(425) Sentindo a força do “gostar de si mesmo”.

Quando não se tem aquilo que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem.

São palavras do escritor Eça de Queiroz (1881-1973). Quando recentemente conheci esse seu “sentir”, fiquei maravilhado com essa “sabedoria de viver”. Comecei a pensar e resolvi trazer para esta nossa caminhada de “autoconhecimento”. Já encontrei pessoas que me disseram “não gostar de si mesma”. Ao serem por mim perguntadas o motivo, não falaram e ainda me pediram segredo. Agora vejam que interessante dualidade: Toda manifestação de “gostar” anula a nossa capacidade de “não gostar”. Gosto desta frase judaica que diz: “Quando as coisas não são como nós gostaríamos que fossem, devemos aceitar gostar delas tais quais elas são.” [mas acrescento, “dependendo das circunstâncias”].

Existem pessoas que muito cedo, em uma escala subjetiva de contemplação, aprenderam priorizar o seu “gostar”. Foi assim com Manoel de Barros, que para todos dizia: “Fui criado no mato e aprendi a gostar das coisas do chão, antes que das coisas celestiais.” Certo é que tudo dependerá da nossa íntima avaliação subjetiva de nós mesmos e, também das nossas realidades.

Ensina John Powell: “Mas, se eu lhe disser quem sou, você pode não gostar de quem sou, e isso é tudo o que tenho.” Sobre o nosso “gostar”, acrescento mais estes exemplos: Mario Quintana: Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.” , Clarice Lispector: A virtude da vida não está em fazer aquilo que se gosta, e sim gostar daquilo que se faz. Por isso seja forte, não como as ondas que tudo destrói, mas como as pedras que tudo suporta!” , Rubem Alves: “Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.” , Paulo Coelho, em O Aleph: “Quem deseja ver o arco-iris, precisa aprender a gostar da chuva.” e Artur da Távola: “Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.”

O nosso “gostar” e o nosso “não gostar”, estão intimamente dependentes do nosso sentimento de “admiração”, de saber avaliar para nós mesmos de acordo com as nossas subjetivas preferências de aceitação.

Termino este nosso encontro com esta conclusão da doutora Ana Maria Haddad Baptista, em suas considerações sobre “Estética da Admiração”, publicadas na edição 144 da Revista humanitas, publicação da Editora Escala:

– “A admiração é um exercício estético que enobrece a nossa percepção porque dignifica, mais ainda, o belo e o estende para a humanidade.”

Pensem nisso, admire você, sua subjetiva potencialidade, e sempre “goste de você”.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(424) Sentindo como vivenciar as nossas incertezas existenciais.

É certo que há questões que irritam e inquietam ao ponto de fazerem você pensar que está tudo indo ladeira abaixo. Porém, se você respirar fundo e se conter durante alguns instantes, conseguirá ver outro cenário.

São palavras do astrólgo Oscar Quiroga em uma das previsões do seu horóscopo divulgado hoje. Concordo, mas sob uma subjetiva perspectiva de convergências de causalidades entendo que todos nós devemos procurar entender por que isso pode acontecer em nossas vidas.

A primeira pergunta que precisamos fazer para nós mesmos, é sobre esse possível estado de “irritação” e “inquietações”. Será que estamos, ou não, preparados para essas experiências? A segunda, que também merece a nossa atenção é esta: Será que sempre existirá esse “outro cenário” ensejador de mudança do nosso estado emocional de “irritação” e de “inquietação”, para obtenção de êxitos em nossas pretensões existenciais? Nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento”, repetidas vezes tenho afirmado que em nossas vidas tudo acontece “como” e “quando” tem que acontecer; não como desejamos que aconteça”. Mas sempre, por acreditar, faço referência ao nosso “merecimento”. Agora vejam que interessante este “sentir” de Pablo Picasso (1881-1973) – “Eu não procuro, acho.

Termino este nosso encontro com este precioso ensinamento do antropólogo, sociólogo e filósofo francês, Edgar Morin (1881-1973):

É preciso estar aberto para o incerto, para o inesperado. É preciso ser sensível ao fraco, ao acontecimento que nos surpreende.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(423) Sentindo o subjetivo espelhar das suas realidades.

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

São palavras de Fernando Pessoa (1888-1935) que trago para iniciar este nosso encontro, porque achei interessante, por analogia, transferir a subjetividade desse seu “sentir” para todos nós, seres humanos, e assim, como desejo, contribuir para a perpetuação de momentos significativos do nosso “viver”.

Certo é que todos nós queremos viver muito nesta existência, mas para favorecer a realização desse desejo, também devemos ser exemplos, principalmente para “nós mesmos”, e “para todos”, com as nossas ações, com o nosso “pensar humanista” e com demonstrações de respeito e solidariedade para com o próximo. São com essas qualidades que estão ao nosso alcance que podemos criar, subjetivamente, as nossas novas e sucessivas realidades de “valorações de si mesmo”.

Com as minhas leituras das neurociências, aprendi que o nosso cérebro é uma estrutura flexível e se desenvolve conforme o nível de solicitação. Detalhe: Entretanto, as solicitações ambientais ficam sempre condicionadas ao indivíduo, que é o dono dos seus interesses, que é o conhecedor das suas subjetivas incompletudes e das suas conscientes possibilidades de mudanças que estão ao seu alcance. Essa peculiaridade de todo ser humano pode ser utilizada em qualquer fase da sua vida, basta “querer”, basta “acreditar”.

Nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” já citei, várias vezes, esta recomendação do médico clínico Gilberto Katayama, sobre “Transformação da Realidade Externa”, que merece nossa atenção (Fonte: Revista PSIQUE, edição 112, publicação da Editora Escala):

– Mude o seu mundo interior e perceberá mudanças significativas no mundo exterior. (…) Perceba que o que impede a expressão de quem verdadeiramente somos são nossas experiências negativas registradas na memória como uma experiência passada que é eliciada e se manifesta no momento presente como padrão limitante, impedindo a livre expressão de quem somos. Portanto, regredir e ressignificar esses padrões limitantes são parte essencial pra o sucesso e a felicidade.

Para este nosso encontro, o meu principal objetivo é transferir e adequar o “sentir” de Fernando Pessoa para uma percepção interior de “valoração de nós mesmos. Isto porque, subjetivamente, também somos influenciados pela ilusória “passagem do tempo” em nossas vidas. Agora, prestem atenção neste entendimento do psicanalista José Andrade de Nogueira, no seu artigo “Além das Fronteira do Objeto”, publicado na edição 141 da Revista humanitas, da Editora Escala): – “Olhar para si mesmo não é tarefa fácil como se diz por aí. Para entender e não se perder nos meandros da psique, é preciso estar aberto para uma escuta qualificada. É essa a tarefa de psicanalista e psicólogos. (…) Na tentativa de olhar para si, muitas pessoas se perdem e acabam se perturbando por isso, causando a si mesmas certo grau de sofrimento que não deveriam ter nele encontrado.”

Vejam esta explicação do conhecido filósofo Luiz Felipe Pondé, no seu mais recente livro, “Diálogo sobre a Natureza Humana – Perfectibilidade e Imperferctibilidade”, publicação da Editora nVersos:

– Se você colocar psicanálise ao lado de uma teoria cognitivo-comportamental, a teoria cognitivo-comportamental parte do pressuposto que você pode avançar em certos fragmentos de comportamento, e que isso pode alterar crenças ruins que você tem sobre a realidade. Sem dúvida nenhuma, qualquer terapia pressupõe a ideia de que você pode, de alguma forma, melhorar a condição em que está vivendo.

Referindo-se a Freud, complementa de modo conclusivo:

– Agora, é claro que há em Freud a ideia de que, se você fizer análise, de algum modo, poderá viver um pouco menos mal, um pouco melhor, que na realidade é o que todo mundo busca.

Termino este nosso encontro com este “sentir” de Lya Luft (1938-2021):

Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou levar. Olhe-se no espelho.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(422) Sentindo a necessidade de valorar nossas vidas.

A vida pode florescer
numa existência inteira
Mas tem de ser buscada, tem de ser
conquistada.

Já perdi a conta do número de vezes que, silenciosamente, detive minha atenção para a subjetividade desse “sentir” de Lya Luft (1938-2021), minha escritora preferida para quem, ainda em vida, dediquei esta nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Esse seu verso foi escolhido do seu livro “Perdas & Ganhos”, edição comemorativa 10 anos, publicado pela Editora Record. Dele, também gosto deste ensinamento de Lya sobre as fases do nosso “viver”:

– “(…) não pretendo afirmar que a maturidade é “melhor” do que juventude, velhice “melhor” do que maturidade: digo que cada momento é meu momento, e devo tentar vivê-lo da melhor forma possível, com realismo, com sensatez, com um grão de audácia e com toda a possível alegria.”

“Cada momento é meu momento, e devo vivê-lo da melhor forma possível”. Que belo ensinamento de “sabedoria de viver”! Para mim, uma “Inspiração Divina”. Sempre que leio aumento o meu convencimento, a minha certeza, de que somos seres humanos de origens transcendentes, que pertencemos a uma “totalidade maior”, imersos nesta nesta dimensão existencial de oportunidades de obtenção de conhecimentos, de melhorias humanistas em todos os sentidos do nosso “existir”. Temos uma conexão com o divino, e que precisamos acreditar somos seres humanos criados com “essência de espiritualidade superior”.

Termino, com este “sentir” de Lya Luft:

“Existir é poder refinar nossa consciência de que somos demais preciosos para nos desperdiçarmos buscando ser quem não somos, não podemos, nem queremos ser.”

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(421) Sentindo os benefícios, em nossas caminhadas com plenitude de atenção.

Não é muito saudável carregar na consciência assuntos sem solução por tempo demais, ao ponto de as pessoas acabarem perdendo o fio da meada e elas nem saberem mais como foi que tudo começou. Livre-se do passado.

Milhares de ideias passam pela mente o tempo inteiro, mas de vez em quando surgem algumas poucas que parecem mais brilhantes e que, principalmente, provocam em seu coração o ardor característico da realização.

São duas previsões astrológicas do horóscopo de Oscar Quiroga, divulgado nesta data. É a sua sexagésima terceira participação em nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Foram escolhidas para este nosso encontro, com a intenção de motivar as pessoas “voltarem-se para si mesmas”, preferencialmente depois de uma silenciosa leitura, como as destas previsões. Isto porque, como acredito, muitas das nossas interpretações, principalmente as mais subjetivas, são ricas em significados sobre os posicionamento dos signos do zodíaco em nossas vidas. São dois exemplos de previsões que foram por ele transmitidas com uma clareza cristalina, que não exigem de nós esforço de interpretação. Mesmo assim, complemento com estas considerações:

1. Sobre a primeira, sempre que possível também devemos descansar a nossa “mente” [vejam que estou substituindo do seu aconselhamento, “consciência” por “mente”]. Isto porque em muitas das nossas relações existenciais, também precisamos, subjetivamente, “significar” o que desejamos transmitir com a percepção interior do nosso “sentir”. Sobre o sugestivo “Livre-se do passado”, já mereceu a atenção do conhecido filósofo Luiz Felipe Pondé, no seu interessante livro “Diálogos sobre a Natureza Humana – Perfectibilidade e Imperfectibilidade, publicação da editora nVersos. Vejam esta sua explicação, referindo-se ao estoicismo:

– Os estoicos achavam que se você viver muito no passado é um nostálgico e fica sofrendo com o que aconteceu. Se você viver pensando o tempo inteiro no futuro, fica ansioso. O importante era viver o presente, mas sem se deixar dominar por expectativas e inquietações relacionadas com o futuro e os seus desejos.

Quanto a segunda previsão astrológica de Quiroga (que não têm relação com a primeira, por se tratar de sígnos diferentes do zodíaco), selecionei para este nosso encontro porque, realmente, todos nós também podemos ser intuídos para em determinadas situações desta nossa caminhada existencial, ficarmos atentos e, portanto, mais perceptivos para as influências subjetivamente recebidas em nossas realidades, sejam elas de que natureza forem (inclusive, portanto, dos astros em nosso sistema planetário.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(420) Sentindo a importância subjetiva dos nossos propósitos de vida.

Qualquer um que tenha consciência da própria vocação, em qualquer área que esteja, chega a hora em que o que o move, o que o leva a agir, é seu compromisso com seu propósito.” / “A vida vai se recompondo, e precisamos entender esses processos.

São palavras de Kleber Lucas, no seu livro “Deus cuida de mim”, publicação da Editora Planeta, referindo-se a momentos da sua trajetória de vida e dedicação religiosa.

Sempre acreditei que todos nós temos “propósitos de vida” que precisam ser por nós descobertos. Propósitos no sentido de “razão de viver”, de desejos inicialmente subjetivos de realizações. São descobertas interiores que precisam ser despertas em nós, de modo consciente, que podem ser favorecidas pelas conhecidas práticas de “autoconhecimento”. Como acredito, por vezes, a própria vida nos mostra as oportunidades e os caminhos que podemos seguir. Mas também, efetivamente tudo dependerá das nossas escolhas no mosaico dos desafios que estamos sujeitos a enfrentar. Isto porque o ser humano também é o modelador do seu “destino desejado”. Gosto deste ensinamento de Carl Jung (1875-1961):

– “Em última análise, o essencial é a vida do indivíduo. Isso por si só faz a história, aqui e sozinhas é que as grandes transformações acontecem, e todo o futuro, toda a história do mundo, por fim, nasce como uma soma gigantesca dessas fontes escondidas nos indivíduos.”

Portanto, através de um “voltar-se para si mesmos”, analisando os desafios que se apresentam em nossas realidades, precisamos conhecer o que desejamos conquistar em todos os sentidos do nosso “existir”.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(419) Sentindo a subjetividade do nosso “pensar”, como fonte de “autoconhecimento”.

Muitos de nossos problemas – tanto os individuais quanto os que atingem nossas sociedades – só serão resolvidos com mudanças em nossos hábitos, e isso inclui hábitos de pensamento e de ação.

Essa síntese conclusiva é da doutora em Filosofia pela PUC-SP, Monica Aiub, iniciando suas considerações sobre “A Tarefa do Pensar”, publicadas na edição 178 da Revista humanitas, da Editora Escala. Foram por ela manifestadas neste ano de 2024, quando completa 25 anos no seu consultório de filosofia. Para este nosso encontro, selecionei e numerei estas partes:

1. Investigar as origens do pensamento com base na realidade, deparar-se com o próprio erro e aprender com ele, modificar a conduta podem ser consequências do pensar junto com outras pessoas. Mas nosso cotidiano nos envolve, cada vez mais, em tarefas mecânicas.
2. Raras são as vezes em que nos questionamos sobre os pensamentos que nos guiam, comumente os tomamos como verdades. Examinar nosso modo de pensar, suas origens, seu desenvolvimento e suas implicações é papel da filosofia. Também é papel da filosofia examinar, diante dos fatos, o que é ou não verdade – ainda que a discussão em torno do conceito de verdade possa ser bem mais complexa.
3. Assumir a tarefa de pensar não significa que não tenhamos referências, influências, interesses; significa termos consciência destes, consciência do lugar a partir do qual lemos o mundo, interpretamos os fatos, mas também ter consciência de outros lugares possíveis, das contra-posições e, principalmente, dos motivos pelos quais nos mantemos neste lugar. Por isso, não estamos sós na tarefa. Dialogamos com nossas referências, a partir de um repertório cultural construído e aprendido socialmente; dialogamos com as pessoas que nos cercam e estão envolvidas com nossas questões. É a partir do diálogo que estabelecemos nossas reflexões, nossos questionamentos sobre a vida cotidiana e, até, sobre nossos próprios pensamentos. Não qualquer diálogo, mas aquele que nos provoca a examinar nossos princípios, valores, argumentos, pensamentos e ações.

Em recentes mensagens anteriores, expliquei que a primeira fase da nossa caminhada para o “autoconhecimento” esta direcionada para entender e significar a percepção subjetiva e sensorial dos nossos sentimentos e emoções (mensagem 001). Com o imprevisível e crescente número de mensagens já postadas, fiquei convencido de que tudo, por nós manifestado, são fontes preciosas de “autoconhecimento”. O nosso “pensar”, por exemplo, ainda “silencioso” ou “verbalizado”, também é porque por ele transmitimos muito do nosso “sentir interior”, muito da percepção subjetiva da nossa “sensibilidade da alma” que, em muitas das nossas relações interpessoais, nem sempre é entendida porque todos nós somos “seres únicos”, nesta dimensão de vida. Em se tratando de um nosso “pensar” que quando já falado, transmitido por nós, que por vezes nós surpreendem, silenciosamente, devemos perguntar para nós mesmos – “por que penso assim?”

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(418) Sentindo que os nossos sonhos podem ser influenciados pelas nossas realidades.

Tenho em mim todos os sonhos do mundo.

São palavras de Fernando Pessoa (1888-1935). Foram escolhidas para iniciar este nosso encontro, perguntando para você:

Como explicar essa manifestação, que considero ser um precioso exemplo de “autoconhecimento”, também subjetivamente modelado pelas vivências em nossas realidades existenciais?

Se compararmos com a época de Fernando Pessoa, certamente devemos abstrair qualquer semelhança com as influências que atualmente recebemos com as nossas vivências, sejam de que natureza forem. No caso de Fernando Pessoa, entendo que não se trata dele ser ou não otimista, ser um “sonhador”, mas sim um espelhar de um dos seus momentos íntimos, muito pessoal, pela trajetória do seu viver. Quando encontrei esse seu “sentir”, lembrei deste ensinamento do neurocientista António Damásio, no seu livro “A estranha ordem das coisas: As origens biológicas dos sentimentos e da cultura”, publicação da Editora Companhia Das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta, que recomendo a leitura. Explico: Logo no começo da apresentação desse seu mais recente livro, ele esclarece:

– Este é um livro sobre um interesse e uma ideia. Há muito tempo me interesso pelo afeto humano, o mundo das emoções e sentimentos, e há anos o estudo: por que e como temos emoções e sentimentos? Usamos sentimentos para construir nossa individualidade? Como os sentimentos auxiliam ou solapam as nossas melhores intenções? Por que e como nosso cérebro interage com o corpo para sustentar essas funções? Tenho novos fatos e interpretações a compartilhar sobre todas essas questões. Quanto à ideia, ela é muito simples: os sentimentos não têm recebido o crédito que merecem, como motivos e monitores das proezas culturais do homem. Os humanos se distinguem de todos os outros seres vivos por criarem uma coleção espetacular de objetos, práticas e ideias conhecidas coletivamente como cultura.

Para ajudar você responder a pergunta feita no início desta mensagem, destaco esta da transcrição acima:

USAMOS SENTIMENTOS PARA CONSTRUIR NOSSA INDIVIDUALIDADE?

Fernando Pessoa conseguiu transmitir pelas palavras, a sua plenitude de um “sonhador”.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(417) Sentindo o que devemos entender por “inteligência”, em nossas relações interpessoais.

A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana.

São palavras do naturalista e biólogo britânico Charles Darwin (1809-1882), que se dedicou ao estudo da evolução nas ciências biológicas. O que me motivou esta mensagem foi uma das respostas do neurocientista Miguel Nicolelis, em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, edição do dia 21 deste mês setembro, publicada com o título “Conspiramos para a nossa extinção”. Ao ser perguntado se acha que o ser humano fica menos inteligente com o passar do tempo, ele respondeu:

– É muito difícil dizer, porque a inteligência é um troço difícil de medir. O teste de QI para mim é muito limitado, porque a inteligência tem muitos fatores e a vasta maioria desses fatores não é mensurável do ponto de vista computacional. Como você vai medir criatividade? Eu conheci pessoas, cientistas, que foram alunos medíocres, mas de repente encontraram seu nicho de atuação e viraram expoentes mundiais. Então, os atributos mais preciosos da mente humana não são digitais, nem mensuráveis pela lógica de computadores.

Entendo que nós precisamos reconhecer que ser inteligente é diferente de ter conhecimento. A “inteligência humana” é a nossa faculdade [por exemplo] de “entender”, de “pensar”, de “raciocinar”, de “interpretar”… [acrescento: principalmente em todas as nossas relações humana].

Vejam, dentre outros, o que já disseram sobre a “inteligência humana”: Carl Sagan: “Saber muito não lhe torna inteligente. A inteligência se traduz na forma que você recolhe, julga, maneja e, sobretudo, onde e como aplica esta informação.” ; Martin Luther King Jr: “A inteligência e o caráter é o objetivo da verdadeira educação.” ; Dalai Lama: “Quando aprendemos a usar a inteligência e a bondade ou afeto em conjunto, todos os atos humanos passam a ser construtivos.” ; Sigmund Freud: “A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.” ; Leonardo da Vinci: “A sabedoria é filha da inteligencia.” ; Sêneca: “A leitura nutre a inteligência.” ; Schopenhauer: “A inteligência é invisível para quem não tem nenhuma.” ; Umberto Eco: “A concisão é a essência da inteligência” ; Clarice Lispector: “Para compreender a minha não-inteligência, o meu sentimento, fui obrigada a me tornar inteligente.” e Johann Goethe: “O homem que sabe reconhecer os limites da sua própria inteligência está mais perto da perfeição.”.

Merece a nossa atenção este entendimento do psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), que se dedicou ao estudo da psicometria, sendo considerado o inventor do primeiro teste bem sucedido de inteligência (a Escala Binet-Simon) – Ele preconizou que a inteligência individual não tem uma quantidade fixada. É por isso que os testes de inteligência apenas podem medir as nossas habilidades mentais em “determinada hora” e em um “determinado contexto”. Ele explica, de modo conclusivo:

– “Há na inteligência, um agente fundamental cuja falta ou alteração é de grande importância para a vida prática: o juízo. O desenvolvimento mental progride em ritmos diferentes e pode ser influenciado por fatores ambientais.”

Pessoalmente, não gosto quando se considera ser um indivíduo mais inteligente do que outro, porque todos nós temos as nossas limitações de várias naturezas, umas conhecidas e outras ainda não. Todo ser humano precisa ser respeitado, de acordo com a sua “realidade de ser”. Este é o sentimento humanista que engrandece as nossas relações interpessoais.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(416) Sentindo a construção subjetiva do nosso destino.

Nada é longe o suficiente para ser inalcançável, procure não se deixar dominar pela mente lógica, que se atém exclusivamente aos fatos matemáticos para determinar o rumo do destino. O mistério da vida é maior.

São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, em uma das suas previsões do seu horóscopo divulgado ontem, dia 20/09/2024. Juntamente com a mensagem anterior ele se volta para as imprevisibilidades dos nossos destinos compondo, subjetivamente, os mistérios de nossas vidas.

Achei interessante o seu reconhecimento de que “nada é longe o suficiente para ser inalcançável” mas, com entendo, necessariamente não significa que tudo podemos alcançar nesta dimensão de vida. Resumindo: Precisamos “acreditar” em nossos “desejos de conquistas”, em favorecer o que “desejamos” e entender que tudo tem o seu “tempo certo para acontecer” quando não depende apenas de nós.

Da parte conclusiva dessa sua previsão astrológica, também merece a nossa atenção o seu aconselhamento de que não podemos nós guiar apenas pela nossa “mente lógica”, para determinar o rumo do nosso destino. Isto porque nenhum dos nossos destinos dependem apenas de nós mesmos, pois fazem parte dos mistérios de nossas vidas.

Complemento com este meu entendimento: Nem sempre todos nós somos seres “predestinados” mas, como acredito, somos merecedores de crescimentos em todos os sentidos, porque fazemos parte de um transcendente e originário processo de necessidades de melhorias, de buscas de evolução, em todos os sentidos do nosso “existir”. O que devemos é fazer as nossas escolhas certas, com sentimentos humanistas de solidariedade universal. Este é o sentidos de nossas vidas.
Vejam, dentre outros, o que já falaram sobre o nosso “destino”:

Guimarães Rosa: “Afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte.” ; Deepak Chopra: “O que for teu desejo, assim será tua vontade. O que for tua vontade, assim serão teus atos. O que forem teus atos, assim será teu destino.” ; Swami Sivananda: “O homem semeia um pensamento e colhe uma ação. Semeia uma ação e colhe um hábito. Semeia um hábito e colhe caráter. Semeia caráter e colhe o destino.” ; Hermann Hesse: “Solidão é o modo que o destino encontra para levar o homem a si mesmo.” ; Bruce Lee: “Lembre-se, o sucesso é uma jornada, não um destino. Tenha fé em sua capacidade.” Carl Jung: “O que não enfrentamos em nós mesmos acabaremos encontrando como destino.” ; Albert Einstein: “Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.” ; Henri Amiel: “Cada vida faz o seu destino.” ; Henry Miller: “Viver os seus desejos, esgotá-los na vida, é o destino de toda a existência.” e Havelock Ellis: “O destino de um homem não está no futuro e sim no passado.”.

Pergunto:

Será que existe alguma razão desconhecida para você estar lendo esta mensagem?

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

error: Content is protected !!
Copy Protected by Chetan's WP-Copyprotect.