(041) Sentindo quando o “conhecimento” é transformador.

Estou lendo “O Futuro de Deus”, livro de Deepak Chopra lançado pela Editora Planeta, sendo por ele considerado “Um guia espiritual para os novos tempos”.

Logo no início da leitura, detive a minha atenção para estas duas passagens:

Primeira: Sobre a possibilidade de treinar o nosso cérebro a se adaptar às experiências espirituais, Deepak Chopra cita este ditado da tradição indiana védica: – “Não é um conhecimento que se aprende. É um conhecimento no qual você se transforma.”
Em seguida, acrescenta: – “Visto pelas lentes da neurociência, isto é literalmente verdade.”

Segunda: Em vez de aceitar o mundo da visão, da audição, do tato, do paladar e do olfato, a mente científica transcende as aparências.

Em razão da natureza da proposta deste espaço virtual (ler a mensagem com o título “Sensibilidade da Alma”), faço as seguintes observações:

Com relação ao ditado védico, o ato de experimentar um “conhecimento novo” nem sempre representará o recebimento cognitivo de um “conhecimento transformador”. Por sua vez, em se tratando da vivência de uma “experiência espiritual” favorável à aceitação da existência de Deus (tema do livro), considero possível o alcance de uma significativa “transformação interior”. Aliás, o próprio Deepak esclarece:

– Este livro propõe que qualquer um pode passar da descrença à crença e ao verdadeiro conhecimento. Cada uma dessas etapas é um estágio evolutivo e, ao explorar o primeiro, você perceberá que o próximo se abre naturalmente. A evolução é voluntária quando aplicada ao mundo interior. Você tem toda a liberdade de escolher o que quiser. (…) Conhecer Deus não é nada místico, da mesma forma como saber que a Terra gira ao redor do Sol. Nos dois casos, um fato é constatado e todas as dúvidas prévias e crenças errantes naturalmente caem por terra.

No livro, essa afirmaçao de Deepak foi reforçada por este seu pensar (que defino como “sentimento de espiritualidade”):

– A espiritualidade também é existencial. A espiritualidade nos pergunta quem somos, por que estamos aqui e quais são os valores mais elevados a serem almejados.

Aliás, especificamente sobre esse enfoque de Deepak, também entendo que a “essencia” do que chamo “sentimento de espiritualidade”, revela e manifesta (em nós) necessidades de “buscas interiores” sobre a nossa própria existência. Tanto que em várias mensagens, repetidamente tenho reproduzido este pensamento de OSHO (fonte: Introdução do livro “Destino, liberdade e alma”, publicado pela Editora Planeta):

– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre sí mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.

Ainda sobre o mencionado ditado da tradição indiana védica, cabe reproduzir esta interesante análise sobre “Razão e Experiência”, de Ben Dupré – pesquisador da Universidade de Oxford (fonte: “50 idéias de Filosofia que você precisa conhecer” publicado pela Editora Planeta):

– Como adquirimos conhecimento? É primariamente pelo uso da razão? Ou a experiência obtida por intermédio de nossos sentidos desempenha papel mais significativo no modo como conhecemos o mundo? Muito da história da filosofia ocidental tem sido influenciada por essa oposição básica entre razão e experiência como princípio fundamental do conhecimento. Especificamente, este é o principal pomo da discórdia entre duas linhas filosóficas – racionalismo e empirismo.

Gosto da subjetividade desta afirmação de Sócrates: – “O melhor conhecimento vem de dentro”.

Em síntese, a proposta deste espaço virtual contém a possibilidade de assimilação de um “conhecimento transformador”. Isto porque o alcance do despertar da sua “sensibilidade da alma” (através das “buscas” de si mesmo”) é um “processo de reintegração” que pode lhe proporcionar o reconhecimento da sua interação “existencial” e “espiritual”, como sendo de um todo. É o estado de “elevação interior” que envolve (como se fosse uma unidade) a sua “realidade interior” com a “percepção sensória” do seu “mundo exterior”.

Por sua vez, sobre a segunda passagem do livro de Deepak Chopra que me chamou atenção, o nosso “conhecimento” do “mundo exterior” não é real. É uma aparente “realidade” identificada pelos nossos sentidos e, também, mediada pela “razão”, formada por “imagens neurais” pelo nosso cérebro. Ocorre, portanto, uma sintonia neural de harmonização do nosso “sentir interior”, com a nossa “percepção sensória” de tudo que nos envolve no “mundo exterior”.
A respeito, teste o seu cérebro com esta proposta de cálculo (fonte: Revista “Segredos da Mente”, ano 1, n. 2, ano 2014, publicação da Editora Alto Astral):

– Faça o cálculo a seguir mentalmente, sem ajuda de papel ou calculadora: – Se você tem 1000 e soma 40, depois acrescenta outros 1000 e soma mais 30. Aí, soma outros 1000 e, agora, mais 20. Por fim, soma outros 1000 e mais 10. Qual é o total? (Resposta nas notas abaixo).

Termino esta mensagem, pedindo atenção para este vídeo sobre o poder do pensamento:
https://youtube.com/watch?v=zn_ovuBS0f0

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “O poder do pensamento – física quantica”.
4.Resposta do teste: A grande maioria das pessoas responde 5000, mas está errado. O certo é 4100. É que a sequência decimal acaba confundindo o cérebro.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(040) Sentindo o poder de elevação interior.

Este espaço virtual foi criado para motivar a prática de “buscas”, com um sentido determinado e bem definido: – o “despertar” do nosso poder de “auto-reforma”, de “elevação interior”, através do alcance do conhecimento de “si mesmo”.

O ser humano precisa conhecer seus “sentimentos” e “emoções”. Precisa conhecer as projeções do seu “sentir” interior e do seu “sentir” o mundo exterior. Isto porque cada pessoa é responsável por todas as suas escolhas, pelo fluir do “ciclo de vida”.

No seu artigo “Inconsciente e impermanência”, Benilton Bezerra Jr., psiquiatra, psicanalista e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (fonte: Revista Mente Cérebro, Série Grandes temas, edição n. 1, dedicada à “Fé – o lugar da divindade no cérebro”, da Editora Duetto), esclarece:

– O conhecimento de si está a serviço da transformação de si, voltada para a construção de uma vida mais criativa e livre de condicionamentos. (…) tanto o budismo como a psicanálise rompem dualidades muito típicas do modo de pensar tradicional do Ocidente, que opõe sujeito e objeto, cérebro e mente, corpo e ambiente, interno e externo, eu e outro. Na perspectiva dos herdeiros de Buda e de Freud, cérebro, mente e mundo são vistos não como realidades independentes, mas como aspectos ou pontos de vista de uma mesma realidade, descritos com vocabulários diferentes. Estão, portanto, completamente imbricados uns nos outros, interagindo e influindo reciprocamente o tempo todo. A mente ou a experiência subjetiva da ação do corpo no ambiente,é inscrita corporalmente (embodied) e está ancorada (embedded) no mundo físico e simbólico com o qual sustenta uma relação de afetação permanente.

Em seguida, complementa:

Para o budismo, a análise da experiência de si, ou do eu, deve começar pela compreensão das três marcas da existência: a primeira é a impermanência (anitya), ou seja, a transitoriedade e a natureza condicionada de todos os fenômenos (do eu, dos objetos do mundo, de qualquer experiência, ou sentimento). Tudo o que existe é impermanente devido a sua natureza composta, o que significa que tudo depende de causas e condições para existir. Se essas cessarem, cessam também os fenômenos. Tudo está sujeito a aparecer e desaparecer.

Para o enfoque desta mensagem, certo é que:

– Tudo está sujeito à lei da casualidade.

– Somos nós que damos significado a tudo que existe, e para nós mesmos.

– Somos nós que temos a capacidade de “ressignificar” o nosso próprio “existir” e “viver”.

– Somos nós que temos liberdade de querer transformar o “agora” para, consequentemente, poder moldar os sucessivos “depois”, por todas as realidades da evolução do nosso “existir”.

Resumindo:
1. O ser humano voltando-se para si mesmo; estando em harmonização interior; conhecendo as suas necessidades de melhorias; conseguirá o “despertar” da sua “iluminação interior” e ficará imerso em um estado de elevação existencial e espiritual, em fusão com tudo o que existe no universo.

2. O poder de elevação interior não está condicionado à predominância do pensamento espiritualista do Oriente, nem do pensamento causal do Ocidente. É uma natural condição de “descoberta interior” de todo ser humano que, voltando-se para si mesmo, harmoniza-se com a universalidade da “essência transcendente” de toda manifestação de vida, esteja onde ele estiver.
Merece atenção esta observação do Dr. Gilberto Katayama, médico clínico geral, com especialidade nas áreas de terapia regressiva, Psicologia Transpessoal e meditação, que, no meu entender, em se tratando de “elevação interior”, também se aplica à nossa relação de interação com o mundo exterior (fonte: “Mudança de Padroẽs de Consciẽncia”, publicado na Revista Psique, n. 112, ano IX, Editora Escala):

– Poucas pessoas estão conscientes de que experimentamos a vida (o mundo exterior) a partir do nosso mundo interior. A maioria acredita que a qualidade de vida depende de mudanças que ocorrem no mundo exterior e passam uma vida tentando mudar o mundo. Mal sabem que o segredo do sucesso e da felicidade está no despertar consciente para sua realidade interna, para a autoconsciência.

No seu dia, para todas as mães a contagiante what a wonderful world, eternizada na voz de Louis Armstrong (um exemplo de cantar com a “sensibilidade da alma”).
https://youtube.com/watch?v=E2VCwBzGdPM

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: What a wonderful world – Louis Armstrong

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(039) Sentindo fragmentos da “Sensibilidade da Alma” de Simone de Beauvoir.

Existem pessoas que perpetuam o esplendor da sua “sensibilidade da alma”, o que me parece ser uma finalidade existencial de “missão de vida”.

Na mensagem anterior mostrei o exemplo de Clarice Lispector. Nesta, será fragmentos do “sentir” de Simone de Beauvoir. Escritora, filósofa existencialista e uma notável feminista francesa que lutou pela liberdade da mulher.

Simone de Beauvoir sempre será lembrada por esta frase:

– Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.

A respeito, declarou Fernanda Montenegro em conversa com Armando Antenore, publicada com o título “A vida é um demorado adeus”, na edição de maio de 2009 da antiga Revista Bravo, (fonte: site Super.abril.com.br):

– (…) O Segundo Sexo, que saiu em 1949 e se transformou num clássico da literatura feminista, sobretudo por apregoar que as mulheres não nascem mulheres, mas se tornam mulheres. Ou melhor: que as características associadas tradicionamente à condição feminina derivam menos de imposições da natureza e mais de mitos disseminados pela cultura. O livro, portanto, colocava em xeque a maneira como os homens olhavam as mulheres e como as próprias mulheres se enxergavam. Tais idéias, avassaladoras, incendiaram os jovens de minha geração e nortearam as nossas discussões cotidianas. Falavamos daquilo em todo canto, nos identificávamos com aquelas análises. Simone, no fundo organizou pensamentos e sensações que já circulavam entre nós. Contribuiu, assim, para mudar concretamente as nossas trajetórias.

Em seguida, complementa Fernanda Montenegro:

– (…) Um outro conceito me seduziu bem mais: o da liberdade. A noção de que tínhamos direito às nossas próprias vidas, de que poderíamos escolher o nosso rumo e de que a nossa sexualidade nos pertencia. Eis o ponto em que o livro de Simone me fisgou profundamente.

Pergunto: Será que esse “tornar-se mulher” também foi (na época) uma espécie de “chamado” para a libertação da mulher, em relação à sua “beleza”?.
Refiro-me a um “chamado” para a necessidade da propria mulher “voltar-se para si mesma”; “voltar-se” para o despertar da exclusiva singularidade da sua “beleza mulher”. Tanto que Simone de Beauvoir também influenciou a “aparência” das mulheres, porque são elas que “acumulam a beleza”. Vejam:

Como aconteceu na mensagem sobre o “sentir” de Clarice Lispector, também não consigo dimensionar, com palavras, a “sensibilidade da alma” de Simone de Beauvoir. Concordo com esta comprovação do filósofo Heráclito:

– Você não poderia descobrir os limites da alma,
mesmo se percorresse todas as estradas para esse fim
tal é a profundidade do seu significado.

Gosto do alcance da subjetividade deste pensamento de Simone de Beauvoir, sobre o fluir da nossa “caminhada existencial”:

– Não há uma pegada do meu caminho que não passe pelo caminho do outro.

Complemento: – Esse “outro” que somos todos nós, pelas nossas “buscas de si mesmo”; pelas “buscas” e “escolhas” para “ressignificar” o nosso “viver”.

Para Simone de Beauvoir – “viver é envelhecer, nada mais”. O que me inspirou terminar esta mensagem com este depoimento de Fernanda Montenegro, revelador da “sensibilidade da alma” de Simone de Beauvoir:

Notas:
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2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeos do youtube: (1) Simone de Beauvoir on beauty. (2) Fernanda Montenegro recitando Simone de Beauvoir – Globo News.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(038) Sentindo, para sempre, o “sentir” de Clarice Lispector.

Desde a criação deste espaço virtual tenho vontade de conseguir transmitir o nosso estado interior de “sentir emoções”. Percebi ser impossível, porque cada um de nós temos as nossas realidades moldadas justamente pelo nosso “sentir”. O “sentir” que reflete a nossa “singularidade existencial”. É o “sentir” que só nos pertence, mas pode ser vivenciado por quem está ao nosso lado. Por esta razão, peço atenção para este precioso vídeo produzido em dezembro de 2014, pelo Instituto Moreira Salles, com o depoimento de Paulo Gurgel Valente, filho de Clarice Lispector (em encontro mantido com Eucanaã Ferraz e Elizama Almeida):

Está provado que o “sentir” de Clarice Lispector é diferente… é transcendente. É um “sentir” instigante e que toca o nosso coração.

Clarice Lispector sempre viveu para mostrar a sua “sensibilidade”. Tanto que declarou:

– Sabe o que eu quero de verdade?! Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma.

Termino esta mensagem com o “sentir” de Clarice Lispector, inspirado pela beleza poética do “encontro da mulher com o mar”:

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeos do youtube:
– “Depoimento de Paulo Gurgel Valente sobre a mãe, Clarice Lispector”;
– “As águas do mar – Clarice Lispector”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(037) Sentindo o projetar transcendente, de um “viver interior”.

No início da “Edição Comemorativa 10 Anos” do seu livro “Perdas & Ganhos”, lançada pela Editora Record, a consagrada escritora Lya Luft cita estas palavras do pintor japonês Katsuhika Hokusai:

– “Desde os 6 anos eu tinha mania de desenhar a forma dos objetos. Por volta dos 50 havia publicado uma infinidade de desenhos, mas tudo o que produzi antes dos 60 não deve ser levado em conta. Aos 73 compreendi mais ou menos a estrutura da verdadeira natureza, as plantas, as árvores, os pássaros, os peixes e os insetos. Em consequência, aos 80 terei feito ainda mais progresso. Aos 90 penetrarei no mistério das coisas; aos 100, terei decididamente chegado a um grau de maravilhamento – e quando eu tiver 110 anos, para mim, seja um ponto ou uma linha, tudo será vivo.”

Já li e reli muitas vezes essa revelação de Katsuhika Hokusai. Nela, sempre encontro a fantástica subjetividade de um fluir existencial de “vida”, impulsionado por um ideal interior de aprimoramento de “buscas” na “sensibilidade da alma” desse pintor japonês. Foram “buscas” incansáveis que, para todos nós, provam a necessidade de um “propósito” para o nosso “viver”, que precisa ser “descoberto” e “conhecido”.

Katsuhika Hokusai, com a projeção da sua “sensibilidade da alma” consegue idealizar para os seus 90 anos, a possibilidade de penetrar no “mistério das coisas”. Para os seus 100 anos, o alcance de um “grau de maravilhamento”. Para os seus 110 anos, o convencimmento de que em tudo (até mesmo em um ponto ou em uma linha) existirá “vida”.

De todas as suas “projeções”, a que mais me tocou pela abrangência interior de “significado existencial”, foi a esperada para os 100 anos de idade, por ele sentida como sendo um “grau de maravilhamento”.

Nós sabemos que existem vários questionamentos filosóficos e religiosos sobre o “sentido da vida”. Um “sentido” que será o identificador do nosso “propósito de vida”.

Sob a perspectiva de abordagem deste espaço virtual, afirmei na mensagem postada com o título – “Sentindo, como entender o “sentido da vida”:

– Nem sempre podemos alcançar o “sentido da vida” que desejamos, porque a nossa “existência” é um contínuo “processo de transformação”, sujeito às surpresas da imprevisibilidade.
Além das oportunidades de “escolhas”, temos uma “finalidade existencial”. Estamos aqui, de passagem, para ser feliz, para crescer em todos os sentidos. Portanto, “viver” e “evoluir”, com “escolhas acertadas”, são condições necessárias para construir o “sentido da vida”.
O ser humano é “transcendente” em relação à sua “realidade existencial”. É a magia do “sentir” a sua interação física no “mundo real” e, ao mesmo tempo, “sentir” as “projeções sensórias” recebidas da sua “realidade interior”.

Katsuhika Hokusai, nascido em 1760, foi um exemplo de ser humano “transcendente”. A “transcendência interior” que, na época, o tornou mestre na arte da pintura pelo estilo ukiyo-e, ficando conhecido com a sua série de xilogravuras “Trinta e seis vistas do monte Fuji” e “A Grande Onda de Kanagawa”, criada em 1820.

Pergunto: Somos, ou não somos nós que definimos o “sentido” das nossas vidas?

No último capítulo de “Perdas & Ganhos”, ensina Lya Luft:

– O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se a cada momento. (…) A vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada.

Lendo e relendo o “sentir” de Katsuhika Hokusai sobre a trajetória do seu “fluir existencial”, para mim a melhor definição de “propósito de vida” é “CRIAR”.

Temos que “criar” condições que favoreçam o alcance de “Felicidade Interior”.

Precisamos “criar” “propósitos de vida” para nós mesmos e, também, para a preservação da “vida” do nosso planeta Terra.

A respeito, merece registro esta advertência de Vaclav Havel, ex-presidente da República Checa (fonte: “Mudança na consciência humana”, de C.Jotin Khisty, professor do Instituto de Tecnologia de Illinois (EUA), publicado na Revista Sophia, ano 12, n. 52):

– (…) a única opção para nós é uma mudança na esfera do espírito, na esfera da consciência humana. Não basta inventar novas máquinas, novas regras e novas instituições. Devemos desenvolver uma nova compreensão do verdadeiro propósito de nossa existência na Terra. Somente ao efetuarmos essa mudança fundamental seremos capazes de criar novos modelos de comportamento e um novo conjunto de valores para o planeta.

Vamos “criar” o nosso “propósito de vida” e alcançar o precioso “grau de maravilhamento” desejado por Katsuhika Hokusai.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube – Enio Morricone – Le vent, le cri.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(036) Sentindo a “Sensibilidade da Alma”, da cantora de fado Carminho.

O dom de “cantar” é uma das mais belas manifestações da “sensibilidade da alma”.

Quem canta com emoção, parece transceder a sua própria “realidade existencial”, além de nos envolver com a “magia contagiante” do seu “cantar”.

Quando escutamos o “BELO” do “cantar com sentimento”, ouvimos esse “cantar” em harmonia com o “escutar” da nossa “sensibilidade interior”. Não ouvimos, apenas, a “sonoridade vocal” de quem está cantando. Também sentimos a sensação de estarmos vivendo o “estado emocional” de “Sentir-se bem” com o “escutar” de um “cantar com “emoção”. Foi o que aprendi, com esta explicação do neurocientista António Damásio, Diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade, da Universidade do Sul da Califórnia:

– Quando olhamos para o mar, não vemos apenas o azul do mar, mas sentimos que estamos a viver esse momento de percepção.

Todo “cantar com sentimento” revela a beleza interior da “alma” de quem está cantando. A beleza assim definida pelo escritor francês Victor Hugo, na sua obra “Les Misérables”:

– Só há um espetáculo mais grandioso que o oceano: o céu;
só há um espetáculo mais grandioso que o céu: o interior da alma.

A motivação desta mensagem foi a entrevista da cantora Carminho, concedida ao jornalista Lucas Rolsen da Revista da Cultura, da Livraria Cultura (publicada na Edição 93, de abril de 2015) e as palavas dessa fadista portuguesa, ao se apresentar no “Jornal das 8”, em Lisboa:

A cantora Carminho está no Brasil para divulgar o seu álbum “Canto”, inicialmente no espaço Vivo Rio, na capital fluminense, e depois no HSBC Brasil, em São Paulo, quando vai dividir o palco com o nosso Milton Nascimento.

Destaco da excelente entrevista, estas partes:

1. Lucas. No novo álbum, Canto, fica mais uma vez nítido o papel de suas andanças pelo mundo em sua definição como fadista. Como você imprime essa incessante busca por sua identidade?

Carminho. Aprendemos o mundo com as experiências que estamos tendo: a felicidade que tive em viagens e encontros. Mas o fado é mais do que uma experiência. Sempre fui muito curiosa e acho que por trás de todo crescimento está também um fado mais original. A partir disso, continuo essa busca em mim e no que quero dar às pessoas, traduzindo experiências.

Comentário. É “sabedoria” reconhecer que “aprendemos o mundo” com as nossas experiências de vida. Carminho faz suas “buscas” em si mesma (um “mergulho interior” na sua “sensibilidade da alma”), para encontrar e projetar para todos nós o seu “sentir” com a”sensibilidade da alma”. Com a magia envolvente da arte de cantar, esse “mergulho interior” reflete, explica, e consolida a “missão existencial” de quem veio ao mundo para “cantar” e para colorir “vida” com as “matizes” do “BELO” da essência das suas emoções e dos seus sentimentos.

2. Lucas. Você tem 30 anos, assume um gênero musical que vem se renovando, mas é também muito tradicional. Em que medida cantar o fado exige uma maturidade prévia do artísta?

Carminho. É a vida das pessoas, suas emoções e seus sentimentos, então há que se cantar com verdade e honestidade. (…) fui adquirindo novos repertórios, poemas, que faziam parte da minha realidade emocional. Assim, percebi que devemos procurar as palavras que conseguimos interpretar.

Comentário. Começo este comentário sem conter a emoção que sinto, com a “inteligência” e a “sensibilidade da alma” dessa jovem cantora. Na entrevista, todas as suas frases são ensinamentos de sabedoria de “viver” para “cantar”, respeitando esse “cantar” que, nas suas palavras – há de ser com “verdade” e com “honestidade”. Carminha finaliza a sua resposta, novamente com o seu “mergulho interior” para, nessas “buscas”, encontrar as palavras certas para a sua interpretação. Isso não é só “responsabilidade profissional”. É manifestação da consciente necessidade de permanentemente querer “aprimorar” o seu “cantar”.

3.Lucas. E qual é o fado presente em Canto, mas que recebe a influência brasileira e também flamenca?

Carminho. Esse é um disco português. Todo ele é português. O desafio a que me propus foi convidar esses artistas com as suas características únicas e que têm a ver com o meu percurso. Por exemplo, o tema que os espanhóis Javier Limón e o António Serrano tocam é português, um poema de Fernando Pessoa. (…) Assim como o tema do Caetano Veloso, inédito e que me causa grande orgulho, pois é a primeira parceria com seu filho Tom. Era inicialmente um samba, uma bossa nova. Então, eu e o Diogo Clemente o transformamos em um fado, mantendo a poesia maravilhosa e também a harmonia e a melodia tão característica dos compositores. Quando mostrei a canção a eles, disseram: “Você transformou isso em um fado!”. E perguntei: “Isso é um elogio ou não?” (risos). Fiquei muito lisongeada porque era essa a vontade, trazê-los sem que os desrespeitasse, mas me mantendo fiel.

Comentário. Carminho manifesta, com facilidade, o seu respeito ao trabalho de quem, como ela, tem a missão de transmitir o seu “sentir” através da música. Estou ansioso para ouvir a canção de Caetano Veloso (em parceria com o seu filho Tom), na versão de fado. Esse trasmutar de estilo musical (sem modificar o sentido original da obra), prova que a comunicação da música é universal.

4. Lucas. Como o fado renova sua motivação hoje para estar no palco?

Carminho. Todos os dias são diferentes. Não consigo interpretar um fado da mesma maneira, igualzinho, de um dia para outro. A energia sendo diferente, também me inspira de outra maneira. Claro que as canções são as mesmas, os arranjos os mesmos, mas há um nível de improvisação no fado que nos leva a estar sempre renovados. O que me inspira é a vida das pessoas, o dia a dia, tentar desacomodar a alma para que ela possa sempre dar frutos. E por isso é um trabalho exigente, às vezes, duro. Uma tentativa de nunca maquinizar o processo de cantar e a minha alma, para que ela possa ser sempre genuína com as pessoas, como se estivesse a cantar pela primeira vez. É uma pergunta difícil de responder, essa é a minha vocação, interpretar, e não penso muito quando canto. Se penso, já não estou a dar o meu melhor. É esquecendo de mim que penso ser desprendida e simplesmente cantar.

Comentário. Todos os dias são diferentes. São únicos. Não serão, para quem não sente a sua “senbilidade da alma”. As “projeções sensórias” das vivências das nossas “realidades existenciais” são, em nós, moldadas pelo nosso “sentir” e não, simplesmente, em razão do nosso “existir”. Somos nós que damos “vida” a tudo, com a singularidade das “percepções interiores” das nossas “realidades emocionais”. Carminho assegura que não consegue “interpretar um fado da mesma maneira”. Lembrei da mensagem postada, neste espaço virtual, sobre a “sensibilidade da alma” da nossa consagrada atriz Clarice Niskier, que há oito anos interpreta, a cada dia e de modo diferente, a peça “A Alma imoral”. Carminho diz que não pensa muito quando canta. Lembrei de Fernando Pessoa: – “Pensar é estar doente dos olhos”. No meu entender, os olhos que deixaram de mostrar os encantos de dimensões interiores da nossa “sensibilidade da alma”.

5.Lucas. E o fado te leva a lugares mais profundos, não?

Carminho. O fado não é triste, é profundo. Tanto na tristeza quanto na alegria, vivo com intensidade as emoções que um ser humano vive no seu dia. É uma tradição das histórias da nossas vidas e, realmente, o português é um povo mais melancólico. (…) Na vida, é importante viver cada momento com intensidade. A felicidade é o momento e não algo que se possa atingir com uma meta. Precisamos assumir com verdade aquilo que vamos vivendo e que a nossa vida, nosso corpo e nossa alma não são monótonos, não estão sempre no mesmo estado. Eles dão espaço para vivermos aquilo que temos para viver.

Comentário. Muitos consideram triste o “cantar” do fado. Carminho não concorda. Para ela, o fado não é triste, mas “profundo” para quem canta e para quem ouve com emoção. A sua “sensibilidade” é manifesta tanto no cantar e, também, como foi nesta entrevista ao expressar seus sentimentos. Esta foi a minha percepção ao comentar as suas respostas, pois ninguém consegue transmitir, com a mesma intensidade emocional, o “sentir” de outra pessoa.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeos do youtube: Carminho Pedras da Minha Rua – Alma; e Milton Nascimento canta fado pela primeira vez – dueto com Carminho
4.A reprodução da entrevista da fadista portuguesa Carminho, foi autorizada pelo jornalista Gustavo Ranieri, Editor-chefe da Revista da Cultura, da Livraria Cultura.
5.Entrevista completa:
http://www.revistadacultura.com.br/revistadacultura/detalhe/15-04-08/Esquecendo_de_si_para_simplesmente_cantar.aspx

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(035) Sentindo o semear de “luz interior”.

Na mensagem de criação deste espaço virtual, a sua proposta ficou bem definida:

Este espaço virtual é dedicado à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.

Proposta: – Desejo que os nossos futuros encontros sejam caminhadas de buscas e de descobertas pela subjetividade dos nossos “estados de alma”. Que sejam buscas de aprimoramento e de crescimento espiritual, pelas trilhas das nossas trajetórias de vida. Que sejam encontros com um sentido determinado e bem definido: – o do despertar da nossa “sensibilidade da alma” (…).

É nessa caminhada de “buscas” que devemos “semear” condições para o despertar da nossa “Luz Interior”; para um consciente “processo de transformação interior”, em todos os sentidos do nosso “viver”.

Lançado no Brasil em 2003 pela Editora Martins Fontes, o livro “A Arte da Felicidade – Um manual para a vida”, escrito por Dalai Lama em co-autoria com o Psiquiatra Howard Cutler, cuida da “busca universal da felicidade”. Nele, afirma Dalai Lama: – “Acredito que o objetivo da nossa vida seja a busca da felicidade. Isso está claro. Quer se acredite em religião ou não, quer se acredite nesta ou naquela, todos nós buscamos algo melhor na vida. Portanto, acho que a motivação da vida é a felicidade.”

Por sua vez, na minha leitura o que mais me tocou foram estas palavras de Howart Cutler:

– Com o tempo, convenci-me de que Dalai Lama havia aprendido a viver com um sentimento de realização e um grau de serenidade que eu nunca tinha visto em outras pessoas (…) Embora ele seja um monge budista (…) comecei a me perguntar se alguém conseguiria identificar um conjunto das crenças ou práticas que também podem ser utilizadas por não budistas – práticas que poderiam ser aplicadas diretamente em nossa vida para nos ajudar a sermos mais felizes, fortes, e talvez menos medrosos.”

O enfoque desta mensagem não é o mesmo do livro de Dalai Lama. É outro: – o despertar “Iluminação Interior”. No entanto, começo analisando o depoimento de Howard Cutler, para perguntar o seguinte:

– O que devemos entender por “viver com o sentimento de realização” ?

Na minha avaliação, a expressão “viver com sentimento de realização” (usada por Cutler ao se referir à personalidade de Dalai Lama), representa o reconhecimmento de uma missão existencial, por todo o “ciclo da vida”. Esse “viver com sentimento de realização”, é um “viver transcendente”, simbolizado, na antiguidade, pela plenitude de “Iluminação” do conhecido “Estado de Buda”. O estado de “Iluminação Interior” que todos nós podemos “buscar” e “alcançar”.
Considero ser impossível alguém querer explicar a “objetivação” de uma “percepção interior” da subjetividade de todos os seus “sentimentos”.
Os “sentimentos” só pertencem a cada um de nós. São projeções sensórias da nossa “realidade interior”. Fazem parte dos nossos “estados de alma”.
Portanto, no meu entender, nunca niguém conseguirá, com exatidão, verbarlizar a natureza da essência do seu “sentir”.

Em mensagem anterior, afirmei que não sou budista. Nesta, esclareço que aprecio todas as manifestações religiosas do pensamento oriental que se harmonizam com a minha convincente aceitação do princípio da “Imortalidade da Alma”.

Sobre a “Iluminação Interior” (Estado de Buda), gosto desta passagem do livro “VIDA, um enigma, uma joia preciosa”, Editora Brasil Seikyo, escrito por Daisaku Ikeda, Presidente da Soka Gakkai Internacional (organização presente em mais de 192 países):

– A luz da sabedoria ilumina todo o Universo e erradica a escuridão fundamental inerente na vida humana. O espaço vital do Buda entra em fusão com o Universo. A vida se torna o cosmos e, num único instante, o fluxo vital estende-se e abarca todo o passado e todo o futuro. Em cada momento do presente, o eterno fluxo vital do cosmos jorra como uma imensa fonte de energia. Na vida do estado de Buda, cada instante do presente contém a eternidade, pois toda a energia vital do cosmos está contida num único instante da vida. A pessoa que se encontra no estado de Buda quase não percebe a passagem do tempo físico, pois sua vida é plena e feliz a cada instante, como se ela estivesse vivenciando a alegria de viver por toda a eternidade.

Para “semear” a nossa “Luz Interior”, devemos oferecer, para nós mesmos, condições de alcance de um novo “viver”. Um “viver” de interiorização, de autoconhecimento e, prinncipalmente, de condutas que favoreçam o nosso “processo de transformação interior”.

Para “semear” a nossa “luminosidade interior”, devemos “buscar” e “praticar” tudo que tenha um significado de enriquecimento para a nossa “vida”.

Portanto, não basta ser profundo conhecedor dos ensinamentos de qualquer religião. O fundamental é a “busca” de “experiências”, de práticas de elevação “existencial” e “espiritual”. Isto porque, os benefícios da “prática”, por vezes, supera o domínio da “teoria”.

A “Iluminação Interior”, permanentemente “semeada”, é conquista de crescimento e de aprimoramento “existencial” e “espiritual”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube – La musica de los dioses.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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(034) Sentindo o “luminar” da nossa “elevação interior”.

Neste espaço virtual, todas as mensagens postadas estão sendo reveladas de fontes de “inspiração interior”. São mensagens que procuro transmitir com o “sentir” das “projeções sensórias” da minha “sensibilidade da alma”. Por esta razão, tenho dificuldade de explicar através da “palavra escrita”, a “motivação emocional” desta mensagens. Parece-me estar relacionada com os nossos “caminhos de buscas” para o “despertar” do nosso estado de “iluminação interior”. Explico:

– Pela passagem ilusória do “tempo”, em tudo tem me aguçado uma espécie interior de “percepção subjetiva”, que me coloca em sitonia de “harmonização interior”, nesta dimensão de “evolução existencial”. Nesse meu estado de “interiorização”, estou mudando a visão do meu “viver”, prestando mais atenção ao que antes, na minha “caminhada”, parecia não ter importância e, portanto, ficava despercebido.

Certo é que todos nós temos necessidades de “crescimento” e “aprimoramento”, em todos os sentidos. São conquistas que podemos alcançar com a fusão de “natureza sensória” do nosso “interior” com o esplendor do Universo.

As nossas “caminhadas” começam com o primeiro passo, seja por caminhos “conhecidos” ou “desconhecidos”.
Os “caminhos” que peço atenção com a leitura desta mensagem, são os nossos “caminhos de buscas”. Eles definem o sentido do fluir do nosso processo existencial de necessidades de “transformação interior” e de “elevação espiritual”. No meu entender, esse “processo de evolução” explica a minha aceitação do princípio da sucessividade existencial do “nascer” e do “renascer”.
Os nossos “caminhos de buscas” pertencem a nós mesmos. Pertencem a cada um de nós, deixando suas “pegadas” nas trajetorias do nosso “existir” e “viver”, desde que esse “fluir existencial” esteja direcionado para a plenitude da nossa “luminosidade interior”.
Aplicando-se à conscientização dos nossos “caminhos de buscas”, gosto desta “sabedoria” de Simone de Beauvoir: – “Não há uma pegada do meu caminho que não passe pelo caminnho do outro”. É a manifestação de “sabedoria” que insere, no seu significado de subjetividade existencial, o modelar alcance da nossa “caminhada” de “elevação interior”. A “caminhada interior” que passa pelo “caminho de buscas” do “outro”. Esse “outro”, que para Simone de Beauvoir, somos todos nós.

Ontem, domingo, dia 5 de abril de 2015, fique encantado com a entrevista concedida à jornalista Vanessa Aquino, do jornal Correio Braziliense, pelo professor escocês Charles Watson, estudioso da “Criatividade Humana”, no mundo das artes. Em uma das suas respostas, passei a conhecer este antigo ditado inglês, por ele explicado: – “You can take a horse to the water, but you can’t make it drink” (“Você pode levar um cavalo para a água, mas não pode obrigá-lo a beber”). Em seguida, explica o renomado professor, no contexto da sua resposta: – “Em outras palavras, é possível ajudar uma pessoa a se conscientizar sobre as armadilhas que ela cria para si mesma ao longo do seu processo, mas a energia que disponibiliza para a sua área de estudo é uma questão que só ela vai resolver.”

Entendo que o ditado tem aplicação para a descoberta interior dos nossos “caminhos de buscas”. Ou seja: Não basta, para nós, conhecer exemplos de indicações desses “caminhos”. O que precisamos é estar concientes de que o nosso “caminho de busca” está dentro de nós mesmos, para ser encontrado com o “despertar” da nossa “luz” de “elevação interior”, que será refletida por todas as nossas dimensões de evolução “existencial” e “espiritual”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube – Os sons do silêncio – Flauta de pan – By vitinhamendes.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(033) Sentindo “harmonia interior”, com a “unidade da vida” no esplendor do Universo.

A essência do sentimento de FELICIDADE é um “estado de plenitude existencial” que poderá ser vivenciado por todos nós. A consequência sensória desse “estado de alma” é o nosso “Sentir-se bem”.
“Sentir-se bem” e “Sentir Felicidade” são transformações do nosso “Renascer Interior”.

Nesta existência, somos “Seres Transcendentes” em relação a nós mesmos. Isto porque temos condições de “ressignificar” o nosso “existir”, o nosso “sentir”, e o nosso “viver”. Mas todo processo de “transformação dependerá, exclusivamente, da nossa “harmonização interior” e das nossas “buscas”.
A respeito, gosto desta explicação de OSHO (fonte: Introdução do seu livro “Destino, liberdade e alma – Qual é o sentido da vida?”, Editora Planeta do Brasil):

– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.

Somos “Seres Transcendentes”, porque temos a capacidade de “cuidar de nós mesmos”. A capacidade de criar condições de “aprimoramento interior”. São essas as condições necessárias para o “despertar” da essência da “sensibilidade da alma”. Para o “despertar” do nosso estado interior de “SER ILUMINADO”. Somos, portanto, responsáveis pelo planejamento “existencial” e “espiritual” do nosso “viver”. É o “aprimoramento interior” que aflora quando, na “quietude” do nosso “silêncio interior”, queremos e pensamos assim: – EU MEREÇO O MELHOR!

A motivação desta mensagem está no seu título: – Sentido “harmonia interior”, com a “unidade da vida” no esplendor do Universo.

Recentemente fui presenteado com o livro “VIDA, um enigma, uma joia preciosa”, escrito por Daisaku Ikeda, Presidente da Soka Gakkai Internacional (organização presente em mais de 192 países, que pratica e divulga a filosofia humanística do Budismo – Editora Brasil Seikyo).

Eu não sou budista, mas lendo o livro gostei desta explicação:

– Na vida interior de duas pessoas há uma interação de energias de afeição ou confiança que as movem uma na direção da outra, exatamente como pode haver uma interação de forças de repulsão ou suspeita que distancia outras pessoas. (…) isso indica que a vida humana e seu ambiente estão em profunda fusão e exercem uma contínua influência uma na outra. A interação da energia vital de uma pessoa com a de outras acontece não apenas no domínio físico do ambiente, mas também no domínio espiritual. Acredito que a energia impulsionadora que move uma vida pode também conduzir o interior de outras vidas de forma verdadeiramente implícita. (…) Além disso, a mente de todos os seres humanos torna-se uma única mente, que exerce contínua influência, tanto física como espiritual, nos outros seres vivos e em toda a natureza.

Refletindo sobre a explicação do Sr. Ikeda, aumentou o meu convencimento de que podemos alcançar o desenvolvimento do “despertar” da nossa “sensibilidade interior”, através das buscas de “harmonização interior”. Uma das maneiras é a contemplação da “unidade da vida” na natureza.

Em todo o “ciclo da natureza” podemos ser beneficiados com a vivência de “instantes atemporais” de estados sensórios de “harmonização interior”. Por exemplo: Sentem na sombra de uma árvore; deitem na grama e olhem para o céu; sintam a beleza do mar. Por ser “atemporal” a sensação do nosso envolvimento de contemplação com a “natureza”, sentimos a nossa “interação interior” que contribui para a elevação da nossa “sensibilidade” e “luminosidade interior”.

Termino esta mensagem, com as imagens de um “Cair da Tarde” na floresta amazônica, com a regência de Heitor Villa-Lobos, acompanhada do solo de Bidu Sayão:

Notas:
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3.Vídeo do youtube – Heitor Villa-Lobos e Bidu Sayão – Twilight Song (Cair da Tarde) – Floresta do Amazonas.

Muita paz e harmonia epiritual para todos.

(032) Sentindo, como “sentir” a nossa “caminhada existencial”.

Existem infinitas formas de “viver”. O que não devemos é “viver por viver”.

Penso assim, em face da “temporalidade” do nosso “existir”.
Penso assim, porque temos uma finalidade “existencial” e “espiritual” de “crescimento”, de “aprimoramento”, por todo o fluir do nosso “ciclo de vida”.
Essa “temporalidade” é modelada por sucessivos “nexos de causalidade”, com os seus consequentes e inevitáveis “efeitos”.

O “ciclo da vida” é o mesmo para todos nós. O que muda é o “fluir” do nosso “viver”.

Tudo, na natureza, tem o seu “ciclo” definido. O das marés, movimentando duas vezes a cada dia lunar. O do Sol, pela trajetória do “nascer” (no oriente), até o seu “poente”.
O ciclo do nosso “existir” é demarcado, nesta “existência”, pelo “nascer” e “morrer”, compondo o princípio da “imortalidade da alma”.

Todos nós somos os responsáveis pelas nossas “escolhas”, em todos os sentidos. No entanto, por vezes, como acontece com sentido das águas das corredeiras dos rios, também podemos ser “levados” por caminhos desconhecidos que, por muitos, é chamados de “destino”.

Pessoalmente não acredito em “destino”, como sendo condição pré-estabelecida para o meu “existir”. Acredito, sim, em uma força de “conexão existencial”, com “essência universal” de harmonização, pela qual somos “assistidos” e “guiados” pelo nosso “merecimento”. Mas não, necessariamente, apenas pelos resultados das nossas conquistas. É o “merecimento” que favorece a “comprovação sensória” da nossa elevação “existencial” e “espiritual”.

Todos nós precisamos encontrar ou criar para nós, a nossa “filosofia de vida”. Necessitamos dessa “filosofia de vida”, para entender o “significado” das nossas “vidas”.

Pela nossa “caminhada” (a do “nascer” e “renascer”, sucessivamente); pelo ciclo de “transformação” de tudo, precisamos conhecer as “projeções interiores” das nossas latentes necessidades de “melhoria” e de “crescimento”. Precisamos favorecer o “despertar” da nossa “luminosidade interior”. A “luminosidade” que, pelos “caminnhos da vida”, mostrará que o alcance da FELICIDADE está no nosso “interior”, refletindo no “mundo exterior”.

Agora, para terminar esta mensagem, desperte a sua “paz interior” contemplando a beleza da “Flor-de-Lótus” que, em todo amanhecer, se volta para o nascer do Sol porque, na natureza, simboliza o “renascer”.

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3.Vídeo do youtube – Flor-de-Lótus.

Muita paz e harmonia epiritual para todos.

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