(130) Sentindo como “sentir” a passagem do tempo, em nossas vidas.

Uma das mais significativas mudanças “para o meu viver” (não, “do meu viver”), foi a minha convincente aceitação da “inexistência do tempo”.

O que motivou esta mensagem foi a expectativa do “futuro”, em nossas vidas. Começo com esta pergunta para você:

– O QUE É O FUTURO?

Encontrei nos ensinamentos do Zen Budismo a afirmação de Dôgen Zenji, no sentido de que o tempo “somos nós”.
Realmente. Assim como “tudo” que consideramos para nós “existir”, bem como o que subjetivamente entendemos por “tempo”, só existe porque nós existimos. Nós somos em “conexão existencial”, o centro de “percepção sensória” de tudo que vivenciamos, seja de modo consciente ou inconsciente.

O mestre espiritual Eckhart Tolle, no seu livro “Praticando o Poder do Agora”, lançado no Brasil pela Editora Sextante, com todos os direitos reservados por GMT Editores Ltda, desenvolve interessante distinção entre o “tempo do relógio” e o “tempo psicológico” (o psicológico, por ele definido como sendo “a identificação com o passado e uma projeção compulsiva e contínua no futuro). Desse seu pensar, destaco esta explicação:

– Se estabelecemos um objetivo e trabalhamos para alcançá-lo, estamos empregando o tempo do relógio. (…) Se insistimos demais nesse objetivo, talvez porque estejamos em busca de felicidade, satisfação ou de um sentido mais completo do eu interior, deixamos de respeitar o Agora. E ele é reduzido a um mero degrau para o futuro, sem nenhum valor intrínseco. O tempo do relógio se transforma então em tempo psicológico. Nossa jornada deixa de ser uma aventura e passa a ser encarada como uma necessidade obsessiva de chegar, de possuir, de “conseguir”.

– O que percebemos como futuro é uma parte intrínseca do nosso estado de consciência do momento. (…) O que dá forma ao futuro é a qualidade da nossa percepção do momento presente, e o futuro, é claro, só pode ser vivenciado como presente. (…) Portanto, o único lugar onde pode ocorrer uma mudança verdadeira e onde o passado pode se dissolver é no Agora.

Sobre a presença ilusória da temporalidade, no se “harmonizar” e “sentir” a essência da nossa interiorização, gosto deste ensinamento de Buda:

– Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora.

Iniciei esta mensagem, referindo-me à “inexistência do tempo” pelo fluir do ciclo da minha existência. Essa “abstração do tempo” que consolidou o meu acreditar na “Imortalidade” da ALMA”.

É ilusória a “passagem do tempo” em nossas vidas. Em toda jornada humana, somos nós que “passamos” por um contínuo processo de necessidades de aprimoramento e de evolução existencial em todos os sentidos. O “tempo’ não passa. Somos nós que “passamos” por ele. E com a chegada da “velhice”, mergulhamos e somos levados por dimensões de um BELO “processo de descoberta interior”.

Termino com esta história contada por Lya Luft, no seu livro “O tempo é um rio que corre”, lançado no Brasil pela Editora Record, que matiza os ensinamentos da passagem ilusória do “tempo” com a sabedoria de vida enriquecida no nosso envelhecimento:

A moça corria entusiasticamente beirando os jardins das casas, e num deles uma mulher já bem idosa estava curvada cuidando de suas plantas.
A mocinha passou e correndo disse para a velhinha, sorrido:
– Ah, como eu queria ter a sua idade para não precisar correr para manter a forma!
A mulher ergueu, olhou para ela, riu e disse:
– E como eu gosto de ter a minha idade, para não precisar correr e poder cuidar das minhas rosas!

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(129) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” do escritor, poeta e cantor Leonard Cohen.

O que leva o ser humano receber esta inspiração?

– Existe uma fenda em tudo. É assim que a luz entra.

Qual o significado dessa bela inspiração, certamente de origem transcendente?

O que levou o amigo Bob Dylan afirmar que “as suas canções são como orações”?

Essas e muitas outras perguntas só poderiam ser respondidas por Leonard Cohen que, recentemente, cumpriu a sua trajetória de “evolução espiritual” nesta dimensão de vida.

Em entrevista concedida ao jornal Expresso, de Portugal (Edição de 29 de setembro de 2001), ele afirmou:

1. Sobre ser poeta:
Leornad. É muito difícil reclamar o título de poeta. Ser poeta é um veredicto, uma decisão que é lançada sobre nós por outros e, especialmente, por outras gerações. Por isso, nunca me atreveria a considerar-me poeta. Essa é a mais sublime e exaltante descrição da vida e do trabalho de um homem.

2. Sobre a distinção entre canções e poemas:
Leonard. Têm as suas diferenças técnicas. Uma canção tem de caminhar agilmente de um coração para o outro. Um poema concebido para uma página convida-nos a regressar a ele, a compreendê-lo de forma diferente de cada vez que a ele voltamos.

3. Sobre a frase “I don’t trust my inner feelings, inner feelings come and go!”, em um dos seus discos:
Leonard. Por acaso, é a minha frase preferida do álbum… E é atirada à cara do entendimento psicológico corrente, todo ele concebido como um manual de instruções para nos orientarmos na descoberta dos nossos sentimentos interiores. A experiência diz-me que os sentimentos interiores vão e vêm. Acreditar em sentimentos interiores implica acreditar num eu fixo e permanente, uma pessoa real dentro de nós que temos de descobrir. Não estou muito certo que isso seja verdade. A sensação de descontracção que emana deste disco resulta de ter abandonado a busca desse eu interior fixo.

Considerado o “poeta das canções”, em entrevista concedida à BBC, declarou:

Leonard. As pessoas perguntam-me se eu adapto os meus poemas à música, mas acho que sei qual é a diferença entre uma letra de uma canção e um poema.

Com o título “O homem maduro”, escreveu o jornalista Paulo Pestana para o jornal Correio Braziliense (Edição de 12 de novembro de 2016):

– As últimas palavras de Leonard Cohen em You want it darker, disco lançado há três semanas, não deixam dúvida de que ele sabia que era uma despedida. Era uma conversa íntima com o Criador. Treaty, outra canção do mesmo disco, continuava as reflexões:

– Eu vi você transformar água em vinho
Vi transformá-lo de volta em água, também
Sentei em sua mesa todas as noites (…)
Eu gostaria que houvesse um pacto
Entre o seu amor e o meu.

Por sua vez, na mesma matéria do jornal Correio Braziliense, escreveu a jornalista Rebeca Oliveira, comentando o primeiro romance de Leonard Cohen, “A brincadeira favorita”, lançado no Brasil com tradução feita pela extinta Cosac Naify:

– A vida em constante movimento e a procura por uma retidão espiritual o inspiravam tanto nas composições quanto na escrita.

Termino esta mensagem com estas palavras de OSHO, no seu livro “A jornada de ser humano” (e não, do ser humano), lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:

– O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontra-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está sua beleza.

Quem disse que “Existe uma fenda em tudo. É assim que a luz entra.”, encontrou “harmonização espiritual” na essência da sua “Sensibilidade da Alam”. Aprendeu conversar com DEUS.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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3.Vídeo youtube: (“Leonard Cohen – Hallelujah (live at the Montreal Jazz Festival 2008)”).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(128) Sentindo o “Tornar-se Mulher”, de Simone de Beauvoir.

Sendo leitor da Revista Filosofia, publicada no Brasil pela Editora Escala, encontrei na Edição 120, Ano X, o artigo “Tornar-se MULHER”, da Doutora em Filosofia pela PUC-SP, Monica Aiub, Filósofa Clínica, Professora e Pesquisadora do Interseção-Instituto de Filosofia Clínica de São Paulo. A sua abordagem começa com esta introdução:

– “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Com esta frase, Simone de Beauvoir (1908-1986) inicia o primeiro capítulo do segundo volume de seu livro O segundo sexo, publicado em 1949 e considerado a obra que funda o feminismo contemporâneo. Nesta obra Beauvoir defende que: “A mulher não se define nem por seus hormônios nem por misteriosos instintos e sim pela maneira por que reassume, através de consciências estranhas, o seu corpo e sua relação com o mundo”.

Referindo-se à questão da “igualdade, identidade e diferença”, afirma a Doutora Monica Aiub na sua análise do livro de Simone de Beauvoir:

– Historicamente, há a construção de um imaginário e de práticas sociopolíticas que discriminam as mulheres – considerando-as inferiores e, por isso, restringindo-lhes a atuação – a partir de várias perspectivas: biológica, fisiológica, intelectual, psicológica, comportamental…
– O texto de Simone de Beauvoir, O segundo sexo, não é um marco do feminismo contemporâneo apenas por colocar a questão. Ela aborda o “tornar-se mulher” por diferentes perspectivas, examinando, uma a uma, as justificativas apresentadas em sua época para as relações de denominação e sujeição.

Agora vamos adequar a essência do “Tornar-me Mulher” de Simone de Beauvoir à proposta deste espaço virtual (ler na coluna ao lado, a mensagem postada com o título “Sensibilidade da Alma”):

Para Simone de Beauvoir, em plena metade do século passado, a mulher se define “pela maneira por que reassume, através de consciências estranhas, o seu corpo e sua relação com o mundo”.

De acordo com o meu “sentir”, esse seu entendimento está condicionado à “manifestação sensória” de um “estado de interiorização” da mulher, subjetivamente moldado pela sua “autoavaliação” decorrente das prevalecentes imposições machistas. Configura-se, assim, o “mosaico sensório” da influência recebida da então (e ainda hoje) rotulação de sujeição da mulher, ao homem.

Em mensagens anteriores citei o livro “O caminho da sabedoria”, lido e relido por mim várias vezes. Lançado no Brasil pela Editora Alaúde, foi escrito por três amigos que, segundo eles, se reuniram para “falar com o coração”: o monge budista Matthieu Ricard, o filósofo Alexandre Jollien e o psiquiatra Christophe André.
Para esta mensagem, destaco este ensinamento de Matthieu, contido no título “O eu, a pessoa e o ego”:

– Consideramos nosso eu como uma entidade única, autônoma e durável. (…) A noção de pessoa reflete nossa história. É um continuum que se estende à nossa existência como um todo, que integra aspectos corporais, mentais e sociais. Sua continuidade no tempo permite que vinculemos as representações de nós mesmos que pertencem ao passado àquelas relativas ao futuro. Ainda há o ego. Espontaneamente, consideramos que ele constitui o próprio cerne do nosso ser. Nós o concebemos como um todo indivisível e permanente que nos caracteriza da infância à morte. O ego é dono do “meu corpo”, da minha consciência”, do “meu nome”. (…) chegamos com frequência à conclusão de que o ego é nossa consciência. Contudo, essa consciência também é um fluxo inapreensível: o passado morreu, o futuro ainda não nasceu e o presente não tem duração.

Por sua vez, peço a sua atenção para este “pensar” de Joseph Campbell, citado na mensagem “Sentindo a transcendência da nossa “elevação interior”:

– O maior privilégio da vida é ser quem você é.

Certo é que “nós somos o que sentimos ser”, independente de gênero, raça, cor, etc. No entanto, de acordo com a proposta deste espaço virtual, a essência da “Sensibilidade da Alma” é a singularidade do ser humano. É a digital da “subjetividade humana”.

Em 1949 o “Tornar-se Mulher” de Simone de Beauvoir, foi ouvido como um grito de “Necessidade de Libertação”. Com esta mensagem, desejo que em harmonização interior com a essência da sua “Sensibilidade da Alma”, o “Sentir-se Mulher” ou o “Sentir o que você sente ser”, sejam novos gritos de “Independência”, de “Liberdade” e de respeito à “Dignidade Humana”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.As transcrições do texto “Tornar-se MULHER” foram autorizadas pela Doutora Monica Aiub.
4.Vídeo youtube: “Simone de Beauvoir, Uma Mulher Atual (Promo)”

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(127) Sentindo o navegar, pelos mares da nossa “essência interior”

A cada “agora” do meu existir, aumenta o meu “sentir interior” de que todos nós temos, nesta dimensão de vida, uma missão “existencial” e “espiritual”. O que precisamos é conhecer as nossas potencialidades e criar um propósito de crescimento para o nosso “viver”. Essa missão é descoberta quando favorecemos um estado de “quietude interior”, uma espécie de “mergulho em si mesmo”, uma sintonia de superior conexão de transcendência espiritual.
Com sabedoria, explica Mark Nepo, no seu livro “A Prática Infinita”, lançado no Brasil pela Editora LeYa:

– Tudo de que precisamos e tudo que sonhamos está bem aqui, diante e dentro de nós.

Por sua vez, escreveu OSHO no início da introdução do seu livro “Destino, liberdade e alma”, o primeiro da série “Questões Essenciais”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:

– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.

Para este espaço virtual, entenda-se “alma” (por intuição inspiradora do nome “Sensibilidade da Alma”), como sendo a essência da nossa “interioridade sensória”. Como sendo as manifestações da “subjetividade humana”, moldadas pelo nosso “sentir interior”. O “sentir” também de origem transcendente, porque através dele mostramos a singularidade da nossa evolução “espiritual”. A fonte desse “autoconhecimento” é, para nós, revelada pelas “projeções sensórias” do nosso “sentir interior”. É revelada pelo despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”. Mas essa descoberta é “atemporal”, podendo ser explicada por este ensinamento espiritual de Eckhart Tolle, em forma de “sutra”, contido no seu livro “O poder do Silêncio”, lançado no Brasil pela Editora Sextante:

– Os que buscam uma dimensão espiritual querem a autorrealização ou a iluminação no futuro. Ser uma pessoa que está em busca significa que você precisa do futuro. Se é nisso que você acredita, isso se torna verdade para você: precisará de tempo até perceber que não precisa de tempo para ser quem você é.

Somos, nesta dimensão de vida, seres de origens transcendentes, possuidores de potencialidade interior de “elevação espiritual”. Tudo está dentro de nós, compondo o mosaico da essência da nossa “Sensibilidade da Alma”.
Pelo ciclo da nossa trajetória de vida, precisamos “despertar” a descoberta da nossa “espiritualidade interior”. Enquanto permanecer inata em nós, continuaremos “navegando” pelos “mares da vida”, ora agitados, ora em calmaria, como nesta bela poética inspiração do espanhol Juan Ramón Jiménez, laureado em 1956 com o Nobel de Literatura:

OCÉANOS
Yo sentío que el barco mio
hay encontrada, allá en el fondo
con algo grande.
Y nada sucede!
Nada…
Silencio… Olas…
Nada sucede?
O es que ha sucedido todo,
y estamos ya, tranquilos, en lo nuevo…

OCEANOS
Sinto que o meu barco
encontrou algo grande
lá no fundo.
E nada acontece!
Nada…
Silêncio… Ondas…
Nada acontece?
Ou tudo aconteceu
e estamos tranquilos no novo…

Termino esta mensagem, desejando que você seja o barqueiro, navegando pelos mares do despertar interior da sua “Sensibilidade da Alma”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo youtube: “Djavan – Oceano” (vevo).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(126) Sentindo a essência interior dos nossos sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”.

Este espaço virtual tem um quê de subjetividade, merecedor da sua atenção. Refiro-me ao fato de que todas as nossas inteirações vivenciais (até mesmo as que ocorrem em silêncio), são ensejadas pelas manifestações do nosso “sentir interior”. Do “sentir” que revela (ainda que de modo subjetivo, abstrato), os “estados sensórios” das nossas experiências de vida, inclusive, como acredito, daquelas que podem estar sendo influenciadas por eventos “significativos” e “atemporais” do nosso ciclo de evolução “espiritual”. Essa peculiaridade favorece uma maior abrangência de temas que poderão constar de mensagens sob qualquer perspectiva de natureza “interior” e “sensória”.

A abordagem desta mensagem está essencialmente relacionada aos nossos sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”. Ambos, com o seu “poder interior” de atuação no já comprovado alívio do sofrimento humano, na cura de doenças do corpo e da alma e, principalmente, em todas as nossas “experiências místicas”. Tanto a “religiosidade” como a “espiritualidade”, dependem do nosso potencial de ter “Fé”, de “Acreditar” (entenda-se “Fé”, como manifestação sensória do nosso inabalado estado de “convicção interior”).

A finalidade desta mensagem não é a de diferenciar “religiosidade” de “espiritualidade” (apesar de serem caminhos transcendentes e distintos, de conhecimento, de iluminação e de busca de transformação existencial em todos os sentidos da nossa “caminhada”).

Os sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade” são fontes interiores de “elevação de transcendência”. Estão latentes em nós, para serem despertados em nós. A respeito das bases neurais da nossa “religiosidade” e “espiritualidade’, afirma o geneticista Dean Hamer, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, citado pela jornalista científica Daniela Ovadia, do Laboratório de Neuropsicologia do Hospital de Niguarda em Milão, Itália, no seu trabalho “Em busca do gene divino”: – “Estou convencido de que existe uma lei natural, segundo a qual cada pensamento e cada sentimento é resultado de uma atividade química do cérebro.”

Certo é que em toda jornada humana, somos envolvidos por um campo energético de harmonização superior que explica e fortalece o “despertar” dos nossos sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”. É a conexão que explica e fortalece o despertar “de si mesmo” e “para si mesmo”. O despertar que na linguagem literária, inspirou Gabriel García Márquez afirmar, de forma primorosa, na sua consagrada obra “Cem Anos de Solidão”: – “Tudo é questão de despertar sua alma”.

Os sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”, ajudam trilhar o caminho da nossa busca de elevação existencial. Eles ensejam a descoberta interior de um estado de sintonia de transcendência com nós mesmos, com o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”. Assim, todos nós teremos condições de experienciar a essência interior dos nossos sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”.

Termino esta mensagem, com este ensinamento de Carl Jung: – “O indivíduo não realiza o sentido da sua vida se não conseguir colocar o seu EU a serviço de uma ordem espiritual e sobre-humana.”
Acrescento: – Descubra, desenvolva e cultive o potencial interior dos seus sentimentos de “religiosidade” e de “espiritualidade”

Notas:
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2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo youtube: “Quietude – Eckhart Tolle”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(125) Sentindo a transcendência da nossa “elevação interior”.

No budismo, define-se “Bodsatva” como sendo os “seres iluminados”. Para este espaço virtual, somos todos nós. A jornada humana, nesta dimensão de vida, é determinada pelo nosso “estado interior” de harmonização com a transcendente “essência” da nossa trajetória de necessidades de aprimoramento e de evolução existencial e espiritual.

Tornar-se “iluminado” é conquista individual e personalíssima de elevação a ser alcançada pela descoberta da nossa “potencialidade interior”. Para o escritor Guimarães Rosa, “o nosso estado de plenitude não pode ser programado”. Concordo, porque realmente independe de qualquer tipo de programação. Dependerá, sim, do alcance do “despertar” da nossa subjetiva “singularidade interior”. Do despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Tenho refletido muito sobre este pensar de Joseph Campbell, que dedicou parte da sua vida ao estudo da mitologia e das religiões:

– O maior privilégio da vida é ser quem você é.

A cada leitura que faço desse pensamento, surgem novas e sucessivas buscas sobre o significado da nossa “existência”. Em todas elas, além de valorar a transitoriedade do nosso “existir”, dimensiono a permanente necessidade de elaborar e moldar o nosso “viver”.

O seu livro “O Poder do Mito”, lançado no Brasil pela Editora Palas Athena, está estruturado em uma atraente e profunda entrevista concedida ao jornalista Bill Moyers. Dele, destaco esta afirmação de Campbell:

Moyers. (…) Mitos são histórias de nossa busca da verdade, de sentido, de significação, através dos tempos. Todos nós precisamos contar a nossa história, compreender nossa história. (…) Precisamos que a vida tenha significação, precisamos tocar o eterno, compreender o misterioso, descobrir o que somos.

Campbell. Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior de nosso ser e de nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivos. É disso que se trata, afinal, e é o que essas pistas nos ajudam a procurar, dentro de nós mesmos.

Termino esta mensagem sugerindo que você encontre na sua “realidade interior”, a luminosidade da origem transcendente do seu “existir”, através do despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo youtube: “Documentário Joseph Campbell – O poder do mito (Trailer)”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(124) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” da escritora Louise Hay.

Expressar-se com a “sensibilidade da alma”. Esse é o dom da escritora americana Louise Hay, que no próximo dia 8 completará 90 anos de vida. A sua percepção interior é fonte contagiante de otimismo e de sabedoria de vida.

Recentemente aprendi com a leitura do livro “O caminho da sabedoria” (que me encantou com a envolvente e humanista conversa entre um monge budista, um filósofo e um psiquiatra), lançado no Brasil pela Editora Alaúde, esta verdade assim comentada por Matthieu Ricard (o budista desse grupo de amigos):

– A ideia essencial que vocês levantam está no cerne do budismo. Diz-se que a eficácia e o sentido de qualquer ensinamento se medem pela maneira como ele se torna parte integrante de nós. Todo o resto é apenas blá-blá-bla. (…) As ideias são úteis para esclarecer o debate, saber aonde vamos, determinar os princípios dos nossos atos, mas, se não pusermos nada em prática, elas não servem para nada.

O pensar de Louise Hay não lhe pertence. Surge da sintonia da sua “Sensibilidade da Alma”, em harmonização sensória com seu mundo. É o que se comprova nesta parte da dedicatória do seu primeiro livro “Cure seu corpo”, lançado no Brasil pela Editora Best Seller:

– Há muito tempo acredito nas seguintes afirmações: “Tudo o que é preciso saber me é revelado”, “Tudo o que necessito vem a mim” e “Tudo está bem em meu mundo”. Não existem novos conhecimentos, tudo é antiquíssimo e infinito. (…) Dedico meu trabalho a todos os que me ensinaram o que sei: meus clientes, colegas na área da metafísica, mestres e à Divina e Infinita inteligência, que me usou como canal para transmitir o que outros precisam saber.

Louise Hay, parece brincar com o sentido expressivo da união de palavras, em todos os temas sensoriamente modelados pelo seu “sentir interior” (Fonte: Pensador.uol.com.br):

1.Sobre o nosso “pensamento”:

Louise Hay. Os pensamentos que escolhemos pensar são as ferramentas que usamos para pintar o quadro de nossas vidas.

Comentário:
O pensamento é personalíssimo. Só nos pertence. Reflete a manifestação do nosso “sentir interior”. Com sabedoria, esse sentimento de “exclusividade” na exteriorização do nosso ato de pensar, inspirou esta declaração de Charles Chaplin: – “Existe um lugar onde ninguém pode tirar você de mim. Este lugar chama-se Pensamento. E nele, você me pertence!”
O que mais aprecio na frase de Louise Hay, é que a pintura no “quadro de nossas vidas” são composições de “matizes sensórias” dos pensamentos por nós escolhidos para mostrar “como sentimos que somos”, independente das imagens espelhadas pelo imaginário de quem pensa como nós somos.

Louise Hay: Os seus pensamentos irão determinar o tipo de vida que você vai ter. Portanto, tenha pensamentos positivos, de esperança. Confie! Se você pensar que as coisas boas lhe acontecerão, isto se tornará realidade. Afinal, nossos pensamentos são como imã: se você pensar em coisas boas, só atrairá coisas boas. Se você pensar em coisas ruins, elas virão rapidamente! A decisão é sua!

Comentário:
O pensamento é o “semear” das nossas realidades. Pensamento é permanente poder de transformação, porque somos nós que determinamos a natureza de tudo o que pensamos.

Louise Hay: Cada pensamento que temos cria nosso futuro.

Comentário:
O pensamento é atemporal. Ele se perpetua na ilusória passagem do tempo, impondo o seu poder de transformação de acordo as determinantes condições de vivências do nosso existir.

2.Sobre o nosso futuro:

Louise Hay. Hoje é o primeiro dia do meu futuro.

Comentário:
Existe, entre nós, a costumeira prevalência de condicionar o nosso fluir existencial à uma subjetiva contagem regressiva do “tempo” que, supostamente, ainda falta para o nosso “viver”.
Certo é que o “tempo” não existe, mas a “finitude humana” é incontestável nesta atual dimensão do nosso “viver”. O que existe é o nosso “agora”. O “agora” que inspirou este belo verso da escritora Lya Luft, no seu livro “O tempo é um rio que corre”, lançado no Brasil pela Editora Record:

O tempo não existe:
tudo se resume ao instante.
O antes disso
é um rio que corre
mas não passa.
(Basta chamar:
é sempre agora.).

O mesmo “agora”, assim explicado pela Monja Coen, no seu livro “A sabedoria da transformação”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:

Há o antes e o depois, mas ambos se manifestam no agora. Sem o antes, não estaríamos aqui. Estar aqui é criar condições para o depois. Entretanto, o depois nunca chega, pois estamos sempre no agora. E o antes nunca volta, porque estamos no agora.

Termino esta mensagem, sugerindo que você encare o seu “futuro”, com este otimista “sentir interior” de Louise Hay:

– HOJE É O PRIMEIRO DIA DO MEU FUTURO.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo youtube: “Ivan Lins – Lembra de Mim”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(123) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” da cineasta Anna Muylaert

A “Sensibilidade da Alma” é a singularidade do ser humano. É a “digital sensória” da nossa subjetividade. Todos nós temos uma individualidade definida. Somos o que sentimos e o que mostramos ser. Projetamos (de modo consciente ou não) as imagens da nossa “realidade interior”.

Neste espaço virtual, tivemos a oportunidade de conhecer manifestações do “sentir interior” das atrizes Geraldine Chaplin (filha de Charles Chaplin), Clarice Niskier, Marjorie Estiano, Maria Paula (também escritora), Betty Lago, Denise Fraga e Bibi Fereira; do ator, cineasta e dramaturgo Domingos de Oliveira; das escritoras Clarice Lispector, Simone Beauvoir e Lya Luft; da cantora de fados Carminho e do cantor Andrea Bocelli; da bailarina Morena Nascimento; do compositor Fernando Brant; do pianista João Carlos Martins, do neurocientista Miguel Nicolelis e do filósofo Marck Nepo. Todos mostrando as suas identidades emocionais, seus sentimentos e os significados de muitas das suas experiências de vida. Mostrando, as modelações subjetivas das suas “Sensibilidades da Alma”, compondo as “matizes existenciais” da arte de viver.

Com esta mensagem, essa galeria será enriquecida pela “Sensibilidade da Alma” da roteirista e diretora de cinema Anna Muylaert, recentemente convidada para ingressar na Academia do Oscar, motivo de orgulho para todos nós brasileiros.
A sua competência e dedicação consolidou exemplar trajetória profissional, merecendo registro, dentre outras, a sua consagrada direção do longa “Que horas ela volta?”, premiado nos festivais de Sundance, nos Estados Unidos, e de Berlim, na Alemanha.

O que motivou esta mensagem foi a entrevista concedida à repórter Renata Vomero, publicada na Edição 106, setembro/outubro, da Revista da Cultura (uma publicação da Livraria Cultura), com expressivas fotos de Rodrigo Fuzar (confira na íntegra, no site www.livrariacultura.com.br).

O tema central da entrevista foi o filme “Mãe só há uma”, baseado no Caso Pedrinho (como ficou conhecido o sequestro de um recém nascido, em uma maternidade de Brasília).

De acordo com a natureza da proposta deste espaço virtual, destaco da entrevista o seguinte:

– Sobre o desejo de fazer o “Mãe só há uma”:
Anna. (…) escolhi essa história, que é uma história pequena, mas muito simbólica. Teve um debate em que um cara falou: “Pô, mas eu queria saber detalhes do Caso Pedrinho”. E eu falei: “Então, você lê o livro sobre o Caso Pedrinho. Aqui, não é isso”. Foi escolhida essa trama livremente, a partir dessa história, que, inclusive, não é só dele – já conheci vários outros casos similares. Quis usar essa simbologia, usar o mito dessa história, para falar sobre a transição da infância para o mundo adulto, que é justamente a adolescência.

– Sobre a identidade de gênero, enfocada no filme:
Anna. Comecei a frequentar a noite, conhecer pessoas que tinham essa questão e quis trazer para o filme, porque achei que tinha a ver com identidade. Achei que iria fortalecer o filme. E, também, no começo, achava que estava falando um pouco, simbolicamente, da necessidade do homem ir em direção ao seu feminino. Mas, depois, a gente foi pesquisando e vendo como isso era real – menos simbólico e mais falando de uma geração atual.

– Sobre como lidar com essa questão:
Anna. Cara, na verdade, acho que lido pouco. Sou uma pessoa muito dos sentimentos. Não vou deixar de gostar de alguém por ser gay ou transexual ou preto ou japonês, enfim. Sempre me ligo às pessoas pela alma delas. Eu, pessoalmente, não lido muito com isso não. Aliás, acho que a maioria das pessoas, na verdade, não lida. Porque você gosta das pessoas porque você gosta. Só que, daí, pode ter uma censura a posteriori e tal. Ou a priori. Mas, na real, no fim das contas, você está sempre com as pessoas que você gosta.

– Sobre o protagonista Pierre [que interpreta o Pedrinho] se mostrar, no filme, do jeito que é:
Anna. Acho que isso é a coisa mais importante de todas, na verdade. Porque o filme mostra um momento da vida do adolescente em que ou ele vai ser ele ou ele vai agradar os pais. Ele fica nesse dilema. E, muitas vezes, não tem jeito: você vai ter de ser você. Mas muitas pessoas optam por agradar os pais. Então, de uma certa maneira, a família é a primeira instância do Estado, é a primeira instância da sociedade, das regras. (…) Esse filme, no fundo, é a briga do indivíduo com a sociedade, simbolizada pela mãe e pelo pai. (…) Acho que quem opta por ser quem é, mesmo contra a sociedade, tem mais chance de ficar feliz, de ficar pacificado na sua vida. Mas isso é uma escolha pessoal e, muitas vezes, inconsciente.

Comentários:
De início, dois esclarecimentos devem ser feitos: – Não assisti o filme “Mãe só há uma” e, nesta mensagem, não serão feitas considerações sobre o Caso Pedrinho.
O que desejo, nesta oportunidade, é contextualizar a “percepção interior” da cineasta Anna Muylaert (os reflexos da exteriorização da sua “Sensibilidade da Alma”), sobre a subjetiva experiência de um ser humano que, na plenitude da sua adolescência, toma conhecimento da sua real história de vida, envolvendo a sua biológica origem existencial, bem como os seus consequentes conflitos interiores de afinidades maternais, por ter sido sequestrado em uma maternidade, logo após o seu nascimento.

Ao responder a primeira pergunta acima resumida, Anna Muylaert considera ser “muito simbólica” a história da vida real que serviu de inspiração para o seu filme. De acordo com as projeções interiores da sua “Sensibilidade da Alma”, esse simbolismo, nitidamente subjetivo, foi dimensionado pela “transição da infância para o mundo adulto, que é justamente a adolescência”. Fase das descobertas de profundas “identidades interiores” que são necessárias ao nosso desenvolvimentos pisíquico, com manifestas repercussões de natureza socioafetiva, no caso do filme, para Pierre.

Certo é que a essência da história do filme “Mãe só há uma” (independente de ter sido inspirada em um sequestro), envolve um dos mais relevantes direitos fundamentais assegurados pela nossa Constituição, que é o da busca da identidade genética do ser humano.

Termino esta mensagem, com este “sentir interior” da Anna Muylaret, revelado na entrevista:

– Sou uma pessoa muito dos sentimentos. Não vou deixar de gostar de alguém por ser gay ou transexual ou preto ou japonês, enfim. Sempre me ligo às pessoas pela alma delas.

https://www.youtube.com/watch?v=G58NSS3LHmI

Notas:

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3.Vídeo youtube: “Mãe Só Há Uma (2016) – Trailer”.
4.Reprodução de parte da entrevista de Anna Muylaert, autorizada pelo jornalista Gustavo Ranieri, Editor-chefe da Revista da Cultura (uma publicação da Livraria Cultura).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(122) Sentindo a subjetividade nos nossos relacionamentos.

Sempre acreditei que todos nós estamos sujeitos às influências de uma universal conexão de energia relacionada com a posição dos planetas no nosso sistema solar. A conexão de energia que explica os movimentos das marés nos oceanos e, também, a magia dos relacionamentos que acontecem em nossas vidas, muitas vezes atribuídos por nós ao acaso.

Acompanho e gosto das previsões do astrólogo Oscar Quiroga, em razão da manifesta subjetividade em todas as suas análises. Como exemplo, reproduzo a que foi publicada na edição de sábado, dia 3 de setembro de 2016, do Jornal Correio Brasiliense, justamente sobre os nossos “relacionamentos”:

– O verdadeiro sentido da afirmação de que não poderias te relacionar bem com outrem até que te relaciones bem com tua própria alma é que, sem coordenar e sincronizar tuas vidas subjetivas e objetivas não compreenderias o que é relacionar-se com outras pessoas. Essa descoordenação, apesar de normal, não por isso é saudável e te torna incoerente e todas tuas atitudes são ambíguas por isso. Na dinâmica do relacionamento com outrem essas incoerências se multiplicam e nenhuma discussão conseguiria resolvê-las. Parte do princípio de que, a todo momento, tua consciência precisa se haver com dois mundos, objetivo e subjetivo, que não estão fadados a existir em conflito, porque tu, como consciência, és a terceira instância, capaz de construir uma ponte e outorgar equilíbrio.

O que despertou a minha atenção foi a significativa observação de Oscar Quiroga sobre a necessidade de, antecedendo qualquer iniciativa de relacionamento, coordenar e sincronizar as nossas vidas subjetivas e objetivas.

Certo é que a singularidade da subjetividade humana é determinante para favorecer os nossos desejos de aproximação que viabilizem futuros “relacionamentos” (sejam eles interpessoais, afetivos, amorosos, ou de qualquer outra natureza).

Em todas as nossas interações pessoais nós projetamos para o mundo exterior as imagens sensórias da nossa realidade interior. Acontece que nesse mostrar, por vezes o espelhar da nossa autoimagem poderá ser modificado por quem estamos queremos nos envolver.

Ninguém reflete o que acredita ser, mas o que aparenta ser na fluência dos seus relacionamentos.

Todos nós somos diferentes em todos os sentidos, mas os nossos “relacionamentos” ensejam oportunidades preciosas de mútuas autodescobertas.

Concordo com a possibilidade de aproximação, assim explicada por Paulo Coelho:

– Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.

Termino esta mensagem, desejando que os seus relacionamentos sejam encontros de afinidades de almas.

Notas:

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3. Vídeo youtube: “Maria Bethânia – Teresinha (Ao vivo)”

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(121) Sentindo a necessidade da descoberta do nosso “propósito existencial”.

Todos nós temos um “propósito existencial” de vida, a ser descoberto. Temos, portanto, um significado para o nosso “existir” e para o nosso “viver”. A descoberta desse “propósito existencial” envolve dimensões de origem transcendente. O que prevalece é que sabemos que existimos, mas não “para que existimos”. Acredito que se soubéssemos, o mundo seria melhor em todos os sentidos do nosso “viver”.

Gosto desta sabedoria da escritora Lya Luft, para quem dediquei este espaço virtual (Fonte: “A marca no flanco”, em “Perdas & Ganhos”, lançado no Brasil pela Editora Record):

– O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Complementa em seguida, com a percepção interior da sua “Sensibilidade da Alma”:

– É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo. (…) Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes.

Entendo que o “propósito existencial” definidor do significado do nosso “existir” e “viver”, deverá ser buscado pelo ser humano “em si mesmo”. Isto porque, somos nós que elaboramos a subjetividade do sentido das nossas vidas. Nós somos os modeladores do nosso destino, porque somos responsáveis pelas nossas escolhas. Viver sem objetivos não é viver, porque a nossa essência “existencial” e “espiritual”, por si só, é sugestiva de necessidades de buscas de evolução e de aprimoramentos.

Certo é que a compreensão do nosso “significado existencial”, sempre foi um desafio, um mistério milenar. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), inicia o prefácio do seu livro “VIDA- um enigma, uma joia preciosa”, lançado no Brasil pela Editora Brasil Seikyo, com este seu reconhecimento:

– Para qualquer pessoa, a questão mais difícil é compreender o significado de sua própria existência. (…) Estou certo de que isso ocorre porque os exercícios de polir a própria vida e de aprofundar a sabedoria não acompanharam os passos da evolução acadêmica. (…) Viver é estar presente neste mundo e neste exato momento, atingir a iluminação em meio à realidade, experimentar as alegrias e os sofrimentos, os prazeres e as dores do presente mundo.

Termino esta mensagem com esta bela motivação de Erich Fromm, para o conhecimento do significado da nossa existência:

– O amor é a mais sã e satisfatória resposta para o problema da existência humana.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube: “Gracias, Mandala de Prosperidad, original Maya 333 god”

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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