol. Nos dois casos, um fato é constatado e todas as dúvidas prévias e crenças errantes naturalmente caem por terra.

No livro, essa afirmaçao de Deepak foi reforçada por este seu pensar (que defino como “sentimento de espiritualidade”):

– A espiritualidade também é existencial. A espiritualidade nos pergunta quem somos, por que estamos aqui e quais são os valores mais elevados a serem almejados.

Aliás, especificamente sobre esse enfoque de Deepak, também entendo que a “essencia” do que chamo “sentimento de espiritualidade”, revela e manifesta (em nós) necessidades de “buscas interiores” sobre a nossa própria existência. Tanto que em várias mensagens, repetidamente tenho reproduzido este pensamento de OSHO (fonte: Introdução do livro “Destino, liberdade e alma”, publicado pela Editora Planeta):

– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre sí mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.

Ainda sobre o mencionado ditado da tradição indiana védica, cabe reproduzir esta interesante análise sobre “Razão e Experiência”, de Ben Dupré – pesquisador da Universidade de Oxford (fonte: “50 idéias de Filosofia que você precisa conhecer” publicado pela Editora Planeta):

– Como adquirimos conhecimento? É primariamente pelo uso da razão? Ou a experiência obtida por intermédio de nossos sentidos desempenha papel mais significativo no modo como conhecemos o mundo? Muito da história da filosofia ocidental tem sido influenciada por essa oposição básica entre razão e experiência como princípio fundamental do conhecimento. Especificamente, este é o principal pomo da discórdia entre duas linhas filosóficas – racionalismo e empirismo.

Gosto da subjetividade desta afirmação de Sócrates: – “O melhor conhecimento vem de dentro”.

Em síntese, a proposta deste espaço virtual contém a possibilidade de assimilação de um “conhecimento transformador”. Isto porque o alcance do despertar da sua “sensibilidade da alma” (através das “buscas” de si mesmo”) é um “processo de reintegração” que pode lhe proporcionar o reconhecimento da sua interação “existencial” e “espiritual”, como sendo de um todo. É o estado de “elevação interior” que envolve (como se fosse uma unidade) a sua “realidade interior” com a “percepção sensória” do seu “mundo exterior”.

Por sua vez, sobre a segunda passagem do livro de Deepak Chopra que me chamou atenção, o nosso “conhecimento” do “mundo exterior” não é real. É uma aparente “realidade” identificada pelos nossos sentidos e, também, mediada pela “razão”, formada por “imagens neurais” pelo nosso cérebro. Ocorre, portanto, uma sintonia neural de harmonização do nosso “sentir interior”, com a nossa “percepção sensória” de tudo que nos envolve no “mundo exterior”.
A respeito, teste o seu cérebro com esta proposta de cálculo (fonte: Revista “Segredos da Mente”, ano 1, n. 2, ano 2014, publicação da Editora Alto Astral):

– Faça o cálculo a seguir mentalmente, sem ajuda de papel ou calculadora: – Se você tem 1000 e soma 40, depois acrescenta outros 1000 e soma mais 30. Aí, soma outros 1000 e, agora, mais 20. Por fim, soma outros 1000 e mais 10. Qual é o total? (Resposta nas notas abaixo).

Termino esta mensagem, pedindo atenção para este vídeo sobre o poder do pensamento:
https://youtube.com/watch?v=zn_ovuBS0f0

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “O poder do pensamento – física quantica”.
4.Resposta do teste: A grande maioria das pessoas responde 5000, mas está errado. O certo é 4100. É que a sequência decimal acaba confundindo o cérebro.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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