(369) Sentindo a necessidade de conhecer os mistérios da nossa consciência.

A experiência consciente, embora seja um estado mental passível de explicação por quem tenha experimentado uma determinada sensação, não é algo que se deva generalizar, já que ela possui um caráter qualitativo subjetivo, variando de acordo com cada pessoa ou situação.

São palavras de Daniel Borgoni, doutor em filosofia pela Universidade Federal de São Paulo -UNIFESP, no seu bem fundamentado artigo sobre os mistérios da consciência, publicado na edição 48 da Revista Filosofia, da Editora Escala. O enfoque principal desse artigo são as buscas de respostas pela Filosofia da Mente, sobre as nossas “experiências conscientes”. Há muito tenho interesse em querer entender como, por exemplo, de modo consciente podemos explicar para nós mesmos, a percepção de uma ainda desconhecida [ou parcialmente conhecida] manifestação da nossa subjetividade interior. Como acredito, talvez seja por isso que nesta jornada para o “autoconhecimento”, repetidas vezes tenho afirmado que nós precisamos “significar” os nosso sentimentos, as nossas emoções e, portanto, os resultados sensoriais e subjetivos de todas as nossas buscas de interiorização.

Daniel Borgoni analisa, em detalhes, o que ele chama de caracteres “qualitativos subjetivos” das nossas experiências conscientes, que são acessíveis a partir de um ponto de vista em primeira pessoa (ou seja, só por quem está tendo a experiência): Exemplifica: “Se eu e você estivermos sentindo dor em nosso segundo molar direito da arcada superior, mesmo que o dentista nos diga que isso se deve a uma inflamação de canal e que algum escâner mostre-nos que a área afetada é a mesma, ainda assim, não podemos afirmar que estamos tendo a mesma sensação de dor, na medida em que o caráter qualitativo de cada dor parece ser apreendido por uma só perspectiva, ou seja, a sensação de dor aparece de um modo específico somente a quem a está experienciando.”

Agora vejam que importante questionamento de Daniel, para a nossa jornada de buscas de “autoconhecimento”:

– […] a consciência tem uma particularidade que não se verifica nas outras coisas e fenômenos do mundo: a subjetividade. Assim, se a consciência tem características qualitativas intrínsecas (os qualia) que só podem ser apreendidas subjetivamente e, portanto, inescrutáveis sob um ponto de vista de terceira pessoa, como conciliar a objetividade das explicações científicas com a subjetividade da consciência se, de acordo com Paulo César Coelho Abrantes, que é doutor em Filosofia pela Université Paris, “essa objetividade resulta justamente, da tentativa de eliminar tudo que seja relativo a um determinado ponto de vista”.

Trata-se portanto de um tema complexo, que trago para este nosso encontro porque sempre despertou o interesse das neurociências e da filosofia da mente. Para você, meu seguidor, o que desejo com esta mensagem é somente mostrar que todos somos “seres únicos”, possuidores, e consciente da nossa subjetiva “realidade psíquica” que, portanto, só nos pertence.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total, por qualquer forma, meio ou processo eletrônico dependerá de prévia e
expressa autorização, com indicação dos créditos e links, para os efeitos da Lei 9.610/98 que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(368) Sentindo com o nosso tempo, o passar do tempo.

“A transformação do passado em futuro não segue necessariamente esse sentido, porque o futuro existe, é real e tão determinante quanto o passado, em muitos casos se apresentando e transformando o passado com sua presença.”

“O futuro, necessariamente, pouco se parece ao seu passado, e por isso é necessário que você solte as amarras que prendem sua alma a como as coisas eram feitas sempre. Nada mais será como antes, o futuro está aberto.”

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, em duas previsões do seu horóscopo divulgado em 20/04/2024. Esta é a sua quinquagésima primeira participação em nossa jornada para o “autoconhecimento”, motivada pela subjetividade das suas interpretações sobre as influencias dos astros em nossas vidas. Recentemente ele também se referiu ao “futuro” (mensagem 365). Agora vejam a introdução de Quiroga, seu horóscopo do dia 04/12/2023:

Futuro e passado.
O futuro é tão real e determinante quanto o passado, mas nos relacionamos com o futuro da mesma forma com que nos relacionamos com nossa própria alma, pressentimos sua realidade, mas não nos convencemos totalmente de que essa experiência seja tão real quanto a do passado, sobre o qual temos as provas que a memória oferece.

No entanto, até a memória pode ser ressignificada, afinal, é para isso que as terapias psicológicas existem, e comprovam ser possível modificar nossa relação com o passado, o que, na prática, resulta em que o passado não é mais consistente do que o futuro, o qual, por sua vez, se nos apresenta antes de acontecer, como pressentimento, nas vezes em que começamos a pensar em alguém que é improvável encontrar, mas no decorrer do dia ou em pouco tempo, o encontro acontece.

Concordo com Quiroga porque, de acordo com a minha percepção, essa nossa sensação “abstrata” e “subjetiva” de temporalidade é preciosa fonte de “autoconhecimento”, principalmente por ser, em sua essência, “atemporal”. Logo, a qualquer momento, todos nós podemos “significar” a ilusória passagem do tempo em nossas vidas [seus eventos desejados ou não por nós] e também “ ressignificar“, para nós mesmos, o fluir existencial da nossa história de vida. Vejam estes exemplos que selecionei para você:

Clarice Lispector: “A saudade é a prova de que o passado valeu a pena.”; “Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades.”, “O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.”; Lya Luft: “Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu.”; Mário de Andrade: “Passado é lição para refletir, não para repetir. Heródoto: “Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro.”; Charles Tocqueville: “Quando o passado não ilumina o futuro, o espírito vive em trevas.”; Mario Quintana: “O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente.”; Fernando Pessoa: “Amor não se conjuga no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente.” e Confúcio “Se queres prever o futuro, estuda o passado.”

O que todos nós precisamos fazer, inclusive com sentimento de gratidão, é poetizar nossas vidas. Gosto deste poema do escritor moçambicano, Mia Couto:

Identidade
Preciso ser um outro
para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta

Sou pólem sem insecto

Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro

No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço”

Espero você no nosso próximo encontro.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(367) Sentindo a necessidade de um sentido em nossas vidas.

Há muito estou convencido de que todos nós somos “seres transcendentes”, de origem “transcendente”, e que estamos ligados, conectados a uma “Totalidade Maior” porque temos uma “consciência transpessoal” e “espiritual” que em todos os momentos do nosso existir, precisa estar desperta em nós. Para “Jung “o mundo, tanto por fora como por dentro, é sustentado por bases transcendentais, é algo tão certo quanto a nossa própria existência” (OC 14/II, § 442). Certamente está se referindo, principalmente, à “transcendência da nossa psique”! (assim entendo)

Prestem atenção nesta explicação de Brigitte Dorst, professora de Psicologia, psicanalista e psicoterapeuta junguiana, com consultório em Münster, na Alemanha, que encontrei no seu precioso livro “C.G.Jung – Espiritualidade e Transcendência” (publicação da Editora VOZES, com tradução de Nélio Schneider, que recomendo a leitura):

– Uma enfermidade que ameaça a vida, como, por exemplo, o câncer, leva muitos atingidos a submeter sua vida a um exame. A doença impõe limites à possibilidade de planejar sua própria vida, muda prioridades. Ela pode ser entendida como um chamado especial da vida para mudar a valoração do que é importante e do que não é importante e levar a pessoa perguntar criticamente pelo sentido do seu próprio modo de viver.

Complementa, referindo-se ao seu livro Lebenskrisen (numerei):

1. Justamente em crises da vida, nas situações de transição e nas rupturas da vida, em perdas repentinas de uma pessoa querida ou no diagnóstico de doenças que ameaçam a vida, irrompe a pergunta pelo sentido. As crises andam de mãos dadas com sentimentos de abandono existencial, impotência e ameaça.

2. Golpes do destino e acontecimentos que mudam repetinamente a vida, bem como a incapacidade de dar conta deles com seus próprios recursos, frequentemente constituem o motivo pelo qual as pessoas buscam auxílio e acompanhamento terapêuticos.

3. Na análise e na terapia também afloram temas religiosos e perguntas pelo sentido. O trabalho terapêutico toca a esfera das perguntas existenciais básicas e, por conseguinte, exige de ambos, terapeuta e paciente, que se envolvam com essas questões. É o que enfatiza Ingrid Riedel: “O que distingue [..] a psicologia junguiana de todas as demais correntes e caracteriza o lugar especial que ela ocupa na psicologia profunda é o fato de ter seu centro de gravidade onde se trata da busca de sentido e da pergunta pelo sentido.

4. A temática religiosa – esse sempre foi o entendimento de Jung – é inerente ao processo de análise e ao processo de individuação terapeuticamente acompanhado.

5. Quando se trata de cura na terapia, quando se trata de recuperar a saúde do ser humano, o espaço de experiência da terapia precisa estar aberto para o numinoso, para a busca do sentido e para todas as questões espirituais e religiosas que são inseparável de sua existência humana.

Vejam que bela conclusão da Psicóloga e psicoterapeuta junguiana Brigitte Dorst [que volto a recomendar a leitura do seu livro acima citado]:

A BUSCA POR SENTIDO, POR UMA BASE DE SUSTENTAÇÃO, É ENTENDIDA NA PSICOLOGIA ANALÍTICA COMO UMA PROFUNDA NECESSIDADE “A PRIORI” DO SER HUMANO.

Agora prestem atenção: Se você conhecer alguém que esteja acometido de uma doença grave; que esteja desanimado; passando por dificuldades; sem esperanças; perdendo o sentido da vida; e sem poder ter um acompanhamento terapêutico (ou de outra natureza), fala para essa pessoa que esse “sentido da vida” está “DENTRO DE TODOS NÓS“, no nosso “ACREDITAR“, porque somos assistidos e estamos espiritualmente conectados a uma “TOTALIDADE MAIOR“, e dela fazemos parte..

Termino este nosso encontro, com estas palavras:

ACREDITE NO SEU DEUS, ELE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ PARA LHE ESCUTAR. COM O NOSSO ACREDITAR, IDEALIZAMOS E MODELAMOS O SENTIDO DE NOSSAS VIDAS..

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(366) Sentindo o poder e os benefícios de mudarmos.

A paz, quietude, conforto e sossego que sua alma busca, essas condições dependem menos das circunstâncias externas, que podem eventualmente ajudar ou atrapalhar, e mais da disposição interior, que você controla“.

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo divulgado no dia seis deste mês. Foram escolhidas para iniciar este nosso encontro, porque mostram para todos nós os benefícios que podemos alcançar com as nossas buscas de interiorização, abstraindo-nos, por vezes, das nossas realidades exteriores. Vejam que Quiroga se refere às necessidades” da nossa “ALMA”. Como acredito nós podemos avaliar quase tudo que acontece em nossas vidas, mas nem sempre temos o poder de controlar e conhecer suas causas. Sempre que possível, devemos “significar“, para nós mesmos, todas as “causas” das nossas experiências e aprendizados de “vida”. Gosto de contar este exemplo de “causalidade”:

– Um jovem e um idoso que conversavam às margens de um rio, foram surpreendidos com uma criança sendo arrastada pela correnteza da água. Pegaram a criança, fizeram massagem respiratória, e salvaram. Pouco depois, outra criança sendo levada nas mesmas condições. Também conseguiram salvar. Quando olharam para trás, viram mais crianças, desesperadas, pedindo socorro. O jovem falou para o idoso: Vamos correndo salvá-las. Respondeu o idoso: Vai você. Eu vou subir até a nascente deste rio, para saber o que está causando tudo isso.

Sobre a sabedoria de, para nós, de “significar” como somos:

Perguntaram a um monge Zen: “O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?”
Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço.
E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?”
Ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço.
Quem fazia as perguntas, ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença.”
O mestre Zen disse: “A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana.

Nossa alma precisa de paz, quietude, conforto e sossego interior!

Pensem nisso.
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(365) Sentindo um ano de mensagens, em nossa caminhada para o “autoconhecimento”.

O futuro é tão real e determinante quanto o passado, mas nos relacionamos com o futuro da mesma forma com que nos relacionamos com nossa própria alma, pressentimos sua realidade, mas não nos convencemos totalmente de que essa experiência seja tão real quanto a do passado, sobre o qual temos as provas que a memória oferece.

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, nesta sua quadragésima nona participação em nossa jornada para o “autoconhecimento”. Foram por ele transmitidas no seu horóscopo divulgado no dia 04 de dezembro do ano passado, com o título “Futuro e passado”. Em seguida Quiroga complementa com esta sua explicação:

– No entanto, até a memória pode ser ressignificada, afinal, é para isso que as terapias psicológicas existem, e comprovam ser possível modificar nossa relação com o passado, o que, na prática, resulta em que o passado não é mais consistente do que o futuro, o qual, por sua vez, se nos apresenta antes de acontecer, como pressentimento, nas vezes em que começamos a pensar em alguém que é improvável encontrar, mas no decorrer do dia ou em pouco tempo, o encontro acontece.

Cada um de nós significamos “tudo” no “tempo” em nossas vidas [no nosso “agora”, no nosso “passado”, e no nosso “futuro”], porque somos nós que criamos, para nós mesmos, as nossas realidades. Gosto deste “sentir” de Fernando Pessoa (1888-1935):

– “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(364) Sentindo em nossas buscas de “autoconhecimento”, a importância do “inconsciente”. (Parte Final)

“O inconsciente é o círculo maior que abrange em si o círculo menor da consciência; tudo o que é consciente tem um estágio prévio inconsciente, enquanto o inconsciente pode permanecer nesse estágio e ainda assim reclamar o valor pleno de uma produção psíquica.”

Que maravilha de explicação! São palavras de Sigmund Freud (1856-1939). Com a sua genialidade, ele preconizou o principal embasamento da teoria psicanalítica, consolidado no sentido de que, acessando o “inconsciente” dos seus pacientes, conseguiria aflorar para a consciência muitas das suas memórias esquecidas e, assim, aliviaria seus sintomas. A respeito, vejam este importante entendimento do médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo, que entendo ser valioso para os profissionais das áreas de saúde:

– O inconsciente pode fazer com que cada momento de nossa vida influencie todos os outros, para frente e para trás. Assim, a intenção no futuro poderá modificar as probabilidades de uma enfermidade. Um simples diagnóstico pode influenciar o curso da doença. Dessa forma, a psicoterapia é um método que nos faz voltar no tempo para alterar o nosso próprio futuro.

Com os ensinamentos de Freud e de Jung, estou plenamente convencido de que, subjetivamente, o nosso “inconsciente” orienta e nos ajuda modelar o modo como, sensorialmente, todos nós “sentimos” as percepções do nosso mundo. Ensina o doutor Carlos São Paulo, diretor e fundador do Instituto Junguiano da Bahia, acima citado:

– Possuímos um eu para nos relacionarmos com o mundo em volta e, também, com aquele outro mundo interno, criado a partir do que vai se organizando com as nossas experiências, misturadas às respostas coordenadas pela nossa constituição biológica.
O mundo externo pode nos envolver em eventos que não atendem às nossas expectativas e nos conduzem a um estado de insatisfação muitas vezes desproporcional ao acontecimento. Essa insatisfação pode nós trazer um sofrimento maior do que deveria, caso não houvesse despertado experiências antigas, situadas em memórias emocionais que, embora sejam acontecimentos diferentes, guardam entre si alguma semelhança.

Complementa o doutor Carlos São Paulo:

– O mundo moderno disponibiliza processos psicoterapêuticos de “insights” que propiciam a possibilidade de compreendermos quando o sofrimento é neurótico (assim chamado aquele que altera a realidade por reagirmos de forma desproporcional aos acontecimentos) e nos ajuda a estabelecer essa relação com o eu mais profundo para percebermos que aquela infelicidade experimentada também aponta para oportunidades disfarçadas e nos lança a um nível de consciência mais acima.

Um dos importantes interesses das neurociências, são os nossos processos conscientes e inconscientes. Selecionei estas observações:

Para o neurobiologista Wolf Singer, diretor emérito do Instituto Max Plank de Pesquisa do Cérebro, “uma infinidade de fatores, ao mesmo tempo conscientes e inconscientes, determina quais são, entre os inúmeros sinais que percebemos, aqueles que chegam a nossa consciência”. (…) Os processamentos conscientes exigem tempo. Portanto, seu mecanismo está perfeitamente adaptado aos momentos em que a pessoa não se encontra submetida a uma restrição temporal, quando ela não tem de levar em conta um número elevado de variáveis, e em que estas últimas são definidas com suficiente precisão para serem objeto de uma análise racional. (…) Parece que os mecanismos inconscientes dependem mais de processamentos paralelos, que permitem que inúmeras assembléias de neurônios, cada uma representando uma solução específica, rivalizem entre si. Depois, um algoritmo “vitorioso” consegue estabilizar a assembléia neuronal na configuração mais bem adaptada ao contexto presente. O resultado desses processos inconscientes se manifesta seja por meio de respostas comportamentais imediatas, seja por meio do que chamamos de “sentimento instintivo” ou “convicção íntima”.

Por sua vez, esclarece o neurologista António Damásio no seu livro, “Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos”, publicação da Editora Companhia das Letras, adaptado para o português do Brasil por Laura Teixeira Motta:

– Os sentimentos envolvem a percepção de um certo estado do corpo e a percepção de um certo estado de espírito. Temos imagens não só de um estado do corpo mas também, em paralelo, imagens de uma certa forma de pensar. (..) Sentir a tristeza não diz respeito apenas ao mal-estar. Diz respeito também a um modo ineficiente de pensar, concentrado em torno de um número limitado de ideias de perda.

Certamente todos nós devemos ter registros pretéritos de significados de muitas das nossas esquecidas experiências de vida que, como acredito, podem ser despertas em nossas buscas de “autoconhecimento”. Foi este meu entendimento que me motivou escrever esta série de mensagens sobre o nosso “inconsciente. Termino, com esta conhecida conclusão de Freud:

A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS É O REAL CAMINHO AO CONHECIMENTO DAS ATIVIDADES INCONSCIENTES DA MENTE.

Pensem nisso.

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2. As citações do médico e psiquiatra junguiano Carlos São Paulo foram reproduzidas das edições 135, p. 67 e 167, p. 33, da Revista PSIQUE, da Editora Escala. Do neurobiologista Wolf Singer, do seu livro Cérebro e Meditação – Diálogos entre o Budismo e a Neurociência, da Editora ALAÚDE, pgs. 107 e 108.
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(363) Sentindo em nossas buscas de “autoconhecimento”, a importância do “inconsciente”. (Parte II)

O INCONSCIENTE É A VERDADEIRA REALIDADE PSÍQUICA.

São palavras de Sigmund Freud (1856-1939). Uma importante e significativa síntese elaborada pela sua genialidade. Também muito importante para a sua época, porque já havia o interesse de outros pensadores que preconizavam a existência de um “mundo inconscosciente”, maior que o da nossa consciente percepção de realidade racional. É quando surgia o “embrião histórico” da Psicanálise, que vai consolidar como sendo o seu principal fundamento, o reconhecimento de serem, em sua maioria, inconscientes os nossos processos psíquicos. O que mais admiro em Freud, foi ele ter formulado toda a sua teorização sobre a “psique humana”. Mas para muitos, repetidas vezes ele dizia: “Poetas e filósofos descobriram o inconsciente antes de mim; o que eu descobri foi o método científico para estudá-lo.”

Começo este nosso encontro, com as seguintes explicações de Fabricio Ribeiro, que possui graduação em Psicologia e Pós-graduação em Psicanálise, e de Paulo Miguel Velasco, psicanalista clínico e professor de psicanálise, reproduzidas do artigo “Do consciente ao inconsciente, de Ricardo Piccinato, publicado na Revista Ler&Saber, da Editora alto astral, em edição dedicada a Freud:

1. O consciente é um lugar mais acessível ao sujeito, onde não é necessário fazer esforço para lembrar ou encadear um pensamento. Contém conteúdos facilmente acessados pela pessoa, quando falamos, sem grande esforço.

2. Mas nosso consciente nem sempre está no comando de nossas ações e emoções. Freud explicou que a consciência faz parte de apenas uma pequena parcela de nossa vida psíquica. Para exemplificar melhor, usou a metáfora envolvendo um iceberg, estabelecendo que o sistema psíquico estaria dividido entre três partes. O consciente é a parte que vemos despontar da água. Então, Freud apresentou outros dois termos: o subconsciente (a parte logo abaixo da superfície) e o inconsciente (que está nas profundezas do oceano e que não conseguimos ver).

3. O pré-consciente são elementos que precisamos de um pouco mais esforço para fazê-los representar a consciência. É como se fosse uma caixa repleta de recordações que, se você puxar da sua memória, vai se lembrar dos momentos em que aconteceram, com quem você esteve, e por aí vai.

Sobre o “pré-consciente, exemplifica Paulo Miguel Velasco:

4. “Incluem lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes, algumas datas comemorativas, além de uma quantidade enorme de outras experiências passadas anteriormente.”

Complementa Ricardo Piccinato:

Se o pré-consciente é uma região que contém dados que podem ser acessados a qualquer momento, então as profundezas da mente seriam ocupadas pelo inconsciente. Nessa instância, estão conteúdos que sua consciência não consegue acessar. Parece um lugar bem misterioso e obscuro, certo? Mas é uma parte bem importante do funcionamento de nossa mente, segundo Freud.

Espero você no nosso próximo encontro.

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(362) Sentindo em nossas buscas de autoconhecimento, a importância do “inconsciente”. (Parte I)

NOSSO INCONSCIENTE É INFINITO.”
A MINHA CONSCIÊNCIA É INCONSCIENTE DE SI MESMA,
POR ISSO EU ME OBEDEÇO CEGAMENTE
.”

São duas belas e expressivas manifestações do “escutar interior” de Clarice Lispector (1920-1977), referindo-se ao “inconsciente” com a subjetividade da sua noção de “infinitude interminável”. Ao serem escolhidas para iniciar este nosso encontro, lembrei da minha recente leitura do livro, “Diálogos sobre a natureza humana – Perfectibilidade e Imperfectibilidade”, do filósofo Luiz Felipe Pondé, publicado no ano passado pela Editora nVersos. Trata-se de uma bem fundamentada análise sobre a natureza humana, associada à noção de evolução e desenvolvimento contínuo do indivíduo, ou da humanidade como um todo, mas não de uma evolução no sentido adaptativa. Recomendo a leitura e dele peço a sua atenção para estas partes do Capítulo 5 (numerei):

1. Referindo-se à suficiência (ou não) da natureza humana:

Um dos grandes marcadores da discussão sobre perfectibilidade é o tema da autonomia, que está no debate de Agostinho [Santo Agostinho]. Até onde vai essa autonomia, se nós a possuímos, quais são os limitantes dela? No caso da discussão de Agostinho com Pelágio e Eclano, que são os protagonistas, o que limitava essa autonomia era o pecado original. Lembremos que a ideia de pecado original está muito próxima da noção de miasma da Grécia. O miasma, na Grécia, está ligado a alguma história familiar, por exemplo, um erro que algum ancestral seu comete e você carrega para toda vida. Portanto, no debate de Agostinho com Eclano e Pelágio, o limitante é a herança do pecado original, esse miasma do pecado original que todo mundo, sendo descendente de Adão e Eva, teria.

2. Referindo-se a um dos modos de entender limites à autonomia, para além da concepção de pecado original:

Freud, quando teria provado, em suas próprias palavras, que o Eu não é o dono da sua própria casa. Quer dizer, quem seria o dono da casa da consciência senão o Eu? O inconsciente, as pulsões. Então, o Eu teria perdido a condição de senhorio dentro da sua própria casa da consciência.

3. Referindo-se ao “inconsciente” [o principal enfoque desta série de mensagens]:

A partir do ponto de vista do nosso debate, há uma analogia: você tira o pecado, mas aparece outra coisa no lugar para negar a suficiência da natureza humana: não somos plenamente autônomos porque existe um inconsciente, e esse inconsciente, que está fora da autonomia consciente do Eu, impacta diretamente o modo como você pensa. Quando se rastreia essa questão até o passado, já no Romantismo – pois quem inventou a ideia de inconsciente foram os românticos -, aparece ali o limite: as emoções limitam a ação da consciência, o irracional. A analogia: você tira o pecado como limitante, mas aparecem outras coisas.

Nesta nossa jornada para o “autoconhecimento” nunca imaginei que fosse chegar ao número de mensagens já postadas. Pela importância do nosso “inconsciente“, é a terceira vez que apresento em série de mensagens. A primeira, foi sobre autismo (mensagens 216-220). A segunda, sobre o espelhar interior das imagens sensoriais dos deficientes visuais” (mensagens 224-230).

A criação desta nossa caminhada de interiorização não foi apenas concebida de modo consciente. Também foi recebida da minha “sensibilidade da alma”, com as semelhantes e aparentes matizes desta realidade poeticamente colorida por Lya Luft: – “Plantar um bosque na alma, e curtir a sombra, o vento, as crianças, o sossego. Não precisam ser reais. Eu até acho que a realidade não existe: existe o que nós criamos, sentimos, vivemos ou simplesmente Imaginamos.”

Com esta introdução sobre a importância do nosso “inconsciente, espero você no nosso próximo encontro.

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(361) Sentindo em nossos envolvimentos existenciais, a subjetividade dos sentimentos.

“AINDA QUE PAREÇA IMPOSSÍVEL DESCREVER OS SENTIMENTOS, VALE A PENA O ESFORÇO, PORQUE ASSIM SUA MENTE E CORAÇÃO SE CONECTARÃO E APROXIMARÃO. OS SENTIMENTOS SÃO INFORMAÇÕES PRECIOSAS, E SEMPRE MUITO CERTEIRAS.”

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga em uma das previsões do seu horóscopo. Nem sempre os significados subjetivos e sensoriais da essência dos nossos sentimentos, podem ser por nós explicados. Apenas algumas das sensações que sentimos. Tim Maia (1942-1998) repetidas vezes dizia: “Gosto de cantar com sentimentos. Se não transmitir sentimento, não atinge ninguém.” Para a romancista Adélia Prado, “a coisa mais fina do mundo é o sentimento”. O escritor e poeta Alphonse de Lamartine (1790-1869) reconhecia “ser o sentimento a poesia da imaginação.” Para Leonardo da Vinci, “todo o nosso saber começa nos sentimentos.” Clarice Lispector (1920-1977) ensinava: “É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.” – “Os sentimentos são sempre uma surpresa.” – “A saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem.”

Sobre para que servem os sentimentos, explica o neurologista António Damásio no seu livro “O mistério da consciência” – do corpo e das emoções ao conhecimento de si, publicação da Editora Companhia Das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta, pág. 229:

– Alguém poderia argumentar que emoções sem sentimentos seriam um mecanismo suficiente para regular a vida e promover a sobrevivência, que sinalizar os resultados desse mecanismo regulatório não seria necessário para a sobrevivência. Mas não é isso que acontece. Ter sentimentos é extraordinariamente valioso para a orquestração da sobrevivência. (…) A disponibilidade de sentimento também é um trampolim para o desenvolvimento seguinte – o sentimento de saber que temos sentimentos.

No seu mais recente livro, “A estranha ordem das coisas – as origens biológicas dos sentimentos e da cultura” (também publicado pela Companhia Das Letras), Damásio complementa depois de perguntar “se usamos sentimentos para construir nossa individualidade” [numerei]:

1. Sentimentos são as experiências subjetivas do estado da vida, isto é, da homeostase. (pág.35).
2. Os sentimentos nos dizem o que precisamos saber (pág.59). Acompanham a trajetória da vida em nosso organismo, tudo que percebemos, aprendemos, lembramos, imaginamos, raciocinamos, julgamos, decidimos, planejamos ou criamos mentalmente. (pág.119)
3. A ausência completa de sentimentos significaria uma suspensão da existência (…) comprometeria a natureza humana (pág.120).
4. A experiência sentida é um processo natural de avaliar a vida relativamente às suas experiências. (pág.126)
5. O material recordado mobiliza programas emotivos que produzem sentimentos correspondentes e reconhecíveis. (pág.133)
6. Os sentimentos, em si, nunca são memorizados, não podem ser recordados, mas recriados no momento, com maior ou menor fidelidade, para completar e acompanhar fatos recordados. (pág. 165)

Termino o nosso encontro com este “sentir” de Hegel (1770-1831), transmitido nos seus Cursos de Estética, realizados em Berlim entre 1820 e 1829 (publicação da Editora Martins Fontes, ano 1996, com tradução de Orlando Vitorino):

Quando é subjetiva a natureza dos objetos, quer dizer, quando os objetos existem no espírito, não fazem parte do mundo do material sensível, sabemos que existem no espírito como produtos da própria atividade espiritual. (…)
Evocar em nós todos os sentimentos possíveis, penetrar a nossa alma de todos os conteúdos vitais, realizar todos estes momentos interiores por meio de uma realidade exterior que da realidade só tem a aparência, eis no que consiste o particular poder, o poder por existência da arte. (…)
A obra de arte é um meio com o qual o homem exterioriza o que ele mesmo é. (…)
O sensível é objeto de contemplação, de intuição. Enquanto tal, não se dirige ao espírito mas à sensibilidade.

Pensem nisso.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, por qualquer forma, meio ou processo eletrônico dependerá de prévia e expressa autorização, com indicação dos créditos e links, para os efeitos da Lei 9.610/98 que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande a sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br .

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(360) Sentindo a subjetividade de como nos sentimos ser.

Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir.”

São palavras de Clarice Lispector (1920-1977), nesta sua décima primeira participação em nossa jornada para o “autoconhecimento”. Clarice recomendava: “Não se preocupe em entender, porque viver é o melhor entendimento”. Referindo-se “a si mesma”, assim brincava com as palavras: “Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato… Ou toca, ou não toca.” Maravilha!
A subjetiva percepção do “sentir como somos” e, em nossos relacionamentos, a de como os outros “sentem como parecemos ser“, merece a nossa atenção porque, até mesmo de modo inconsciente, muitos de nós criamos um permanente modo de ser e de pensar em que nos identifica como somos para nós mesmos e para todos. Gosto desta síntese do filósofo empirista George Berkeley (1685-1753): “Ser é ser percebido” (Acrescento: por mim mesmo e pelos outros).

No mês passado completamos oito anos de existência desta nossa jornada para o “autoconhecimento”. Emocionado, dedico ao neurocientista, Miguel Nicolelis, em forma de agradecimento e pelo seu incentivo declarado em 2016, na Festa Literária Internacional de Paraty, em entrevista à jornalista Natasha Madov, durante o lançamento do seu livro “Muito além do nosso eu“. Respondendo sobre a história da sua vida, contada no livro, esclareceu:

– Tudo é dependente da história de vida de cada um. Então, para entender a minha teoria, as pessoas precisam conhecer quem eu sou.
Retirei essas considerações de um blog que costumo ler e recomendo ao amigo leitor: sensibilidadedaalma.blog.br. Foi lá também que li: “A intuição é a capacidade de fazer um julgamento sem ter consciência das informações em que se baseia. (…) Em geral, nem sabemos dizer o que nos levou a um juízo específico.”
A essência da Sensibilidade da Alma, de Rubem Alves, está manifesta quando ele se refere à necessidade de humanizar o cientista e, também, ao envolvimento de matizes de subjetividade das nossas vidas em tudo o que fazemos. Transmitindo o “conhecimento interior” de quem somos, conseguimos revestir de significado especial toda a nossa participação voltada para a melhoria do ser humano, em todos os sentidos. Independentemente da nossa dedicação profissional, ninguém deve se distanciar da nossa dedicação profissional, ninguém deve se distanciar do seu “sentir interior” e da subjetividade da sua “natureza existencial”. Certo é que as revelações da ciência são transmitidas de acordo com o “sentir interior” de cada operador do conhecimento humano. Essa regra da essência da nossa comunicação, naturalmente se aplica a todo ramo do saber.
Portanto, vou deixar minha intuição agir de forma que possibilite o encontro entre os meus leitores e os leitores do Edson, autor do blog, aconteça.
E que nossas subjetividades possam se unir possibilitando a criação de um inconsciente coletivo mais sensível.

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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