(349) Sentindo a nossa vida contada.

O CINEMA É UM MODO DIVINO DE CONTAR A VIDA.”

São palavras do consagrado cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993).
O “contar a vida”, nas telas do cinema, vem sendo aprimorado com os recursos da tecnologia cinematográfica, inicialmente desenvolvida no século XV por Leonardo Da Vinci (1452-1519). Sobre essa fantástica e interativa comunicação visual, gosto desta explicação de Fellini – “O cinema é feito de imagens. A imagem se ajusta por meio da luz e é essa luz que cria a imagem“.

Todas as maneiras de “contar a vida” são fontes de autoconhecimento [para si mesmo, e para todos]. Principalmente quando despertam em nós, subjetivas percepções de aparentes sensações de “necessidades de completudes” em todos os sentidos do nosso “existir”. Considero ser muito proveitosa, a silenciosa experiência de “contar a vida ” para nós mesmos. Estou me referindo à nossa vida, porque somos seres únicos e com suas bem definidas realidades emocionais.

No cinema reagimos de modos diferentes, independente da época das cenas filmadas. Vejam o exemplo desta dupla de comediantes, que foi sucesso nas décadas de 1920 e 1930. Na atualidade, provam ser “atemporal” a nossa espontânea reação de “gostar”, ou de “não gostar”.

Sobre o nosso “gostar” explica Marcos Texeira Sampaio, no seu interessante artigo “Gostamos assim”, publicado em 2004 na edição nº 44 da Revista VENTURA, da Editora Ventura-cult:

– A palavra “gostar”, servindo para tudo, serve de fato mais ao engano do que ao esclarecimento. Muitas vezes não se quer distinguir a preocupação consigo mesmo da preocupação com o próximo. Não interessa declarar quanto do benefício é para si próprio e quanto resta para o outro. Essa palavra – gostar – acolhe bem essa posição dúbia: tanto se pode ter como objeto do gosto o outro como a si mesmo.
Uma cena do Gordo e o Magro ilustra bem esse altruísmo enviesado: havendo dois bifes, o Magro serviu-se do maior. Tendo o Gordo reclamado, o Magro então disse:
– “Se fosse você a escolher primeiro, teria pego o bife pequeno?”
– “Claro. Teria pego o pequeno sim!”
– “Então, se você está com o pequeno, está reclamando de quê?”
Enfim, a dúvida que permanece quando se usa a palavra gostar é a seguinte: o outro se preocupa com os meus interesses ou só está interessado em si mesmo? Uma pessoa jura que gosta; a outra que entenda como quiser. Gosto não se discute…

Termino este nosso encontro, com esse “sentir” de Fernanda Montenegro quando, com os seus 93 anos de idade, declarou em recente entrevista ao Jornal O Globo:

– Reflexões sobre a morte. “Faz parte da existência. A cada dia que se ganha é um outro que se perde. É dialético, é uma questão central que nos habita. Se celebramos a pulsão de vida de forma tão veemente, não há como desprezarmos a pulsão de morte. Morrer é uma circunstância sobre a qual precisamos refletir e da qual não temos como fugir”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, por qualquer forma, meio ou processo eletrônico dependerá de prévia e
expressa autorização, com indicação dos créditos e links, para os efeitos da Lei 9.610/98 que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(348) Sentindo a necessidade de poesias, em nossas realidades de vida.

A visita de Pee Ra Lyan

Ainda não sentira
O gosto bom da liberdade
Quando, numa noite despertei,
Pensando ouvir o vento
Os galhos do coqueiro a balançar

Num gesto silencioso e lento,
Abri a porta da varanda
De par em par.

O ar estava parado,
E o jardim iluminado
Por enorme lua cheia, cristalina

Vi então que era uma branca garça,
Que voava com a graça
De uma bailarina.
Calma, pousou na ponta do pé, encerrando o balé
No meio de um canteiro.
Foi em janeiro

O silêncio nos envolvia,
Parecia que o mundo inteiro dormia,
Menos nós três.
A lua
A garça
E eu

Lentamente
Elegantemente
Caminhou em minha direção e, sob o balcão,
Parou
E me olhou.

Percebi como éramos parecidas.
As duas, de branco vestidas,
As duas só, em casa, à vontade.
Como ela, eu agora, em liberdade.

Não foi longa a visita.
Uma brisa da lagoa soprou,
Trazendo um cheiro de maresia.
Ela esticou
O longo pescoço
E pareceu-me sorrir de alegria.

Abrindo as asas devagar,
Deu-me um último olhar
E… foi-se embora a voar.
Parecia um anjo…

“Pee Ra Lyan” é garça em chinês. Essa poesia de Tina Novelli, mostra-nos um encontro de inteirações de “realidades”. A da garça, contemplada desde o seu voo. A de Tina, quando encantada com o esplendor da garça, manifesta a intensidade do seu envolvimento com o que chamou de “o gosto bom da liberdade”. Que leveza de inspiração poética!

Em nossas relações interpessoais também vivenciamos experiências fortalecidas com sintonia interior de afinidades e percepções de aparentes identidades existenciais. Mas somos nós que criamos as nossas “realidades”, que são únicas, só nos pertencem, possuindo similaridades geradoras da nossa própria interpretação. São essas nossas “realidades”, que nos fazem “sentir” ser como somos e, para os outros, o que parecemos ser. Em muitos encontros de “realidades”, subjetivas e aparentes identidades existenciais nos possibilitam “sentir” e “ver” no outro, o que parece estar sendo refletido de nós.

Agora, vejam esta explicação do astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo do dia 23/02/2023, publicado no jornal Correio Braziliense:

– Recebemos as impressões objetivas e subjetivas da realidade, as expressamos dentro do alcance de nossa compreensão e instrumentos disponíveis, e esse movimento, por sua vez, impressiona outras pessoas e os outros reinos da natureza, e assim continua, sem interrupção, a circulação de vida através de tudo e de todos, requerendo alimento de todos os tipos e dimensões, porque a vida se alimenta de vida produzindo variações dentro de um espectro infinito de possibilidades.

Acreditando [repito] que podemos criar as nossas realidades, termino o nosso encontro com este “sentir” de Clarice Lispector, em “Realidade Tansfigurada”:

A DURAÇÃO DE MINHA EXISTÊNCIA DOU UMA SIGNIFICAÇÃO OCULTA QUE ME ULTRAPASSA. SOU UM SER CONCOMITANTE: REÚNO EM MIM O TEMPO PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO, O TEMPO QUE LATEJA NO TIQUE-TAQUE DOS RELÓGIOS. (…) TRANSFIGURO A REALIDADE E ENTÃO OUTRA REALIDADE, SONHADORA E SONÂMBULA, ME CRIA.

Notas:
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2.Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(347) Sentindo a importância de “subjetivar” as percepções do nosso viver.

“O QUE SE PERDE SE CONCENTRA NO INFINITO.”

São palavras do escritor Marco Lucchesi, poeta bilíngue, ensaísta, tradutor com domínio fluente de mais de vinte idiomas, ocupante da cadeira quinze da Academia Brasileira de Letras. Na condição de seu seguidor, aprecio e gosto das suas belas e subjetivas maneiras de transmitir o seu “sentir a vida”. Foram escolhidas para iniciar este nosso encontro, do seu primoroso texto “Deserto e as Formas”, que ele chamou de ‘experiência do deserto’. Dele destaco: O deserto como ponto de encontro. O deserto como ponto de fuga. Nenhum deserto é vazio. Nenhuma solidão, solitária. O raso e o profundo se convertem mutuamente no deserto de areia.

Também não poderia deixar de enriquecer a nossa caminhada para o “autoconhecimento”, com esta inspiração que selecionei do seu livro “Os olhos do deserto”:

– Passam os dias, mas não passam minhas esperanças. Quero saber dos anéis de Saturmo e das combinações da Cabala. Quero armas e barões. Tempestades e aventuras. Sonho com as Plêiades votadas para Órion. Sonho com o tempo que não passa. Uma vida interminável. Simultânea e permanente. As batalhas de Tasso. A pluralidade dos mundos. Cavaleiros do luar, andarilhos da distância. E o diálogo, sempre. O diálogo em flor. Passam os dias, mas não minhas esperâncas.

COMO DEVEMOS ENTENDER A SUBJETIVIDADE EM NOSSAS VIDAS?

Esclarece o neurocientista António Damásio, no seu livro “A estranha ordem das Coisas – As origens biológicas dos sentimentos e da cultura”, lançado no Brasil pela editora Companhia Das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta:

– A subjetividade não é obviamente uma coisa, mas um processo, que depende de dois ingredientes cruciais: a criação de uma perspectiva para as imagens mentais e o acompanhamento das imagens por sentimentos. (…) Uma das principais contribuições para a construção da subjetividade é dada pela operação dos portais sensitivos, nos quais encontramos os órgãos responsáveis por gerar imagens do mundo eterno. (…) Em resumo, um estado mental, uma mente, é uma condição básica para que experiências conscientes existam no sentido tradicional. Quando essa mente adquire um ponto de vista, isto é, um ponto de vista subjetivo, então a consciência propriamente dita pode começar.

Desse entendimento de Damasio sobre a construção da subjetividade, o que mais gostei foi essa relação associativa, condicionante, das nossas percepções de “realidades” sendo elaboradas por imagens dos nossos “sentimentos”. É como se as “emoções interiores” estão presentes nas abstrações de muitas das nossas realidades.

Também não podemos deixar de reconhecer a valiosa contribuição da Psicanálise, preconizada por Freud, quando no seu texto “A interpretação dos sonhos” afirma ser o inconsciente a nossa verdadeira “realidade psíquica”. Explica Ana Suy Sesarino Kuss, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que possui doutorado em Pesquisa e Clínica em Psicanálise, no seu interessante artigo, “Os outros que vivem em nós”, publicado na Revista humanitas, edição 163, da Editora Escala):

– Nossa realidade compartilhada, por vezes, é dividida apenas no campo da palavra, uma vez que nós nunca compartilhamos com alguém exatamente da mesma experiência. O inconsciente de cada um se atravessa fundando cada realidade, e talvez possamos dizer que cada um vive em uma realidade diferente da realidade do outro, ainda que possamos encontrar certas coisas em comum. A realidade de cada um de nós é confeccionada da nossa história, dos nossos genes, da nossa forma de habitar nosso corpo, da história dos nossos antepassados… e isso não se replica. Por mais que tenhamos irmãos nascidos em uma mesma família, ainda que sejam gêmeos, cada um terá experiências diferentes na relação com a sua existência e com o modo como o mundo recebeu cada um. Quando desconsideramos as tantas nuances que compõem as nossas maneiras de existir, tendemos a pensar que o outro é o nosso igual, nosso semelhante e que por isso poderíamos saber o que ele pensa e sente.

Para perpetuar em nossas lembranças, dedico esta mensagem para Tony Bennett com sentimento de “Saudade Eterna”,

Notas:
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3. Vídeo copiado do YouTube/vevo.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(346) Sentindo a plenitude existencial da “sabedoria de viver” de Lya Luft.

A vida é minha
para ser ousada.
A vida pode florescer
numa existência inteira.
Mas tem de ser buscada, tem de ser conquistada
.”

São palavras poetizadas por Lya Luft (1938-2021), no seu livro “Perdas & Ganhos”, Edição Comemorativa de 10 anos, publicada pela Editora Record. Logo na primeira página ela explica que esse livro “não é bem uma ficção, nem bem crônica, mas a sua segunda tentativa de transmitir para seus leitores os mesmos temas das suas poesias e ficção. Resumindo, o drama existencial humano. Encontros e desencontros, a passagem do tempo, a infância, a maturidade e a velhice, as dificuldades do convívio amoroso, as relações familiares, a interrogação da morte e da própria vida.” Na última página, Lya significa a “vida” com estas palavras:

– Volto ao início deste livro, como gosto de fazer: O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. Viver, como talvez morrer, é recriar-se a cada momento. A vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Não é preciso realizar nada de espetacular. Mas que o mínimo seja o máximo que a gente conseguiu fazer consigo mesmos.

Complemento, pedindo a sua atenção para esta parte da sua aula online, “Perdas e ganhos: a passagem do tempo”, na Pós da PUCRS, sobre o tema: “Filosofia e Autoconhecimento: Uso Pessoal e Profissional”:

No seu livro “O tempo é um rio que corre”, também lançado no Brasil pela Editora Record, Lya Luft transmite este seu belo sentir sobre as fases das nossas vidas:

Viver é sentir a transformação do encanto esplêndido da juventude na potente força da maturidade, e depois na beleza peculiar da velhice.

Em seguida, Lya volta a poetizar a “vida”:

A vida é um passeio
(que não planejamos)

num rio de enseadas calmas,
escuras cavernas,
vertigens fatais.

Somos náufrago ou timoneiro
nessas águas que tudo levam:
estrelas, escolhas,
destroços e abraços.

Um dia vamos descobrir
nosso destino:
que não sejam só cinzas
ou ossos,
mas um oceano, uma praia
– regaço.

No seu gostoso e fantástico livro “Múltipla escolha”, lançado em 2010 pela Editora Record, Lya explica a “vida” com esta comparação:

– A vida é uma longa construção: em geral a enxergamos como deterioração. Não conseguimos apreciar o outro lado, que é acúmulo, experiência, serenidade, mínima sabedoria, mais tempo, quem sabe mais bondade. Construção de emoções positivas, com porões de tristezas e um sótão de decepções, mas a sala e os quartos arejados, com portas que podemos abrir para que se revele o que ainda virá em seguida e vai se desdobrar. Isso é o que “a gente decide”. Fatalidades à parte, somos senhores de algumas cenas do espetáculo chamado vida, podemos modificar algumas falas, interferir no roteiro, escolher o personagem que somos e com quem desejamos contracenar. Tudo isso, até certo ponto, pois as circunstâncias, a família de origem, as opções posteriores, até o lugar onde vivemos têm seu peso, e não é pequeno.

A criação desta nossa jornada para o “autoconhecimento” foi dedicada à Lya Luft, com estas minhas palavras (mensagem 001):

Que bom que você veio ao nosso primeiro encontro. Ao encontro com a essência existencial do nosso “EU” interior. Ao encontro com a sensibilidade das nossas almas. Este espaço virtual é dedicado à escritora Lya Luft porque, com a leveza do seu humanista estilo literário, mostra-nos matizes significativas do nosso viver, sempre com o mesmo encanto da beleza e suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.

Estou surpreso com o resultado alcançado (mensagem 342). Em sessenta países já foram semeadas a “sabedoria de viver” de Lya Luft, com estas quarenta e seis mensagens (002, 004, 005, 006, 008, 009, 010, 012, 013, 015, 016, 017, 018, 021, 022, 027, 035, 037, 042, 055, 063, 067, 076, 085, 089, 094, 106, 110, 118, 121, 123, 124, 130, 138, 153, 163, 168, 175, 185, 186, 246, 250, 253, 258, 270 e 316).

Termino esta mensagem com este “sentir” do filósofo grego Epicuro (341-270 a.C.):

É impossível viver uma vida agradável sem viver de maneira sábia, honrada e justa, e é impossível viver de maneira sábia, honrada e justa sem viver de maneira agradável.

Mas não se esqueça:

Notas:
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2.Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br .
3.O vídeo desta mensagem foi reproduzido do YouTube.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(345) Sentindo nas contemplações artísticas, uma das nossas fontes de “autoconhecimento”. (Parte Final da 343)

NÃO VEMOS AS COISAS COMO SÃO, VEMOS AS COISAS COMO SOMOS.”

São palavras da escritora francesa Anaïs Nin (1903-1977). Sob uma perspectiva subjetiva da motivação deste nosso encontro, o “sentir” de Anaïs mostra-nos, em uma fusão de significados simbólicos, a relação de interação que existe entre o “contemplado” e o “olhar” do observador. Explico: Em toda interação humana nós projetamos, também de modo inconsciente, muitas das nossas subjetivas necessidades de completudes. É quando a representação artística, já materializada, se apresenta para nós como fonte de “autoconhecimento”. Reforço: Como se fosse uma “janela aberta” que espelha as imagens da alma do seu criador, em sintonia de integração com o “gostar” de quem aprecia. Gosto
destas declarações:
1. Da desenhista e pintora Maria Luiza Kozicki, de Curitiba-PR: “ Quero pintar o que não conheço, o mistério, o imaginário, o enigmático.”
2. Da artista plástica Annarrê Smith, que possui graduação e pós-graduação em filosofia, pela PUC de são Paulo: “Faço o trabalho que me faz.”

Reproduzidos dos seus Cursos de Estética, realizados em Berlim entre 1820 e 1829, peço a sua atenção para estes ensinamentos de Georg Hegel (1770-1831), considerado o mais famoso filósofo da Alemanha na primeira metade do século XIX (“O Belo na Arte”, Editora Martins Fontes, São Paulo, 1996, tradução de Orlando Vitorino, que recomendo a leitura. Redação original mantida, e por mim resumida):

Hegel, estudando as relações entre o “belo artístico” e o “belo natural”, considerava superior o das artes porque a sua origem é espiritual. Para ele, “o belo produzido pelo espírito é o objeto, a criação do espírito, e toda criação do espírito é um objeto a que não se pode recusar dignidade”. (p.4)

Quando é subjetiva a natureza dos objetos, quer dizer, quando os objetos existem no espírito, não fazem parte do mundo material sensível, sabemos que existem no espírito como produtos da própria atividade espiritual. (p.6)

Temos na arte um particular modo de manifestação do espírito. (p.9)

As obras de arte brotam da atividade livre da imaginação, mais livre do que a da natureza. (p.15)

Despertar a alma: este é, dizem-nos, o fim último da arte, o efeito que ela pretende provocar. (p. 32)

A obra de arte é um meio com o qual o homem exterioriza o que ele mesmo é. (p.50)

O sensível está, na arte, para o espírito, mas o objeto da arte não é, como na ciência, a ideia, a essência, a natureza intima deste sensível. (p.57)

O espiritual e o natural formam um todo indivisível, e nisso consiste a singularidade da obra artística. (p.60)

Se se quiser marcar um fim último à arte, será ele o revelar a verdade, o de representar, de modo concreto e figurado, aquilo que agita a alma humana. (p.71).

Notas:
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(344) Sentindo nas contemplações artísticas, uma das nossas fontes de ‘autoconhecimento”. (Parte II da 343)

OS ESPELHOS SÃO USADOS PARA VER O ROSTO. A ARTE PARA VER A ALMA.”

São palavras do dramaturgo, crítico literário, ensaísta e romancista irlandês, George Bernard Shaw (1856-1950), laureado com o Prêmio Nobel de Literatura de 1925.

Terminei a primeira parte deste nosso encontro convidando você para conhecer, em todas as manifestações de arte, a contemplação do “BELO” como fonte de “autoconhecimento” (mensagem 343). Diferente de um simples olhar, todo “contemplar” parece exercer, em nós, uma espécie de atração de necessidades de “mais atenção“, de “mais concentração“, em nossas vinculações existenciais de “admiração” e de “aproximações humanas”. Resumindo: Em todos os sentidos [principalmente como acontece, com mais frequência, em nossos relacionamentos], a “contemplação humana” favorece descobertas de “atração” com essência subjetiva de integração “pessoal” e “espiritual”. Quanto à “contemplação na natureza, gosto deste “sentir” do neurocientista António Damásio:

QUANDO OLHAMOS PARA O MAR, NÃO VEMOS APENAS O AZUL DO MAR, SENTIMOS QUE ESTAMOS A VIVER ESSE MOMENTO DE PERCEPÇÃO.

A motivação desta mensagem [repito] recomenda a nossa atenção para as “contemplações artísticas”, porque são fontes de “autoconhecimento”. Isto porque quando apreciamos algo, subjetivamente transmitimos [inclusive, também, para nós mesmos] significados da linguagem interior do nosso “sentir”, da nossa “Sensibilidade da Alma”.

O que, em nós, acontece com as nossas exteriores interações existenciais de realidades, é assim explicado pelo médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo, na sua análise literária da novela “A morte de Ivan Ilich, de Lev Tolstói, publicada em 1886:

– Para a Psicologia Analítica, “alma” é um conceito que define o modo como o EU se relaciona com o mundo interior, enquanto “persona” determina o modo com que esse mesmo EU se relaciona com o mundo exterior.
O homem, em seu desenvolvimento, constrói um mundo interior que fala a linguagem dos símbolos e, por meio deles, relaciona-se com a natureza que nos habita e às suas exigências. Como o mundo externo que compartilhamos faz-nos reféns da razão e nos impede de ouvir os “murmúrios” da natureza que nos torna singular, muitos acabam seguindo o ritmo frenético dos “gritos” produzidos nesse mundo e se conduzem como manadas interessadas em realizar seus desejos ambiciosos de chegar ao sucesso em detrimento da alma.

Complemento com este entendimento do psicanalista clínico, Paulo Velasco, referindo-se ao que ele chama de “nosso cérebro em harmonia”, no seu artigo “Máquina Fascinante”:

– Todos os estudos e observações sobre o assunto comprovam que, se não existisse o cérebro, não haveria som, cores, luminosidade, a harmonia da música, enfim, tudo seria um imenso e eterno vazio. Nos diversos acontecimentos em que você vê, ouve e sente, sua sensibilidade repercute no seu exterior. Porém, a maneira como você percebe, reage e compreende esses fatos surpreendentes é, nada mais, a legítima criação do seu cérebro, ou seja, a mais admirável e sofisticada produção divina na vida dos seres humanos.

Certo é que somos nós que projetamos “para nós mesmos” [mais vezes, de modo inconsciente], as nossas interiores “necessidades de preferências” e, também como acredito, de “necessidades de harmonização espiritual”.

Dedico esta mensagem à Gal Costa porque, com as suas primorosas interpretações, encanta a sonoridade de belas imagens das nossas vidas.

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(343) Sentindo nas contemplações artísticas, uma das nossas fontes de “autoconhecimento”. (Parte I)

EM ARTE, PROCURAR NÃO SIGNIFICA NADA. O QUE IMPORTA É ENCONTRAR. EU NÃO PROCURO. DESCUBRO.

São palavras de Pablo Picasso (1881-1973). Mesmo desconhecendo a subjetividade da sua motivação, mais uma vez será enriquecida esta nossa caminhada para o “autoconhecimento” (mensagens anteriores: 174, 272, 276, 290, 293, 309 e 323).

Picasso, com a genialidade manifestada em suas criações artísticas, ensinou: Tudo que você puder imaginar é real.

Vejam o que acontece quando transformamos em imagens, as palavras escolhidas para iniciar este nosso encontro (ligue o som):

Agora ficou muito mais fácil [não imaginar], mas “sentir” a magia desses “DESCUBRO” de Picasso, por mim definidos como sendo “ Inspiração de Origem Divina“. Explico:

1. Platão e Aristóteles já preconizavam a beleza como sendo uma “virtude moral”. Kant sugeria que um objeto era belo, quando satisfazia um “desejo desinteressado” . Em seguida complementava: “Os fundamentos da resposta do indivíduo à beleza, existem em sua estrutura de pensamento”.

2. No final do século XIX outros filósofos alemães, como Friedrich Hegel, Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, rompendo essa linha de evolução sobre o “entendimento do belo”, sustentavam: “A arte é a realização plena da vida, podendo qualquer experiência gerar algo belo”.

3. Considerado um dos artistas mais originais do século XX, Paul Klee concebia a realidade artística “totalmente diferente da observação da natureza”. Durante toda a sua carreira, se dedicou à “busca do ponto de encontro entre realidade e o espírito”.

4. Toda obra de arte é sentimento, é emoção (do latim “emovere” – “o que se move”). É o sentimento, a emoção, presentes na essência da obra de arte, que definem o dinamismo criador do artista”, repercutindo no espectador “o movimento que provoca novas combinações significativas entre suas imagens internas”. Portanto, nós precisamos entender uma obra de arte através dos nossos sentidos e não como sendo o resultado de uma ideia de imagem preconcebida do artista que a idealizou.

5. A dinâmica da percepção visual de toda manifestação de arte efetiva-se de modo inconsciente e emerge de estímulos inconscientes de preferências, que variam de acordo com os nossos graus de sensibilidade artística.

6 A percepção visual da imagem de um objeto de arte, tem que ser assimilada de forma global de um sublime “todo harmônico”.

7. O mecanismo de experiência visual estimulado pela harmonia de uma obra de arte, provoca no observador um estado de satisfação interior que será vivenciada de acordo com os nossos parâmetros, conscientes e inconscientes, do que aceitamos como “belo”.

Resumindo este meu “sentir” a plenitude da arte de Picasso“:

Toda manifestação de arte é sentimento. Deve ser por nós concebida com o equilíbrio da estrutura de um “todo harmônico” que enseje o surgimento de um elo de ligação com a essência subjetiva das matizes estéticas das nossas realidades interiores.

Espero você no nosso próximo encontro, quando vamos conhecer a contemplação do “BELO” como sendo uma das nossas fontes de “autoconhecimento”.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(342) Sentindo o crescimento da nossa caminhada para o “autoconhecimento”.

PELA PRIMEIRA VEZ ESTOU SENDO INFORMADO SOBRE ESTES NÚMEROS DE VISUALIZAÇÕES:

Brasil 21.918, Estados Unidos 3.604, Portugal 485, Argentina 322, Canadá 53, China 49, Angola 35, França 33, Hong Kong, RAE da China 32, União Europeia 27, Itália 23, Moçambique 17, Reino Unido 16, Suíça 13, Espanha 13, México 11, Alemanha 10, Irlanda 8, Japão 8, Colômbia 8, Países Baixos 8, Chile 6, Noruega 5, Paraguai 5, Filipinas 5, Coreia do Sul 4, Singapura 4, Austrália 4, Bélgica 3, Suécia 3, África do Sul 3, Cabo Verde 3, Uruguai 3, Croácia 2, Luxemburgo 2, Tchéquia 2, Rússia 2, Camarões 2, Malta 2, Índia 2, Equador 1, Namíbia 1, Bósnia e Herzegovina 1, Estônia 1, Polinésia Francesa 1, Ucrânia 1, Polônia 1, Israel 1, Emirados Árabes Unidos 1, Indonésia 1, Tailândia 1,São Tomé e Príncipe 1, Costa do Marfim 1, Arábia Saudita 1, Nigéria 1, Costa Rica 1, Suldão 1, Sérvia 1, Turquia 1 e Peru 1.

Emocionado, agradeço a todos vocês.

(341) Sentindo a subjetividade do tempo, projetada em nossos anseios de realidades futuras.

O futuro não é distante, sua mente o aproxima constantemente através de projeções imaginárias, e seu corpo precisa responder da melhor maneira possível a esse apelo, porque se ficar sem resposta, a decepção se avoluma.

São palavras do astrólogo Qscar Quiroga, no seu horóscopo publicado na edição do dia 22 de janeiro do jornal Correio Braziliense. Nesta sua quadragésima primeira participação, Quioga volta a enriquecer a nossa caminhada para o “autoconhecimento” referindo-se à ilusória passagem do tempo em nossas vidas. Como entendo, a sensação desse condicionante “fluir de temporalidade” deve ser por nós vivenciada como sendo uma natural “necessidade existencial” que, inclusive, influencia as crenças e os comportamentos dos seres humanos. Nesse sentido, esclarece Daniel Medeiros, doutor em Educação Histórica, pela UFPR, no seu interessante artigo “Um ano para a História”, publicado na edição nº 158 da Revista “humanitas, da editora Escala:

O TEMPO PASSA E PERCEBEMOS POR QUE DEIXAMOS NOSSAS MARCAS PELO CAMINHO, COMO O NÁUFRAGO NA ILHA DESERTA QUE VAI RISCANDO A PEDRA PARA EVITAR ESQUECER QUE FOI ESQUECIDO PELO MUNDO.

Em seguida, sobre os nossos “desejos futuros”, complementa de modo conclusivo:

Freud já lembrava, em seu Luto e Melancolia, a importância de deixarmos o tempo atuar sobre nossas energias psíquicas até que elas resolvam aceitar a perda do objeto de desejo e voltar-se para o outro, pois sempre há um objeto de desejo largado por aí, nesse mundão.

Qualquer abordagem sobre o “tempo” será incompleta sem o pensamento dos estoicos, que defendiam a ideia de que somente o “tempo presente” possui existência. Explica o filósofo Angelo P. Campos, da Universidade Federal de Minas Gerais:

– [Para eles] noções como “passado” ou “futuro” representam quimeras inalcançáveis que nos afastam da razoabilidade. Nada há a se agarrar ao passado, nada há a esperar do futuro, cabendo ao estoico a suportação e a resistência aos dissabores (assim como aos sabores) dos acontecimentos.

Gosto deste “sentir” de <Epicuro (341-270 a.C.), associando ao “tempo” o nosso “estado de felicidade”:

– As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.”

O filósofo Immanuel Kant (1724-1804), sobre a nossa consciência de tempo defendia:

– Para que algo exista, deve ser determinável no tempo, isto é, devemos ser capazes de dizer quando ele existe e por quanto tempo. Mas como isso funciona no caso da consciência? Embora a consciência pareça estar mudando constantemente com um fluxo contínuo de sensações e pensamentos, podemos usar a palavra “agora” para nos referirmos ao que está acontecendo neste momento em nossas consciências. Mas “agora” não é um tempo ou data determinada: toda vez que digo “agora“, a consciência é diferente.

Ensina o historiador alemão Reinhart Koselleck (1923-2006), no seu livro “Passado Futuro”, 2006, p. 305, Contraponto, Ed. PUC-Rio:

– [Precisamos] pensar sobre o tempo na contínua articulação entre passado, presente e futuro. O passado carrega sentidos e saberes que podem contribuir com a experiência presente; o presente provoca inquietudes que levam à releitura do passado; já a projeção do futuro norteia a construção de projetos, potencializando ações do presente.

Chegamos ao final deste nosso encontro. O meu “tempo futuro” é uma abstração de imprevisibilidades, modelada pelos meus sentimentos de “esperança”, de “acreditar”, mas sempre com determinação e essência de “Espiritualidade Superior“.

Termino esta mensagem com estas palavras de “Albert Einstein (1879-1955):

A DISTINÇÃO ENTRE PASSADO, PRESENTE E FUTURO É SÓ UMA ILUSÃO, AINDA QUE PERSISTENTE.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link para os efeitos da Lei n. 9610/68, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2. A citação do filósofo Angelo P. Campos foi reproduzida da Edição n. 139 da Revista Humanitas, da Editora Escala. A do filósofo Immanuel Kant, do “O livro da Filosofia”, da Editora Globo.
3. Havendo neste espaço virtual qualquer citação que seja contrária à vontade dos seus autores, será imediatamente retirada após o recebimento de solicitação em “comentários”, no final desta mensagem ou para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(340) Sentindo a subjetividade, nas necessidades de mudanças em nossas vidas.

COMO FAZER PARA QUE SEUS ANSEIOS TENHAM CABIMENTO NA REALIDADE COTIDIANA? FAÇA DISSO O DESAFIO MAIOR PARA OS PRÓXIMOS TEMPOS, PORQUE A ALMA ENXERGA PANORAMAS QUE, POR ENQUANTO, NÃO TERIAM CABIMENTO NA REALIDADE.”

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, em uma das previsões do seu horóscopo publicado na edição do dia 15 deste mês, do jornal Correio Braziliense.

A vida nos oferece sucessivas oportunidades de experiências, algumas desejadas, outras não. O filósofo Heráclito de Éfeso (c.535-475a.C) defendia que “tudo é um permanente fluir de estados de mudanças”, sendo muito conhecido este seu “sentir”: “Ninguém se banha duas vezes, na mesma água de um rio.” Resumindo: Tudo é mutável.

Respondo a pergunta feita por Quiroga, com apenas duas palavras: “FAVORECER” e “ACREDITAR“. Quanto ao “desafio” por ele recomendado, não me parece que a força interior do “AREDITAR” nos nossos “ANSEIOS” fique condicionada às futuras imprevisibilidades. Em nossas vidas o sentimento de “ACREDITAR“, nos foi ensinado para perpetuar na passagem ilusória do tempo.

Sendo muitos os anseios humanos de mudanças, pergunto para você neste nosso primeiro encontro de 2023:

COMO DEVEMOS ENTENDER A SUBJETIVIDADE, EM NOSSAS NECESSIDADES E DESEJOS DE MUDANÇAS?

“Sentir”, querer explica para si mesmo a percepção subjetiva do nosso mosaico sensorial e emocional, é prática de “autoconhecimento”. Essas buscas são personalíssimas. Só nós pertencem. Mas em muitas situações podem ser facilitadas por acompanhamentos terapêuticos.

“Conhecer a si mesmo”, como acredito, também ajuda compreender o sentido da nossa existência. São descobertas subjetivas que sempre devem ser consideradas quando desejamos mudar o nosso viver. Talvez tenha sido essa subjetiva espécie de conexão entre o conhecimento da nossa “interioridade” e o “existir humano”, que no passado tenha influenciado o líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) recomendar “que todos nós, em nós mesmos, devemos espelhar as mudanças que queremos para o mundo.” Complemento com esta explicação do escritor e consultor organizacional Eduardo Shinyashiki, no seu artigo “Objetivos definem rumos”, publicado em outubro de 2013, na edição 94 da Revista PSIQUE da Editora Escala:

– Os objetivos são desejos, aspirações e sonhos colocados no futuro, pois uma pessoa consegue se projetar no tempo. Ela é capaz de ver a situação do presente e imaginar como poderia ser no futuro. (…) Um dos maiores desafios do ser humano é definir uma visão de médio e longo prazos em relação aos seus quereres. Muitas vezes, a pessoa, seja no contexto pessoal ou profissional, quer resultados imediatos e não consegue visualizar o alvo a ser conquistado nem a percepção dos passos e do tempo necessários para concretizar o que se quer. Além de não ter claro o próprio projeto de vida e onde o trabalho entra nesse projeto, infelizmente muitas pessoas passam de uma ação a outra sem ter clara a direção e o real significado. Na verdade, a falta de autoprojeção no futuro comporta ações sem resultados, gerando confusão e estresse.

Acrescento o meu convencimento de que, em nossas vidas, tudo parece já ter o seu tempo determinado para acontecer ou ser “desperto em nós”. Quero que você “descubra”, “avalie”, e, principalmente, “ACREDITE” nos seus desejos de “MUDANÇAS” porque, como ensina a psicóloga Daniele Vanzan, especialista em Psicologia Jurídica:

Quando falamos em mudança, falamos da transformação do que é para o que se quer ou precisa vir a ser. A única forma de modificarmos o que não nos satisfaz no mundo exterior é modificar a maneira que lidamos ou reagimos com aquele desconforto.

Termino esta mensagem, com este belo e poético “sentir” da nossa conhecida escritora Adélia Prado, romancista e contista ligada ao Modernismo:

– “De vez em quando Deus me tira a poesia. Olho pedra, vejo pedra mesmo. O mundo, cheio de departamentos, não é uma bola bonita caminhando solta no espaço.”

Notas:
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2. Havendo neste espaço virtual qualquer citação que seja contrária à vontade dos seus autores, será imediatamente retirada após o recebimento de solicitação em “comentários”, no final desta mensagem ou para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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