(150) Sentindo os nossos estados emocionais de “angústias”.

O que você entende por “sentimento”?
De acordo com a primeira “noção” vinda do nosso interior, “sentimento” é tudo que nós sentimos. Acontece que as pesquisas relacionadas com o “estudo da mente” e as descobertas da neurociência, demonstram o contrário: nem tudo o que sentimos são “sentimentos”. Por exemplo: – “sentir emoção” não é apenas manifestação de “sentimento”. A diferença entre “emoção” e “sentimento” explicada pelo neurocientista António Damásio, pode ser assim entendida: – A “emoção” vem “de fora”, ela surge das nossas vivências exteriores. O “sentimento” (invisível para o público), vem “de dentro da gente” (mensagem 073). São, portanto, as origens das nossas percepções sensórias que diferenciam a “emoção” do “sentimento”.

Para o enfoque da proposta deste espaço virtual, esclareci este meu “pensar” na mensagem 136:

– Sempre considerei serem as nossas “emoções” e “sentimentos”, percepções simbólicas da nossa “interioridade”. Transmitem as matizes do mosaico da “subjetividade humana”. Esse meu “pensar intuitivo”, certamente ajuda entender a criação deste espaço virtual. Isto porque, todos nós somos influenciados por aquilo que sentimos. Nós “somos o que sentimos” e não o que, conscientemente, desejamos ou pensamos ser. Acontece que para conhecer o que “somos”, precisamos vivenciar as nossas “emoções”, os nossos “sentimentos”, mas em sintonia de harmonização interior e de conexão plena com a nossa “subjetividade”. Esse também deve ser o sensório “caminho interior” do “fluir” que favorece, dentro de nós, o “despertar” do nosso “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”.

O que motivou esta mensagem, foram os nossos estados interiores de “angústias”.
Para muitos, essas indesejadas e incômodas “quietudes emocionais”, estão aparentemente dissociadas de qualquer nexo de causalidade. Ou seja: – Sentimos “angustia” mas sem, necessariamente, saber por qual motivo. Acontece que não é assim. Como esclarece o Psiquiatra Arthur Figer, mestrando em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, o conceito de “angústia” vem sendo revisto e modificado ao longo do tempo. Atualmente, nos consultórios médicos e psicoterápicos, apresenta-se com certa frequência sob o rótulo de “pânico”.
Em seguida, esclarece na sua abordagem, “Angústia, entre gozo e desejo” (Fonte: Revista PSIQUE, Ano VI, n. 75, lançada no Brasil pela Editora Escala):

– Em 1926, Freud sustenta ser a “angústia” uma forma de reação psíquica e corporal a uma situação traumática. Por sua vez, Lacan construiu a distinção entre os conceitos psicanalíticos de “angústia” e “fobia”: – Na fobia se trata de medo, não de angústia. Medo, em relação a um objeto específico, passível de ser falado e trabalhado simbolicamente. A “angústia” não é causada, nem direcionada a nenhum objeto específico e, portanto, gira em torno de um vazio, de uma impossibilidade de dizer.

Para esta mensagem, “angústia” foi mais um dos temas recebidos por “intuição”. Portanto, sem uma prévia e consciente motivação de escolha.

Em nossas vidas, como acredito, para tudo existe uma razão de ser, uma finalidade por vezes desconhecida. Por essa razão, todas as mensagens são escritas com o envolvimento da prevalência do meu “sentir”.

Considero que todas as nossas “emoções” e “sentimentos” são “experiências subjetivas”, necessárias não apenas para o nosso “autoconhecimento”, para o nosso crescimento como “pessoa”, em todos os sentidos do nosso “existir” e do nosso “viver”.

Termino esta mensagem, com este “pensar” de Sigmund Freud:

– ANGÚSTIA É ALGO QUE SE SENTE.

Ora, se somos nós que “sentimos”, os nossos estados interiores de “angústia” são moldados pelas projeções sensórias da nossa “Sensibilidade da Alma”. No meu entender, o que cabe a nós é tentar descobrir as causas e os significado subjetivo das nossas “angústias”, para não se deixar ser por ela dominado.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube (“Caetano Veloso, Maria Gadú – Sampa” (Vevo)).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(149) Sentindo ser conduzido pela “Sensibilidade da Alma”.

Esta é a terceira mensagem inspirada nas previsões do respeitado astrólogo Oscar Quiroga. As anteriores foram as mensagens 97 e 122. Gosto delas porque, em sua maioria, são fontes de “significados subjetivos” que, no meu entender, mostram que estamos sujeitos às influências de energias de “equilíbrio” e de “harmonização”, em sintonia com tudo que existe no universo. É essa percepção de “envolvimento existencial” que favorece o conhecimento das nossas necessidades de evolução em todos os sentidos. Por meio desse sentimento de “integração universal”, também conhecemos a nossa “potencialidade interior” de atuar em todas as nossas vivências, como sendo “catalizadores sensórios” de expansão das nossas consciências, existencial e espiritual.

A previsão astrológica que trago para esta mensagem, foi escolhida porque espelhou uma nova face da prática do “voltar-se para si mesmo”. Explico: Esse exercício, não tem por objetivo apenas as nossas “buscas interiores” de autoconhecimento. Por ser um processo de descoberta individual, personalíssima, afasta qualquer espécie de comparação com o nosso “jeito de ser”, de “pensar” e de “viver”.

A prática do “voltar-se para si mesmo”, que é a essência da proposta deste espaço virtual (mensagem 001), ensina identificar a nossa “individualidade existencial”; ensina que devemos respeitar a “individualidade existencial” de todos; ensina, principalmente, que não devemos manifestar o que não gostamos nos outros, porque as pessoas são “como elas são”, e não como achamos que, para nós, deveriam ser.

Este foi o “enfoque subjetivo” da previsão astrológica de Oscar Quiroga, publicada na edição de 18/02/2017, do Jornal Correio Braziliense:

– Data estrelar: Sol ingressa em Peixes; Lua quarto minguante em Sargitário.
Nunca tires conclusões apressadas a respeito das pessoas, elas, como tu, são entidades complexas e sofisticadas que, também, como tu, não se atrevem a ser tudo que potencialmente são porque estão soterradas sob um montão de conceitos equivocados a respeito da vida. As conclusões apressadas que tirares só reforçarão os equívocos.
Assume o lugar de tua alma, a testemunha interior que observa com distanciamento tudo que acontece e que, também, pode observar sua própria atuação, como se fosse ao mesmo tempo protagonista e observadora.
Tuas conclusões precipitadas encurtam o tempo que terias disponível para decifrar os enigmas que se apresentam a ti o tempo inteiro, esses que poderias usar para, a cada solitário instante, ser mais inteligente e encontrar estratégias melhores para existir.

Complemento essa sugestiva norma de conduta humana, com este “pensar” do médico Deepak Chopra (Fonte: “O Poder da Consciência”, lançado no Brasil pela Editora LeYa, com tradução de Szlak):

– Ao basear a vida na realidade da alma, você mantém crenças espirituais. Ao ir além e assumir o nível da alma como base da vida – o verdadeiro fundamento da existência -, a espiritualidade se torna um princípio ativo. A alma é despertada. Na realidade, ela nunca dorme, pois a consciência pura se impregna em cada um dos nossos pensamentos, sentimentos e ações.

Termino esta mensagem com a sabedoria desta recomendação de Deepak Chopra, que encontrei no livro acima citado, que recomendo a leitura:

– O que você precisa é de uma conexão com um nível mais profundo de si mesmo, um nível do qual o amor e a compreensão possam emergir espontaneamente.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube (“Djavan – Oceano (Vevo)” ).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(148) Sentindo a essência dos nossos laços de empatia.

O crescimento deste espaço virtual está sendo impulsionado pelo meu desejo de mostrar que podemos encontrar novos “significados” e “propósitos” para nós mesmos, com o despertar interior da nossa “Sensibilidade da Alma”. Esse desejo é fortalecido pela vontade de querer, com as mensagens postadas, proporcionar sugestivas condições de conquista do estado interior de “sentir-se bem” em todos os sentidos. Os caminhos a serem seguidos são o do nosso “autoconhecimento”, o da necessária conscientização de que temos uma “missão existencial”, com finalidades de evolução espiritual.

A mensagem que recebeu o número vinte e sete é uma das minhas preferidas. Revela em nossas vidas, a subjetiva magia sensória da “imprevisibilidade” de tudo. Principalmente em certos acontecimentos que nos envolvem e estimulam o nosso querer encontrar as explicações que, no entanto, estão em nós mesmos porque fazem parte da nossa existência.

O que motivou esta mensagem foi a união dos nossos “laços emocionais” por “empatia”. Foi a procura de respostas para estas perguntas: – O que é ser “empático? Como entender esse sentimento de se sentir no lugar do outro?

Gosto destas considerações contidas na abordagem “Amor ao próximo”, dos neurologistas Jorge Moll e Ricardo de Oliveira-Souza, da Rede Labs D’or, no Rio de Janeiro (Fonte: Revista PSIQUE, n. 16, Ano II, lançada no Brasil pela Editora Escala):

– Durante muito tempo, a ideia de empatia designou diferentes construtos teóricos unidos pela ideia comum da capacidade de compreender e compartilhar pensamentos e ideias de outros. A maior parte das divergências conceituais dissipou-se com a verificação de que o termo empatia abrigava não uma, mas um elenco de dimensões possíveis de medição independente: a empatia cognitiva diz respeito à capacidade de enxergarmos o mundo pelos olhos de outra pessoa. A empatia emocional (ou afetiva) se refere à capacidade de inferir os sentimentos de outra pessoa. Popularmente, estas duas dimensões correspondem à capacidade de nos “colocarmos no lugar do outro”. Como tal, dependem de nossa predisposição inata a intuir os pensamentos, sentimentos, e intenções dos outros, permitindo que as interações interpessoais transcorram em domínio não verbal.

Por sua vez, afirma Rodrigo Scaranari, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (Fonte: Revista do Correio, n. 607, Suplemento do Jornal Correio Braziliense, edição de 01/01/2017):

– [Sentir empatia] É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas. (…) uma característica que pode, sim, ser aprendida ou, pelo menos, treinada. (…) o exercício passa pelo autoconhecimento. Ao entender melhor as emoções e as necessidades de cada um, temos menos dificuldades para lidar com eventuais conflitos pessoais em qualquer ambiente ou situação.

Parece-me certo considerar a empatia como uma condição comportamental inata que transmite, com naturalidade, os nossos sentimentos de solidariedade e altruísmo. É o que presenciamos no dia a dia, quando o primeiro da fila cede a sua vez ao portador de necessidades especiais ou, em um transporte coletivo, cede o seu lugar para o idoso se sentar.

Uma das mais expressivas vinculações emocionais pela empatia, é a nossa instintiva necessidade de compartilhar sofrimento (não com a intenção de estabelecer comparações, mas para dar força ao outro que está sofrendo ao nosso lado). A respeito, encontrei este exemplo do Psiquiatra Cristophe André, por ele praticado (Fonte: O belo livro, “O caminho da sabedoria”, lançado no Brasil pela Editora Alaúde, que recomendo com sendo fonte de obrigatória leitura humanista). Ele pergunta para os seus companheiros de caminhada, o monge budista Matthieu Ricard e o filósofo Alexandre Jollien:

– Em que consiste a revelação de si mesmo em uma relação de ajuda? Em um dado momento, o médico percebe em seu paciente um sofrimento que ecoa um sofrimento que ele mesmo viveu. E decide lhe contar parte daquilo que atravessou, porque isso pode ser útil ao paciente: ele toma consciência de que não está sozinho. (…) não se trata de invadir o espaço da consulta com nossa própria história, ou de procurar “relativizar” o paciente, porque não se trata de desvalorizar seu direito de sofrer. Trata-se apenas de levá-lo a se juntar, por meio do seu sofrimento, ao vasto grupo das pessoas que o cercam. (…) Quando chegam a nós, os pacientes estão atravessando o inferno, onde se sentem sozinhos e perdidos. Saber que outros já passaram por esse caminho às vezes pode lhes trazer conforto e tranquilidade.

Em seguida, com sabedoria interior comentou o filósofo Alexandre, que é portador de deficiência física:

– Mas cuidado, não é o sofrimento que engrandece, mas o que fazemos dele. (…) E vejo claramente que, sem uma prática espiritual, estou mal encaminhado.(…) Hoje eu me alimento na fonte das grandes espiritualidades, em especial pela prática do zen e por uma vida de preces (…). Precisei de muito tempo para entender que a sabedoria se enraíza em uma arte de viver, em exercícios espirituais praticados todos os dias.

Termino esta mensagem, acreditando em uma medicina mais humanista quando, com união de sentimentos, a empatia ajuda vencer as angústias e os nossos sofrimentos. Sugestão de leitura, mensagem 101.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube (“Você me faz tão bem – Hélvio Sodre/Amor verdadeiro”).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(147) Sentindo a necessidade de encontrar um sentido para a nossa existência.

Na condição de leitor da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, gosto da coluna “Divã Literário”, assinada pelo médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo, diretor e fundador do Instituto Junguiano da Bahia. Com admirável conhecimento profissional, mensalmente ele seleciona e comenta um livro com profundas análises apoiadas na Psicanálise. Na última edição, a de número 130, a obra escolhida foi “Carta a D.”, da Editora Cosac Naify. Ele inicia a sua abordagem, com este título e explicação:

– Um SENTIDO para a existência.
Quando chega o envelhecimento, recorremos à ciência na tentativa de reparar os estragos da idade. Nossas antigas lutas por um lugar de importância no mundo cedem lugar ao mistério que é a própria vida.
Um olhar para quem está terminando sua vida lentamente faz-nos imaginar uma luta para domesticar a morte até que o medo dela permita-nos chegar ao lugar intemporal de onde emergimos ao nascer.

O livro foi escrito por André Gorz, que conta a história de amor com a sua esposa, Dorine Keir, vitima de uma doença degenerativa. Sem nada mais poder ser feito pela Medicina, para aliviar o sofrimento o casal resolve eternizar a paixão com a própria morte.

O que motivou esta mensagem foi a carta (que é o livro), deixada por André. Dela, destaco apenas o início:

– Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinquenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher.

Comenta o Doutor Carlos São Paulo:

1. Ao tempo em que descreve as mudanças físicas, deixa claro o quanto o amor não depende desse tipo de apreciação. Afinal, o encontro de almas que se fundem faz com que um não possa viver sem o outro. No amor, a alma habita um só corpo.

2. Nossos sonhos trazem mensagens relacionadas com os nossos sentimentos mais autênticos. Por meio deles, podemos experimentar a vida e a morte de uma forma mágica e até brincar com isso. Esse sonho fez André perceber que a escolha estava entre viver sem vida ou deixar a paixão ressoar no espírito que encontra unidade ao se dissolver no outro até existir uma única alma para esses dois corpos.

3. André pergunta por que amamos e queremos ser amados por determinada pessoa, excluindo todas as outras. Isso nos faz refletir sobre o que é trazer o outro para nossa vida. Não é preencher uma solidão ou atender alguma expectativa de completude, pois o amor é a própria incompletude.

4. O sofrimento gerado por nossos erros é o modo como temos de evoluir até compreendermos o significado do sofrimento e mudar de nível dentro da evolução humana.

5. O homem moderno apega-se à ilusão de uma ideia de felicidade que consiste em conseguir realizar todos os seus desejos. Essas expectativas nunca serão atendidas, pois existe outra ordem que rege nossas vidas.

6. O mistério do que acontece quando o corpo morre a ciência não consegue responder. Mas o pensamento mítico, que conduz o imaginário do homem, precisa da ideia de que algo sobrevive além do físico. Então, é mais saudável adotarmos a ideia de que tudo vai continuar sem precisar buscar provas e muito menos acreditar. Basta saber que a verdade psíquica é a que prevalece, pois algo nos leva a sentir que a vida se comporta como se fosse continuar.

7. O envelhecimento do humano, em sua relação com o outro, precisa encontrar um sentido para a sua existência. Alguns trilham um caminho permeado de uma paisagem cheia de saudade de um mundo que passou; outros buscam a aquisição de uma sabedoria em olhar com outra visão e sentir que nos aproximamos do lugar intemporal de onde emergimos ao nascer.

Termino esta mensagem, desejando que você também sinta, com a sua “Sensibilidade da Alma”, a emoção interior que envolveu o meu coração. A emoção que não consigo explicar. A emoção sentida com a historia de amor de André Gor, me ensinou que:

– O “AMOR” SEMPRE SERÁ A ESSÊNIA TRANSCENDENTE DE TODOS OS SENTIDOS DA NOSSA CAMINHADA EXISTENCIAL E DE EVOLUÇÃO ESPIRITUAL.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube (“Queen – Love of may life – legendado”).
4. Contato com o Dr. Carlos São Paulo – carlos@ijba.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(146) Sentindo o nosso “envolvimento terapêutico”, com a natureza.

No final do ano passado, fui intuído para dar uma nova perspectiva aos enfoques dos temas escolhidos para este espaço virtual. Antes, predominou a motivação sugestiva de práticas de “buscas interiores” de autoconhecimento, com a finalidade de ser alcançado o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”. Agora estou trazendo abordagens sobre as projeções sensórias do nosso “sentir interior”, nas interações com a “realidade exterior”. Iniciei essa nova caminhada com quatro mensagens que já foram postadas (as de número 141, 143, 144 e 145, relacionadas com a subjetividade dos nossos sentimentos de “Solidão”, de “Liberdade”, com o bem-estar-interior favorecido pela “Psicanálise”, com a nossa necessidade de “Afeto”.

Esta mensagem me foi inspirada principalmente para você que gosta de fazer caminhada por trilha, de apreciar o mar, o pôr do Sol, de tomar banho na cachoeira. É para quem gosta de se integrar com a da natureza.

Peço a sua atenção para esta afirmação feita na mensagem 115:

– Certo é que nós somos responsáveis pela nossa natureza mental e emocional. Nós somos o que sentimos. Mas essa responsabilidade também precisa estar em harmonia interior com a natureza. Para o budismo, a plenitude dessa nossa “interação existencial” é explicada pela “interdependência” de tudo que existe no Universo. Todos os estímulos que recebemos do “mundo exterior” são, dentro de nós, “imagens” elaboradas com as matizes da “essência transcendente” da nossa “Sensibilidade da Alma”. Pertencem a nós, de acordo com a “modelagem sensória” do nosso “sentir interior”.

Pergunto:

– Como devemos experienciar tudo que existe na natureza, para, com a “Sensibilidade da Alma”, sentir a nossa “interação existencial” de “interdependência”, explicada pelo budismo?

Entendo que não basta simplesmente “olhar”. Devemos, sim, nos “tornar unos” com o que estamos contemplando, para nos envolver em estados de “harmonização interior” com a natureza. Isto porque, no Universo, toda manifestação de existência é uma só, possuindo o mesmo significado de “transformação” e de, como acredito, de evolução da sua essência Superior de origem “transcendente” e “espiritual”.

O que motivou esta mensagem foi a entrevista do especialista em “ecopsicologia”, Marco Aurélio Bilibio, de Brasília, concedida à Revista Bons Fluidos (Edição n. 208, de julho de 2016, lançada no Brasil pela Editora Caras), em publicação assinada pela jornalista Sibele Oliveira.

Resumidamente, destaco dessa entrevista o seguinte:

1. Sobre como surgiu a ecopsicologia.

Marco Aurélio. Surgiu com o objetivo de levar a ecologia para a psicologia e a psicologia para a ecologia. O historiador Theodore Roszak (…) ampliou, então, o conceito de Jung de inconsciente coletivo (conjunto de sentimentos, pensamentos e memórias compartilhadas por toda a humanidade), e criou o conceito de inconsciente ecológico, que seriam os registros que trazemos da evolução da vida no planeta para a nossa psiquê. Essa camada da consciência se expressaria como uma sensibilidade para entender, ler e seguir a maneira como a natureza faz as coisas. Roszak buscou uma sensibilização da psicologia para essa dimensão da relação do ser humano-natureza, que ele percebia que ficava fora do pensamento psicológico dominante. E identificou o que a falta desse contato com o mundo natural acaba causando em nós.

2. Sobre o que se perde com o afastamento entre homem e verde.

Marco Aurélio. Esse distanciamento do mundo natural acaba gerando um modo de funcionar focado demais no intelecto. Esse afastamento corta a conexão com a nossa sensorialidade, nos deixa mais ansiosos, estressados, e, como num ciclo vicioso, a gente vai perdendo a capacidade de observação de como a natureza trabalha – seus ritmos, tempos, superação. Acabamos criando uma lógica própria, desconectada da real. Nesse choque, em primeiro lugar quem perde é a natureza, mas no longo prazo somos nós. (…) Os ecossistemas estão presentes em nós, no nosso DNA. Então, quando desonramos a vida pela destruição dos ecossistemas, praticamos um crime contra nós mesmos. Ocorre um empobrecimento psíquico e da vida toda.

2. Sobre a dificuldade de perceber o quanto tudo isso é indissociciável.

Marco Aurélio. Há muita gente que vive concebendo seu bem-estar sem considerar a natureza, e ponto. Mas, quando a pessoa tem a experiência da reconexão, abre-se uma possibilidade extremamente enriquecedora, harmoniosa, de se sentir inteiro. Essas pessoas se sentem profundamente recompensadas. E tende a ser algo que elas não esquecem mais.

3. Sobre a possibilidade dessa reconexão com a natureza trazer um novo sentido para a vida.

Marco Aurélio. (…) a experiência da natureza preenche espaços vazios. Se a pessoa fica um tempo suficiente em contato com o ecossistema em equilíbrio, o primeiro efeito é de desestressamento. Se ela dá tempo suficiente para essa experiência, logo as coisas que são essenciais e secundárias vão ficando muito claras. (…) a experiência com a natureza frequentemente se converte em uma experiência espiritual. O mundo natural facilita essa experiência. As coisas ficam mais claras sobre nós, sobre a nossa vida. Tudo vai se reconfigurando, se ressignificando.

4. Sobre o cuidado na escolha do ambiente externo.

Marco Aurélio. A privacidade é importante e o ambiente não pode ser dispersivo. (…) A ecopsicologia usa o mundo natural como instrumento terapêutico. (…) A pessoa pode reconhecer processos psíquicos dela em uma planta, árvore, pedra, em um animal. Ela se vê retratada nos seres ou nos fenômenos da natureza. E isso pode ser útil no processo.

5. Sobre o que esperar de um paciente que optou pela ecopsicologia.

Marco Aurélio. Da prática da ecopsicoterapia, espera-se que a pessoa descubra-se parte da teia da vida, vivenciando os efeitos terapêuticos dessa identidade ampliada.(…) E espera-se, claro, maior contato com árvores, florestas, mar, cachoeiras, jardins. Porque tudo isso provoca efeitos comprovadamente antidepressivos e ansiolíticos. Quando uma pessoa fica tempo suficiente em contato com a natureza, e esse tempo varia para cada um, vem um estado de reequilíbrio e centramento. (…) A mata pode oferecer a oportunidade para a pessoa entrar num silêncio profundo, focar na sensorialidade, observar e descobrir o que nos atrai. Quando algo nos atrai no mundo natural, geralmente tem algo a ser descoberto sobre nós ali. Pode ser algo simples como o prazer de respirar fundo.

6. Sobre o que sugerir para que quem não faz ecopsicoterapia, também usufrua melhor desse reencontro com o verde.

Marco Aurélio. Sugiro que você chegue perto de um ramo com folhas e, ao inspirar, tome consciência de que está recebendo de outro ser o que é necessário para a vida. Quando expirar, faça-o com a consciência de que está devolvendo a vida para esse outro ser. Receber com gratidão quando inspirar e devolver com amor quando expirar. Essa experiência torna a respiração um exemplo da nossa conexão profunda com todos os seres. Qualquer espaço verde já provoca esse efeito, mas é preciso silenciar a cabeça. E deixar que os sentidos nos movam, respeitando as atrações naturais e descobrindo para onde elas nos levam.

Termino esta mensagem comparando a revolução causada pela ecopsicologia, com a dos pintores impressionistas que levaram o cavalete para o ar livre, para melhor sentir as cores contagiantes do “BELO” da natureza.

Notas:

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3. Vídeo youtube (“Maravilhas da natureza onde o homem não tocou”).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(145) Sentindo a necessidade de “afeto”, em nossas vidas.

Projeções sensórias do nosso “sentir interior”: – são todas as manifestações moldadas pela essência da nossa “Sensibilidade da Alma”. São os nossos “sentimentos”, as “emoções”, o “sorrir”, o “chorar”, o “falar”, o “calar”, o “pensar”. Enfim, é tudo que de alguma forma, e até mesmo em silêncio, transmitimos de nós. Mas há um “mostrar interior” que é diferente de todos os outros. É o mostrar com “AMOR”, com “TERNURA”. É o sentimento de “apego” às pessoas que queremos bem, e aos animais que amamos. Resumindo: É o saber mostrar o nosso “afeto”, com amor.

Certo é que em todos os nossos relacionamentos, o “afeto” me parece ser a “roupagem” do ser humano que revela a natureza sublime da sua “transcendente” e “suprema” origem existencial e espiritual.

O “afeto” é a linguagem da comunicação de quem “gosta”, de quem “ama”, e de quem é “amado”. É a exteriorização subjetiva de todos os nossos sentimentos envolvidos por “AMOR”. O “afeto” é atração de pessoas. É conexão do “desejo sexual”. O “sexo” sem troca de “afeto”, sem envolvimento de “AMOR”, não é “sexo”. Eu não sei explicar o que seja.

O “afeto” precisa ser “despertado” em nós, para ser por nós praticado.

Qualquer que seja o tipo de união entre dois seres humanos, há necessidade mútua de respeito e de reciprocidade de “afeto”.

O casal moderno é resultado de profundas transformações, assim explicadas pelo psicanalista francês Eric Smadja, que se dedica ao estudo dos “afetos” que envolvem as relações conjugais (Fonte: Entrevista com o título “O casal da era moderna”, publicada no n. 72, Ano VI, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala):

– Não podemos compreender um casal contemporâneo simplesmente contando uma história. Os aspectos afetivos e sexuais devem sempre ser inseridos e confrontados com fatores culturais, históricos e psíquicos.

– No meu livro Le couple et son histoire, busquei abordagens social, histórica, antropológica e psicanalítica para estudar o casal. Quando nos perguntamos o que é um casal, temos uma resposta já determinada pela história, sociedade e pela cultura.
A noção de casal como o conhecemos hoje é recente. Ela apareceu junto com a evolução do ser humano e como ele indivíduo se coloca na sociedade contemporânea. Durante séculos, o que definimos hoje como casal não existia, porque na sociedade tradicional o matrimônio representava o encontro entre duas pessoas que se casavam para ter filhos e produzir uma família dentro da sociedade. O casamento contemporâneo surgiu por intermédio dos burgueses inspirados nos antigos matrimônios cristãos. Durante muito tempo, o casamento foi controlado por três poderes históricos: a família, a Igreja e o Estado. Essas instâncias estavam sempre em conflito, entre eles, para ter o controle da instituição. Na verdade, é justamente a existência desses conflitos que permitia se atenuar um possível desentendimento entre o casal, pois se dava mais importância aos fatores externos do que aos conflitos internos. Isso no último século se alterou. Hoje, por exemplo, numa cidade grande do Ocidente, é comum pessoas se escolherem livremente cada vez mais, indiferentes à influência que os três poderes exerciam até então.

Termino esta mensagem, com este “pensar” de Charles Chaplin:

– Mais do que máquinas, precisamos de humanidade… Mais do que inteligência, precisamos de afeto e ternura.”

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube (“AFETO”).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(144) Sentindo a ajuda da Psicanálise, para o nosso bem-estar interior

Como foi antecipado em mensagens anteriores, neste espaço virtual estão sendo ampliados os enfoques das suas abordagens. Além das sugestivas buscas de “autoconhecimento”, também serão escolhidos (como já vem ocorrendo) temas que espelhem em todos os sentidos, as projeções sensórias do nosso “sentir interior”. Os últimos exemplos foram as mensagens sobre os sentimentos de “solidão” e de “liberdade”.

Certo é que em todas as dimensões do nosso “viver”, tudo se interage através das manifestações do nosso “sentir interior”, moldado pelo que “somos”, e não pelas imposições do nosso “pensar” e “querer”. Explico: O ser humano tem a sua “individualidade” definida, mas a sua “singularidade existencial” está subjetivamente determinada pela essência da sua “Sensibilidade da Alma”. Nós “somos” o que “sentimos ser”. Não, o que para todos “parecemos ser”. Nós somos o que temos consciência de “ser”, para nós mesmos. Esse “revelar interior” também é mostrado pelo nosso “silêncio”, pela nossa “expressão facial”, pelo nosso “olhar”, pelo nosso humanista “jeito de ser”…

Para esta mensagem, selecionei um exemplo de notória e reconhecida dedicação profissional. Refiro-me ao conceituado psicanalista e psiquiatra baiano, Doutor Aurélio de Souza. Da sua entrevista publicada na edição n. 46, Ano IV, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, destaco o seguinte:

1.Sobre a crítica da psicanalista francesa Elizabeth Roudinesco, no sentido de que o trabalho psiquiátrico se acomodou no receituário de drogas que acalmam os pacientes, sem curá-los.

Aurélio. Não concordo com muito que a Roudinesco diz, mas não discordo dela nesse ponto. Eu, por exemplo, jamais prescrevo um medicamento. Optei pela Psicanálise, que deve ser entendida como uma prática mais relacionada ao saber, do que relacionada à cura. A Psicanálise não é uma prática médica.

Complementa, em outras respostas:

Sou contra a utilização exacerbada de medicações. Alguns psiquiatras não parecem considerar importante entrevistar o paciente. Talvez porque acreditem que interferindo nos neurotransmissores dessa pessoa, se resolva a patologia dela. Mas é claro que aparecem pessoas que pedem uma análise em situação de risco – depois que se drogaram ou na fase em que estão propensas a cometer suicídio. Nesses casos é necessário ministrar algum tipo de medicamento.

Repito: como psicanalista eu não medico. A medicação adormece, e isso diminui a circulação dos pensamentos.

2.Sobre os calmantes que são absolutamente populares, em pacientes acometidos de depressão.

Aurélio. A depressão tem um componente somático. Quando trabalhamos com um paciente deprimido, temos que ir além de suas possibilidades orgânicas. Temos que desvendar seu comportamento à medida que ele vai tendo um problema no pensamento, e o medicamento diminui a mobilidade do pensamento. Isso interfere no que esse paciente poderia fazer e não faz.

3.Sobre a sua conduta clínica de gostar dizer que, ao receber o paciente, não faz anotações, não abre uma ficha para ter o histórico dele, algo comum em qualquer atendimento da área da Saúde.

Aurélio. É verdade. Não faço ficha. Meu paciente se constrói diante de mim a cada visita que me faz. O passado dele não me importa tanto quanto aquilo em que ele se afigura para mim hoje, no momento em que vou analisá-lo. Aliás, posso dizer aqui o que sempre coloco para os meus analisandos: quem analisa é o próprio analisando, aquele que procura a análise. Eu apenas sirvo como um facilitador, ou, se o senhor preferir, como um guia para as descobertas que o analisando faz. É nesse momento em que aparecem os pensamentos dos quais ele não tem consciência.

4. Sobre se o maior legado de Freud, foi revelar o que trazemos no fundo de nós.

Aurélio. Freud nos revelou o inconsciente, aquilo que trazemos em nosso interior. Nos chamou a atenção para o que está na parte mais profunda de uma pessoa. Ele foi genial ao conceitualizar o inconsciente. Lacan faz um deslocamento dessa noção. E mostra que tudo se estrutura como uma linguagem. A linguagem que eu uso para me expressar é reveladora de mim. E só de mim. Entretanto, para nós isso se apresenta como um grande problema, aliás fácil de se perceber, por exemplo, em casais. Em parceiros de 50 anos, ou de 10, ou de apenas 02 anos de convivência. É sempre a mesma coisa. Você entrevista um casal, e ele, ou ela, interrompe o parceiro antes que ele possa falar, exclamando: ‘Já sei o que você vai dizer!’

5. Sobre se acredita em alma gêmea, ou cara metade.

Aurélio. A minha alma gêmea é sempre um problema. Se buscamos a igualdade, mais cedo ou mais tarde fazemos uma luta mortal. Eu usaria outra expressão popular: ‘quem ama o feio, bonito lhe parece’. Eu preciso da diferença. À medida que eu estabeleço a relação amorosa, tendo a me aproximar, atribuindo ao parceiro coisas que ele não é.

6. Sobre algo que a análise é capaz de apontar.

Aurélio. A análise lhe permite descobrir o valor que o sofrimento tem para você. O analista é demandado porque muitas vezes o analisante quer ficar bom dos sintomas, mas não sabe fazer isso; não sabe como viver sem esse sofrimento.

7. Sobre o índice de recuperação da sua clientela.

Aurélio. Eu nunca medi isso, e nem sei se é possível fazê-lo. Tenho uma boa clientela; às vezes trabalho até aos sábados, e isso deve indicar alguma coisa. Mas o importante para o paciente é encontrar a condição possível de ter uma relação alegre com o inconsciente. Lacan nos falava em amar o inconsciente.

8. Sobre como consegue relaxar nas horas vagas.

Aurélio. Tenho sempre à mão cinco CDs do Pink Floyd, e mais de dez versões de uma música que gosto muito: “La Vie en Rose” (“A vida em cor-de-rosa”, letra de Edith Piaf e melodia de Louis Gugliemi; a canção foi lançada por Piaf em 1946). Se não estou ouvindo música, estou com minha família, ou nadando.

Termino esta mensagem, desejando que ela seja sugestiva de um referencial de “busca interior” que favoreça a “harmonização plena” com o nosso potencial de “realização existencial”, em todos os sentidos do nosso “viver”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(143) Sentindo a subjetiva percepção interior do nosso “sentimento de liberdade”.

Há dez anos publique no site www.rogeriana.com, na Revista PSIQUE (lançada no Brasil pela Editora Escala), abordagem jurídica sobre a nossa “liberdade”, com enfoque exclusivo na Abordagem Centrada na Pessoa, do psicólogo americano Carl R. Rogers [por mim considerado o acompanhamento psicoterapêutico que mais respeita e preserva a liberdade do cliente]. Em síntese, sustentei que o ser humano não exerce a plenitude da sua liberdade, que possui conceito individual completamente diferente do seu conceito social. Destaco da conclusão desse trabalho, o seguinte:

– Sentir-se livre é uma sensação interior que está vinculada a um estado psíquico de realização pessoal plena. Por esta razão, a liberdade deve ser concebida, na sua essência, como sendo de origem existencial. Todo indivíduo nasce e existe para ser livre. Por sua vez, sendo a liberdade uma condição de realização e, também, de satisfação de estímulos de crescimento, não basta sentir-se livre porque todo indivíduo, nas suas vivências de interações ambientais, psíquicas e interpessoais, depende e necessita de opções de liberdade. Resumindo: todos nós precisamos manifestar a prática das nossas conscientizações de liberdade; precisamos exercer plenamente nossas liberdades (liberdade de ação; liberdade de omissão; liberdade de aprendizado; liberdade de escolha; liberdade de aceitação de si mesmo; liberdade de reconhecimento da realidade exterior e, principalmente, liberdade emocional). (…) quem não conhece os benefícios da prática terapêutica da Abordagem Centrada na Pessoa deve, nas suas vivências psicossociais, adotar um comportamento de conduta que possibilite o surgimento de uma personalidade mais expressiva da sua interioridade e que também ofereça oportunidades de crescimento, de aprendizado, de realização pessoal e, principalmente, o indispensável sentimento de “liberdade” nas suas interações interpessoais.

O que motivou esta mensagem, foi a subjetividade de qualquer aceitável resposta para esta pergunta:

– Com relação aos nossos interiores estímulos “sensórios”, “psíquicos”, e de necessidades de “sentir-se bem” em todos os sentidos, como vivenciar o nosso “sentimento de liberdade” em conexão existencial com as imposições recebidas da nossa “realidade exterior”?

No livro “O caminho da sabedoria”, lançado no Brasil pela Editora Alaúde [que sempre estou recomendando a leitura], encontrei esta explicação do monge budista Matthieu Ricard:

– Alguns imaginam que o fato de se libertar das emoções leva a um vazio interior que nos transforma em zumbis. Eles confundem vazio mental e liberdade da mente. A meta não é fazer desaparecer os pensamentos e as emoções, mas impedir que proliferem e nos escravizem. Os mestres e praticantes que alcançaram uma grande liberdade interior não se transformaram em vegetais. Ao contrário, mostraram mais qualidades que os outros.

Verifica-se que Matthieu se refere à “liberdade da mente” e à “liberdade interior”. Ora, se o ser humano tem “consciência de si mesmo”, da sua “subjetividade”, e, portanto, da sua “interiorização existencial”, respondo a pergunta acima, nestes termos:

– O nosso “sentimento de liberdade” sempre estará sujeito às condições objetivas de “percepção” da “realidade exterior” por nós vivenciada. Ao contrário, por dimensões infinitas e subjetivas do alcance do nosso “imaginário”, inexistem limitações e imposições para a percepção sensória do nosso “sentimento de liberdade”.

Talvez este meu entendimento esteja em sintonia com esta comprovação do neurocientista português António Damásio, Diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade da Universidade do Sul da Califórnia:

– Quando olhamos para o mar, não vemos apenas o azul do mar, sentimos que estamos a viver esse momento de percepção.

Notas:

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3. Vídeo youtube (“VOA LIBERDADE – JESSÉ).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(142) Sentindo em nós, o despertar de “Espiritualidade”.

Motivado por um acontecimento estranho ocorrido na sua casa, esclarece o Físico Marcelo Gleiser no seu livro, “A simples beleza do inesperado”, lançado no Brasil pela Editora Record, que recomendo a leitura:

– Nem tudo precisa ser explicado, nem toda pergunta precisa ter resposta. Se tudo fizesse sentido, a vida seria bem sem graça. Um pouco de inexplicável faz bem, nos deixa um pouco inseguros, imaginando o que pode existir além do possível.
É na fronteira do conhecimento que a ciência mergulha em direção ao mistério, tentando oferecer explicações do desconhecido através do que é conhecível.

Gosto deste “pensar” de Albert Einstein (Fonte: “Sabedoria divina”, de Linda Oliveira, Revista SOPHIA, edição no 61, ano 14, lançada no Brasil pela Editora Teosófica):

– O sentimento cósmico religioso é o mais forte e o mais nobre motivo para a pesquisa científica.

A busca interior pelo despertar da “espiritualidade”, tem sido muito incentivada neste novo milênio. Como exemplo, merece referência a interessante abordagem assinada pela jornalista Raphaela de Campos Mello, com o título “Há mil maneiras de despertar a Espiritualidade” (Fonte: Revista Bons Fluidos, edição no 213, ano 216, lançada no Brasil pela Editora Caras).

Pessoalmente, sempre considerei a possibilidade da existência, em nós, de uma essência de natureza “espiritual”, de origem suprema e, portanto, transcendente (esclareço que não estou me referindo ao nosso sentimento de religiosidade). Também tenho muito interesse pelo conhecimento da “subjetividade humana”, pelo recebimento de “intuições” e pelas manifestações do nosso “sentir interior” que, como acredito, moldam e definem a nossa “singularidade existencial”.

Com estas considerações preliminares, refiro-me à motivação desta mensagem que está relacionada à prática do “voltar-se para si mesmo”, mas com a finalidade de “sentir” o nosso potencial interior de “espiritualidade”.
A respeito, merece atenção os estudos do Físico Quântico Amit Goswami, que propõe uma conciliação entre a Ciência e a Espiritualidade. Destaco da sua entrevista concedida ao jornalista Marcelo Galli, publicada na edição no 60, Ano V, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, o seguinte:

1.Sobre a sua concepção de união entre a Ciência e a Espiritualidade, ser o prenúncio de uma nova era que está por vir ou já está acontecendo:
AG. (…) acredito que dessa vez será uma permanente união porque a Ciência agora é baseada em metafísica espiritual – consciência é a base de todo ser – graças à Física Quântica. Essa é uma era de integração em geral, especificamente entre a Ciência e a espiritualidade. Esse movimento já acontece em alguma medida, mas tanto na comunidade científica quanto na religiosa há muita inércia. O movimento é lento, mas está tomando forma, podemos esperar muitas mudanças nas próximas décadas.

2. Sobre algumas teorias do físico alemão Werner Heisenberg.
AG. Ele foi o primeiro a sugerir que a consciência é importante na mudança de possibilidades quânticas na realidade. Ele disse que o colapso do evento, nome técnico para a mudança da possibilidade na realidade, é uma mudança do nosso conhecimento. O que é o nosso conhecimento? É o que chamamos de consciência, é saber. Ele estava consciente de que a nossa consciência envolve todas as possibilidades de mudanças na realidade.

3. Sobre quem chegou perto de fazer essa ponte entre a Ciência e a Espiritualidade?
AG. O psicólogo Carl Jung chegou bem perto. Os psicólogos já propuseram essa metafísica espiritual para algumas práticas psicológicas, o que eles chamam de Psicologia Transpessoal. Eles estão em sincronia com a nova visão quântica. E também a medicina alternativa, mas o pode estabelecido impede que essas técnicas sejam ensinadas no ensino da Medicina tradicional. Porém, existem muitas instituições de medicina alternativa que ensinam no mundo todo e estão produzindo conteúdo. A Biologia também vai responder às mudanças porque há fatos que o darwinismo não pode explicar.

4. Sobre o que é mente, memórias, e sentimentos?
AG. Mente é o nome que comumente as pessoas usam para o local onde armazena nossas experiências internas. Memórias são mais do que o que é armazenado no cérebro. Existem componentes não locais disso que ajudam a explicar a reencarnação. E sentimento vem das nossas experiências de movimentos de energia vital. A nova Ciência distingue dois aspectos da mente. Um é a consciência, que é o grande terreno da existência onde matéria e mente existem. Dizemos que matéria é a experiência externa e a mente é a interna. Ao mesmo tempo, também reconhecemos que esse é o sentido geral do que seja a mente, mas também o específico do termo. (…) a mente mais amplamente pode ser classificada em três aspectos. Um deles é como energia, chamado de energia vital. Depois vem o que podemos chamar de pequena mente, que é pensamento, sentido. E a terceira pode ser chamada de supramental porque é dada no contexto do pensamento, é a ideia de onde nossos valores vêm, de onde intuímos. Só acessamos a região supramental por meio da intuição, ou seja, temos uma intuição e fazemos a representação dela em pensamento. É melhor se fizermos essa distinção.

5. Sobre a possibilidade as suas teorias no Brasil.
AG. Estamos realmente indo adiante com o movimento do ativismo quântico no Brasil, que é um país único atualmente, muito parecido com a Índia de alguma maneira, porque as emoções ainda são valorizadas no Brasil. Um dos grandes problemas dos países ocidentais é de serem muito racionais. Quando uma sociedade se torna muito racional ela não valoriza sentimento e também intuição. Não reconhecendo a emoção, não podemos lidar com as emoções negativas. Ninguém pode evitar emoções negativas porque são instintivas, nós as seguimos sem sabê-lo.

6. Sobre a possibilidade de aparecer um Amit Goswami num país ocidental.
AG. Acredito que cedo ou tarde alguém descobriria a base espiritual da Ciência. As coisas estão mudando, o Oriente está ficando mais materialista e o Ocidente mais espiritual. O Oriente sempre acreditou em intuição. Espiritualidade aparece através da intuição, e sempre acreditamos [os orientais] na intuição, porque experiências intuitivas dão crédito aos experimentos. Nunca tivemos problemas com a espiritualidade. O Ocidente, por outro lado, sempre foi cético em relação a esse tipo de experiência. O que satisfaz a mente ocidental é a possibilidade de provar uma teoria por meio de um experimento. O Ocidente foi cético sobre a espiritualidade até agora porque não pode ser certificada por meio de testes. Mas agora as teorias sobre Deus e espiritualidade são verificáveis e pode ser desenvolvidas tecnologias a partir dessa base.

7. Sobre qual foi a sua maior dificuldade para dar o passo em direção do pensamento de caráter espiritual, já que antes era materialista.
AG. Minha grande dificuldade foi abandonar a crença materialista de que a consciência é um fenômeno do cérebro.

Termino esta mensagem acreditando em uma Nova Era, com o despertar da essência de “espiritualidade” que existe em nós.
https://www.youtube.com/watch?v=oUzapayq2Tc

Notas:

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3. Vídeo youtube (“Gilberto Gil – Se Eu Quiser Falar Com Deus” FAS).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(141) Sentindo que se pode afastar a “solidão” do coração.

A inspiração desta mensagem surgiu de uma silenciosa e inquieta “solidão”. Um estado interior só meu, que temporariamente me pertence, que, se fosse possível, nunca dividiria com ninguém.

Muitos afirmam que a “solidão” vem de um “estado da alma”. Mas ainda não estou convencido de que a nossa alma, seja a sua morada. As minhas sempre chegam “de fora para dentro”, entorpecendo a minha “Sensibilidade da Alma”.
O que tem me confortado é que, dependendo apenas de nós, a vida da “solidão” é efêmera, temporária, passageira, porque permanecerá em nós enquanto permitimos ela ficar.

A “solidão, portanto, não tem vida própria e o nosso coração não é para sempre a sua morada.

A “solidão”, na maioria das vezes, vem acompanhada da “tristeza”. É quando machuca mais. Quando, por exemplo, nasce das nossas “perdas” ou dos relacionamentos amorosos fragmentados ou frustrados. Acredito que tenha sido um desses exemplos que levou Luiz Fernando Veríssimo manifestar este seu “sentir”:

– Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.

Gosto desta explicação do escritor Hermann Hesse, laureado em 1946 com o Nobel de Literatura:

– Solidão é o modo que o destino encontra para levar o homem a si mesmo.

Pergunto:

– O que a “solidão” faz o homem encontrar, quando se distancia ou quando perde a sua pessoa amada?

Quem respondeu foi Tom Jobim, com a letra da música “Inútil Paisagem”, composta em parceria com Aloysio de Oliveira:

Mas pra quê?
Pra que tanto céu?
Pra que tanto mar? Pra quê?
De que serve esta onda que quebra?
E o vento da tarde? De que serve a tarde?
Inútil paisagem
Pode ser que nao venhas mais;
Que nao venhas nunca mais…
De que servem as flôres que nascem pelos caminhos?
Se meu caminho sozinho é nada…

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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