(190) Sentindo o “renascer espiritual” de Clarice Lispector.

Na data de hoje (no ano de 1977), Clarice Lispector renascia para a sua elevação espiritual, deixando nesta dimensão de vida a beleza interior da sua “Sensibilidade da Alma”.

Neste espaço virtual já reconheci ser diferente e instigante o seu “sentir”, porque toca forte no nosso coração (mensagem 38). Mas foi com a leitura do seu livro “Água Viva” que encontrei esta refinada leveza poética:

– Rosa é flor feminina que se dá toda e tanto que para ela só resta alegria de se ter dado.
Seu perfume é mistério doido (…) Os cravos vermelhos berram em violenta beleza (…)
O crisântemo é de alegria profunda (…).

Nunca vou esquecer deste seu desejo:

– Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma…

Clarice Lispector não se definia, mas se mostrava:

– Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

Certo é que a “finitude humana” não faz nenhum sentido para quem acredita na “imortalidade de alma”.

Termino, com este “sentir interior” de Clarice Lispector:

– A VIDA É CURTA, MAS AS EMOÇÕES QUE PODEMOS DEIXAR DURAM UMA ETERNIDADE.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Video do youtube (“As Águas do Mar/Clarice Lispector”).

Muita paz e harmonia espiritual.

(189) Sentindo o tempo do seu “buscar interior”.

Seja qual for o método de interiorização por você escolhido, o resultado de toda prática individual de “autoconhecimento” sempre será cognitivamente elaborado por uma descoberta. É a descoberta da nossa subjetividade; do “sentir o que nós somos” e não o que acreditamos ser para nós mesmos. É a descoberta de “sintonia interior” que depende apenas do nosso “querer”, em silêncio. É a descoberta de se harmonizar em quietude de paz com sensação de bem-estar. É a descoberta de também se sentir em estado de “elevação espiritual”. São, portanto, as descobertas do nosso “despertar interior” e da nossa “capacidade de transcender”, que podem ser alcançadas por meio de algumas abstrações de influências que recebemos das nossas realidades existenciais (como por exemplo, as da condicionante fluência ilusória da passagem do “tempo” em nossas vidas).

Esta mensagem me foi intuída por este “sentir” do escritor Mia Couto, de Moçambique, no sudeste do Continente Africano, citado pela psicóloga e psicanalista Magda Khouri em entrevista publicada na edição 136 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala:

– Nós não precisamos de mais tempo, mas de um tempo que seja nosso. E nesse tempo que seja nosso, nós temos que encontrar a intimidade com as coisas que nos são próximas, com as pessoas que amamos, isso requer um vagar, um tempo próprio.

Sobre esse “vagar”, ela explica:

– É nesse “vagar” e “nesse tempo que seja nosso” que entra a Psicanálise. O encontro psicanalítico propõe um recuo, um recolhimento para se tentar produzir subjetividade. O descanso do ritmo vertiginoso é a chance de se criar alguma condição para criar o novo, pois a pura inquietação só mantém a pessoa presa em si mesma, numa agitação nervosa, reproduzindo o já existente.

Pergunto para você que está lendo esta mensagem:

– QUAL É O TEMPO DO SEU “ESCUTAR INTERIOR”?

Antes de responder, é preciso entender que qualquer busca de interiorização (autoconhecimento) é um processo pessoal e intransferível que deve ser aprimorado e também pode ser criado por você. Isto porque representa o encontro de “percepção sensória” com a essência interior da sua “individualidade existencial. Nesse sentido, merece atenção este esclarecedor entendimento da psicóloga Luiza Elena L. Ribeiro do Valle, pesquisadora CNPq (HC/FMUSP) com especialidade em Psicologia Clínica:

– O autoconhecimento é a estratégia utilizada em psicoterapia. Conforme o indivíduo consegue se perceber de forma mais consciente, com suas fraquezas e forças, ele se torna mais capaz de aceitar as pessoas e de inteferir no mundo de forma positiva, com resultados satisfatórios, que promove cada vez mais essa interação.

Verifica-se, com facilidade, que os benefícios das descobertas do “autoconhecimento” são exclusivamente seus, só lhes pertencem, dependendo apenas de serem alcançados pela prática permanente do “voltar-se para si mesmo”. O que precisamos é encontrar o nosso “tempo” para viabilizar o nosso “escutar interior”. Cabe ainda reconhecer que a prática de “autoconhecimento” não depende, necessariamente, do nosso “recolhimento”. Esclarece a doutora Magda Khouri, na mencionada entrevista concedida à Revista PSIQUE:

– Na perspectiva psicanalítica são múltiplas as modalidades do ser na solidão. Assim como na história, vemos como o sentimento de solidão tem suas características específicas em cada cultura. Pode ser benéfica a solidão como momento de escuta de si próprio, do silêncio necessário para os processos psíquicos serem elaborados. De certo modo, no recuo do circuito social, também temos a oportunidade de sair de nós mesmos para mergulhar nas coisas do mundo. Entre as várias concepções, há uma outra solidão que é próxima à capacidade de estar só, escrita por Winnicott, que se trata de um modo particular de estar consigo mesmo, podendo usufruir os aspectos criativos dessa experiência. O momento inaugural, segundo o autor, é quando a criança é capaz de brincar só ao lado da mãe. Nessa linha de pensamento, é no brincar que tanto o adulto como a criança “fruem na sua liberdade de criação”.

Estando comprovado por pesquisas da neurociência que o cérebro não faz distinção entre o que é “realidade” e criação da nossa “imaginação”, termino esta mensagem convidando você para pensar sobre esta pergunta:

– DE MODO CONSCIENTE (ANTES DE SER INICIADA QUALQUER BUSCA SENSÓRIA DE “AUTOCONHECIMENTO”), SERÁ QUE PODEMOS “RESSIGNIFICAR” A NOSSA REALIDADE INTERIOR POR MEIO DE “IDEALIZAÇÕES ABSTRATAS” DE MELHORIAS PARA O NOSSO “VIVER”?

Encontre a sua resposta no “tempo” do escritor Mia Couto, e com ele vivencie a plenitude sensória do seu “buscar interior”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(188) Sentindo a necessidade de um “significado espiritual” na sua vida.

Diante das imprevisibilidades do nosso “viver”, cada ser humano interage de acordo com o modo de “sentir” a sua conexão “existencial” e “espiritual” nas nossas realidades (muitas delas, criadas por nós mesmos). Assim, tudo que se apresenta para nós, poderá ou não nos pertencer de acordo com a nossa aceitação. Acredito que esse “aceitar” (no sentido de passar a fazer parte de nós para nos “tornar uno” com tudo o que existe no Universo), favorece a nossa “capacidade de transcender” (mensagem 153). Também é assim que precisamos entender as nossas necessidades de “crescimento espiritual” nesta dimensão de vida. Certo é que temos condições de buscar melhorias para nós a cada momento, a cada “agora” do nosso “existir” e do nosso “sentir”. O sentido da vida é “viver”; mas com sabedoria de “viver” e consolidando a jornada espiritual humana.

O que me inspirou esta mensagem foi esta bela explicação do médico indiano Deepak Chopra, no seu livro “A Cura Quântica”, lançado no Brasil pela Editora BestSeller. Recomendo a leitura para todos que acreditam na expansão da nossa consciência; que desejam conhecer a “inteligência” do nosso corpo vital através de uma visão holística da relação “mente-corpo”, enriquecida pela antiga prática oriental do Ayurveda:

– Cada pessoa é um ser infinito, não limitado pelo tempo e espaço. Para atingirmos além do corpo físico, precisamos ampliar a influência da inteligência. Mesmo quando estamos tranquilamente sentados, cada um de nossos pensamentos cria uma onda no campo unificado. Ela ondula através de todas as camadas de ego, intelecto, mente, sentidos e matéria, propagando-se em círculos cada vez maiores. Somos como uma luz que irradia não fótons, mas consciência. À medida que se irradiam, nossos pensamentos têm um efeito sobre tudo que existe na natureza. (…) Qualquer luz, seja uma estrela ou uma vela, envia suas ondas por todo o campo quântico do eletromagnetismo, indo até o infinito, em todas as direções. (…) Um verso dos Vedas diz: “O que você vê você se torna”. Em outras palavras, a simples experiência de perceber o mundo é que faz de você o que é.

Termino, com este “sentir” de Deepak Chopra:

– “A VIDA ESPIRITUAL É UMA QUESTÃO DE DESENVOLVER OS SIGNIFICADOS.”

Pense e crie para você, o significado espiritual da sua “vida”.

Notas:

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3.Video do youtube (“Ray Charles – Sweet Memories”).

Muita paz e harmonia espiritual.

(187) Sentindo o transformar o nosso “viver” em algo extraordinário.

No filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, o professor Keating (interpretado pelo ator Robin William) aconselha os jovens: – “Aproveitem o agora e façam de sua vida algo extraordinário”. Na vida real, ao saber que estava com Parkinson ele entrou em depressão e se suicidou aos 63 anos de idade.

Pergunto para você:

– COMO PODEMOS TRANSFORMAR A NOSSA VIDA EM ALGO EXTRAORDINÁRIO?

Abstraindo as indesejadas imprevisibilidades do nosso viver (como aconteceu com Robin William), entendo que esse “algo extraordinário” é conquista exclusivamente dependente do modo como devemos interiormente valorar a nossa missão existencial nesta dimensão de vida. É resultado a ser alcançado pela prática de buscas de “autoconhecimento”. Por sua vez, esse estado de conscientização interior (modelador dessa transformação em “algo extraordinário”), precisa ser elaborado por sucessivos “propósitos de vida” que devem estar associados à essência do nosso “sentimento de espiritualidade” (Mensagens: 115, 126, 134, 142 e 174).

O que me inspirou esta mensagem foi a bela abordagem da doutora Michele Müller (especialista em Neurociências e Neuropsicologia da Educação), com o título “MENTE presente”, publicada na edição 131 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala. Dela, destaco o seguinte:

– (…) felicidade é estar no presente”, como definiu o filósofo Alan Watts, um dos grandes difusores do pensamento asiático no mundo ocidental. Estar presente é o requisito para perceber a vida de forma plena e deixar-se maravilhar por ela.

Em seguida, ela reproduziu esta conclusão de Watts:

– Como o que sabemos do futuro é feito apenas de elementos abstratos e lógicos – inferências, palpites e deduções – ele não pode ser degustado, sentido, visto, ouvido ou desfrutado de alguma forma. Persegui-lo é como perseguir um fantasma, um que constantemente nos escapa e quanto mais corremos para alcançá-lo, mais rapidamente ele foge. É por isso que a civilização corre apressada, raramente valoriza aquilo que tem e está sempre querendo mais e mais. A felicidade, então, consiste não em realidades sólidas, mas em algo abstrato e superficial, como promessas e expectativas.

Termino esta mensagem, com este meu “sentir”:

– PARA TRNSFORMAR NOSSAS VIDAS EM ALGO EXTRAORDINÁRIO, BASTA ESPELHAR PARA NÓS MESMOS A ESSÊNCIA ESPIRITUAL DO NOSSO EXISTIR.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo do Youtube (“Carpe Diem”)

Muita paz e harmonia espiritual.

(186) Sentindo o meu sentimento de pesar pela “perda” de André, filho de Lya Luft.

A nossa caminhada teve início em janeiro de 2015, com estas palavras recebidas da minha “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001):

– Este espaço virtual é dedicado à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.

Em seguida, reproduzi esta lição de vida de Cora Coralina:

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Agora, neste exato instante, querendo manifestar o meu sentimento de pesar pela “elevação espiritual” de André Luft (ocorrida ontem em Florianópolis), em silêncio perguntei para mim mesmo:

DAS MATIZES SIGNIFICATIVAS DO NOSSO VIVER, O QUE DIZER PARA A MÃE LYA LUFT?

Pensei no significado da continuidade da vida, assim mostrado por Santo Agostinho em “A morte não é nada”:

A vida continua significando o que significou: continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,
apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho.

Foi quando lembrei deste meu “estado de alma”, em 5 de julho de 2015 (a mesma data da “perda” da minha mãe, no ano de 1976), quando postei a mensagem 050 – “SENTINDO, NESTA VIDA, O “SOPRAR DO VENTO” QUE PERPETUA A ESSÊNCIA DO NOSSO “EXISTIR” -, do seguinte teor:

– Neste espaço virtual estou “descobrindo”, “compondo” e “mostrando” o mosaico do meu “EU” interior. O mosaico da descoberta dos significados do meu “existir”, do meu “pensar” e do meu “sentir” com a “sensibilidade da alma”.
A proposta de criação deste de espaço virtual também está sendo por mim “buscada”, porque as nossas vidas seguem pelas trajetórias das nossas “escolhas”, todas com o mesmo sentido que nós levará para outros “caminhos desconhecidos”. Como o sentido da continuidade oculta do “caminho” da paisagem acima, que será seguido pelo “homem solitário” quando contornar a curva do final “caminho” da sua “caminhada existêncial”.
Pelo fluir do “ciclo da vida” ficamos soltos (e, por vezes, leves), como se fôssemos levados pelos “ventos do destino”, que arrastam as folhas secas caídas no chão. Nesta jornada, como viajantes vindo de outras viagens, precisamos conhecer a bagagem do nosso “EU” interior. Precisamos “sentir” com a “sensibilidade da alma”, que é o “sentir” de todas as “buscas de si mesmo”.
Na minha “caminhada” (com o mesmo “sentido existencial” da sua “caminhada”) não me sinto só, porque todos nós somos partes de um “TODO”, com subjetivas interdependências que explicam em nós (e para nós) as manifestações sensórias de tudo que existe nas realidades das nossas vivências (nesta existência, e em outras transcendentes). Esse sentimento “interação existencial”, emerge da nossa “sensibilidade da alma”. Com ele, tudo se transforma dando origem a “individualidades” que seguem os seus “ciclos de vida”. A respeito, merece atenção esta bela inspiração de Paulo Coelho (fonte: “Manuscrito encontrado em Accra”, lançado pela Editora Sextante): – “Pode uma folha, quando cai da árvore no inverno, sentir-se derrotada pelo frio? A árvore diz para a folha: “Este é o ciclo da vida. Embora você pense que irá morrer, na verdade ainda continua em mim. Graças a você estou viva, porque pude respirar. Também graças a você senti-me amada, porque pude dar sombra ao viajante cansado. Sua seiva está na minha seiva, somos uma coisa só.”

Todos nós podemos ser comparados a essa “folha” caída da árvore. Ambos, temos os nossos “ciclos de vida”, com as suas finalidades existenciais bem definidas: – o da “folha”, sendo responsável pela respiração da árvore, dando a sombra, e colorindo de verde a composição do esplendor da natureza; o de todo “ser humano”, com a sua “missão existencial” contendo preciosas oportunidades de escolhas necessárias e favoráveis ao seu crescimento, em todos os sentidos.
Por sua vez, “nós” e as “folhas” perpetuamos os nossos “existir” através de sucessivos estados de transformações, que representam o “sentido da vida”. Isto porque a vida é o um contínuo processo de evolução “existencial” e de essência “espiritual”. Com o “nascer” e “renascer”, não existe o “fim”. Existe, sim, a eterna plenitude de tudo que “somos” (assim como a “seiva” da “folha” levada pelo força do “vento”, que é a mesma da “arvore” do seu “nascer”, nesta dimensão de “vida”).

Desejo DEUS no coração de Lya Luft e nos de todos que amaram e foram amados por André Luft.

Muita paz e harmonia espiritual.

(185) Sentindo a “Sensibilidade da Alma”” do escritor João Anzanello Carrascoza.

Em todas as nossas interações expressamos o “sentir interior” dos nossos estados emocionais (na alegria, na tristeza, através da escrita, da fala, de um olhar e até mesmo pelo nosso silêncio). Existem pessoas que naturalmente encantam com os seus dons e com as projeções interiores da sua “Sensibilidade da Alma”. Exemplos já citados neste espaço virtual: Andrea Bocelli, tenor (059), Anna Muylaert, cineasta (123), Antonio Cicero, escritor (175), Betty Lago, atriz (043 e 062), Bibi Fereira, atriz e cantora (114), Carminho, cantora portuguesa (036), Charles Einsenstein, escritor (157), Clarice Lispector, escritora (038), Clarice Niskier, atriz (025), Denise Fraga, atriz (054), Domingos de Oliveira, ator e dramaturgo (024), Fernando Brant, compositor (051), Ferreira Gullar, escritor (132), Geraldine Chaplin, atriz (012), João Carlos Martins, pianista (075), Leonard Cohen, escritor (129), Louise Hay, escritora (124), Lya Luft, escritora (063), Marck Nepo, escritor (119); Maria Paula, atriz (031 e 102), Marjorie Estiano, atriz (026); Matheus Nachtergaele, ator (161); Miguel Nicolelis, cientista (091); Morena Nascimento, bailarina (081) e Simone de Beauvoir, escritora e filósofa (039 e 128).

Com esta mensagem vamos conhecer a “Sensibilidade da Alma” do escritor João Anzanello Corrascoza. Ele acaba de lançar o livro “Catálogo de perdas”, pela Editora Sesi-SP, selecionado pelo projeto Rumos Itaú Cultural. Da bela entrevista concedida ao jornalista Gustavo Ranieri, Editor-chefe da Revista da Cultura, publicação da Livraria Cultura, edição 117, destaco o seguinte:

01. Sobre como define a sua escrita:
Carrascoza: Talvez o que faço seja uma literatura de despertamento, de dizer: olha, é bom ver essas coisas que movem nossas existências. O que sobra da vida senão elas? (…) Tudo o que faço traz os aprendizados que tive, porque você acaba sendo escritor trazendo tudo o que você observou, tudo aquilo que você desfrutou também, aquilo que você enfrentou. (…) Por isso que a minha literatura é sempre focando no estarmos aqui, focando neste momento.

Comentário: Reproduzo estas palavras do entrevistador: (…) desde de cedo ele entendeu “o significado do estar agora. Talvez por isso ele certamente esteja a acessar o passado em sua literatura, mas a narrá-lo de forma presente.”

02. Sobre o que subjetivamente representa a perda do outro.
Carrascoza: Perder o outro é perder um pouco de si também, que desaparece e com ele vai junto uma forma de você entender sua própria existência. Você fica sem o ganho dessa presença, uma visão de você por meio de outro, uma mediação de tua existência.

03. Ao ser perguntado se estamos sempre a perder:
Carrascoza. É inevitável. O primeiro instante de sua vida é o instante que você ganhou, mas perdeu também, porque ele vai desaguar no fim. E no fim é a mesma coisa, ao mesmo tempo que se ganha se perde. A morte pode ser a perda, mas, se há crença em uma continuação, é um ganho.

Comentário: Ao conhecer o significado subjetivo desse seu “sentir interior”, lembrei deste “pensar” do poeta inglês T. S. Eliot: “o fim é de onde começamos”/”no meu início está o meu fim”. Para Carrascoza, nem sempre a morte deverá ser considerada uma “perda”, porque, para os que acreditam, a finitude humana é uma continuação e, portanto, um “ganho”. Antes de responder a primeira pergunta da entrevista, ao se referir ao fato de aos 55 anos ser pai de Maria Flor, com ano e meio de idade, Corrascoza declarou que “com ela aprendeu, novamente, que entre perdas e ganhos só uma coisa interessa: viver”. Que sabedoria de vida, para a nossa jornada de evolução espiritual! Pelo fluir do nosso ciclo de vida, o “ganho” do nosso nascer somente também deverá ser uma “perda” (com a inevitável futura e indesejada realidade da chegada da morte), quando não se aceita uma continuidade do nosso “existir”, por sucessivas dimensões infinitas de necessidades de melhorias e evolução espiritual. Gosto do “sentir” de Carrascoza, pelo qual a missão do nosso “viver” (delimitada pelo “ganho” do nascer e a “perda” do morrer) é explicada para nós que acreditamos na “imortalidade da alma”. Esse “sentir” de Carrascoza me parece estar em harmonia com esta definição de “karma” do Dicionário Collins, lançado no Brasil pela Editora Disal: – É “a soma das ações de uma pessoa em uma de suas existências sucessivas, vista como decidindo seu estado na existência seguinte.”

04. Sobre se a morte está de alguma forma tão presente em seus livros.
Carrascoza: Sim, a morte está presente pelo aspecto físico ou, às vezes, ela simbólica. E também é brusca, marcante, muito forte, porque enseja outro ciclo, destina outros rumos para aqueles que estavam vivendo. Então é também uma transformação muito vigorosa, vem realmente para a metamorfose. Isso me interessa assim como o tempo, já que a morte é o limite do tempo. Acho que quase sempre o tempo figura nos meus textos como personagem, ele está ali organizando a história com o narrador ou com personagens secundárias. E, curiosamente, narro muito no presente, porque as coisas estão acontecendo à nossa vista. Então perceba que, no mesmo momento que elas acontecem, nós já estamos perdendo-as. Esse minuto, no momento em que ele se concretiza e a gente o vive plenamente, já é perdido.

Comentário: O que mais me tocou na resposta de Carrascoza, foi ele ter considerado a morte também ser “simbólica”. Acredito que todos nós devemos elaborar para nós mesmos, o nosso significado simbólico.

05. Sobre se as “perdas” citadas no seu novo livro [Catálogo de perdas] são, de alguma forma, parte, mesmo que mínima, de sua memória.
Carrascoza: Acho que a memória, sendo acessada pela escrita ou valendo-se da escrita para buscar o tempo que foi, faz a gente viver esse tempo e o reconstruir por meio de uma sensibilidade da linguagem que a gente não tem mais acesso. Ou seja, o tempo passado é o nosso ganho, a gente o viveu, mas ele ainda faz parte de nós, da nossa existência, se a gente souber conectá-lo por meio da memória. Ao mesmo tempo, a memória é estratégica, porque ela esquece coisas para poder seguir e ao mesmo tempo ela preserva, segura e quer lembrar outras. Então ela age como um editor; o que fica e o que não fica vai constituindo a sua história, a sua escrita pessoal. (…) mas quando escrevo acesso muito o momento anterior que acabei de viver, ou memórias mais distantes minhas ou de outros, próximas ou não, que você acaba descobrindo por informações que relataram a você. Então você tenta plasmar essa história, enfim, tenta embarcar também no que o outro registrou, que está ali no espaço-tempo, e no labirinto da memória que vai ressignificando coisas também, porque ela não dá sentido sempre igual.

Comentário: Considero ser incabível qualquer tentativa de querer comentar essa bela manifestação da “Sensibilidade da Alma” de Carrascoza, sobre a memória acessada pela sua escrita. Apenas complemento sugerindo a leitura da mensagem 058, sobre o nosso respeitado neurocientista (naturalizado brasileiro), Ivan Izquierdo. Em julho deste ano ele foi agraciado pelo Prêmio Internacional para Pesquisa em Ciências da Vida, da Unesco. Foi quando, sobre o nosso processo cognitivo de memória, declarou: “O que se sabe é que ele prioriza sempre a nossa sobrevivência. Primeiro porque não podemos guardar tudo. Sem contar que é preciso esquecer para poder aprender (…).” Com esse comentário, desejo que esta mensagem permaneça na sua memória para favorecer o seu autoconhecimento “existencial” e “espiritual”.

Termino esta mensagem com este “sentir” de Carrascoza, sobre o que é ser escritor:

– Acho que é justamente trabalhar com essa ideia da memória, como uma lembrança de que o tempo todo estamos nos despedindo daqui, o tempo todo estamos indo embora. E uma vez que você está trabalhando com essa lembrança, você está evocando a grandiosidade que parece menor da vida, está mostrando quanto a nossa condição é maravilhosa, ainda que precária, mas é a única que temos.

Notas:

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3. Mensagem autorizada pelo jornalista Gustavo Ranieri, Editor-chefe da Revista da Cultura, uma publicação da Livraria Cultura.
4. Par ler a entrevista completa, acesse o portal da Livraria Cultura.

Muita paz e harmonia espiritual.

(184) Sentindo como manter os nossos relacionamentos.

A nossa “estabilidade emocional” é conquista que poderá ser alcançada pelas práticas de “autoconhecimento”. Dela necessitamos, em todas as nossa interações existências. Nós somos o que “sentimos”. Não somos o que pensamos ser, inclusive para nós mesmos. Para este espaço virtual, os relacionamentos são um dos meus temas preferidos (Mensagens: 098, 111, 112, 122, 133, 141, 145, 160, 162 e 179). É através da harmonização de “respeito” e de “entendimento”, que as comunicações de sentimentos fortalecem e consolidam todos os nossos relacionamentos. Gosto desta explicação da terapeuta familiar Maria Fernanda Bernardes Dias de Oliveira, citada em texto da Associação Palas Athena, especialmente elaborado para a revista BONS FLUIDOS, lançada no Brasil pela Editora ABRIL, publicada na edição 208 de julho de 2016:

– Em cada novo encontro entre seres humanos está implícita a possibilidade de ocorrer o compartilhamento de mundos e histórias, o surgimento de novas ideias e paradigmas, ou seja, o enriquecimento de ambas as partes. Mas as portas para esse novo lugar podem se fechar rapidamente se não há o exercício da empatia (a arte de se colocar no lugar do outro antes de simplesmente julgá-lo).

O que me inspirou esta mensagem foram estas duas previsões do astrólogo Oscar Quiroga, contidas no seu horóscopo publicado na edição de hoje do jornal Correio Braziliense que mais uma vez vem enriquecer este espaço virtual (Mensagens: 097, 122, 149, 152, 153 e 154):

VIRGEM – Os atritos desaparecem, porém, não por artes mágicas, mas porque as pessoas se dedicam a aparar arestas e lapidar melhor a dinâmica dos relacionamentos. Os atritos são humanos, e consertá-los também há de ser humano.

LIBRA – Veja você como as coisas mudam, ou melhor dito, veja você como a mudança de ânimo faz parecer que as coisas mudam. Na verdade, quando você pousa um olhar diferente no cenário, tudo continua igual, mas você age de outra forma.

Certo é que todos nós expressamos o que somos, ao refletir o nosso “ser interior”. Mas também é certo que nós devemos aprender experienciar a essência existencial da nossa subjetividade.

Em todos os nossos relacionamentos (sejam de que natureza forem) “compartilhar” não é apenas “dividir com o outros”. Também é aprender “receber do outro”. Essa é a recíproca dinâmica dos relacionamentos a que se refere Quiroga. Por sua vez, sempre concebi qualquer tentativa de relacionamento como sendo, para nós, necessária oportunidade de acertos de “união” e de “integração espiritual”, desde que respeitada a nossa “individualidade”.

Termino esta mensagem com este “pensar” do médico indiano Deepak Chopra:

– Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(183) Sentindo como conhecer as nossas necessidades de evolução espiritual.

Estou plenamente convencido (e assim desejo permanecer por muito mais tempo), de que nesta dimensão de vida todos nós temos uma “missão” com oportunidades de crescimentos em todos os sentidos (mensagens: 045 e 166); de que devemos encontrar ou criar “propósitos” para o nosso viver (mensagens: 090, 121, e 176); de que em razão da nossa individualidade “existencial” e “espiritual”, tudo que “precisamos” somente será encontrado dentro de nós mesmos (princípio ensejador das descobertas alcançadas pelas práticas de “autoconhecimento”). Mas sou possuidor de um maior e sublime sentimento: – o de acreditar que apesar da nossa liberdade de escolhas, todos nós sempre somos “assistidos” e “guiados” por DEUS, que se manifesta “para nós” e “em nós” principalmente pela “essência” do nascer da VIDA em tudo que existe no UNIVERSO.

O que me inspirou esta mensagem foi essa bela afirmação de Radha Burnier (1923-2013), que encontrei no seu artigo “O desafio da vida simples”, publicado na Revista SOPHIA, edição n. 69, ano 15, lançada no Brasil pela Editora Teosófica, que recomendo a leitura para todos que se interessam por temas espirituais: “Há uma inteligência na própria espécie que ensina o que é necessário. Por isso os pássaros sabem como construir seu ninho, onde pousar e como se orientar.”

Pergunto:

De onde veio essa sabedoria de aprendizado que, nos pássaros, determina a escolha dos melhores galhos de uma árvore para aninhar seus “filhos”, protegendo-os das chuvas, do calor do Sol, e das forças dos ventos? De onde veio a “necessidade” do seu “voar”?

São suas as respostas para essas perguntas. Apenas peço atenção para o fato de que a “inteligência” a que se referiu Radha Burnier (para mim, como sendo de origem “superior”), foi por ela condicionada ao que é “necessário” para toda espécie de manifestação de “vida”.

Termino esta mensagem, com este meu pensar:

– Nesta dimensão de vida, se nós podemos elaborar um processo contínuo de buscas de melhorias e de crescimentos, também me parece certo considerar qualquer prática de “autoconhecimento” como fonte sensória de descobertas interiores das nossas necessidades de evolução “existencial” e “espiritual”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(182) Sentindo nos sonhos, a essência da “Sensibilidade da Alma”.

A jornada humana teve início em dimensões de necessidades de evolução e de aprimoramento “existencial” e “espiritual”. Nada é efêmero em todos os ciclos de manifestações de “vida”. Tudo se transforma. No meu entender, esse fluir permanente foi ensejado por um superior “princípio”. Em todo Universo existem conexões de “equilíbrio pleno” de harmonização. Nós estamos espiritualmente conectados a essa “totalidade maior”. Somos os únicos seres com a capacidade de ter “consciência de si mesmo”. Acredito em uma “consciência transpessoal” do ser humano, e na amplitude transcendente da nossa “psique”. É preciso resgatar o “sentir interior” da essência da nossa espiritualidade, pelo despertar da “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001). O caminho dessa busca é a prática do “autoconhecimento”. Gosto deste “sentir” de OSHO, que inicia a introdução do seu livro “A jornada de ser humano”, lançado no Brasil pela Editora Academia com tradução de Magda Lopes, e todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:

– O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontrá-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está sua beleza.

O que me inspirou esta mensagem foi o reconhecimento da relevância da contribuição psicanalítica de Carl Gustav Jung sobre os nossos “sonhos”. Apesar de não pertencer à área de saúde, o que sempre aguçou meu interesse foram os insights recebidos da subjetividade do meu “sentir”, que consolidaram a minha aceitação de que, para o nosso desenvolvimento como “pessoa”, muitos dos nossos “sonhos” são reveladores de significativas imagens oníricas do nosso “inconsciente”. Talvez seja essa comprovação que, através da prática individual do “autoconhecimento”, favorecerá um novo olhar para a nossa “individualidade espiritual” (mensagens 115, 126, 142 e 174).

Agora, peço a sua atenção para esta lenda que foi escolhida por Edward C. Whitmont e Sylvia B. Perera para encerrar a conclusão do livro “Sonhos, um portal para a fonte”, lançado no Brasil pela Editora Summus com tradução de Maria Silvia Mourão Netto, que recomendo como leitura obrigatória para todos os terapeutas que se dedicam ao estudo dos processos oníricos sem, necessariamente, “se limitar à patologia e à terapia”:

– Antes do nascimento, o anjo acende uma luz sobre a alma, “com a qual a alma pode ver de um extremo a outro o mundo…em que ela viverá e morrerá… e ele a conduz pelo mundo inteiro, apontando os justos e os pecadores e todas as coisas”. Mas, logo após o nascimento, o anjo “apaga essa luz” e a criança esquece tudo que sua alma já viu e aprendeu e entra chorando no mundo, pois acaba de perder um local de proteção, segurança, repouso. No entanto, assim que passa à vida, “a alma escapa todas as noites do corpo, sobe aos céus e vai buscar uma nova vida”…

Em seguida, comentam os autores dessa valiosa obra:

– Talvez, ao sonhar, estejamos tentando relembrar aquilo que nossas almas sempre souberam.

Termino esta mensagem, com esta pergunta para você pensar:

Se as imagens dos sonhos são simbólicas, será que as nossas buscas interiores de “autoconhecimento” também podem receber, através deles, significados do nosso inconsciente que estejam sensoriamente modelados pela essência da nossa “Sensibilidade da Alma”?

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

(181) Sentindo a construção emocional da nossa “autoimagem”.

Nós somos o que sentimos. Somos, como sentimos ser “para nós mesmos”. É assim que experimentamos as “imagens sensórias” da nossa subjetividade interior.
O “conhecimento de si mesmo” também é modelado pela constituição psíquica das nossas “emoções” e “sentimentos”, de acordo com a exposição aos estímulos recebidos em nossas interações de vivências. Certo é que somos nós que valoramos as “imagens sensórias” das nossas realidades (interior e exterior). Também é certo que se realmente somos o que sentimos ser “para nós mesmos”, temos mais condições de melhor avaliar a compreensão existencial e emocional do ser humano. Essa avaliação personalíssima (exclusivamente nossa) é valiosa para a prática individual do “autoconhecimento”. Ela deverá ser uma elaboração consciente de significados para as nossas vidas e que estejam estruturados principalmente na necessidade humana de “sentir-se bem”. Para ser alcançada a plenitude desse estado, o indivíduo necessariamente deverá buscar harmonização interior de integração “consigo mesmo”, com o seu “jeito de ser”, de “pensar” e de “se sentir” nas suas relações existenciais. O que importa é a beleza interior da sua identidade como “pessoa”. Não a sua exterior aparência estética.

O que me inspirou esta mensagem foram as consequências psicológicas (muitas geradoras de psicopatologias) que podem ser causadas pelo modo de “sentir” as interiores manifestações da nossa “autoimagem” (dependentes dos graus de “aceitação”, de “preocupação” e de “comparação” com a nossa aparência estética). Trago como exemplo as “representações mentais” da “imagem do corpo”, que são notoriamente influenciadas por padrões de beleza e de ideais estéticos muito divulgados pela mídia.

Inicio com esta complexa e essencialmente delicada indagação:

– O indivíduo em sociedade, que não aceita o espelhar da sua subjetividade interior, precisa (para ele) ser reconhecido por outras pessoas com a imagem corpórea que ele gostaria de ter, construída pelo seu imaginário estético?

Essa pergunta não será respondida neste espaço virtual. Foi inserida nesta mensagem para ser por todos nós refletida no sentido de serem reconhecidas estas verdades: 1. Todas as vertentes sensórias sobre a aceitação ou não da nossa “autoimagem”, são componentes das nossas condições psicológicas de “autoestima”. 2. As representações mentais de “autoimagens”, inclusive as que ainda estão no nosso imaginário (positivas ou não), influenciam “emoções” e “sentimentos”. 3. Todas as escolas da Psicologia oferecem valiosos suportes de “aceitação íntima” da nossa “autoimagem”, com adequados acompanhamentos terapêuticos de ajuda.

Gosto desta explicação do psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em “autoimagem”, que defende ser fundamental a criação de uma “identidade estética”. Em entrevista publicada na edição 81, Ano VI, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, ao ser perguntado como a pessoa consegue não ser escravo da beleza, respondeu:

– Existem três tipos de situação que podem responder essa questão: há o ser bonita, visão biológica; o estar bonita, quando a pessoa se submete aos efeitos de produção e recursos, exercícios e nutrição; e também há o se sentir bonita, que se traduz em uma visão adequada da beleza, uma boa percepção da autoimagem. É fundamental enfatizar o que se tem de bom, pois perfeição não existe. A boa aceitação da pessoa com sua imagem está muito mais relacionada à autoestima do que a beleza em si.

Termino esta mensagem reconhecendo que a satisfação com a construção emocional da nossa “autoimagem”, fortalece a “autoestima”. Depende apenas e exclusivamente do nós mesmos para ser alcançada.

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2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

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